Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me a demora. Estava escrevendo o último desafio do TDG de Escrita. Esse foi difícil de concluir, viu? Haha
Espero que gostem ♥



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O movimento do carro enjoava a Lily de sobremaneira. Sempre odiou sentar no banco da frente, quando as suas amigas ficavam no banco de trás, e dessa vez não foi diferente. Marlene e Alice tiravam fotos no Snapchat, enquanto ela tentava distrair-se com qualquer coisa no celular.

 

Lily Evans

Rem? (11:40)

 

— Com quem está falando? — sua mãe perguntou, assustando-a.

— Só estou conferindo as mensagens dos meus grupos — mentiu Lily.

No mesmo instante, o som do WhatsApp preencheu o carro, embora o rádio estivesse sintonizado em uma estação.

 

Remus Lupin

Aconteceu alguma coisa? (11:41)

Não vi nem Marlene nem Alice hoje (11:41)

Na verdade, soube que Marlene não apareceu por causa de Sirius (11:41)

*Emoji de revirar os olhos* (11:42)

 

Lily Evans

Amigo apaixonada ninguém merece (11:42)

*Apaixonado (11:42)

 

Remus Lupin

É “apaixonada” mesmo. Maior bicha (11:43)

 

Lily Evans

Quem te viu quem te vê... (11:43)

Certeza que não é o Potter com o celular do Remus? (11:43)

 

Remus Lupin

*Áudio* 11:44 [0:10]

 

Lily Evans

REMUS! (11:44)

 

Remus Lupin

O que foi? (11:44)

 

Lily Evans

Eu não posso escutar áudio agora! (11:44)

Estou no carro, com minha mãe e as meninas (11:45)

 

Remus Lupin

Como se eu tivesse falado alguma sacanagem (11:45)

 

Lily Evans

Não posso mais te defender! Descobri sua nova face (11:45)

 

— Meninas, estamos chegando — avisou Doralice, olhando rapidamente para Alice e Marlene, mas também era dirigido à filha, que estava ao seu lado.

 

Lily Evans

Tenho que ir. Até! (11:46)

 

Ela guardou o celular no bolso do casaco, encostando a cabeça no vidro do carro, vendo como entravam na já tão conhecida Privet Drive, onde Lily morava com sua família.

— O que estamos fazendo aqui mesmo? — murmurou Marlene, ajeitando o cabelo, ao sair do carro.

— Aniversário de Tuney — disse Lily, indignada.

— Ah! Sim! — ela disse, avoada — Virginiana.

— Ih! Escorpiana nojenta! — exclamou Lily, fazendo Marlene empinar o nariz.

— Queridinha, nem para peixe você serve. Você é o aquário! — disse Marlene, fazendo voz de nojenta.

Elas começaram a gargalhar.

— Eu não conheço vocês — murmurou Alice, afastando-se delas, com vergonha alheia.

— Vamos, meninas! — disse Doralice, rindo e guiando-as para dentro da casa, depois de trancar o carro.

Quando a mulher demorou muito, tentando encontrar a chave na bolsa, Marlene resolveu ser mais prática, e tocar a campainha.

— Pessoas estranhas! — disse Petúnia, assim que atendeu-as.

— Bom saber que mudei tanto assim — retrucou Marlene, dando um abraço rápido nela.

— É a...? — Petúnia parecia perdida.

— Sim — respondeu Lily — Essa é a Alice.

— Prazer — disse Alice, sorrindo sem graça.

— Apresentações lá dentro, de preferência — Doralice interrompeu, empurrando a todas para dentro.

— É melhor não contradizermos... Nossa mãe fica muito nervosa com festas — Lily murmurou para Alice.

— Nossa! Mas ela parece tão tranquila... — disse Alice, olhando na direção em que a mulher sumiu.

Petúnia e Lily trocaram um olhar divertido, como se dissessem “sabe de nada, inocente”.

— Vamos! Vocês precisam conhecer o quarto dessa doida! — disse Petúnia, indo em direção às escadas.

— Que engraçada você — disse Lily — Quando tem visitas, é sempre o meu quarto.

— Não quero bagunça no meu — retrucou Petúnia, rindo da cara da irmã.

— Olhe a parte boa... Você agora tem dois quartos — disse Marlene, quando a alcançaram, já no quarto da ruiva.

— Sonha — disse Lily, séria.

— Não preciso dividir o notebook — Petúnia deu de ombros.

— Como se você ficasse muito tempo em casa — retrucou Lily.

— Faculdade chega para todos... — disse a loira, jogando-se na cama.

— Soube que está namorando... Nunca pensei que isso aconteceria — retrucou Marlene, apontando dramaticamente para ela, sentada na cadeira perto da escrivaninha — Minha parceira na hora de dar uns pegas.

— Tudo o que eu não fui — disse Lily a Alice, rindo.

— A combinação perfeita: a loira e a castanha. Só faltava uma morena e uma ruiva. Só que a ruiva, no caso, preferia ficar com a cara enfiada nos livros — completou a garota, revirando os olhos.

— E o namorado é um verdadeiro mistério! — disse Lily, enquanto a porta era fechada pelo vento.

— Vixe! Deve ser gordo — murmurou Marlene, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Preconceituosa! — disse Alice, jogando uma almofada na direção dela.

— Eu não! Só não faz o meu tipo... — ela deu de ombros.

— Tuney, ela também tá dando uns pegas duradouros — debochou Lily, fazendo a loira rir.

— Ui! Logo virá namoro! — brincou.

— Cruzes! Não! — disse Marlene, corando levemente.

— Marlene McKinnon corada? Céus! É o fim do mundo! — exclamou Alice, boquiaberta.

— É demais para o seu orgulho admitir estar gostando dele — alfinetou Lily.

A garota abriu a boca, mas logo fechou-a, sem saber o que responder.

— Eu não posso dizer que sinto algo que nunca senti — declarou, por fim.

— Ele virá hoje? — perguntou Alice a Petúnia, desviando o assunto, para alívio do antigo foco.

— Eu acho que não... — ela parecia bem interessada em suas unhas.

— Papai disse que o quer aqui hoje — disse Lily.

— Eu sei, mas ele trabalha! — defendeu-a Petúnia, nervosa.

— Mais velho — Alice fez uma cara de “not bad”, fazendo as outras gargalharem.

— Não necessariamente — contradisse Marlene — Ei! Você tinha ido até a Florean. Como foi?

— Ah! Sim! Eu não contei pra vocês... — ela murmurou — Eu estou em período de experiência, por assim dizer.

— Isso é como ser estagiário — Lily fez uma careta — Não ganha!

— Mas é algo a se fazer durante a tarde... — ela deu de ombros, sentando-se onde Marlene estava antes, já que ela resolveu circular pelo quarto.

— Que curso bom esse, que tem poucos deveres — comentou Petúnia.

— Você alguma vez já usou isso? — perguntou Marlene, erguendo um salto agulha para Lily.

A ruiva levantou-se, indo até onde ela estava, colocando o sapato onde estava, e fechando o guarda-roupas.

— Na verdade, esse é meu — disse Petúnia, olhando pensativa para a porta do armário.

— Que decepção... — murmurou Marlene.

— Senta aí! — disse Lily, irritada, empurrando-a em um lado da cama.

— Sem uma bebida antes? — brincou a garota, caindo sentada.

— Vem cá, que eu sei como cuidar de você — Petúnia levantou-se, sorrindo brincalhona.

Lily revirou os olhos para Alice.

— Quando essas duas se uniam, era um desastre — murmurou, sentando-se na cadeira do computador.

— Eu imagino — disse a outra, olhando com medo para as duas.

— Acho que somos uma raridade, onde irmãs são melhores amigas da mesma garota — comentou Petúnia, abraçando a castanha, sentada em seu colo.

A porta abriu-se, e a loira levantou-se, de olhos arregalados.

— “Mãe, não é o que está pensando!” — atuou Marlene, dramática.

Petúnia colocou a mão na boca dela, sorrindo inocente para Doralice, que olhava divertida para as duas.

— Preciso da ajuda de vocês. Sei que a viagem foi um pouco cansativa, mas não podemos esperar mais — avisou para todas as garotas — Seu remédio de enjoo está lá embaixo também, Lily.

— Mãe, é meu aniversário — choramingou Petúnia, afundando-se em uma parte da cama.

— E é por isso que estamos tendo trabalho dobrado — retrucou a mulher, sem se comover, e bateu palmas — Andem logo!

Antes de sair, ela virou-se novamente, com um sorriso divertido para elas.

— Se quiserem se assumir, apoio completamente!

Lily começou a gargalhar, acompanhada de Alice, mais tímida.

— Sua mãe é única! Minha mãe surtaria só com a possibilidade — disse Marlene, um pouco chocada.

— Jura? Ela deveria estar acostumada, tendo a filha que tem — retrucou Petúnia, rindo.

— Esse meu lado é especial para você, amor — brincou Marlene.

— Acho que ela está tranquila assim porque sabe que você tem namorado — disse Lily, dando de ombros.

— Acho que sentar no colo é algo estranho, em todos os sentidos — disse Alice, lentamente, levantando-se — Tanto com amigas, quanto para... Bem...

— Desculpe! Esqueci que isso é muito pesado pra você — disse Marlene, com seriedade — Lily, tampe os olhos dela da próxima vez! Que tipo de mãe você é?

— A mãe que é traída pela própria irmã — retrucou Lily, cruzando os braços — Desculpe, Lice. Você se acostuma com o tempo...

— Fazemos pior, acredite — disse Petúnia, rindo — Mas vamos nos controlar.

Alice afastou-se, com uma expressão estranha.

— Aí, no Domingo, está a senhorita, toda puritana, moça de família — Lily provocou a irmã.

Petúnia fez sinal de silêncio com a boca.

— E você? Anda indo para a igreja? — perguntou, com a expressão séria — Sabe que mamãe vai te perguntar isso, né?

Lily abriu a boca, e fechou-a logo em seguida, amaldiçoando-se.

— Tem igreja por lá? — ela sussurrou para Marlene.

— Não — respondeu, prontamente.

— Meu Deus! Que tipo de vilarejo é esse? — perguntou Petúnia, incrédula — É como não ter um supermercado!

— Mas — continuou Marlene, como se não tivesse sido interrompida — Hogsmeade tem missa aos Sábados de noite. Serve?

— Já vou ter que me confessar... Estou há semanas sem ir. Minha mãe vai me matar... — murmurou Lily, esfregando as mãos no rosto — Esqueci completamente!

— Ela vai te perdoar. Estava ocupada estudando — disse Petúnia, puxando alguns fios do cabelo dela, com delicadeza.

— Isso não é desculpa! Deus vem em primeiro lugar — retrucou Lily, irritada.

— Tá, desculpa! — ela afastou-se.

Elas ouviram um grito do andar debaixo, e engoliram em seco.

— É melhor irmos logo! Antes que a sua mãe venha aqui, nos puxar pelos cabelos — pronunciou-se Marlene.


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