Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 31
Capítulo 30




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— Sirius, veja isso!

O moreno levantou o olhar, confuso, vendo o rosto furioso de James, enquanto Remus jogava o jornal de Hogwarts em cima da mesa.

 

Marlene McKinnon e os seus vícios por Rita Skeeter.

A duvidosa sexualidade de Sirius Black por Rita Skeeter.

 

— Essa garota já está passando dos limites! — disse Sirius, sentindo seu sangue ferver.

O problema não era a reportagem sobre ele. James adorava provocá-lo, e as pessoas sabiam perfeitamente que ele não era gay. Mas mexer com Marlene? Ele sentiu uma necessidade de vingança que nunca sentiu por outra garota antes.

— A gente precisa acabar com isso — declarou.

***

Grupo “The Marauders”.

James Potter

O que ela está fazendo? (14:02)

 

Remus Lupin

Ela foi atrás dos arbustos (14:02)

 

Sirius Black

Será que ela tá pegando alguém? (14:02)

 

James Potter

SIRIUS! FOCO! (14:03)

 

Remus Lupin

Ela está trocando os livros (14:04)

 

James Potter

Como assim? (14:04)

 

Remus Lupin

Ela está tirando os livros de jornalismo, e colocando de outra matéria (14:05)

A mãe dela chegou de carro (14:06)

 

James Potter

Te pegamos, Skeeter (14:06)

 

Sirius Black

Jimmy, pega o telefone da Bertha (14:07)

 

Remus Lupin

Elas não são amigas? (14:07)

 

Sirius Black

Não existe amizade na hora da fofoca (14:08)

 

James Potter

Vem pra casa, Remmie (14:09)

Temos negócios a tratar (14:09)

 

Sirius Black

*áudio tocando música de série policial* (14:11) 0:30

 

Remus Lupin

Não chame de Remmie (14:11)

***

— Isso só pode significar uma coisa, sinceramente! — disse James, decidido.

— Precisamos confirmar! Se dermos uma informação errada, vai ser uma piada — disse Sirius.

— E não queremos nos comparar a Skeeter, não é, Sirius? — completou Remus, com um ar repreensor.

— Claro — concordou, revirando os olhos.

Eles não viram quando James puxou o celular.

— Secretaria de Hogwarts, quem fala? — uma voz feminina saiu de lá.

— Com quem eu falo? — perguntou James, coçando um lado do nariz.

— Arabella Figg — a mulher respondeu.

— Senhora, eu ando um pouco desconfiado pelas atitudes de minha filha — ele disse.

— De quem se trata? — ela perguntou.

— Rita Skeeter — quando ele respondeu isso, Sirius e Remus arregalaram os olhos.

— Senhor, não podemos passar informação por telefone. Teríamos que marcar uma reunião! — disse Arabella.

— Só preciso confirmar se ela cursa, realmente, o curso que eu matriculei-a — insistiu, com calmaria na voz.

— Senhor...

— Não vejo problemas nessa informação. Sou um homem ocupado, não tenho tempo para resolver os meus problemas por aí. Problemas familiares, eu resolvo em casa.

Ela ficou em silêncio por alguns minutos, e Remus pôde jurar que ela desligaria.

— Tem uma matrícula no curso de direito. Contudo, o curso foi cancelado, e substituído por jornalismo — ela informou.

— Quem permitiu isso? — ele fez voz de irritado.

— A sua mulher, senhor.

Ele ficou em silêncio por alguns minutos, dramaticamente, olhando de Sirius para Remus, todos sorrindo.

— Senhor Skeeter? — a secretária perguntou, nervosa.

— Obrigado pelos seus serviços, senhora. Resolverei essa situação o mais breve possível, não se preocupe. Tenha uma boa tarde! — ele desligou, rapidamente.

— Liga para Bertha! — Sirius quicou no chão, parecendo uma criança — Anda! Anda!

James negou com a cabeça, de cenho franzido.

Digitou algumas coisas, e encostou uma extremidade do celular em sua bochecha.

— Bertha, tenho um furo jornalístico para você — ele disse, soltando o botão do áudio.

O celular foi observado pelos três pares de olhar, até que o toque de WhatsApp soou.

— Se for mesmo importante, posso colocar amanhã mesmo, no jornal — ela respondeu, também por áudio.

— Ainda tenho provas de que o que digo é verdade — ele avisou, novamente por áudio.

— Isso é ótimo! Um pouco de jornalismo real... — ela desabafou.

— Ela não gosta das mentiras de Skeeter! — observou Remus.

— Melhor ainda — disse James, olhando para Sirius.

— Ela obedece porque, pelo que parece, a ideia de criar o jornal foi da Skeeter, então é a editora chefe — meditou Sirius.

— Vou enviar para você — ele mandou áudio, antes de mudar de janela — Manda as fotos, Remmie.

O garoto revirou os olhos, puxando o celular, enviando as imagens por WhatsApp.

— Isso não são provas sem contestação — observou Sirius.

James deixou um sorriso malicioso escapar, mostrando uma janela de gravador de áudio.

— Eu gravei a chamada — ele sussurrou, confidente.

— Arabella pode perder o emprego! — disse Remus, arregalando os olhos.

— Apenas os editores terão acesso a esse arquivo. No caso, Bertha.

Mesmo assim, Remus não parecia certo disso.

— Espere um momento — James revirou os olhos, levantando-se e abrindo a porta.

— Onde ele vai? — perguntou Sirius, confuso.

— Evans! — eles ouviram James gritar do corredor.

— Ele quer morrer — concluiu Remus.

— Não! Eles são amigos agora, lembra? — retrucou Sirius.

— Existe uma coisa chamada campainha, Potter — Lily roubou as palavras da boca de Remus.

Eles murmuraram alguma coisa, e foram até o apartamento dos garotos.

— No que a Evans vai nos ajudar? Sem ofensas — perguntou Sirius.

— Já que vocês querem fazer as coisas pelo jeito difícil... — retrucou James — Vamos modificar a voz de Arabella, tirar o nome dela do meio. De praxe, modificar a minha voz também, mesmo que eu não tenha medo de mostrar a cara.

— É só você falar com a McGonagall, que ela alivia a barra da Arabella — disse Lily, revirando os olhos, sentando-se na cadeira giratória do computador.

— Tem coisas que apenas Dumbledore decide — James deu de ombros, conectando o celular ao computador, por um fio.

— Não é só a Arabella como secretária? — perguntou Sirius, confuso.

— Na verdade, não. Tem uma estagiária, que fica no lugar dela às vezes — respondeu Remus.

— Ela vai se aposentar — disse Lily, os olhos fixos no monitor, clicando em algumas coisas.

— E você está fazendo isso online? — perguntou Sirius, curioso.

— Todo Windows tem um aplicativo de captação de áudio padrão — disse Lily — O lance é saber mexer.

Sirius assentiu com a cabeça, mesmo sem ter entendido coisa alguma.

— Skeeter não poderia ter armado isso sozinha — disse Lily, depois de um tempo.

Ela clicou em um botão e, enquanto carregava, ela puxou o celular, procurando nas mensagens.

— Vance está metida no meio — murmurou Lily.

— Ela e Marlene vão acabar causando uma terceira guerra mundial — disse James, rindo.

— Bem... Lene quem começou, pegando o diário dela — Sirius deu de ombros.

— Pois é — Lily torceu o rosto — Agora vamos ter que arrumar um jeito de parar com isso, nem que tenhamos que levar o caso para a professora McGonagall.

— É a faculdade, Lils, não o colégio — lembrou-lhe James.

— Você pode resolver isso — debochou Lily — Pronto!

Ela apertou no enter, e eles puderam ouvir a conversa que James antes teve com Arabella, mas não dava para reconhecer coisa alguma. Se não tivessem escutado antes, jamais adivinhariam que o áudio era de James e da secretária.

— Tenho que confessar, arrasaram! — elogiou Lily.

— Quem arrasou foi você! Olhe só isso! Coisa de profissional! — disse James, embobado.

— Tá... Enviem isso para a Bertha, eu tenho que voltar — Lily saiu como um foguete, envergonhada.

Sirius ergueu um polegar, aprovando. James apenas revirou os olhos, sentando-se onde Lily antes estava. Passou o áudio para a memória do celular, e enviou o anexo para Bertha pelo aplicativo de mensagens.

— Rita Skeeter, sua carreira está acabada! — disse Remus, sorrindo maliciosamente.

— Meu menino tá crescendo — Sirius fingiu limpar uma lágrima.

— O corrompemos — disse James, divertido.

***

O dia seguinte deve ter sido o pior da vida de Rita Skeeter.

O jornal não ficou restrito somente à faculdade, os pais dela descobriram também. A questão era que não foi a mãe dela quem cancelou sua matrícula, foi ela mesma, fingindo ser a mãe.

Ninguém viu a estudante pelo resto do dia. Muitos diziam que ela iria sair da faculdade, obrigada pelos pais, ou mudar de curso. Entretanto, com toda essa confusão, talvez ela conseguisse continuar como jornalista. Desde que não voltasse com suas mentiras, ninguém se importava o suficiente com isso.

— O primeiro período nem terminou, e os marauders já atacaram! — brincou Marlene, sentando-se ao lado do trio.

— Estava com saudades disso — confessou James.

— Eu fui obrigado — Remus tentou continuar com sua pose de bom moço, mas ninguém mais acreditava nisso.

Eles entreolharam-se e se levantaram, dando uma desculpa incompleta.

— Lily me contou — disse Marlene a Sirius — Muito obrigada mesmo, mas não precisava...

— Eu protejo àqueles que eu amo — ele interrompeu-a.

Ela virou-se para ele, assustada com o que ele disse, e com sua expressão séria.

— Sirius...

— Lene, quer namorar, de verdade, comigo?


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Notas finais do capítulo

Prevejo desmaios, depois desse final.