Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 29
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

O que eu posso dizer dessa garota, que é a minha melhor amiga e ama encher o meu ego? Hahaha
Obrigada pela recomendação, Ker ♥
Tá aqui o capítulo pelo qual você esteve me xingando ontem, por não postar. Eu acho que tá grande, espero que goste ^-^



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Os corredores vazios ecoavam o som que os tênis de Lily faziam, ao derraparem, algumas vezes. Ela olhava para trás, vez ou outra, para ter certeza de que não era seguida. Não queria conversar com qualquer pessoa, naquele momento.

Encontrou uma sala de aula vazia, e entrou, fechando a porta.

— Você é um idiota, Potter!

— Qual é o seu problema, garota? Qual é o seu problema comigo? O que eu te fiz para você ficar me tratando dessa forma?

— Você é um metido arrogante! Digno de um sangue puro!

— E você é uma nerd chata! Digna de uma...

— De uma o quê? Diga! Diga! Uma sangue ruim, não é?

— Você não me conhece! Não venha falar comigo como se pudesse adivinhar o que eu penso!

Ela tampou o rosto com as mãos, escorando-se na parede da lousa.

— Calem a boca... — sussurrou, tentando apagar as vozes.

Dentre várias pessoas, justo a última que ela queria ver abriu a porta. Ela não percebeu isso, até sentir uma mão em seu ombro. Uma mão áspera.

— Está tudo bem? — James perguntou.

Ela não respondeu, apoiando a mão nos joelhos encolhidos.

— Não dê ouvidos para o que aquela Skeeter disse... Ela só quer ibope — disse James, revirando os olhos.

— Conseguiu — sussurrou Lily.

— O que importa é que nós sabemos a verdade! — ele sorriu.

— Como você consegue? — a ruiva encostou a cabeça na parede — Eu sempre te tratei tão mal...

— Você deve ter tido os seus motivos — ele deu de ombros.

— Não... Eu fiz gratuitamente — murmurou — Sem nem te conhecer, eu fui lá e...

— Eu sou bem arrogante quando quero — o garoto retrucou.

— E eu não fui melhor! — interrompeu, aumentando o tom de voz.

Eles permaneceram em silêncio, a vergonha era sentida dos dois lados.

— Estamos na faculdade, agindo como se fossemos colegiais — disse Lily, levantando-se do chão.

James, que estava agachado, deixou a cabeça cair para a frente.

— Desculpe-me — disse Lily, tão culpada que nem importou-se com ter de dizer isso.

— Eu não tenho o que desculpar — respondeu, endireitando-se.

A sineta tocou, assustando-os.

— Eu tenho que ir... — disse Lily, passando a mão pelo rosto.

— Amigos, Evans? — ele perguntou, sorrindo de lado.

— Lily — ela respondeu, sorrindo — Me chame de Lily.

A ruiva passou por ele, abrindo a porta da sala de aula, já ouvindo o som da multidão caminhando.

— Vou entender isso como um sim! — James disse.

Ela sorriu e saiu, deixando a porta aberta atrás de si.

***

A professora McGonagall chamou a todos os professores para uma reunião, no último tempo. No entanto, não foi permitida a saída de qualquer aluno. Por isso, Alice, Lily e Marlene estavam sentadas nos degraus do pátio. Enquanto Alice e Marlene (pintando as unhas) conversavam, Lily estava concentrada no livro, que estava pousado em seu colo.

— Não, vai você! — duas vozes começaram a se sobressair.

— Ed, você fez a burrada, agora aguente as consequências! — Amelia disse, quase rosnando de irritação.

— Ei, McKinnon! — ele aproximou-se, antes de engolir em seco, fugindo do olhar de Alice.

— Olá, Edgar! — ela sorriu, simpática.

— Está tendo uma formação de um time lá nos fundos! — ele comentou — Vocês querem ver?

— Time de quê? — perguntou Lily, os olhos ainda fixos no livro.

— É... Falando assim, fica meio ridículo — ele coçou a cabeça, envergonhado — Mas é legal!

— Diga de uma vez — deu para escutar Amelia reclamar.

— É pular corda dupla, sabe? Eu sei que parece coisa de criança, mas... — ele enrolou-se.

— É perfeito! — exclamou Marlene — Onde é?

— Lá atrás, naquela área que anda um pouco abandonada — disse Edgar.

— Nós já vamos! Espere um minuto...

Ele assentiu, indo para perto de Amelia.

— Lily, guarda esse livro agora mesmo! — Marlene puxou o objeto dela.

— Ei! — ela reclamou — É o único tempo livre que tenho em tempos!

— Ninguém mandou escolher medicina — retrucou a garota — Vão formar time de pular corda dupla! Como você nunca pensou nisso antes? Você amava pular corda, quando estudávamos juntas! Você não tropeçava, caía, nem nada! Você era perfeita!

— Eu não preciso mais disso — ela disse — Agora eu já estudo aqui!

— Não como obrigação! É como diversão! — exclamou Marlene.

— Lene... — começou Lily.

— É só para testar! — insistiu.

— Aliás, você não fazia curso de teatro? — intrometeu-se Alice.

— Eu faço — corrigiu.

— Nunca mais te vi indo para lá! — retrucou a garota.

— O prédio está em obras! Estamos conversando pela internet. Vamos fazer uma peça de teatro, e eu já tive uma ideia de como farei! Inclusive, agradeceria muito se me ajudassem — disse, rapidamente — Mas essa não é a questão!

Lily, prevendo que não conseguiria ganhar a discussão, levantou-se.

— Vamos logo! — disse.

Indo para lá, elas passaram pelo trio de garotos, que conversavam. Quem visse de longe, pensaria que se tratava de um assunto sério, mas não elas. Elas os conheciam bem o suficiente.

— O que estão aprontando? — perguntou Marlene.

— Que imagem tens de nós! — disse Sirius, colocando a mão no peito, ofendido.

— Não tenho nada com isso! — defendeu-se Remus, voltando o olhar para o livro, que estava de cabeça para baixo.

— Sei — disse Lily, desconfiada.

James deu um sorriso de lado, olhando fixamente para Lily, que não pôde evitar sorrir também, mesmo sentindo o olhar vitorioso de Marlene sobre si.

— Precisamos ir! Nos vemos mais tarde! — disse Marlene, puxando a Lily pelo braço.

— Onde vão? — perguntou James, confuso.

— Por aí! — Marlene gritou, sem parar de andar.

Elas passam direto por um cartaz rasgado, falando sobre reencontro de ex-alunos.

— Quando foi isso? — perguntou Alice, olhando para o que restava dele.

— Antes das aulas começarem — respondeu Marlene — Andrômeda e Ted estiveram por aqui!

— Por que eles se mudaram? — perguntou Lily, livrando o seu braço da mão de Marlene.

— Toda a família Black está por aqui... E Andrômeda ficou grávida — ela deu de ombros — Coisas que acontecem...

— Tá! Tanto faz! Mas é engraçado o fato de você ter conhecido a Andrômeda, sendo que ela é prima de Sirius — ela disse — E isso antes de conhecê-lo.

— Coisas que acontecem — repetiu Marlene, sem dar importância — O apartamento tinha o aluguel mais barato que eu já vi na região.

Elas chegaram a um muro. Lily parou de caminhar, mas Marlene foi na frente, dando um pulo para pegar um tronco de árvore, que passava por cima dele.

— Vamos ter que escalar? — perguntou Alice, incrédula.

— Deveria ter te avisado que vir para a faculdade de vestido não é uma boa ideia — comentou Marlene, o olhar fixo no muro, tentando pegar impulso para pular — Se pensassem que você ainda é virgem, estaria um monte de cara tarado atrás de você.

— E isso porque certa pessoa queria que eu desistisse — retrucou Alice.

— Ter um namorado diminui a mesma porcentagem de chances de isso acontecer.

Lily fechou os olhos, assim que Marlene soltou o galho, mas não teve som de baque.

— Desce logo daí, sua maluca! — ela ouviu Alice dizer.

Ela abriu os olhos, vendo como Marlene estava de pé em cima do fino muro.

— Andem logo! — ela revirou os olhos, antes de virar-se, com cuidado, e cair para o outro lado.

— Meu vestido não está tão curto assim... — murmurou Alice para si mesma — E eu estou com short embaixo.

— Isso foi inteligente! — disse Lily, distraída.

Ela deu um pulo alto, mas o galho escorreu de suas mãos, derrubando algumas folhas em cima de si. Respirando fundo, ela pulou novamente, e não esperou para pegar impulso.

— Meu Deus! Vocês lerdam muito — reclamou Marlene.

— Olhe o tamanho dessa droga, McKinnon! — reclamou Lily, olhando para o chão.

— Ande logo! — Marlene revirou os olhos.

Lily pegou o tronco da árvore, tendo menos dificuldade para descer.

— Não vou nem morta! — Alice gritou, do outro lado.

— Ótimo! — retrucou Marlene — Vamos, Lily!

A ruiva revirou os olhos, indo na direção onde já se podia escutar vozes.

— Se resolvam aí! — disse.

Caminhando um pouco mais, ela escutou um forte barulho e um gritinho. Ela permaneceu parada, olhando como uma garota morena entrou no vão, onde duas cordas já eram giradas.

— Precisamos falar com a professora McGonagall, no caso! — disse um garoto, em voz alta.

— Ou podemos treinar em casa, alternando... — retrucou a que pulava.

— Eu moro em apartamento, os vizinhos de baixo vão reclamar — disse uma garota, que estava sentada na grama.

Pelos passos, deu para perceber que Marlene e Alice apareceram, embora a última estivesse com alguns arranhões.

— O meu prédio tem aquela parte mais... — outra garota gesticulou — Sabem? No topo do prédio!

— Como se fosse para festas? — perguntou o menino.

— Isso! — ela estalou os dedos.

— Olá, gente! — Marlene passou por Lily, cumprimentando ao pequeno grupo.

A garota que pulava distraiu-se, tropeçando na corda.

— Foi mal — Marlene riu.

— Olá, Ali! — a garota disse, desfazendo-se da corda.

— Oi, Héstia! — ela respondeu, sorrindo.

— O que houve com seus braços? — ela perguntou, aproximando-se e puxando levemente o braço dela.

— Aquele muro lá! — ela deu de ombros — Eu me enrolei... Digamos que sou um pouco desastrada.

— Você se acostuma — Héstia riu — Esses são: Sturgis...

— O único cara do grupo inteiro... — o mencionado murmurou.

— Outros garotos adorariam estar em seu lugar — brincou uma das três garotas, largando a corda no chão — Meu nome é Mary.

— E essas são Laura e Jane — Héstia apresentou as restantes, que sorriram.

— Você não é amiga da Amelia? — Marlene perguntou a Laura.

— Mais bem, cunhada — Jane disse, sorrindo debochada.

Por ser ruiva, como Lily, Laura ficava corada com facilidade e, quando isso acontecia, parecia um pimentão de tão vermelha.

— Ah! Cale a boca! — reclamou a garota.

— Seremos apenas nós? — perguntou Lily, inconscientemente se incluindo no grupo.

— Da faculdade, sim. É só por um tempo... Daqui a pouco, aparece mais gente — Jane deu de ombros — Tenta aí!

— Faz tempo que eu não... — disse Lily, envergonhada.

— É como andar de bicicleta: nunca se esquece — interrompeu Laura, pegando uma das cordas.

Mary pegou a outra corda, e começaram a girar.

A visão fez com que Lily sorrisse.


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Notas finais do capítulo

Gente, a autora de vocês aqui é meu crazy da vida. No fim de semana, eu postei várias edições de gifs, com spoilers da cena Jily, lá no Tumblr. Então, para quando isso acontecer, estejam atentos. Assim, vocês vão ter um "gostinho" antes da postagem do capítulo, além de que vão poder imaginar melhor a cena, com os gifs.
O tumblr, para quem não sabe, é ficproibidoamar.tumblr.com
Agora, deixem-me correr, porque o próximo capítulo não chegou nem na metade ainda, estive num bloqueio criativo horrível ontem. Beijos ♥



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