Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 13
Capítulo 12




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/682866/chapter/13

A campainha tocou, e Lily foi em direção à porta, com o dinheiro já em mãos.

— Temos todos esses aparelhos, e não sabemos usar — disse Alice, olhando fixamente para o fogão.

Lily fechou a porta, e voltou para a cozinha, passando por uma Marlene concentrada no seu WhatsApp.

— A Lene já tentou cozinhar, mas é uma experiência que prefiro não repetir — disse Alice, ajudando-a a pegar as sacolas, e colocá-las em cima do balcão.

— Falando em Marlene, ela não desgruda desse celular, desde que fomos ao LC — disse Lily, olhando para a porta, por cima do ombro.

— Quando eles se pegarem, ela acalma o fogo. Até lá... Teremos que suportar — disse Alice — Lily, você sabe mexer na máquina de lavar, né?

— Er... — Lily fez uma careta — Eu vou fazer uma ligação.

Ela ouviu como Alice resmungou, quando afastou-se, com seu celular na mão.

— Mãe? — disse, assim que ela atendeu.

— Oi, minha filha! — ouviu-se a voz de uma Doralice animada — Tuney! Venha! É a Lily!

— Mãe! Calma, mãe! — Lily piscou, surda pelo grito dela.

— Desculpe-me, querida! — sua voz continuava animada — Como está?

— Eu só liguei para saber como uso a máquina de lavar — ela fechou os olhos, ouvindo o suspiro da mãe.

— Ai, filha! Quantas vezes eu já não lhe disse para vir na cozinha, ver o que sua mãe faz? Que seria útil para a sua vida? Mas não! Você tinha episódio de... Série de vampiro para ver — Doralice começou a reclamar.

— Por favor, mãe! Me salva! — pediu Lily, e afastou o celular da boca — Lice! Traz um papel e caneta aí, preciso anotar!

— Qual é a capacidade da máquina? — perguntou sua mãe.

Alice chegou para perto dela, com o que ela pediu, os olhos esperançosos.

— Ai, Jesus Cristo... — murmurou Lily, colocando a mão na testa — O que é capacidade?

— O volume de roupas que aguenta — sua mãe explicou.

— Lice, me diga que essa máquina tem um manual — Lily virou-se para a amiga.

— Teria que ver com o proprietário do apartamento, ele já alugou para vários alunos — disse Alice, mordendo o lábio, nervosa.

— Pequena, média, grande ou extra grande? — Doralice disse, pacientemente.

— Parece ser grande? — perguntou Lily, perdida, para Alice.

— Grande — disse Alice, sem hesitar.

— Grande — repetiu Lily.

— Filha, eu não vou conseguir te explicar por telefone — disse Doralice, depois de alguns minutos.

— É tão grave assim? — desesperou-se.

— Lily! Você não sabe nem conceito da máquina! — ela disse — Eu vou até aí, amanhã, e te explico!

— Certo — Lily deu um sorriso amarelo — Obrigada, mãe! Tchau!

Alice olhou-a com expectativa, o papel e caneta ainda em suas mãos.

— Ela vai vir até aqui — disse Lily, passando a mão pela testa.

— Agora? — Alice largou o papel e caneta em cima do balcão.

— Não! Amanhã! — disse Lily — O problema é que estamos com problemas, né...

Alice teria rido da frase, se não tivesse consciência do grande número de roupas amontoadas, em cima da tampa da máquina.

— Então, o que faremos? — perguntou Lily.

— Por todas as vezes que rondei por aqui... Tinha uma lavanderia, mas ela foi fechada há algum tempo — disse Alice — O jeito será pedir caridade dos vizinhos.

— Odeio isso — confessou Lily.

— Sei disso, mas não temos escolha. E nem adianta pedir ajuda para a Lene. Pedir ajuda para aquela ali, é o mesmo que nada. Vamos! Vamos encher o cesto... Talvez algum vizinho caridoso saiba como fazer.

Pegaram o cesto de roupas sujas, e caminharam para a sala.

— Já voltamos — disse Alice, desnecessariamente, já que Marlene não parecia estar escutado.

Deixaram a porta encostada, e entreolharam-se.

— Qual a gente vai? — perguntou Alice.

Lily respirou fundo, antes de tocar a campainha da porta ao lado. Esperaram, mas ninguém respondeu.

— Não era para ser! — decidiu, indo para outra porta, mais afastada.

Essa porta abriu, fazendo com que Lily exclamasse:

— Está de brincadeira!

— O que é isso? Estão nos seguindo? — um dos amigos de Sirius exclamou, um pouco irritado.

— O mundo não gira em seu torno, senhor... Seja lá qual for o seu nome — Lily impacientou-se.

— O que está acontecendo? — Remus surgiu atrás do garoto.

— Remus! — exclamou Lily, aliviada — A lavadora lá de casa deu problema, tem como...?

— Entre! — disse Remus, fazendo com que o outro olhasse-o, indignado — Não faça essa cara, James! Ignorem-no, está de mau humor!

— Esta é Alice, ela vive comigo e com Marlene — explicou Lily, enquanto elas entravam.

Alice sorriu para James, e ele retribuiu, revirando os olhos, e fechando a porta.

— Esperava coisa pior — disse Lily, olhando para o apartamento.

— Remus é nossa faxineira! — disse James, debochadamente, apertando as bochechas do garoto, que revirou os olhos.

— Bom conhecer um garoto organizado, para variar um pouco — retrucou Lily, olhando intencionalmente para James.

— O amor se sente de longe — uma voz irônica soou.

Lily virou-se e viu a Sirius, deitado no sofá, mexendo no celular, como Marlene estava.

— Que casal lindo — murmurou Alice, debochada.

— Venham! Eu mostro para vocês onde fica! — Remus disse.

Elas não hesitaram em seguir-lhe.

— Vão para Hogwarts também? — perguntou Alice, colocando o cesto em um canto.

— Sim. Eu vou cursar medicina — disse Remus.

— Eu também! — disse Lily, aliviada por não estar sozinha na turma.

— Isso é ótimo! — ele também pareceu aliviado.

Alice fez um barulho com a garganta, chamando a atenção deles.

— Sinto interromper, mas... Bem... Nós não sabemos como... — ela pareceu perceber a pequena “falha” do plano, neste momento.

Remus, ao contrário do que esperavam, riu, indo até o equipamento.

— Tanta perfeição não pode ser natural — Alice murmurou, surpreendendo a Lily — O quê? Vai dizer que não é verdade?

Ela apenas riu, aproximando-se, para ver como ele ligava a máquina.

— Você faz parecer tão fácil — disse Lily.

— É fácil! — retrucou Remus, divertido — Minha mãe sempre foi doente, então eu ajudava em casa.

— Sinto muito — disse Lily, sinceramente — Deve ser difícil para você estar aqui...

— Ela sempre quis que eu me formasse, então... Talvez seja por isso que estou cursando medicina, para que a história dela não se repita — ele disse, apertando o botão de ligar — Pronto! Coloquei para a lavagem rápida, daqui a pouco já fica tudo bem.

— Muito obrigada, mesmo! — ela disse — Morar sozinha está sendo péssimo!

— Comida congelada, lavar roupa na casa do vizinho... Sei! — ele brincou.

— Minha mãe vai me ensinar, espero não passar por isso novamente — Lily disse, envergonhada.

— Pode contar sempre conosco — disse Remus — Apesar de acabarmos de nos conhecer. Pode ficar tranquila! Não somos...

— Estupradores? — interrompeu Alice — Quanto a você e o outro ali, eu acredito, mas seu amiguinho do sofá, nem tanto.

Remus deu uma gargalhada, espiando para dentro da sala. Sirius não parecia nem ter ouvido.

— Não sei se serve muito de consolo, mas ele não fará nada que sua amiga não queira! — ele disse, voltando para sua posição anterior.

— Não, não é um consolo — Alice suspirou, risonha.

— Esses nossos amigos nos enlouquecem, não é mesmo? — perguntou Remus.

— Você não faz ideia... — murmurou Alice.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!