Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 40
Capítulo 39




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Em um momento, Lily estava passando o natal perfeitamente bem. Em outro, o seu celular tocava loucamente o toque do WhatsApp.

— Lily, atenda essa porcaria de uma vez! — exclamou Doralice, irritada.

A ruiva não precisou escutar duas vezes. Levantou-se com o celular em mãos, afastando-se para o corredor.

 

James Potter

Como está a sua noite? (22:10)

Espero que mulher que a nossa (22:10)

*Melhor (22:10)

Lembra daquela garota que o Remus está dando aulas? (22:11)

A que a Andrômeda adotou? Então! (22:11)

Ela desapareceu, a gente está procurando por ela (22:12)

Aleluia! Remus a achou! (22:23)

 

Ela sorriu levemente, e trocou de conversa.

 

Alice Piperwood

Áudio (22:19) 1:00

 

Ela olhou ao redor, apertando no botão para escutar.

— Lily, lembra da festa que eu e Lene fomos? Então! Estava tudo bem. Ela reencontrou os pais, eu reencontrei os meus... E conheci a avó do Frank. Que mulher mais classuda, deu o maior medo, sabe? — Alice desatou a falar — Estava tudo bem. Aí, quando estava conversando com a minha mãe, ela veio falar comigo. Me levou para onde o Frank estava, e disseram que o sapo dele, Trevor, sumiu. Aí a gente foi procurar por ele. No fim, a gente conseguiu encontrá-lo, ele era muito fofo. Eu ia voltar para a festa, aí ela disse para ele que eu era moça pura. Pelo amor de Deus, Lily! Como ela soube disso? Eu não sei mais o que eu faço!

Lily teve que ouvir o áudio mais de uma vez para entender o que ela estava dizendo.

— Você fica afastada por algumas horas, e o caos reina, não é mesmo? — Petúnia perguntou, vindo atrás dela.

A barriga já era bem visível, e a loira estava tendo um pouco de dificuldade para caminhar.

— Acho que não vou voltar para o Réveillon, não! — brincou Lily.

— Que isso, Lils! A gente já está considerando isso como uma reunião de fim de ano! — Petúnia deu de ombros — Tenho certeza de que acontecerá o mesmo com suas amigas.

— Eu não sei... Alice e Marlene foram na festa, elas não ficaram em casa sozinhas com os pais — disse Lily.

Petúnia deu de ombros, novamente.

— Responda-os! — ela disse.

— Eu converso melhor com Alice, quando chegar em casa — Lily deu de ombros — Marlene está lá agora, se conhecem melhor.

Ela bloqueou a tela do celular, e voltou com Petúnia para a mesa.

— Finalmente! — exclamou Doralice — Já tinha mandado Petúnia ver se você não tinha sido sequestrada.

— Mãe, você pediu para eu ver o que era — disse Lily.

— Querida, é natal! Vamos ficar em casa, por favor! Problemas você resolve depois. Já passa o resto do ano com essa gente! — pediu a mãe, ajeitando-se na cadeira.

Petúnia revirou os olhos para Lily, sentando-se em seu lugar.

— Certo! — disse Lily, deixando o celular em um canto, e voltando a se sentar.

— É que é muito difícil, sabe, mãe! — disse Petúnia, pegando um pedaço de porco com o garfo — Se afastar do James...

Naquele momento, Lily sentiu que podia enforcar a irmã, enquanto observava-a com aquele sorriso estúpido, colocando o pedaço de carne na boca.

— Quem é James? — Carver perguntou, atento.

— Um vizinho — respondeu Lily, tentando não dar importância ao assunto.

— E melhor amigo do namorado da Marlene — completou Petúnia.

— Não sabia que ela estava namorando — disse Doralice, surpresa.

— Pois é... As coisas mudaram — murmurou Petúnia, olhando fixamente para o garfo.

— Não gostei dessa história... — disse Carver — Não gostei nada dessa história!

— Deixe de coisa, Carver! — ralhou Doralice — Amigo de Lily, qual é o problema?

— Não existe amizade entre homem e mulher! — ele disse, levantando-se da mesa.

— Mas que estupidez! — exclamou sua esposa, indo atrás dele.

— Dejá vù? — perguntou Petúnia, sorrindo maliciosamente.

— Pode deixar essa história de lado, pelo menos, no natal? — pediu Lily, os olhos fixos no arroz, tentando tirar as passas de lá.

— Não. Pelo que Marlene me disse, você já perdeu a aposta — ela deu de ombros.

— Bem que ela gostaria — retrucou a ruiva.

— James Potter está louquinho por você — cantarolou a loira — Não existe amizade desse jeito.

— É o jeito dele!

O olhar de Petúnia era desacreditado.

— É sério! — defendeu-se Lily.

— Lily, querida — ela fez voz de criança — Você está caidinha por ele também, só precisa confessar.

— Marlene bem que quer que eu perca a aposta! — disse Lily, irritando-se.

— Apostaram o quê? Dinheiro? — perguntou Petúnia.

— Confessar que a outra está certa — murmurou.

— Cara, qual... — ela começou.

— Não adianta usar qualquer argumento! — interrompeu a sua irmã — Eu já falei disso com a Marlene.

— Isso não existe! — disse Petúnia.

— Mamãe concorda comigo! — replicou.

— Por isso eu sempre me dei melhor com o papai — ela disse.

Os seus pais voltaram nesse mesmo instante.

— É natal! Não vamos ficar discutindo! — declarou Doralice — Está bem?

Petúnia deu de ombros, voltando a comer o seu porco.

— Vamos ver por quanto tempo mais você segura isso — a garota sussurrou a Lily, antes de se levantar de seu lugar — Mãe, cadê o bolinho?

— Filha, depois do jantar! — reclamou Doralice.

— Estou com desejo! Você não pode lutar com uma mulher com desejo! — dramatizou a loira.

— Pega lá no balcão — disse a mãe, derrotada — Mas não acabe com tudo!

— Vagabunda... — sussurrou Lily.

— Lily! — repreendeu seu pai, que a escutou — Não fale assim da sua irmã!

— Quem é essa mulher que está abrigando-a? — perguntou Lily, ignorando o seu pai.

— Molly Weasley — respondeu Doralice — É uma velha amiga, já disse.

— Ela tem cinco filhos? — perguntou Lily, incrédula.

— Ainda não — disse a mãe, sorrindo.

— Qual é o objetivo dela? — ela perguntou.

— Lily — disse Carver, em um tom de aviso.

— Ter uma filha mulher — respondeu Doralice, com um sorriso triste — Os Weasley têm essa dificuldade... Não há uma menina em sete gerações.

— Vai arrumar trinta filhos e não vai conseguir uma menina... — disse Petúnia, voltando da cozinha.

— Não seja mal agradecida! — bronqueou Doralice — Ela está lhe abrigando!

— Não estou sendo mal agradecida, estou falando o que penso — ela deu de ombros.

Lily percebeu que a mãe respirou fundo para não respondê-la.

— Pois eu espero que ela consiga ter a filha que quer — disse Doralice — É uma ótima pessoa! Embora não tenha as melhores condições financeiras...

— Nós não somos muito diferentes deles, mãe! — disse Petúnia — A diferença é que ela tem cinco filhos, e nós somos apenas duas.

— Tem certeza de que não quer dormir aqui, Lily? — Doralice perguntou à filha.

— É melhor não — disse Lily, sorrindo levemente.

— Não entendo a necessidade que tem de fazer isso! Tudo bem, ela estará aqui de manhã, mas estaremos todos dormindo. Não fará diferença se ela dormir ou não! — disse Petúnia, revirando os olhos.

— Fará diferença para o horário em que ela irá para casa! — retrucou Doralice.

No meio da discussão, Lily puxou o celular para o seu colo, aproveitando que estava no silencioso, para ver se tinha recebido novas mensagens.

 

James Potter

Quer que eu te busque? (22:40)

 

Lily Evans

A pé? (22:45)

 

James Potter

Não tenho problemas com isso (22:45)

 

Lily Evans

Pode ser (22:46)

 

— É sério! Melhor que... Lily! — exclamou Doralice — O que disse de celular na mesa?

— Ele não está na mesa — disse Lily, com uma expressão inocente.

— Eu posso leva-la — ofereceu Carver, que esteve quieto durante toda a discussão.

— Não precisa — disse Lily.

— Não gosto da ideia que você vá para casa sozinha, a essa hora — ele insistiu.

— Não vou sozinha — ela respondeu — Um amigo virá me buscar.

— O quê? — perguntou Doralice, confusa — Mas como?

— Deve vir de táxi — comentou Petúnia com aquele sorrisinho irritante.

— Com licença! — Lily levantou-se, pegando o celular — Eu tenho que pegar um negócio no quarto...

— Lily Mary Evans! — Carver gritou, enquanto ela afastava-se da mesa — Volte aqui agora mesmo! Você vai me explicar essa história direito! Que amigo é esse? Como ele vem? Quando? Que palhaçada é essa?


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