Águas Obscuras escrita por Alph


Capítulo 22
A dor


Notas iniciais do capítulo

Galera vai perdoando o HIATUS, eu estava muito ocupado com a faculdade e quase não tive tempo para escrever, também fiquei meio estagnado nas ideias e tal. Me mudei de cidade... enfim, aconteceu muita coisa. Espero que gostem desse novo capítulo. Me perdoem pela imagem inicial n seguir os padrões das anteriores, é que estou na casa dos meus pai e meu pendrive com a base do PS está outra casa em que moro. Enfim, é isto.
Enjoy



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Aquelas palavras de Marissa foram as ultimas coisas que eu havia escutado antes de ter minha visão escurecida. Meu corpo perdeu os sentidos ficando paralisado e apenas o senti cair no chão da tribo. Eu sabia exatamente o que aconteceu, alguma sereia me paralisou com magia. O mais interessante é que fiquei meio que consciente, mas apagada fisicamente. No entanto, ainda sim escutava algumas vozes ao meu redor. Um frio foi instalado em meu corpo, arrepiando por completo minha espinha.

Não havia gritaria nem nenhum som, apenas ouvia barulhos de nadadeiras nadando na maré e essa movimentação denunciava que eu estava sendo levada para algum lugar. Durante todo trajeto houve predominância do silêncio e ele foi suficiente para que minha cabeça retomasse pensamentos negativos dos quais todos me colocavam para baixo. Sabia que estava ferrada de várias maneiras possíveis.

A sensação de apenas poder ouvir o que estava ao meu redor era horrível, pois eu me sentia totalmente incapacitada, queria me mover, mas era impedida. Não tinha controle do meu corpo.  Só me vinha um pensamento na mente: qual das minhas amigas contou. Não sabia se deveria ficar com raiva ou medo, pois eu havia confiado minha vida, literalmente, para elas quando compartilhei dos meus segredos mais profundos. Eu me recusava acreditar que fosse Tamara ou Damysis.

Sentir-se culpada era a única coisa que dominava os conflitos internos dos quais eu estava passando, pois eu sabia que não foi falta de avisos para não cometer tais erros. Contudo, é igual Tamara disse, sou muito cabeça dura. Querer voltar ao passado não era e nunca foi uma opção, ainda mais agora.  Uma voz dissolveu meu raciocínio quando a escutei sobressaindo no meio do marasmo silencioso que foi proporcionado pelo fim da movimentação das nadadeiras.

— E o que vai acontecer agora, Natísys? — perguntou uma sereia qualquer que eu não consegui identificar através da voz.

— Aprisioná-la aqui durante uma semana até as outras tribos se juntarem para fazermos o julgamento dela — respondeu a mãe da Tamara.

— Não é perigoso por causa do bebê que ela está gestando?

— Será um favor se essa aberração que ela carrega sofrer algum perigo — disse Natísys. Subiu um ódio no meu sangue inexplicável, sentia minhas veias queimarem quando ela proferiu aquelas palavras. — Isso se ela realmente se ela estiver grávida, não é? — Escutei um riso nasal dela.

Era horrível não poder dar um soco na cara dela, se eu pudesse rezar para Amidh devolver meus movimentos naquele momento para apenas bater em Natísys eu agradeceria. Odiava essa desconfiança que todos tinham, mesmo tendo motivo, mas eu realmente me esforcei para cumprir meu papel durante o Festival da Colheita. Eu consumi a relação, mas não disse com quem e o importante é que eu estava gestante, pensei, mas queria mesmo era ter dito isso para ela. Sabia que era errado fazer brincadeira sarcástica com a situação, mas o que eu poderia fazer? Já estava destruída mesmo.

Não escutei em nenhum segundo a voz de Marissa novamente, o que me deixou preocupada por algum motivo. Algo me dizia que deveria sentir medo, mais do que eu estava sentindo naquele momento.  Minha visão voltou aos poucos, mas ainda sim o lugar que eu estava era muito escuro, quase que não dava para enxergar as coisas ao meu redor. Em seguida, consegui me movimentar novamente e tentei nadar, mas o ambiente no qual eu estava me deixava assustada para fazer isso, pois tinha muito espaço, mas tudo era muito obscuro para eu poder descrever como era.

Olhei para cima e apenas vi grades grossas de gelo que tampavam minha passagem e a pouca luz que tinha passava entre as brechas dela. Aos poucos fui me lembrando que aquele local foi onde esconderam as sereias mais novas durante do ataque de Eryus na tribo, mas ao invés de porta para saída, colocaram uma cela. Abracei minha cauda em um canto daquele quarto escuro e lotei minha mente de pensamentos dos quais eu me via morta ou exilada em todos em todos.

— Você ficará aí até seu julgamento, Allysa, onde será decidido se haverá sua morte ou exílio da tribo. Até lá nenhuma sereia falará com você ou trará alimentos — falou Natísys.

Fiquei calada no meu canto e não a respondi, olhei para a luz da grade que batia no chão de areia da cela. Eu queria conseguir chorar, mas não adiantaria. Também não era viável discutir com Natísys, pois eu sabia que estava errada e meio que também sabia qual seria minha sentença nesse julgamento se dependesse de Marissa.

— Será retirada de você sua voz e visão através de magia, não adianta nem tentar quebrar essas grades. Elas foram forjadas pelo aço de Ferox, nem seu lado selvagem consegue destruí-la. Então nos vemos no seu julgamento.

A luz que eu conseguia ver de cima através da grade foi ficando turva até escurecer por completo. Tentei gritar, mas nada saia de minha boca então só me restava conformar com meu estado atual. Pelo menos meus movimentos ainda estavam intactos, mas não adiantavam de nada.

Se arrependimento não matasse, a sentença mataria, pois eu estava muito arrependida de ter brigado com Héclyro, Tamara e Damysis, mesmo que talvez as duas tivessem me traído. Uma semana sem ver Héclyro era o suficiente para que deixasse a culpa da minha teimosia me torturar durante esses sete dias. Eu não deveria ter discutido com eles, precisava deles isso era notável, na verdade eu deveria ter ficado com Héclyro e nunca mais ter voltado para o mar, só assim eu não iria me dar mal.

Contudo, minha atenção era voltada para minha barriga, passava a mão nela acariciando. Queria poder conversar com ela, mesmo que não houvesse resposta, eu me sentiria menos só ali. Minha preocupação era aquele bebê que estava lá, não queria que nada o atingisse, ele era meu não das sereias.

Não queria que o bebê morresse junto comigo, ele não tinha culpa dos meus erros. Talvez isso fosse o que mais martelaria na minha mete, a morte dele. Também havia Héclyro que nunca mais me veria e nem saberia da minha morte, sentia pena, pois ele sempre me procurava nas rochas nas madrugadas e agora eu não iria estar mais presente.  Eu sabia que iria morrer, pois tinha ciência que os erros que cometi não se resolvem apenas com exílio.

 

 

Não sabia quanto tempo eu já tinha passado ali, não tinha noção se foram dias ou horas. Só sentia o frio no estômago e um nó na garganta o tempo todo. Era um sufoco gritante em minha mente e eu não podia transbordar essa dor psicológica gritando. Raramente eu sentia medo, mas aquela situação não me permitia sentir outra coisa que não fosse temor. Temor por mim, pela cria e por Héclyro.

Passava o tempo todo deitada na areia podendo apenas sentir a textura dela enquanto eu esperava minha hora de ir chegar. Sem ter noção de tempo e agora de espaço, eu apenas queria que as horas fossem mais lentas, não queria partir. Mas ao mesmo tempo sabia que esse era o preço dos meus erros e que eu deveria me conformar com isso, só não queria que o ser que eu gestava sofresse da mesma punição sem ter culpa das minhas ações.

Deveria ter sido mais esperta e não confiado nas meninas nem em qualquer outra pessoa, mas também tinha noção que era irrelevante remoer questões do passado, porque agora só me restava esperar o resultado de tudo que eu fiz.

Visões dos momentos felizes que tive com Héclyro eram as únicas coisas que me faziam evitar sofrer mais do que eu estava sofrendo ali. Todas nossas madrugadas que eram responsáveis por nos conhecermos mentalmente e fisicamente foram coisas que me marcaram eternamente. Os meses que eu mais me senti viva, feliz e disposta a continuar naquele festival foram os que eu passei com ele.

Não deveria ter contado que ele era meio tritão. Era mais uma parcela de culpa que agora eu assumia pelo meu ato impulsivo de raiva. A avó dele deveria falar isso para ele quando se sentisse disposta, não eu. Não deveria ter interferido na vida dele dessa forma e agora essa ação que eu fiz foi o suficiente para ser um acréscimo na minha parcela de culpa.

 

 

Normalmente qualquer pessoa que estivesse na minha situação tentaria arranjar uma maneira de escapar daquela cela. Contudo, eu reconhecia que não poderia fazer isso, não teria como, mesmo se essa cela fosse aberta eu não me sentiria capaz de sair. Eu sabia que se eu escapasse e fosse pega a punição seria bem pior, então talvez essa fosse o jeito que a Santa Bancada das Sereias Antigas tinha de demonstrar como eram poderosas entre as sereias.

Depois de um bom tempo deitada naquela areia apenas na espera, eu escutei um barulho de material concreto se abrindo, mas não quebrando, sim se arrastando. Era como se os blocos que formassem a cela estivessem se arrastando de uma parede. Minha espinha se trancou e minha única reação foi escorar todo meu corpo na parede, abraçando minha cauda protegendo minha barriga, pois eu não conseguia enxergar o desconhecido.

Estava sentindo uma mistura de medo, minha garganta estava torcida e minhas mãos tremendo. Não conseguia me concentrar de nenhuma maneira, de repente sinto algo me tocando, como se fossem palmas de mãos. Agarrei com mais força meu corpo, repudiando o toque, não imaginava que já eram as sereias vindo me buscar para o julgamento.

— Allysa, me escute! Tenho pouco tempo — sussurrou uma voz que eu logo reconheci.

Eu queria gritar, bater e abraçar. Tinha milhões de perguntas para fazer, mas a raiva predominou junto ao medo, pois eu me sentia muito frágil. Minha única reação foi erguer-me e apertar com força o corpo de Marissa, abraçando-a sentindo essa mistura de sentimentos.

— Escute-me, não tenho muito tempo. Eu queria poder te tirar daqui junto comigo, mas Neferice está cheia de sereias caçadoras fazendo rondas, e aos poucos estão chegando mais sereias caçadoras de outras tribos para o julgamento, então não tem como te esconder delas.  — Ela segurou meus ombros e com continuou sussurrando — Vim pelo Portal de Athémrys, onde foi a segunda prova dos tritões e consegui chegar pelos caminhos no subsolo da tribo pegando um atalho até aqui por uma passagem secreta. Logo vão sentir minha falta, então serei breve, Allysa.

Eu estava com inúmeras perguntas para fazer, mas era muito ruim a queimação que eu sentia quando eu tentava falar algo. Era estranho querer abraçar Marissa novamente, mas no momento ela era a única que estava me passando segurança, mesmo assim ainda sentia certo repudio. Era algo que eu não conseguia explicar. Não sabia se poderia confiar nem em Hammys depois de tudo.

— Allysa, eu darei sua sentença, e você já deve saber qual é. Entretanto, sou contra isso e queria avisá-la de que não sou eu que faço as escolhas aqui. Não queria que você partisse sem saber da verdade e eu não quero cometer o mesmo erro que cometi com sua mãe. — Eu escutava sua voz ficando mais falha, carregada de tristeza. — Saiba que quem matou sua mãe não foi eu, foi Natísys, a mãe da Tamara. Eu e Vinérya apenas a levamos para o local de abate. Aquele ano foi o Ano do Sacrifício, onde uma sereia que já foi escolhida tem que morrer para que a magia no sangue continue fluindo entre todas as tribos. Sempre são enviados os nomes aos templos da magia das tribos a sereia que deve ser sacrificada, naquele ano foi o da sua mãe e as outras tribos tinham ciência que seria ela, então tínhamos que cumprir com o que era exigido da deusa menor da magia, filha de Amidh. — Eu estava tentando processar aquilo tudo, comecei a me afastar de Marissa. — Só as bancadas das tribos sabem desse Ano do Sacrifício, pois se as demais sereias souberem vão se revoltar com as deusas e seria pior para todos, elas não iriam entender e não permitiriam o sacrifício de uma de suas irmãs, então toda magia seria cancelada e iríamos falir e viver como selvagens.

Aquilo era novo para mim, pois eu não tinha noção do que acontecia entre a Santa Bancada das Sereias Antigas da minha tribo, muito menos das demais. Sacrifício de uma escolhida aleatória para continuar fluindo a magia, e a dita cuja foi justamente a minha mãe, que sorte a minha

— Vinérya era da bancada, mas foi expulsa por desrespeito a Natísys, e levar Béllyra até o sacrifício comigo era sua forma de redenção e o jeito de entrar novamente. Natísys conseguiu me convencer de levar sua mãe com o papo de eu me tornar a nova anciã, já que a anterior foi contra querer participar do sacrifício, então a bancada a fez inválida e era questão de tempo para que Natísys arranjasse um jeito de fazer a antiga anciã sumir. — As palavras de Marissa me cortavam feito uma lâmina atravessando carne fresca.  — Eu não sabia que ser anciã seria dessa forma, mas a história de ter uma vida melhor que as demais e que depois da morte o lugar ao lado de Amidh era privilegiado para as anciãs conseguiu me convencer.

Eu queria perguntar o que aconteceu depois com a Vinérya, já que nunca mais a vi então comecei a sacudir os braços de Marissa em busca de mais respostas com certa agressividade já que eu não podia gritar com ela, muito menos enxergá-la.

— Eu sei que fui errada por acabar com a amizade de anos com sua mãe em busca de poder. Sei também que isso custou a vida dela e que eu sou cúmplice. Arrependo-me todos os dias depois que minha ficha caiu de que ser anciã não rendeu nada além de dor, tristeza e morte de pessoas que eu amava, mas como você sabe, uma vez anciã, sempre anciã até a morte. — disse em voz chorosa. — Natísys tem o dom de hipnotizar animais marinhos e ela convocou o mostro da Vala do Exílio para mudar sua rota de desova nos mares do sul, fazendo-o traçar um novo curso atravessando o território da tribo. O monstro não sabia que estava vindo para cá, ele foi encantado para isso e atacado de forma injusta. Natísys usou esse fato como pretexto para causar um alvoroço em Neferice, ela uniu o útil ao agradável. Dessa forma, enquanto as sereias estavam loucas lutando contra um monstro, eu, Vinérya e a bancada fazíamos o sacrifício da sua mãe.  A antiga anciã foi lutar contra o mostro, e morreu, após a morte de Béllyra fui colocada no cargo de anciã. Vinérya se arrependeu de ter participado e acabou fugindo no meio do sacrifício, ela foi morta no meio do ataque do monstro, acharam o corpo dela debaixo dele.

Eu estava paralisada com tudo que estava escutando, soltei meu corpo do de Marissa e voltei-me para parede, não queria acreditar no que estava sendo dito para mim. Era muita informação, muita coisa que foi escondida. Imaginei minha mãe morrendo agonizado com elas.

— Fomos a Divitias apenas para pegar o material abençoado do sacrifício que é feito por uma sereia que mora no meio da floresta da tribo de lá, a festa foi apenas outro pretexto.  Esse novo material vai ser usado em você. Você foi convocada para o sacrifício, seu nome foi chamado pela deusa menor da magia. Isso me chocou, pois você ainda nem teve a cria. A deusa quer seu sangue, Allysa, eu não sou a favor disso, mas terei de dar sua sentença, pois estou sendo obrigada. — Ela voltou a tocar em mim e eu repeli afastando-me. — Se eu pudesse voltar ao passado não teria feito isso com sua mãe, pois eu a amava, mas fiquei cega pelo falso poder que foi convencido a mim.  Inclusive só conseguimos aprisionar o monstro na vala por causa da sereia de Divitias que veio trazer o material do sacrifício para nós um dia antes e permaneceu aqui. — Novamente se entristeceu. — Natísys vai usar seu julgamento como motivo do seu sacrifício. Desse modo, o segredo dos sacrifícios permanece.  E nós só ficamos sabendo do seu romance com o humano porque Lyria escutou a conversa de vocês atrás do templo no dia da caçada e contou para gente. Mãe da Tamara mandou ela te vigiar.  — Ela suspirou. — Aliás, eu fiquei fora aquele tempo, porque não sabia como falar com você. Passei alguns dias nas outras tribos tentando não me remoer pela dor que vai ser perder você, mas é inevitável, não tem como fugir dos problemas, muito menos das consequências.  Não encare a gente como sereias ruins, Ally, apenas obedecemos as deusas que nos regem por um bem maior.

Ouvi sua nadadeira se afastando, larguei-me da parede e virei meu corpo para mais perto dela. Estava repudiando Marissa, mas eu compreendia seu lado. No entanto, eu ainda me sentia mal com tudo aquilo, principalmente dela ter participado disso tudo.

— Sabia que eu jamais vou me perdoar por tudo que fiz pela sua família. Eu reconheço meus erros, me perdoe. Vim aqui só esclarecer tudo, pois sempre notei sua aflição em relação a essas dúvidas da morte de sua mãe. Não queria que você partisse sem saber da verdade, lembre-se: sereias ajudam sereias. Isso não parece verdade da minha parte, me sentia mal pelo que fiz com sua mãe. E como eu havia te dito, você é a presença continua da minha dor do passado... minha culpa.

Sua voz ficou distante e escutei o ruído das paredes movendo-se novamente, nadei rapidamente até a parede que se fechou e fiquei batendo nela, tentando de alguma forma fazer Marissa voltar, mas ela se foi.  


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Notas finais do capítulo

Capítulo sem betagem.
Quem gostou bate palmas, quem não gostou paciência.
Se tiver erros, me avisem por favor.
Obrigado a todos que abriram o capítulo para ler.

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