Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 35
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Como se sentem sabendo que amanhã é aniversário da Batalha de Hogwarts? :/



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— Eu não fiz nada.

— Nem eu!

— Por favor, diga logo qual é o castigo.

A professora McGonagall olhava severamente para os três garotos, por cima de seus óculos.

— Eu esperava sua visita mais cedo, senhor Potter — ela confessou.

— Ah! Por que não disse? Eu teria vindo com todo o gosto! — James deu um sorriso maroto.

Remus admirava como ele conseguia manter sua pose mesmo sob o olhar restrito da vice-diretora.

— O que fizemos? Supostamente — disse Sirius, cautelosamente.

— O que tem a dizer sobre o senhor Quirrell? — perguntou a mulher.

— Não conversamos muito com ele, não — comentou James, com um rosto inocente.

— Sim, vocês são mais de agir! — McGonagall disse, claramente — Ele se demitiu.

— Gente! — exclamou Sirius, na cara de pau.

— Eu gostaria de entender os seus motivos, senhores! — ela insistiu.

— Não sabemos do que está falando, tia — James deu um sorriso amarelo.

Ela olhou para eles, por mais um tempo, antes de suspirar.

— Contratei um novo porteiro. Tenho a ligeira impressão de que não teremos problemas novamente — ela disse, desviando o olhar — Podem ir.

— Venho mais tarde, tomar um chá com a senhora! — disse James, indo embora rapidamente, antes de receber uma resposta.

Sirius viu claramente como a mulher negava com a cabeça, um sorriso surgindo no canto da boca.

— Você a tem em suas mãos — murmurou para James, quando eles saíram.

— Ela estudou com a minha mãe — ele deu de ombros.

— Espera! Hogwarts já existia naquela época? — perguntou Sirius, arregalando os olhos.

— O Dumbledore já tem quase 100 anos — James revirou os olhos.

— Acho que já passou — parafraseou Remus.

— O que vocês aprontaram agora? — Lily os parou no meio do caminho, sorrindo.

— Que imagem tem de nós, ruivinha! — James fez cara de ofendido.

— Menos, Potter! Bem menos! — ela deu um tapa leve no braço dele.

— Ei, ruivinha! A gente podia... Sei lá! As aulas já acabaram, tô meio entediado! — ele coçou o cabelo, nervoso.

— Eu não posso! — ela respondeu, rápido demais — Medicina é complicado.

— Tudo bem — ele olhou desconfiado para Remus, já que eles cursavam o curso.

— Outro dia, pode ser? — Lily afastou-se, sorrindo.

— “Ei, ruivinha! A gente podia...” — Sirius coçou o cabelo, fazendo voz de retardado.

— Cale a boca! — James bateu na mão dele, que estava atrás da cabeça.

— Ei! O que tá acontecendo contigo? Gamou, foi? — perguntou Sirius.

— É claro que não! Deixe de ser idiota! — retrucou.

— Então, as cantadas da hora do almoço são só provocação? — provocou Remus.

— Óbvio — disse James — É só brincadeira! Ela acha engraçado!

Sirius e Remus trocaram um olhar, enquanto o amigo ia na frente, chutando uma pedrinha, que sabe-se lá como entrou no lugar.

— Qual é o dia que você tem menos matérias? — Sirius resolveu puxar assunto.

— Sábado e domingo, talvez? — disse Remus, o sarcasmo evidente.

— Ninguém manda ser trouxa e escolher uma das matérias mais difíceis do campus — ele retrucou.

— Eu, pelo menos, escolhi algo que gosto, e não o que os meus pais queriam que eu fizesse — ele deu de ombros.

— Toma! — eles ouviram a voz de James gritar, lá da frente.

— Você não pode falar nada! — gritou Sirius.

— Eu escolhi essa causa porque você escolheu, não porque os meus pais queriam — replicou James, olhando para trás — Eu acho que três vezes na semana estaria bom.

— Quem é que vai ensinar mesmo? — perguntou Remus — Ah! É mesmo! Sou eu!

— Se for menos que isso, vai ficar muito pouco. E duvido que a garota estude no tempo vago — disse James, sem se abalar.

— Andrômeda entrou no modo materno, ela vai obrigá-la a estudar dormindo — Sirius revirou os olhos.

— Ela não vai ter como estudar sem saber o quê! — ele disse, revirando os olhos para a lerdeza do melhor amigo — Que péssimo professor particular você!

— Estou ensinando de favor e obrigação, caso não tenha notado — observou Remus.

— Ela tinha que fazer supletivo só pra ter diploma mesmo — Sirius comentou — Eu vejo uma boa guitarrista nela.

Remus e James apenas negaram com a cabeça.

De repente, o moreno parou de andar, olhando para trás.

— Ah! Que ótimo! Era só o que me faltava! — comentou em voz alta — Minha mãe não tem nada melhor para fazer, realmente.

Os outros dois olharam para trás, vendo o olhar rancoroso de Regulus em sua direção.

— Supletivo: a solução de todas as mães que querem vigiar aos seus filhos mais velhos, que não seguem às tradições, e moram fora de casa — disse James, como se estivesse anunciando o produto — Ah! Fala sério, Black! Ignora esse babaca, e vamos embora!

O garoto não expressou qualquer reação, mesmo que estivesse escutando tudo o que eles diziam.

— Quem é você, garoto? O que está fazendo aqui?

O trio de garotos virou-se para ver quem falava com Regulus.

— Eu quem deveria perguntar quem é... — ele disse, com um tom arrogante, olhando o homem de cima a baixo — Você.

— Eu sou o porteiro desta universidade. E não está autorizada a entrada de não estudantes — disse o homem, tinha uma aparência ameaçadora.

— Eu sou da turma de supletivo — Regulus tentou engolir o orgulho, com certo receio do porteiro.

— Que ainda não foi iniciada — completou — Se quiser, posso dirigi-lo até a sala da professora...

— Não será necessário, já estava de saída — ele esquivou-se, parecendo ter chupado um limão muito azedo.

James não pôde deixar de pensar que, talvez, esse fosse o motivo pelo qual eles não teriam problemas com o novo funcionário.

— O horário de aulas já não acabou? — ele perguntou aos garotos, a expressão abrandando-se.

— Sim, senhor — respondeu Remus, cautelosamente.

— Nada de senhor! Chamem-me de Hagrid! — ele disse, descontraído.

— Até amanhã, Hagrid! — disse James, saindo com os outros dois.

— Caraca! Botou Regulus pra correr! — disse Sirius, com um sorriso enorme.

— Ele dá medo, mas parece ser legal — comentou James.

— Vocês ainda tem os seus livros de ensino médio? — perguntou Remus, pensativo.

Sirius e James trocaram um olhar, antes de olhar fixamente para ele.

— Não vou nem responder! — responderam em uníssono, indo na frente.

Ele apenas revirou os olhos, indo atrás dos amigos.

Como os dois, aparentemente, queimaram os livros depois do ensino médio (se Lily soubesse, daria um ataque, disso Remus tinha certeza), ele foi obrigado a fazer uma visita.

— Por favor, me diga que ainda tem os seus livros do ensino médio — ele disse, assim que a ruiva abriu a porta.

— Eu tenho, mas estão lá em casa! — ela respondeu.

Ele suspirou frustrado.

— Pergunte a Ian ou Frank, talvez eles tenham — Lily sugeriu.

— Frank pode ser, mas Ian? Até parece! — ele revirou os olhos.

— Bem, Ian e Marlene não moram tão longe! Seria só ir até a casa deles e pegar... — ela deu de ombros.

— Ainda acho humanamente impossível eles ainda manterem os livros — disse Remus.

— Tem razão — ela acabou por concordar — Desculpe.

— Tudo bem!

Ele afastou-se, quando a porta foi fechada.

— Belos amigos que eu tenho... — resmungou, subindo as escadas.

Seus pais, pelas dificuldades financeiras, tiveram que vender os seus livros, para poder comprar os de medicina e, mesmo assim, não deu para tudo. Ele pegava muitos dos livros emprestados de Lily, e outros ele conseguiu tirar uma cópia (embora fosse proibido) na Madame Pince.

— Jovem! O que lhe traz aqui? — Ian quem atendeu a porta, surpreso.

— Vocês moram aqui? — zombou Remus, vendo a desorganização.

— Não posso levar todo o crédito — Ian riu, deixando-o entrar.

— Eu sei que perguntar a você sobre isso seria uma esperança perdida — ele disse — Sabe se Frank tem os livros do ensino médio ainda?

— Para quê você precisa disso? — perguntou Ian, lentamente.

— Eu vou ajudar uma garota... — ele disse, sem dar maiores detalhes.

— Sei... “Ajudar” — disse o mais velho, afastando-se.

Remus franziu o cenho para as roupas jogadas, mas não teve tempo para fixar-se muito nisso, já que Frank apareceu logo depois.

— Olhe, eu acho que tenho alguns... — ele disse, tirando algumas roupas de cima da mesa, e jogando em outro canto.

— A empregada se demitiu? — brincou Remus.

Frank apenas sorriu, um pouco envergonhado.

— Olhe, eu não preciso de tudo, tem algumas coisas que eu consigo me lembrar. A questão é... — ele indicou.

— Exatas — completou Frank, concordando com a cabeça — Compreensível!

— Irônico alguém que cursa engenharia falar sobre isso! — disse Remus.

— É a vida... — murmurou o outro, puxando um livro grosso — Aqui! Física!

— Você não precisa disso ainda, não? — perguntou Remus, pegando-o.

— Tem fórmulas inúteis por aí — respondeu — Cara, sabia que agora eles resolveram dividir em partes? Que raiva! A gente tendo que aguentar essas coisas nas costas, e a geração nova de boas.

— É, mas fica mais fácil ter toda matéria em mãos — disse, sacudindo o livro o máximo que pôde, já que estava pesado.

A porta da frente abriu-se.

— Legal! Ian não fechou a porta — Frank revirou os olhos.

— Ouvi você conversando com Lily — o garoto virou-se rapidamente, ao ouvir a voz de Alice — Livro de química.

— Obrigado — respondeu Remus, pegando-o.

— Boa sorte com Nymphadora! — ela disse, sorrindo sem jeito.

— Como...? — ele perguntou.

— As notícias correm rápido! Até mais! — ela virou-se para sair.

— Você guarda livro de química? — Frank perguntou.

— Juntou nas minhas coisas, quando me mudei — ela respondeu, sem graça.

— Acontece! — disse Ian, aparecendo novamente na sala, quando ela saiu do apartamento.

— Eu vou procurar matemática. Se eu encontrar, te falo — disse Frank, olhando sem vontade para as coisas desarrumadas.

— Obrigado! — Remus segurou a risada, saindo.

Logo que chegou em casa, viu que Andrômeda já estava lá, e a garota também.

— Acho que vou gostar dessas aulas... — ele ouviu a garota murmurar.


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Notas finais do capítulo

Tonks safadenha *moonface*