Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 7
Capítulo 6




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— Saiam daqui agora mesmo!

Já era o décimo terceiro prédio que batia a porta na cara deles.

— Ela tinha um gato! Eu vi! — Sirius deu as costas para o prédio, resmungando irritado — Queria entender o problema que eles têm com o Padfoot.

O filhote de cachorro, que estava sendo carregado pelo dono, bocejou, arrancando suspiros de garotas que passavam por ali.

— Olhe só o efeito que ele dá nessas gatinhas — disse James, secando indiscretamente as “costas” delas.

Acordou do seu transe quando recebeu um tapa do amigo, na parte de trás da cabeça.

— Até parece que vão prestar atenção em você, com esse cabelo de espantalho — provocou Sirius, ajeitando Padfoot, que não queria parar quieto.

— Ninguém vai prestar atenção na gente se estivermos com ele por perto — retrucou James, apontando para o cão — Você já fez a experiência, lembra?

— Não me lembre disso. Esse garotão aqui roubou-me todas — murmurou Sirius — Pare quieto, Pad!

— Não tem outro jeito... Nenhum prédio aceita cão.

— Não vamos abandoná-lo!

James passou a mão, nervosamente, pelos cabelos.

— Lembre-me o porquê de estarmos nessa situação — pediu, virando-se para ele.

— Minha mãe disse que só pagaria o apartamento se levássemos Regulus junto — disse Sirius, cansado.

— Para quê isso? Ele nem terminou o ensino médio ainda! — perguntou James.

— Para nos vigiar, óbvio.

— Para te vigiar.

— Estamos nessa juntos, cara. Meus podres serão os seus.

— Não, obrigado.

James suspirou, olhando ao redor. Permaneceram parados, até que um sorriso estranho surgiu no rosto dele, fazendo com que Sirius também sorrisse.

— Você tem um plano — não foi uma pergunta.

— Espere aqui! — disse James, antes de sumir, deixando o amigo com o cachorro.

— Espertinho — reclamou Sirius.

Padfoot começou a lamber o rosto dele.

— Não é você — ele sorriu para o cão, tentando manter a boca longe da língua canina — Na boca não, Pads! É exclusiva para garotas humanas.

James entrou no beco, por trás de um restaurante, e encontrou várias caixas de papelão vazias. Fez uma medição mental, e pegou uma das mais grandes. Olhou ao redor, e foi embora, rapidamente.

— Já era hora! — Sirius já estava impaciente.

— Coloque-o aqui — James tirou a parte de cima, indicando para ele.

Embora confuso, ele fez o que o amigo pediu.

— Dá para saber que há um cão aqui? — perguntou James, descendo a parte de cima.

Sirius sorriu largamente, entendendo o que ele queria dizer.

— Espere um pouco — ele pediu, subindo as abas — Pads, fique quietinho, para encontrarmos um lar, tudo bem?

O cachorro soltou um latido fino.

— E não lata, pelo amor de Deus, ou seremos descobertos — acrescentou James, descendo as tiras novamente, fazendo as orelhas do filhote se encolherem.

— Eu acho que, agora, as coisas vão dar certo! — torceu Sirius, empolgado.

— Vamos logo! Padfoot não ficará por muito tempo!

Sirius deixou que o amigo segurasse a caixa, de forma que não evidenciasse o que continha ali dentro.

Os três prédios seguintes já estavam com os apartamentos dos anúncios preenchidos (Sirius riscou do papel rapidamente), mas o quarto foi mais bem sucedido.

— Escutem, tem um garoto que também veio ver, ele estuda em Hogwarts também. A decisão é de vocês, mas digo que dividir o aluguel em três partes é bem melhor do que apenas duas — o dono do apartamento aconselhou.

— Sem problemas — disse James, dando um sorriso amarelo.

Trocando um olhar com Sirius, ele decidiu: “vamos tira-lo daqui rapidinho”.

— Perfeito! É só assinarem os papéis, e pronto! — disse o dono, satisfeito.

Eles notaram que a assinatura do outro rapaz já estava lá, por isso o “conselho”. Considerando os outros dois espaços, ele estava ciente da divisão. Deram de ombros, e assinaram, dando a primeira parcela do aluguel.

Receberam a chave, e decidiram se mudar no dia seguinte. Os móveis já estavam prontos, só levariam algumas coisas de suas casas.

— Vamos comprar um biscoito canino para Padfoot, ele merece — disse Sirius, assim que saíram do prédio.

— Depois vamos arrumar uma caixa melhor para ele — prometeu James.

— Voltando ao assunto: por que as pessoas aturam mais gato? — perguntou Sirius, embora não tão irritado quanto antes, agora que tinham conseguido o lugar.

— Porque eles latem — disse James.

— E gatos miam.

James concordou com a cabeça, de sobrancelhas erguidas. Fazia sentido...

— Além do mais, gatos trepam em tudo quanto é canto — disse Sirius, fazendo James segurar o riso — Não é nesse sentido ,tarado!

— Olhe só quem fala! — disse James, rindo — Ei! Vamos lá em casa, sua mãe não está lhe falando, e a dona Dorea vai adorar receber sua visita e as novidades ao mesmo tempo.

— Entre aturar minha mãe e ver a sua toda emotiva, porque estamos entrando na universidade — ele pesou por um instante — Eu fico com a sua mãe.

— Se a minha mãe fosse como a sua, eu já teria me mandado de casa — James negou com a cabeça.

— Não é fácil assim não, cara. Olhe, estamos indo na primeira etapa: eu sair de casa.

— Alugando o apartamento com o dinheiro dos seus pais.

— Dinheiro do meu tio. Falta pouco para o velho bater as botas. Se isso acontecer, adianto meus planos .Do contrário, terei que esperar até me formar.

— Se você estudasse, não teria que depender do dinheiro dos seus pais para pagar a faculdade.

Sirius fez um gesto de descaso, parando na frente de uma loja para animais.

— Tente não flertar com a vendedora, estamos com pressa — reclamou James.

Ele soltou uma risada canina, antes de entrar na loja, já com o seu olhar 43. James bufou, sentando-se no único degrau que dava para a porta de vidro da loja.

— Vai demorar, Pads — disse, acariciando as costas do cachorro, que começou a abanar o rabo, contente — Ainda bem que você não se lembra de como era a sua vida antes de ir lá para casa. A mãe do Sirius é muito má, não quis que você ficasse, então eu resolvi ficar contigo. Mamãe não gostou muito no começo, mas impossível negar essa carinha fofa sua, não?

Padfoot apoiou-se nas patas traseiras, colocando as dianteiras no ombro do rapaz, e aproximando a língua do pescoço dele, começando a lamber.

— Quando o Sirius tirou a primeira foto contigo, você resolveu bocejar, então, na foto, parecia que você tava sendo asfixiado — ele riu, com a boca fechada — Desde pequeno aprontando, né? Puxou aos donos.

— Eu sabia que você era viado, mas zoofilia, mano... — a voz de Sirius veio, junto com a rajada do ar condicionado.

James não se abalou com o comentário, já estava acostumado desde que Sirius foi na sua casa pela primeira vez e viu a almofada de cervo que tinha no quarto. Ajeitou Padfoot na caixa, e levantou-se.

— Vamos! Mamãe deve estar preocupada com a nossa demora.


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