Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Hoje demorei, pois fiquei sem luz :( Perdi uma tarde de escrita de fanfic com a Ker #bolada.



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— Alô! — Marlene atendeu o telefone, com a voz entediada.

— República Piperwood? Eu li que tem um quarto disponível... — uma voz exageradamente fina disse do outro lado.

Marlene afastou o telefone de seu ouvido, e colocou a boca na outra extremidade.

— Vai arrumar o que fazer, Ian! — gritou com todas as suas forças.

Colocou o telefone de volta no ouvido, escutando como alguma coisa caía. Deu uma risada maligna, batendo o telefone de volta no gancho.

— Quem era? — perguntou Alice, a única que continuava empolgada com aquela busca.

— O idiota do meu irmão, querendo passar a perna na gente — disse Marlene, começando a lixar as unhas — E, provavelmente, se gabar por causa do nome da república.

— Vocês ainda estão brigando por causa disso? — perguntou Alice, divertida, sentando-se ao seu lado, no sofá.

— É claro! — ela deu de ombros — Esse tinha que ser o nome da nossa república. A dele podia muito bem se chamar república Longbottom, ou seja lá quem for o companheiro de apartamento dele.

— Tradição tosca — Alice revirou os olhos.

A sala de estar era bem confortável, para o preço do aluguel que podiam pagar.

Tinha sido decorado pelos antigos moradores, o casal Tonks, que também tinha cursado Hogwarts.

Elas só tiveram que trocar a cama de casal por duas camas. Agora, três.

Faltava pouco menos de 1 mês para as aulas começarem e, mesmo com o aviso no mural dos estudantes, elas não conseguiam encontrar mais alguém. Algumas pessoas tinham ido ali, ou ligado, mas, no fim, decidiram instalar-se no colégio, ou procurar outro lugar.

No começo, elas tiveram a desagradável surpresa de ter a visita de Bellatrix Black.

— Então, são vocês as pirralhas que alugaram o apartamento da minha desprezível irmã — ela disse, com um sorriso debochado, entrando sem permissão.

Marlene não podia acreditar em como uma mulher tão desagradável poderia ser parente da adorável Andrômeda.

— Você ainda tá na faculdade? — foi o que ela perguntou, olhando-a de cima a baixo — O quê? Repetiu de ano?

A expressão debochada foi substituída por uma furiosa, indicando que ela tinha acertado.

— Cuidado com suas palavras, McKinnon! — ela aproximou-se dela — Pode ser uma sangue pura, mas não terei pena se andar com os sangues ruins.

— Sai daqui! — Marlene indicou a porta aberta.

A morena deu um último olhar depreciativo para a sala de estar, e saiu apressadamente do apartamento. Marlene empurrou a porta, batendo-a com força, no exato momento em que a mulher saiu completamente.

— Sangue pura? — perguntou Alice, confusa.

— Alunos que já tiveram parentes estudando na faculdade — disse Marlene, revirando os olhos — Normalmente, é o primeiro grupo que pisou em Hogwarts. Ignore! Não passam de um bando de idiotas.

Marlene acordou da desagradável memória, quando ouviu batidas na porta.

— Ai! Abre pra mim, Lice — ronronou — Eu tô exausta!

— Preguiçosa — disse Alice, levantando-se do seu lado, fazendo a cabeça da castanha cair no assento.

— Você é má! — ela reclamou.

Assim que a porta foi aberta, Marlene olhou para o relógio. Vendo que estava na hora do seu comprimido, levantou-se, e foi até a cozinha.

Ouviu vozes abafadas, mas percebeu que Alice começou a gaguejar. Tomou o comprimido, franzindo o cenho, e resolveu ir até onde ela estava.

— O que faz aqui, Longbottom? — perguntou Marlene, ainda segurando o copo, com o que sobrou de água.

— Ian pediu para que eu viesse aqui, pedir açúcar — disse Frank, revirando os olhos.

— Conta outra — riu Marlene.

— Eu tô falando sério — ele defendeu-se.

— Você pode até ser, mas ele não. Diga para ele que tome vergonha na cara, e vá comprar — ela fechou a porta na cara do garoto.

Ela amava ver a cara das pessoas quando fazia isso.

— Marlene! Isso foi grosseiro! — reclamou Alice.

— Tá gamada nele — disse Marlene, olhando sarcástica para ela.

— Não estou, não! — protestou.

Elas seguiram até a cozinha, onde Marlene esvaziou o copo, e deixou-o em um canto da pia.

— Cara, eu não acredito que você vai fazer isso — Marlene negou com a cabeça, apoiando-se na pia — Sabe, os caras não estão em um canto, só esperando para te estuprar.

— Lene, eu já li sobre universidades, já vi filmes, séries... — Alice começou a citar, subindo os dedos a cada parte.

— Eles fantasiam muito — Marlene tentou dizer.

— Meus pais me contaram como é, meu primo...

— Você dá bola para o seu primo? Seria o mesmo que eu escutasse o que Ian diz.

Alice era ingênua demais, morria de medo de várias coisas. Marlene sentia pena dela, às vezes. Mas, assim como era cheia de medos, era também obstinada. Assim que decidia uma coisa, nada a fazia mudar de ideia.

— Está decidido! — exclamou Alice — Eu vou dizer que não sou mais virgem.

— Olhe, eu sei que tem garotos que, realmente, querem as virgens para levar para a cama, e não ver nunca mais, mas mesmo assim... Não são todos, Lice! — Marlene cruzou os braços — Deixe de exageros! Dizer que não é virgem seria o mesmo que dizer que não tem problema avançar na relação.

— Eu não vou dizer que fico com todos, só vou dizer que eu já não sou mais! Que eu... Só fiz duas vezes! — decidiu Alice — E com o meu ex-namorado.

— Você não tem namorado.

— Ninguém precisa saber disso.

Marlene começou a negar com a cabeça.

— Se esse papo chegar nos ouvidos de seus pais... — ela começou.

— Bate nessa boca, Lene! — Alice bateu os nós dos dedos na madeira da porta — Você fala como se isso fosse a coisa mais incomum no mundo! É super comum hoje em dia.

— Certeza que não diz isso por vergonha? — pressionou Marlene.

— Se eu sentisse vergonha, não estaria tentando me proteger.

— Está bem! Faça como bem entender, mas não venha chorar depois!

A castanha tinha vários argumentos a mais para dizer, mas viu que de nada adiantariam. Sofrer na pele era bem mais efetivo que apenas escutar as pessoas dizendo.

A campainha tocou novamente, e Marlene bufou.

— Se for Ian, eu vou jogar aquele vaso na cara dele — reclamou, saindo da cozinha.

— Aquele vaso era da minha avó! Não faça isso! — implorou Alice, de olhos arregalados.

— Você odeia esse vaso! — exclamou Marlene, virando-se para ela.

— Não odeio! — Alice apressou-se a dizer.

— Ele é brega! — disse Marlene.

— Não é! É fofo!

A garota levantou uma sobrancelha, incrédula.

— Certo! É muito brega! — desabafou Alice — Mas foi minha avó quem deu!

— Sua avó tem um péssimo gosto — Marlene virou-se — Invento uma desculpa em dois segundos...

Ela aproximou-se da porta, ignorando as reclamações de Alice, e abriu a porta, sem olhar pelo olho mágico.

Assim que virou-se para falar, paralisou, com a boca aberta.

Do outro lado, Lily Evans a olhava com a mesma expressão.

— Lily! — sussurrou Marlene, incrédula.

— Lene! — ela disse, quase ao mesmo tempo.

As velhas amigas voltavam a se encontrar.


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