Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora
Notas iniciais do capítulo
Desculpem-me a demora. Estava escrevendo o último desafio do TDG de Escrita. Esse foi difícil de concluir, viu? Haha
Espero que gostem ♥
O movimento do carro enjoava a Lily de sobremaneira. Sempre odiou sentar no banco da frente, quando as suas amigas ficavam no banco de trás, e dessa vez não foi diferente. Marlene e Alice tiravam fotos no Snapchat, enquanto ela tentava distrair-se com qualquer coisa no celular.
Lily Evans
Rem? (11:40)
— Com quem está falando? — sua mãe perguntou, assustando-a.
— Só estou conferindo as mensagens dos meus grupos — mentiu Lily.
No mesmo instante, o som do WhatsApp preencheu o carro, embora o rádio estivesse sintonizado em uma estação.
Remus Lupin
Aconteceu alguma coisa? (11:41)
Não vi nem Marlene nem Alice hoje (11:41)
Na verdade, soube que Marlene não apareceu por causa de Sirius (11:41)
*Emoji de revirar os olhos* (11:42)
Lily Evans
Amigo apaixonada ninguém merece (11:42)
*Apaixonado (11:42)
Remus Lupin
É “apaixonada” mesmo. Maior bicha (11:43)
Lily Evans
Quem te viu quem te vê... (11:43)
Certeza que não é o Potter com o celular do Remus? (11:43)
Remus Lupin
*Áudio* 11:44 [0:10]
Lily Evans
REMUS! (11:44)
Remus Lupin
O que foi? (11:44)
Lily Evans
Eu não posso escutar áudio agora! (11:44)
Estou no carro, com minha mãe e as meninas (11:45)
Remus Lupin
Como se eu tivesse falado alguma sacanagem (11:45)
Lily Evans
Não posso mais te defender! Descobri sua nova face (11:45)
— Meninas, estamos chegando — avisou Doralice, olhando rapidamente para Alice e Marlene, mas também era dirigido à filha, que estava ao seu lado.
Lily Evans
Tenho que ir. Até! (11:46)
Ela guardou o celular no bolso do casaco, encostando a cabeça no vidro do carro, vendo como entravam na já tão conhecida Privet Drive, onde Lily morava com sua família.
— O que estamos fazendo aqui mesmo? — murmurou Marlene, ajeitando o cabelo, ao sair do carro.
— Aniversário de Tuney — disse Lily, indignada.
— Ah! Sim! — ela disse, avoada — Virginiana.
— Ih! Escorpiana nojenta! — exclamou Lily, fazendo Marlene empinar o nariz.
— Queridinha, nem para peixe você serve. Você é o aquário! — disse Marlene, fazendo voz de nojenta.
Elas começaram a gargalhar.
— Eu não conheço vocês — murmurou Alice, afastando-se delas, com vergonha alheia.
— Vamos, meninas! — disse Doralice, rindo e guiando-as para dentro da casa, depois de trancar o carro.
Quando a mulher demorou muito, tentando encontrar a chave na bolsa, Marlene resolveu ser mais prática, e tocar a campainha.
— Pessoas estranhas! — disse Petúnia, assim que atendeu-as.
— Bom saber que mudei tanto assim — retrucou Marlene, dando um abraço rápido nela.
— É a...? — Petúnia parecia perdida.
— Sim — respondeu Lily — Essa é a Alice.
— Prazer — disse Alice, sorrindo sem graça.
— Apresentações lá dentro, de preferência — Doralice interrompeu, empurrando a todas para dentro.
— É melhor não contradizermos... Nossa mãe fica muito nervosa com festas — Lily murmurou para Alice.
— Nossa! Mas ela parece tão tranquila... — disse Alice, olhando na direção em que a mulher sumiu.
Petúnia e Lily trocaram um olhar divertido, como se dissessem “sabe de nada, inocente”.
— Vamos! Vocês precisam conhecer o quarto dessa doida! — disse Petúnia, indo em direção às escadas.
— Que engraçada você — disse Lily — Quando tem visitas, é sempre o meu quarto.
— Não quero bagunça no meu — retrucou Petúnia, rindo da cara da irmã.
— Olhe a parte boa... Você agora tem dois quartos — disse Marlene, quando a alcançaram, já no quarto da ruiva.
— Sonha — disse Lily, séria.
— Não preciso dividir o notebook — Petúnia deu de ombros.
— Como se você ficasse muito tempo em casa — retrucou Lily.
— Faculdade chega para todos... — disse a loira, jogando-se na cama.
— Soube que está namorando... Nunca pensei que isso aconteceria — retrucou Marlene, apontando dramaticamente para ela, sentada na cadeira perto da escrivaninha — Minha parceira na hora de dar uns pegas.
— Tudo o que eu não fui — disse Lily a Alice, rindo.
— A combinação perfeita: a loira e a castanha. Só faltava uma morena e uma ruiva. Só que a ruiva, no caso, preferia ficar com a cara enfiada nos livros — completou a garota, revirando os olhos.
— E o namorado é um verdadeiro mistério! — disse Lily, enquanto a porta era fechada pelo vento.
— Vixe! Deve ser gordo — murmurou Marlene, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.
— Preconceituosa! — disse Alice, jogando uma almofada na direção dela.
— Eu não! Só não faz o meu tipo... — ela deu de ombros.
— Tuney, ela também tá dando uns pegas duradouros — debochou Lily, fazendo a loira rir.
— Ui! Logo virá namoro! — brincou.
— Cruzes! Não! — disse Marlene, corando levemente.
— Marlene McKinnon corada? Céus! É o fim do mundo! — exclamou Alice, boquiaberta.
— É demais para o seu orgulho admitir estar gostando dele — alfinetou Lily.
A garota abriu a boca, mas logo fechou-a, sem saber o que responder.
— Eu não posso dizer que sinto algo que nunca senti — declarou, por fim.
— Ele virá hoje? — perguntou Alice a Petúnia, desviando o assunto, para alívio do antigo foco.
— Eu acho que não... — ela parecia bem interessada em suas unhas.
— Papai disse que o quer aqui hoje — disse Lily.
— Eu sei, mas ele trabalha! — defendeu-a Petúnia, nervosa.
— Mais velho — Alice fez uma cara de “not bad”, fazendo as outras gargalharem.
— Não necessariamente — contradisse Marlene — Ei! Você tinha ido até a Florean. Como foi?
— Ah! Sim! Eu não contei pra vocês... — ela murmurou — Eu estou em período de experiência, por assim dizer.
— Isso é como ser estagiário — Lily fez uma careta — Não ganha!
— Mas é algo a se fazer durante a tarde... — ela deu de ombros, sentando-se onde Marlene estava antes, já que ela resolveu circular pelo quarto.
— Que curso bom esse, que tem poucos deveres — comentou Petúnia.
— Você alguma vez já usou isso? — perguntou Marlene, erguendo um salto agulha para Lily.
A ruiva levantou-se, indo até onde ela estava, colocando o sapato onde estava, e fechando o guarda-roupas.
— Na verdade, esse é meu — disse Petúnia, olhando pensativa para a porta do armário.
— Que decepção... — murmurou Marlene.
— Senta aí! — disse Lily, irritada, empurrando-a em um lado da cama.
— Sem uma bebida antes? — brincou a garota, caindo sentada.
— Vem cá, que eu sei como cuidar de você — Petúnia levantou-se, sorrindo brincalhona.
Lily revirou os olhos para Alice.
— Quando essas duas se uniam, era um desastre — murmurou, sentando-se na cadeira do computador.
— Eu imagino — disse a outra, olhando com medo para as duas.
— Acho que somos uma raridade, onde irmãs são melhores amigas da mesma garota — comentou Petúnia, abraçando a castanha, sentada em seu colo.
A porta abriu-se, e a loira levantou-se, de olhos arregalados.
— “Mãe, não é o que está pensando!” — atuou Marlene, dramática.
Petúnia colocou a mão na boca dela, sorrindo inocente para Doralice, que olhava divertida para as duas.
— Preciso da ajuda de vocês. Sei que a viagem foi um pouco cansativa, mas não podemos esperar mais — avisou para todas as garotas — Seu remédio de enjoo está lá embaixo também, Lily.
— Mãe, é meu aniversário — choramingou Petúnia, afundando-se em uma parte da cama.
— E é por isso que estamos tendo trabalho dobrado — retrucou a mulher, sem se comover, e bateu palmas — Andem logo!
Antes de sair, ela virou-se novamente, com um sorriso divertido para elas.
— Se quiserem se assumir, apoio completamente!
Lily começou a gargalhar, acompanhada de Alice, mais tímida.
— Sua mãe é única! Minha mãe surtaria só com a possibilidade — disse Marlene, um pouco chocada.
— Jura? Ela deveria estar acostumada, tendo a filha que tem — retrucou Petúnia, rindo.
— Esse meu lado é especial para você, amor — brincou Marlene.
— Acho que ela está tranquila assim porque sabe que você tem namorado — disse Lily, dando de ombros.
— Acho que sentar no colo é algo estranho, em todos os sentidos — disse Alice, lentamente, levantando-se — Tanto com amigas, quanto para... Bem...
— Desculpe! Esqueci que isso é muito pesado pra você — disse Marlene, com seriedade — Lily, tampe os olhos dela da próxima vez! Que tipo de mãe você é?
— A mãe que é traída pela própria irmã — retrucou Lily, cruzando os braços — Desculpe, Lice. Você se acostuma com o tempo...
— Fazemos pior, acredite — disse Petúnia, rindo — Mas vamos nos controlar.
Alice afastou-se, com uma expressão estranha.
— Aí, no Domingo, está a senhorita, toda puritana, moça de família — Lily provocou a irmã.
Petúnia fez sinal de silêncio com a boca.
— E você? Anda indo para a igreja? — perguntou, com a expressão séria — Sabe que mamãe vai te perguntar isso, né?
Lily abriu a boca, e fechou-a logo em seguida, amaldiçoando-se.
— Tem igreja por lá? — ela sussurrou para Marlene.
— Não — respondeu, prontamente.
— Meu Deus! Que tipo de vilarejo é esse? — perguntou Petúnia, incrédula — É como não ter um supermercado!
— Mas — continuou Marlene, como se não tivesse sido interrompida — Hogsmeade tem missa aos Sábados de noite. Serve?
— Já vou ter que me confessar... Estou há semanas sem ir. Minha mãe vai me matar... — murmurou Lily, esfregando as mãos no rosto — Esqueci completamente!
— Ela vai te perdoar. Estava ocupada estudando — disse Petúnia, puxando alguns fios do cabelo dela, com delicadeza.
— Isso não é desculpa! Deus vem em primeiro lugar — retrucou Lily, irritada.
— Tá, desculpa! — ela afastou-se.
Elas ouviram um grito do andar debaixo, e engoliram em seco.
— É melhor irmos logo! Antes que a sua mãe venha aqui, nos puxar pelos cabelos — pronunciou-se Marlene.
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