Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada por todos os comentários ♥ Estou muito feliz!
Estou com alguns capítulos adiantados, então cá estou eu com o capítulo 2, mas não acostumem-se! Vou atualizar as notas da história, e colocar o link da playlist da fic.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/682866/chapter/3

Assim que chegou ao seu quarto, bateu a porta com força, e jogou-se em sua cama.

Não era o quarto dos sonhos de toda a adolescente. Era bem simples, para dizer a verdade.

O papel de parede liso creme, parecendo mais do quarto de uma idosa do que de adolescente; a parede coberta com alguns quadros, tentando dar um pouco mais de cor ao lugar. Um quadro metálico magnético, cheio de anotações e fotos, ao canto. Uma escrivaninha, com um notebook em cima, e o guarda-roupas. A janela estava sempre fechada, e a cortina já estava quase caindo de seu suporte. Não podia também esquecer-se da estante, lotada de livros.

Ela não reclamava, apesar disso. Nunca tinha as melhores coisas, mas não reclamava. Já Petúnia, apesar de não reclamar, parecia incomodada com isso. Sempre queria mais do que podia ter, e seus pais se matavam para lhes dar o básico.

Sua mãe tinha começado a trabalhar em pouco tempo, quando Petúnia entrou na faculdade, e as contas começaram a apertar. Durante a infância das filhas, era a mãe sempre presente e cuidando da casa, ao contrário do marido, que sempre trazia trabalho para casa, apesar de passar muito tempo fora.

Tirando o rosto do travesseiro, Lily virou a cara, olhando fixamente para a foto de formatura do ensino médio, no quadro metálico. Ao lado, uma foto dela com sua antiga vizinha e melhor amiga, que mudou-se antes do ensino médio delas começar.

Suspirou, ao lembrar-se que deixou seu celular no balcão, e levantou-se para pegar o notebook. Desconectou os fios, e puxou o eletrônico para si, voltando para a cama.

 

Lily Evans @LilyMaryEvans • agora

Nunca pensei que entrar para uma faculdade seria tão difícil.

 

Lily Evans @LilyMaryEvans • agora

#MinhaCidadeTem faculdades que não vão com a minha cara.

 

Antes que pudesse lotar seu Twitter de reclamações, ouviu batidas na porta.

— Lily, se você está mais calma, chegaram algumas cartas para você — ouviu Petúnia dizer, receosa.

— Podem abrir — disse, sem emoção — Não quero mais decepções.

O silêncio durou tanto tempo que ela pensou que a irmã tinha ido embora, e já ia voltar para o que estava fazendo.

— Sabe... Eu demorei para conseguir encontrar uma faculdade. É normal! — Petúnia tentou confortá-la.

— É diferente, Tuney. Você sabe que é...

— Talvez, mas mesmo quem faz esporte não consegue de primeira. Qual é, Lily! Você é a garota mais inteligente que eu já conheci! Eles não podem desperdiçar tanto.

Lily deixou um sorriso leve surgir em seus lábios.

— Obrigada, Tuney — disse.

Ouviu os passos da irmã, afastando-se de sua porta, e descendo as escadas.

Suspirou, olhando para a tela do note.

 

Lily Evans @LilyMaryEvans • agora

“Não temos mais vagas”

(Gif de uma mulher revirando os olhos)

 

Fechou o navegador, e apertou no botão para desligar.

— Lily! Desça! — ela ouviu a voz abafada de sua mãe gritar.

Olhou para a porta por alguns segundos, antes de puxar a barra de sua blusa até a cabeça, retirando-a. Levantou-se, deixando o notebook em cima da cama. Abriu a porta do guarda-roupas, pegando uma camiseta e short para ficar em casa.

Assim que jogou as roupas, com as quais saiu, no cesto do banheiro (o banheiro tinha quatro portas: um dava para o seu quarto, outro dava para o quarto de seus pais, para o quarto de Petúnia, e a porta que dava para o corredor), saiu pela porta do corredor, e desceu as escadas, pôde ouvir vozes animadas lá debaixo.

— Pensei que não viria mais! — reclamou Doralice, assim que a viu — Venha!

— Mãe, eu não quero ver essas cartas — Lily gemeu, assim que viu a quantidade espalhada pela mesa.

Petúnia revirou os olhos, pegando a carta, que a mãe segurava.

— Ei! — reclamou Doralice, virando-se para a filha mais velha.

— Cara senhorita Evans, estivemos verificando seu quadro de notas nos últimos anos, e acreditamos que será uma estudante útil para nossa instituição. Caso esteja interessada na vaga, temos uma reunião marcada para o dia 15 deste mês. Se não estiver interessada, é só não comparecer. Informações adicionais no verso. Atenciosamente, Minerva McGonagall — Petúnia leu.

Lily continuou olhando para o rosto da irmã, embasbacada. A loira, prevendo o que diria, estendeu-lhe a carta, que ela pegou rapidamente, relendo.

— Hogwarts é uma ótima universidade! — Doralice elogiou.

— Mas, mãe, ela não deve ter nem 50 anos! — disse Lily.

— Querida, a idade não significa nada. Por que não tenta? Não perde nada! — disse Doralice.

— Perco tempo — murmurou Lily.

— Lil, você já foi para tantas! Se não for, direi-lhe o que perderá: uma oportunidade — disse Petúnia — Céus! Ouvi tanto sobre Hogwarts, e eles te chamaram! Não permitirei que perca essa chance! Nem que eu tenha de arrastar-lhe!

— Está bem! Eu vou — Lily riu.

— Venham aqui! — Doralice abriu os braços, puxando as duas filhas para sentarem-se ao lado dela, no sofá — Minhas menininhas... Crescem tão rápido. Agora são duas universitárias.

— Há dois anos, mamãe — Petúnia lembrou-lhe.

— Mas agora são as duas — retrucou Doralice.

Petúnia olhou para Lily, por cima da cabeça da mãe, e revirou os olhos abertamente, fazendo-a sorrir.

— Não estão me pondo os chifres, certo? — Doralice perguntou, cautelosamente.

— Não temos mais idade para isso — disse Lily, fazendo-a ficar mais calma.

Petúnia afastou-se rapidamente, assim que a mãe deu brecha.

— Céus! Você é tão babona! — Petúnia riu, revirando os olhos.

— Olhe o respeito com a sua mãe! — ralhou Doralice, mas seu sorriso a contradizia.

— Não estou desrespeitando! — retrucou Petúnia, abrindo a geladeira.

— Menina, eu já vou servir o almoço! Só estou esperando o seu pai — a mãe levantou-se, indo até lá, e fechando a geladeira.

Lily esticou-se no sofá, pegando o controle remoto, e ligando a TV.

— Um dia, a televisão será ultrapassada, assim como o rádio — disse Petúnia, deitando com as pernas no encosto.

— Como vai o seu namorado? — Lily fez uma careta.

— Ah! — Petúnia pareceu desanimada — Ele viajou com o pai, por negócios, creio. Sabe como é...

— Vocês brigaram? — perguntou.

— Não! Por que está perguntando isso?

— Só queria puxar assunto.

Lily olhou para a irmã, e imitou a posição dela. A cabeça sem apoio, as costas no assento, e as pernas apoiadas no encosto.

Olhando a TV de cabeça para baixo, começou a zanzar pelos canais, procurando algo interessante para assistir.

— Não passa Teen Wolf na MTV a essa hora? — perguntou Petúnia.

— Pensei que fosse The Vampire Diaries — Lily franziu o cenho.

— Para mim, pode ser qualquer um dos dois.

— Qual é o canal mesmo?

Lily aproximou o controle do rosto, tentando enxergar.

— Tenta 160 — disse Petúnia, olhando para o lado.

Ela tentou, e o canal foi. Elas permaneceram de cabeça para baixo, vendo o final do episódio de TVD. Não importava quantas vezes passasse, elas nunca se cansariam de ver.

Um barulho de chaves foi escutado da porta, elas viraram os pescoços rapidamente.

— Papai — disseram, em uníssono.

Elas tentaram ajeitar-se no sofá, uma esbarrando na outra, e quase caindo do sofá, mas, por fim, conseguindo sentar-se “decentemente”.

Doralice passou rapidamente pela sala, indo receber o marido, com entusiasmo.

— Será que algum dia seremos nós? — perguntou Petúnia, sob o olhar confuso de Lily — A recebermos nossos maridos dessa forma.

— Você nasceu para ser mãe, Tuney — disse Lily, o olhar fixo no momento em que Damon voltava para a sua realidade, deixando Bonnie sozinha com Kai.

— Não, eu acho que nasci mais para ser mais esposa do que mãe — murmurou Petúnia — Você, sim, nasceu para ser mãe.

Lily estava pronta para perguntar o que ela queria dizer com “ser mais esposa”, mas Carver Evans aproximou-se de suas filhas.

— Não cansam-se dessa série, hum? — perguntou, dando um beijo na cabeça de cada uma delas, bem humorado.

— Desliguem a TV! — Doralice mandou, da cozinha.

Hora do almoço e jantar era sagrada para a mulher, os únicos momentos em que toda a sua família estava reunida.

— Você já viu essa cena umas vinte vezes, Lil! — Petúnia revirou os olhos, levantando-se do sofá.

— Mas o Damon pegando a garrafa é épico! — reclamou.

— Lily! Agora! — Doralice gritou.

Lily suspirou triste, apertando o botão para desligar, e indo para a cozinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!