Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Hoje acontecerá o que todos queriam, mas não será o começo de tudo...
Enigmática? Eu? Nem um pouco! Haha
Espero que gostem ♥



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A música “Lionheart” parou de tocar, no momento em que o celular de Lily começou a vibrar, em cima do balcão.

— Lily! A música desligou! — Marlene gritou, em algum lugar do apartamento.

A ruiva apareceu, ofegante e suada, indo até o celular.

— Primeiro dia longe uma da outra — ela riu, ao ouvir a voz do outro lado.

— Você está parecendo um namorado ciumento — debochou Lily, fazendo Petúnia resmungar.

— Eu estou acostumada com a minha irmãzinha, lado a lado comigo — ela disse.

— Vai dormir na Ilvermorny, Tuney! — aconselhou Lily, virando as costas para o aparelho.

— Aí mamãe tem um treco! — retrucou a garota — O que está fazendo?

— Faxina — respondeu Lily.

— Desculpe por atrapalhar, só estava com saudades. A gente se fala mais tarde!

— Até!

O celular apitou, indicando o fim da chamada, e a música voltou a tocar.

Lily saiu da cozinha, voltando para a sala.

— Eu vou financiar um aspirador de pó! — disse Alice, o nariz já vermelho, pela alergia — Passar por esse sufoco, toda semana, não dá!

— É ótimo para emagrecer! Vou me pesar depois de tomar um banho — disse Marlene, forçando a vassoura para baixo do sofá.

— Lice, fique com o inseticida, por via das dúvidas — indicou Lily, agachando-se com o pano encharcado de álcool.

A garota não hesitou em largar a vassoura, para pegar a latinha de aerosol, rezando para não aparecer bicho algum.

Assim, passou-se mais uma ou duas horas. Só Marlene parecia empolgada pelo exercício, e ainda achava pouco.

— Vamos tomar um banho, e sair para correr! — sugeriu, fazendo as outras duas olharem-na incrédulas, jogadas no sofá.

— Tá de brincadeira, só pode — Alice resmungou, de olhos fechados — Acabamos de fazer exercício, Lene!

— Nunca é demais — Marlene deu de ombros, sem dar importância.

— Se for para suar ainda mais, nem adianta irmos tomar banho, né — observou Lily, revirando os olhos.

— Tudo bem! Tudo bem! Só vamos dar uma volta! Prometo — Marlene fez cara de cão abandonado, implorando.

— Eu tenho que colocar temporada de Pretty Little Liars em dia — murmurou Alice.

— Você está na 2ª temporada há mais de um ano! — Marlene olhou-a de cara feia.

— Por isso mesmo! Vou colocar-me em dia — ela disse, na cara de pau.

Lily resmungou, ao ver o olhar intenso da castanha sobre si.

— Tudo bem! Mas eu tomo banho primeiro — disse, levantando-se, e indo até o corredor.

— Ainda bem que Lily Evans chegou neste apartamento, para pôr limites em Marlene McKinnon — Alice disse, debochada.

— Cale a boca — reclamou Marlene, jogando uma almofada na cara dela.

— Se eu morrer asfixiada, a culpa será sua! — avisou Alice, afastando a almofada.

***

— Eu não acredito que você me tirou de casa no meu primeiro dia fora de casa — reclamou Lily, e depois franziu o cenho — Certo! Isto soou estranho.

— Deixe de ser amargurada. Você precisa ver o sol, conhecer a vizinhança! — disse Marlene, olhando para os números do visor do elevador, que ia diminuindo, conforme desciam.

— Terei que andar pela vizinhança todos os dias, depois da faculdade — retrucou Lily, mal humorada.

O número foi substituído pela letra “P”, e elas saíram.

— Boa tarde, Filch — disse Marlene, de má vontade, para o porteiro, que tinha uma cara maléfica, ele acariciava um gato, tão maligno quanto ele.

— Eu tenho medo desse cara — murmurou Lily, colando-se mais na amiga, enquanto saíam do prédio.

— Ele tentou a vaga em Hogwarts várias vezes, mas o diretor nunca permitiu — disse Marlene, deixando a porta principal fechar em um baque, fazendo o porteiro reclamar do barulho.

— Diretor? Pensei que McGonagall fosse a diretora — disse Lily.

— Não! Ela é vice-diretora. O diretor quase nunca está lá, ele é bem velho, mas é uma boa pessoa. Então, a McGonagall toma conta do colégio.

Elas atravessaram a rua, apressadas, antes que o semáforo ficasse vermelho novamente.

— Ei! Aonde vamos? — perguntou Lily, curiosa.

— Tem uma sorveteria ótima, do outro lado do parque — disse Marlene, dando de ombros — Também tem uma livraria.

— Pensei que estivesse tentando emagrecer — disse Lily.

— E estou, mas não vou deixar de provar os prazeres da vida — ela riu.

— Queria entender o porquê de você sempre ter essa mania de emagrecer. Mais magra que está, e vai virar osso puro.

— Até parece, Lils!

Desde que se conheciam, Marlene tinha um corpo invejável, pelas mulheres, e desejável, pelos homens, mas continuava com sua cisma. Lily já tinha até desistido de fazê-la enxergar, desde que ela se sujeitasse simplesmente a dietas malucas, nada que envolvesse bulimia. Se isso acontecesse, ela não hesitaria em meter-se, não importasse o quanto Marlene protestasse ou a odiasse por isso.

A paisagem do parque era admirável. Árvores e flores não faltavam, embora houvesse um jardineiro, que precisava evitar que as pessoas fossem pegar flores, sem permissão. Vários bancos estavam espalhados, dando espaço para idosos, jogando milhos para os pombos (embora um dos jardineiros tentasse convencê-los que era proibido aquilo), crianças corriam de um lado para o outro, mulheres com carros de bebês, alguns animais de estimação correndo...

— Oh! Fofo! — ela foi parada por Marlene, que a puxou para trás, agachando-se no chão — Está perdido?

— O quê...? — Lily parou, vendo a Marlene pegar um pequeno filhote de cão — Lene!

— Não podemos deixa-lo sozinho! — Marlene resmungou, olhando para o pequeno.

— Não vão aceitar um cachorro em um estabelecimento! — Lily revirou os olhos — São as regras, Lene!

— Como podem negar essa carinha?

Cabeça dura como ela só, tiveram que receber vários “não”, para que ela se convencesse a voltar para o parque, e sentar-se em um banco vago, com o filhote no colo.

— Ai, meu Deus! Finalmente! — um garoto de cabelos castanhos correu na direção delas — Seus donos são uns verdadeiros babacas, Padfoot!

— Olá — Marlene sorriu para ele, que devolveu, aliviado — É seu?

— Não! De uns amigos! É melhor eu avisar para eles, estavam morrendo de preocupação — disse, pegando o celular, e começando a digitar.

— Pois saiba que seus amigos são uns idiotas — disse Lily, em um ímpeto — Deixar um filhote solto por aí! Ele podia ter sido atropelado!

— Sei disso. Foi um momento de descuido — respondeu, guardando o celular, novamente.

Antes que pudesse voltar a falar, Marlene adiantou-se:

— Sou Marlene McKinnon — apresentou-se — E ela é Lily Evans.

A ruiva olhou incrédula para ela.

— Remus Lupin — ele deu de ombros, olhando ao redor.

Não demorou muito tempo para que dois garotos corressem na direção deles.

— Ai, meu Deus! Padfoot! Não me mate assim novamente! — Sirius arrancou-o dos braços da castanha, que ficou irritada com isso.

— Que tipo de nome é “Padfoot”? — perguntou, debochada.

— É o nome do cachorro — respondeu James, como se ela tivesse problemas mentais.

— Ah! Deixe para lá! — ela revirou os olhos — Marlene McKinnon, prazer em conhecê-los! Não deixe-o largado por aí novamente. Vamos, Lily.

— Espere! Onde você mora? — perguntou Sirius, agora interessado nela.

— Por aí — respondeu, vagamente — A gente se vê, garanhão.

Lily sentia-se idiota por seguir a amiga, de um lado para o outro, como se fosse grudada nela.

— Você e seus flertes — revirou os olhos.

— Eu achei fofinho o cachorro dele — Marlene fez uma expressão inocente — Quero vê-los mais vezes!

— Você quer ver é outra coisa — retrucou Lily.

— Tornou-se mais safada, nesse tempo que estive longe — brincou, enquanto elas voltavam para casa.


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