Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Eu decidi que não vou mais atualizar fim de semana. Sem condições, gente. Sério!
Eu não fiquei em casa ontem, né, então estou cheia de deveres atrasado. Enquanto que, no sábado, eu tive que fazer a minha one do TDG de Escrita. Logo, eu postarei aqui também.



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Alice escutou Marlene dar uma tosse, muito parecida com a da antiga diretora de Hogsmeade, Umbridge. Sentiu seu rosto esquentar, ao perceber que estava encarando ao garoto por muito tempo. Engoliu em seco, e desviou o olhar, mas ele fixou-se nas duas amigas, olhando-a curiosas.

— Ian! — Doralice cortou o silêncio, entrando na sala.

— Senhora Evans! — na frente das mães, Ian sempre era educado e perfeito.

— Quantas vezes vou ter de lhe dizer? Não me chame assim! — ela deu um tapa leve no braço dele — Olá! Meu nome é Doralice, sou a mãe da Lily.

— Prazer, senhora Evans — o outro rapaz disse, cometendo o mesmo erro do amigo — Quero dizer... Dona Doralice. Meu nome é Frank Longbottom.

— Eu vou colocar a mesa, já volto — Alice gaguejou, fazendo de tudo para afastar-se do grupo.

Assim que ficou fora da visão dos outros, ela respirou fundo, tampando o sorriso bobo, que apareceu, com suas mãos. A conversa continuava, lá da sala, mas ela não conseguia prestar a atenção suficiente.

— E a mesa?

Ela pulou de susto, virando-se para Ian, que sorria debochadamente.

— Como você é apressado! — Alice reclamou, tentando recuperar-se, e indo ajeitar a toalha de mesa — Vai embora!

— Eu ajudo — ele ofereceu, ainda sorrindo.

— Eu não preciso da sua ajuda — ela disse, friamente.

Ignorando a presença dele, foi até o balcão, pegar os pratos e copos, e colocou-os em cima da mesa.

Antes que Ian pudesse incomodá-la mais, os outros entraram.

— Ótimo! Obrigada, Alice, querida! — disse Doralice, abraçando-a de lado, rapidamente.

Ela não respondeu.

— No segundo ano, ela agiu do mesmo jeito — ela ouviu Marlene murmurar para Lily, e apressou-se em bater nela, para que se calasse.

Durante o almoço, ninguém parecia mais deslocado do que Alice e Frank.

— Estão no segundo ano da faculdade? — Doralice, como sempre, quem começou a puxar conversa com Ian.

— É, parece que é bem menos tempo — disse Ian, divertido — Desde que peguei o apartamento de cima, Leninha fica me xingando por ter colocado o nosso sobrenome na república.

— Não me chame de Leninha — retrucou Marlene, ácida.

— Sabe, eu não me surpreenderia se você tivesse colocado o mesmo nome — comentou Lily, girando o garfo no macarrão — Só para confundir quem viesse...

— Como se minha mãe fosse permitir algo assim — resmungou Marlene.

— Só dona Susan para colocar ordem em vocês dois... — disse Lily, divertida.

— Alice, está tão quieta! Está tudo bem? — Doralice olhou-a, preocupada.

Alice apressou-se em colocar uma garfada de macarrão em sua boca, e assentiu com a cabeça.

— Lembro-me de sua mãe dizendo que iria cursar administração, não era? — Doralice voltou a falar com Ian, ainda olhando desconfiada para Alice.

— Tenho que cuidar dos negócios do pai, né... Não é como se tivesse muitas opções — brincou Ian.

— Deve fazer o que lhe der gosto! — disse a mais velha, com um ar de reprovação.

— O dinheiro lhe dá gosto — alfinetou Marlene.

— Que eu saiba, você não reclama de poder ter o que quiser — ele retrucou.

— Meninos, sem brigas! — Doralice interviu.

Os dois calaram-se, focando seus olhares em seus pratos. Alice não achava nada de mais naquela conversa deles, mas Lily e Doralice pareciam incomodadas, elas não tinham tanto dinheiro quanto os outros três. Ou seriam quatro? O sobrenome “Longbottom” não lhe era estranho.

O silêncio foi cortado pelo toque de WhatsApp de Marlene, que negou-se a pegar o celular, aparentando tranquilidade, até que o toque foi mais duas vezes.

— Com quem tanto conversa? — perguntou Ian, irritado.

— Não te interessa — disse, colocando o celular no silencioso — É um grupo de Hogsmeade, ainda mantenho contato com algumas pessoas de lá.

Ian, conhecendo bem a irmã, não pareceu ter acreditado muito.

— Já sabem em qual irmandade vão ficar? — Frank pareceu criar coragem para perguntar, mas evitava olhar para qualquer um deles.

— A gente pegou a carta há pouco, mas ainda não abrimos — respondeu Lily.

— Qual irmandade está mesmo, Ian? — perguntou Marlene, olhando fixamente para ele.

— Eu e Frank estamos na Lumos — ele respondeu.

— Ótimo! Acho que vou para a TWS — ela respondeu, sorrindo irônica — Andrômeda era de lá.

— Ela não era da Silver? — perguntou Alice, confusa.

— Bellatrix e Narcisa são da Silver — respondeu Marlene, casualmente — Ela foi mais inteligente.

— Tenho certeza de que todas as irmandades são ótimas — Doralice tentou ser razoável.

— Não digo isso, mas as pessoas quem fazem as irmandades — respondeu Marlene — Dependendo dos líderes, uma irmandade maravilhosa pode se tornar um pesadelo. E você não pode trocar, uma vez que escolhe.

— Reconfortante — disse Lily, ironicamente — Obrigada.

— Sem pressão... — murmurou Alice, mas foi ouvida igualmente.

— Pare de porre! Você já deve saber qual irmandade vai ficar — Marlene deu um empurrão de leve em Alice.

— E você sabe? — ela devolveu.

— Acabei de dizer: TWS — a outra deu de ombros.

— Faz isso para ficar contra Ian — acusou Alice.

— Como se ele tivesse tanto poder assim sobre mim... — debochou.

— Eu estou aqui — brincou Ian.

— Eu vou pegar a sobremesa — Doralice murmurou, tentando se afastar da discussão.

— Eu ajudo! — Lily levantou-se, apressada.

Um silêncio ficou na mesa, assim que perceberam o incômodo que estavam sendo.

— Está vendo o que você fez? — Alice perguntou a Marlene, jogando o guardanapo de pano em cima da mesa — Feliz agora?

— Pelo menos, eu estou tentando socializar. Não como você, que é incapaz de fazer amigos desde Hogsmeade — retrucou Marlene.

Aquelas palavras cortaram como uma faca em Alice.

— Não! Eu não quis... — Marlene disse, ao perceber o que disse, arrependida.

— Não toque em mim! — sussurrou Alice, afastando o seu braço da mão dela.

Levantou-se, assim que sentiu os olhos umedecerem, e saiu na direção contrária da cozinha.

— Alice? — ela ouviu Lily chamar, confusa.

Bateu a porta da frente, e subiu as escadas para o andar seguinte, mas parando antes de chegar lá. Jogou-se no degrau, e sentiu as lágrimas descerem com força.

“Ela não tem direito de falar isso para mim” pensou, magoada, deixando um soluço escapar.

Ouviu uma porta se abrir, e encolheu-se, apoiando o rosto em suas coxas.

— Ela não quis dizer isso — era Frank, sentando-se do lado dela.

— Ela não mente — retrucou, com a voz rouca.

— Ian sempre me diz que a irmã fala sem pensar, ela não quis te machucar. Além do mais, parece que você quem pensa assim, e não ela. Eu duvido que isso seja verdade.

— Eu não tinha nem uma amiga, antes de conhecê-la.

— Quer saber? Eu não acredito em você!

Ela levantou o rosto, olhando-o confusa.

— Tenho certeza que um monte de gente queria ser seu amigo. Talvez, você os afastou, sem saber disso — ele disse, encostando a cabeça na parede.

— Isso não tira o fato de eu ter menos amigos — disse Alice.

— O que você prefere? Ter muitos amigos, ou ter os amigos mais leais, embora sejam poucos? — perguntou.

Naquele momento, Alice considerava Marlene qualquer coisa, menos leal, mas não disse isso.

— Frank, vamos logo! — ouviram a voz de Ian, alguns degraus abaixo.

— Vai lá! — ela disse, passando a mão por baixo dos olhos.

— Se cuida! — ele beijou o topo da cabeça dela, e foi atrás do amigo.

Alice ficou paralisada, observando como ele sumia de vista.

— Você está perdida, Alice — ela murmurou para si mesma, voltando a apoiar sua cabeça em suas coxas.


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