Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora
Notas iniciais do capítulo
70 acompanhamentos e 15 favoritos *--*
Já disse que amo vocês? ♥
— Dá para me contar o que aconteceu depois? Eu dormi no meio da festa — Marlene espreguiçou-se — Olha, jamais imaginaria seus pais fazendo uma festa dessas no seu aniversário, na casa deles.
— Por própria conta e risco — Petúnia riu.
Ressaca era uma palavra delicada demais para descrever como ela estava se sentindo.
Os pais de Lily e Petúnia não podiam ser reais. Claro que eles não ficaram para ver o resultado da festa, e mandaram elas arrumarem tudo depois, mas era bem arriscado aquilo.
— Digamos que eu enchi muito o saco deles para que isso pudesse acontecer... — ela deu um sorriso malicioso, da tela do celular — E eles aproveitaram para fazer uma segunda lua de mel. Não chegaram até agora...
— Ela deixou um dinheiro no armário da cozinha. Se não pegaram ontem, aproveita e pede um fast food — aconselhou Marlene, tirando a camiseta, longe da câmera, e trocando por outra.
— Tá fazendo strip tease? — brincou Petúnia, embora não pudesse vê-la.
— Show privado, sinto muito — disse Marlene, pegando o celular de cima da mesa — Só para homens.
— Ah! Verdade! Não pode perder a sua fama — disse Petúnia, fingindo estar decepcionada.
— A gente combina depois — ela piscou para ela, sentando-se — Mas, então... Só não me mostre a comida, ficarei morrendo de vontade.
— Como se não comesse pizza todos os dias — disse a loira, rindo.
— Na verdade, sua mãe ensinou Alice a cozinhar, e ela está tentando ensinar a Lily. Eu prefiro ficar fora do caminho. Já tentei, e não deu bons resultados.
A campainha tocou e, por um momento, ela pensou se tratar de sua casa, franzindo o cenho, estranhada.
— Foi aqui! — disse Petúnia, olhando para trás — Espere um momento!
— Bom saber que não roubaram o seu dinheiro, e que você pensou em pedir comida antes de mim — gritou Marlene, para que ela escutasse.
Alguns minutos depois, ela surgiu novamente no campo de visão, com a caixa da comida.
— É lógico! — exclamou, rindo — Eu lá vou morrer de fome?
— Pela hora... Deve ter acordado agora — disse Marlene, olhando para o canto superior da tela — E resolveu me acordar.
— Lily me deu seu número — ela deu de ombros.
— Vocês são engraçadas... Eu não mudei meu número! E nunca tentaram me mandar mensagem — disse a castanha, franzindo o cenho.
— Então... Lily estava um pouco magoada contigo, eu não queria que ela ficasse chateada comigo — ela deu de ombros, constrangida — Além do mais, você vive trocando o modelo do celular. Vai que, né!
— Vai que o quê? — pressionou.
— Teve uma vez que um ex-peguete ficou te perseguindo — lembrou a loira — E você precisou trocar o número de telefone.
— Ah! É o pior tipo — ela assoprou uma mecha, que estava deslizando pelo seu rosto — O que não se conforma.
— Homens e seu orgulho... Não suportam levar fora, mas amam dar.
— Nas duas formas do verbo.
Elas começaram a rir, sendo interrompida por Lily, entrando no quarto.
— Desculpem-me por atrapalhar o seu sexting — debochou — O almoço já está...
— É, eu estou sentindo — interrompeu Marlene, quando o vento trouxe o cheiro da comida.
— Vai lá, morta de fome! — brincou Petúnia — Tenho que comer minha refeição improvisada.
— Oi, Tuney! — Lily sorriu para ela.
— Olá! — ela sorriu de volta — Eu ia te perguntar uma coisa, antes de Lily chegar... Mas pode me responder também.
— Ih! Lá vem! — murmurou Lily, afastando-se.
— Você estava falando sobre uma... Aposta — disse Petúnia, franzindo levemente o cenho, curiosa.
Lily olhou para Marlene como se quisesse mata-la asfixiada com o travesseiro.
— Que horas foi isso? — perguntou a castanha, coçando os olhos.
— Acho que estávamos no bar... — murmurou Petúnia — Eu não me lembro! Só sei que ouvi essa palavra da sua boca...
— Estou ouvindo Alice me chamar — disse Lily, saindo do quarto apressada.
— Vocês já fizeram cada aposta... — disse a loira, rindo divertida.
— Sorte a minha que o seu computador pifou — suspirou Marlene — Você tinha provas que acabariam com a minha reputação.
— Como se eu fosse compartilhar... — disse Petúnia — Era apenas para diversão pessoal.
— E chantagem — completou a garota, olhando ferida para ela, que riu — Mas o que quer saber da aposta?
— Do que se trata? — perguntou, evidentemente curiosa.
— Lily disse que existe amizade entre homem e mulher. Eu discordo — disse Marlene.
— Eu também — interrompeu — Continue.
— Tem um garoto que ela não foi muito com a cara... Você sabe como essas coisas terminam.
— Acho que já entendi.
Um barulho de chave distraiu a loira.
— Acho que meus pais chegaram — disse.
— É, acho que dona Doralice vai ser livrada da função de cozinhar — riu Marlene.
— Preciso desligar... — disse Petúnia, levantando-se de onde estava sentada — Ainda tenho um trabalho para entregar amanhã, e é em grupo.
— Vem cá... O que você tanto estuda em Ilvermorny? — perguntou Marlene, curiosa.
— Arqueologia.
— Não ia ser publicidade e propaganda?
— Ei! Eu tinha direito de mudar de ideia! Só não rola agora...
Ela revirou os olhos, enquanto Petúnia dava tchauzinho, sorrindo.
— Espere! E o Vernon? — tentou dizer, mas a tela escureceu, indicando o fim da chamada.
Bufou, irritada por ter que finalizar a conversa, e saiu do quarto, indo em direção à cozinha, deixando o celular em cima da cômoda.
— Finalmente! Já deve estar frio! — alfinetou Alice, ao vê-la.
— Exagerada — Marlene revirou os olhos — Nem demorei tanto tempo assim.
— Só o tempo de uma gestação — retrucou Lily, revirando os olhos.
— Amiga, sua louca! Você está grávida, e nem me contou? — ela pegou o braço de Lily, teatralmente.
— Você devia largar direito, e ir para artes cênicas — disse a garota, de mau humor.
— Largar direito e fazer esquerdo? — disse Marlene, sem se abalar — É, já me disseram muito isso. Medicina e psicologia não tem dessas.
— Você quem pensa — riu Alice, distribuindo os talheres, e sentando-se — Esse mau humor é por causa da aposta. Ela não estava lembrando, mas você esteve conversando com Petúnia...
— Ela ficou curiosa, e perguntou — Marlene deu de ombros — O que posso fazer...
— Vamos ignorar o fato de que amanhã já é domingo — pediu a ruiva, amarrando os cabelos, para que não caíssem em seu rosto durante a refeição.
— Depois de ontem, a única coisa que quero é ficar em casa, fazendo vários “nadas” — suspirou Marlene.
— E aquele garoto que pediu seu WhatsApp? — perguntou Alice, curiosa.
— Dei o seu número — disse, colocando um garfo cheio de comida na boca.
— Você o quê? — gritou Alice, indignada.
— É só dizer que é engano — revirou os olhos, ainda de boca cheia.
— E desde quando você diz “não” para um garoto? Ele era um gatinho! — disse Lily, estranhada.
— Ah! Sei lá! — falou, ainda com a boca aberta — Ele nem era tudo isso...
Lily e Alice trocaram um olhar cúmplice, mas não disseram coisa alguma.
— De qualquer forma, eu não acredito que consiga ser sequer amiga do Potter — disse Lily, tomando um gole de água.
— Não entendo todo esse ódio, sinceramente — comentou Alice.
Lily não respondeu. A campainha tocou, não tinha um som delicado e baixo, mas brusco e alto. Soava como um “péééé” contínuo.
— Eu atendo — disse Marlene, levantando-se rapidamente.
Quando abriu a porta, já quis fechá-la, mas Ian não permitiu, entrando sem dizer uma palavra.
— O que foi? — perguntou ela, estranhada pela sua expressão e atitude.
— O que você tem com Black? — ele perguntou, diretamente, cruzando os braços.
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Ui! Irmão resolveu aparecer, bancando o papel de irmão. Como a Marlene vai reagir? Vocês têm alguma ideia?