Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 33
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Gente, pelo amor de Deus! Ou eu tenho uma mente muito fértil, ou vocês são meio lerdinhas. Eu tive que colocar mais uma frase no capítulo anterior para vocês entenderem que ela vai namorar com o Sirius. Ela só... Estava interessada em outras coisas naquele momento.



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— Estamos ótimos. É sério! Mãe! Não, mãe! Não se preocupe! Está tudo bem com o bebê... Tá, comigo também. Está todo mundo ótimo!

Estava ficando difícil para Andrômeda manter-se concentrada em seu livro, enquanto Ted, seu esposo, tentava terminar a ligação com sua mãe.

— Pare de rir! — ele disse, desgrudando o telefone da boca.

— Desculpe! — ela disse, os lábios ainda levantados.

— Não, mãe! Não estava falando com você! — ele virou-se, novamente com o telefone na boca — Andy mandou um beijo.

— Eu não mandei... — ela murmurou, os olhos fixos nas páginas amareladas.

— Outro, querida! — ele disse, em voz alta, como se não tivesse escutado o que ela disse — Sim, mas agora precisamos ir, mãe. Te mando notícias! Tchau!

— A gente paga conta de telefone só por causa dela — comentou Andrômeda.

— Deixe de ser implicante — ele sentou-se ao seu lado, beijando-a com delicadeza.

— Eu odeio quando você faz isso — ela reclamou.

— Vamos! Temos que ir! A consulta é para daqui a meia hora! — Ted levantou-se, apurado.

— Exatamente! Meia hora! — ela disse, calmamente.

— Andrômeda — ele disse, sério — Temos que chegar com antecedência.

— Está bem — ela resmungou, fechando o livro, e levantando-se.

Ele apressou-se para ajudá-la, mas foi repelido.

— Não preciso de ajuda! Estou grávida, não inválida! — reclamou.

— Desculpe! — ele levantou as mãos, assustado.

— Ai, desculpe, amor. Estou meio estressada esses dias... — ela colocou a mão na testa — Eu não sei... Um sentimento meio ruim.

— Vamos falar isso com o médico — prometeu — Agora, vamos.

O carro era meio entediante, mas ela não tinha outra forma de ir até o consultório, que era longe. Nenhuma música do rádio a agradava, e Ted estava concentrado na estrada. Começou a acariciar a pequena barriga, sem prestar atenção.

— Para o carro — disse, de repente.

Ele encostou o carro na mesma hora, virando-se para ela.

— Andy? — ele perguntou, de cenho franzido.

Ela abriu a porta do carro, e vomitou do lado de fora.

— Andy, tá tudo bem? — ele perguntou, preocupado.

— Tudo ótimo! — ela respondeu, irônica.

Fechando a porta do carro, ela pegou um pedaço de papel na bolsa e limpou os lábios.

— Já estamos indo pro médico, só anda logo com isso — ela disse, fechando os olhos, e jogando a cabeça para trás.

— Mas você estava enjoada? — perguntou Ted, preocupado.

— Não, eu só fiquei com vontade de vomitar, do nada — respondeu.

Apesar de negar, era evidente que ele tinha acelerado mais na velocidade. Andrômeda só torcia para eles não serem parados pela polícia, ou teria que fingir um parto.

— Estamos atrasados! Está vendo? Disse para não demorarmos! — reclamou Ted, saindo apressado do carro, e indo abrir o lado dela.

Ela ignorou a volta dele, saindo antes que ele a alcançasse.

— Você quem resolveu ficar de conversa com a sua mãe — ela disse, mal humorada.

Ele abriu a boca, mas permaneceu calado.

A verdade era que aquela situação magoava um pouco a Andrômeda, pois ela sabia que jamais passaria por aquela situação com sua mãe.

— É inadmissível isso! — gritou Druella, levantando-se — Só casará com um sangue ruim por cima do meu cadáver!

Tentou manter contato, mesmo assim, mas nunca foi respondida. Uma situação ridícula.

— Maldito momento em que foi fazer intercâmbio! — rosnou Druella.

— Lhe dissemos que não era uma boa ideia, mãe — Bellatrix apenas olhava para as unhas.

— Uma aventura de viagem. Se não terminar com isso, eu te deserdo! Não terá contato com suas irmãs nunca mais! — declarou Cygnus, frio.

— Vamos, senhores Tonks? — uma enfermeira apareceu.

Eles seguiram-na até o fim do corredor, entrando na sala, onde o médico já lhes esperava.

— Deite-se aqui, senhora Tonks — ele disse.

Com a blusa acima da barriga e o líquido gelado já espalhado, o médico começou a passar a máquina, olhando fixamente para a tela ao lado da maca.

— Não permitirei jamais que essa criança estude em Hogwarts — disse Druella.

— Você não pode controlar a minha vida! — gritou Andrômeda.

— Teste-me! — a mulher disse.

— Senhora... — a voz do médico era quase impossível de se entender.

Ela não importou-se com os dois, levantou-se, abaixando a blusa e saindo do quarto. Nenhum dos dois a parou.

— Mike é um ótimo nome... Se for menino — disse a sua sogra.

— E se for menina? — perguntou Ted.

— Nymphadora — murmurou para si mesma.

Assim que alcançou o ar do lado de fora, foi até o carro, sentando-se no banco do motorista. Com a testa apoiada no volante, ela permitiu-se chorar pelo filho que não teria.

Ela sentia que isso estava acontecendo, mas preferiu ignorar, tomar os remédios indicados pelo médico, acreditar que era apenas o bebê querendo nascer antes do tempo. Só que a situação não foi assim...

Ela não tinha abortado ainda, mas seu filho não estava mais lá.

Sem parar para pensar em Ted ou qualquer outra coisa, ela girou a ignição, ouvindo o barulho do motor. Depois da segunda girada, o carro pegou. Ela mudou a marcha, e tirou o carro da vaga.

— Andy! — ela viu Ted correndo na direção do carro, pelo espelho retrovisor — Volte aqui!

Ela não deu ouvidos, pisando no acelerador.

Só precisava de um tempo sozinha... Um tempo, sentindo o vento do carro em seu rosto.

Era irresponsável, mas ela não agia assim desde que terminou o noivado forçado de sua família com Sirius. Pensaram que, como eles eram os problemas da família, seria mais fácil uni-los, assim eles causariam problemas bem longe, e manteriam o sangue puro. Como se o divórcio não existisse...

Tendo desistido, por Ted, livrou a barra do primo por mais algum tempo, já que ele era um pouco em cima do muro quanto ao dinheiro. No entanto, ela soube que ele estava interessado em uma garota, desejava que ele tomasse jeito de uma vez.

Em um momento, ela estava dirigindo bem, um pouco distraída, até que viu um vulto atravessando a estrada, e pisou no freio com força. O impacto fez com que ela batesse no vidro da frente, já que estava sem cinto de segurança, e o farol bateu fortemente em algo.

— Ai, meu Deus! — ela murmurou, as mãos na boca.

Abaixou rapidamente o espelhinho, vendo um grande corte em sua testa. Sem importar-se, ela empurrou a porta, saindo. Antes que pudesse ajoelhar-se, uma menina levantou-se.

— Me perdoe! Está tudo bem? Precisa de ajuda? — ela perguntou.

— Acho que eu quem deveria perguntar isso — observou a garota, olhando assustada para ela.

Seguindo o seu olhar, ela viu que sua calça estava encharcada de sangue, tinha abortado.

— Não se preocupe comigo! — disse, fazendo uma careta pela dor — O que importa é você! Venha, eu te levo para sua casa, ou ligo para os seus pais. Onde é?

— Não tenho casa — respondeu a garota, levantando-se.

— Vive na rua? — perguntou Andrômeda.

Então, ela reparou na mochila e capa de violão que estavam caídos no chão.

— Normal — a garota deu de ombros, começando a colher as suas coisas.

— Tem quantos anos? — perguntou, preocupada.

— Quinze.

— E qual é o seu nome?

A garota de cabelos tingidos de rosa virou-se para ela, já com as coisas em mãos.

— Nymphadora.


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Notas finais do capítulo

VAI TER REMADORAAAAAAAA!
Já ouviram falar de Ministry of Magic ou Oliver Boyd and The Remembralls?
Não?
É, eu sei. Só eu :/