Chance to Survive. escrita por Anabella Salvatore


Capítulo 7
Todos voltam algum dia.


Notas iniciais do capítulo

*Boa Leitura



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Flashback

Felicity não via Bruce há muito tempo, ele estava em um projeto importante, Tony estava ocupado com a empresa e preocupado com tudo que teria que assumir.

—Você não pode fazer isso!

—Por que não Meg?

—São bombas Tony, e você as estão vendendo a preço de banana. Imagine quantas pessoas as compraram, quantos terroristas! Está pronto para sentir o peso de vidas nas suas costas?

—Eu não sei se estou pronto, mas sei que não sentirei o peso de ver o império que meu pai construiu ir à falência!

—Seu pai não gostaria de vê-lo fazer isso... Jogar o nome Stark no lixo por tão pouco.

—Você não sabe o que...

—Sim eu sei. E você também sabe. –Ela respirou fundo. –Sei que está tentando ser o homem que todos querem que seja, sei que tenta orgulhar cada homem que trabalha para você, mas enquanto tenta com tanto fervor orgulhar essas pessoas decepciona outras... Pessoas como eu e seu pai. Sinto muito Tony, mas não vou fazer parte disso.

—E o que vai fazer? Ir embora? Sumir?

—Não, vou fazer algo pior. –Ela o olhou nos olhos e deixou uma lagrima cair. –Você me decepcionou Tony e nada do que está fazendo e fará me orgulhará. Você tentou tanto sempre orgulhar-nos, mas hoje... Você perdeu. –Ela se virou e saiu de dentro da sala.

Tony sentiu o peso, o peso de cada palavra dita.

¥

Megan andava despreocupada pela rua, a cidade estava calma, ela respirou fundo. Não se sentia bem no meio daquelas pessoas, as pessoas que rodeavam a vida do seu melhor amigo, eram pessoas interesseiras e corruptas.

Ela tinha tomado uma decisão.

—Meg?

—Sim, Tony.

—O que faz aqui?

—Tenho que falar contigo.

—Algo muito importante?

—Sim, uma decisão.

—Olha se for sobre as bombas eu já fiz minha escolha e você não me fará mudar de ideia.

Ela respirou fundo.

—Não, não é sobre isso. Sente-se. –Apontou para o banco.

Ele sentou-se.

—O que ouve?

Ela respirou profundamente. 

—Eu vou embora. -Soltou. 

Tony não reagiu bem ao ouvir isso e nem quando ela explicou. Porque não havia explicação, ela estava o abandonando.

—Você está me deixando. -Disse num sussurro. 

—Eu não...

—Sim! Deus é verdade, você está me abandonando, está indo embora. –Ele soltou uma risada sarcástica e se levantou. –Pode ir, eu sou Tony Stark, posso sobreviver a isso.

No final daquela tarde Felicity saiu do empresa destroçada, ela tinha perdido seu melhor amigo, ou pelo menos era o que pensava.

¥

Depois disso Felicity se mudou para Starling City e decidiu construir uma nova vida, se livrou de algumas coisas e recomeçou.  

Pov. Autora.

Atualmente

Torre Stark

—Ele o que? –perguntou Bruce irado.

—Tony, você é um fofoqueiro! –Acusou Felicity.

—Não sou fofoqueiro, só aprecio a verdade. –Defendeu-se. –E foi isso mesmo, ele disse que ela era uma necessitada e que sempre precisaria dele. Ele a chamou de... –Tony respirou fundo. –Ele a chamou de aleijada.

Bruce se levantou bruscamente.

—Aonde você vai?

—Vou mata-lo!

—Você o que? Bruce volte.

—Voltar? Não, Meg. Eu vou mata-lo e faze-lo enxergar quem é necessitado.

—Você não pode fazer isso.

—Por quê?

—Porque você não é um monstro e é inteligente. Sabe que de uma forma ou de outra ele enxergará quem eu sou, afinal, para ele eu só sou Felicity Smoak a garota inteligente formada no MTI, que conserta computadores e o ajuda a brincar de salvador. Você sabe quem eu sou.

—Lembre-me quem você é.

—Não preciso disso, você lembra-se muito bem, sabe que não tenho nada de necessitada, e que mesmo estando nessa cadeira, eu posso fazer muito mais que muitas pessoas. Mais que muitos que se alto proclamam heróis ou justiceiros.

—Ele vai pagar?- Ele queria vingança. 

—Não, mas ele vai perder algo muito importante. 

—O que seria? –perguntou Tony.

—Eu.

Tony levou Felicity e Bruce até a sala de jantar, eles comeram em meio a conversas. Logo Bruce se instalou no seu andar e Tony revelou que tinha uma surpresa para Felicity.

—Como você fez isso sem que soubéssemos? –Perguntou Bruce, eles estavam entrando no elevador.

—Soubéssemos? 

—Sim, Meg, cada andar da Torre pertence a um "herói". 

—E onde eles estão que não os vi? -perguntou curiosa. 

—Missão. 

—Por que eu tenho um andar aqui? – Perguntou Felicity

—A torre foi reconstruída com o proposito de ser a “casa” dos heróis, entretanto ela ainda é a minha casa. E você Meg, você é a minha família, uma das poucas pessoas em que realmente me importa... -Explicou.- E também é uma heroína.

—Meus tempos de heroína acabaram Tony.

—Quem disse? –Perguntou Bruce.

—O tempo, ele me diz todos os dias. 

—Pois, eu digo que não acabaram.

As portas do elevador se abriram, Felicity adentrou o apartamento e se surpreendeu. Lá parecia tão... Familiar.

—Por que parece tão...

—Familiar? –Perguntou com um sorriso no rosto. –Porque foi você que o montou.

—O que?  

—Naquela tarde, em Seul, estamos apenas brincando com projetos para uma das minhas casas e vocês acabou montando a sua. 

—Como você lembrou?

—Nunca esqueceria.

Pelo apartamento tinha varias fotos deles juntos, tinha dela com Bruce, com outros amigos. Era bastante espaço, então ela conseguia transitar e conhecer. Tinha dois quartos de hospedes, uma biblioteca, escritório, sala de estar e de jantar, uma cozinha e, é claro, o seu quarto. As paredes eram claras em tons de azul, rosa, vermelho e cinza. 

Ali parecia ser um lar. E era. O seu novo lar. 

1 mês depois.

Em um mês muito mudou. Bruce se reintegrou a sociedade e começou a treinar seu físico e o seu emocional. Todos os dias ao se levantar dizia a si mesmo que iria fazer o bem sem machucar ninguém. Eram promessas silenciosas de mudança. Aproveitava algumas tardes com Tony no laboratório e outras com Megan e seus computadores. 

Stark estava muito ocupado, colocou na cabeça que desenvolveria um aparelho que faria com que Megan voltasse a andar. Vê-la todos os dias naquela cadeira o atormentava. Pepper se animou ao saber da nova vizinha. 

—Graças aos céus. -Exclamou. 

Megan não voltou a cidade do arqueiro. Logo apos uma nova reunião com os acionistas das Indústrias Stark e o próprio Tony, percebeu que em NY havia uma grande oportunidade de crescimento, algo que a Palmer Technologies estava precisando. Então bastou um telefone e duas reuniões para a filial de Starling ganhar um diretor novo. As construções da nova sede estavam a todo vapor. Elena, a secretaria, voltou para ajudar na mudança da loira e logo retornou, a mulher escolheu se mudar também, já que nada a segurava naquela cidade.

Megan não passava muito tempo transitando pelo prédio, estava muito ocupada com a burocracia e as construções para conhecer alguém novo. 

—Senhorita Smoak?-Chamou o porteiro.

—Sim?

—Chegou isso para a senhorita. –Disse com uma caixa nas mãos, ele logo a colocou em cima da mesa. –Disseram que era urgente.

Megan olhou para a caixa preocupada.

—Obrigada Jorge. –Ele assentiu e saiu.

Se aproximou da mesa e encaixou a cadeira lá, com cuidado abriu a caixa e encontrou uma maleta preta, bem protegida. Nela havia a entrada para uma chave.

—Como eu abro isso? -Perguntou-se. —Jarvis, pode chamar o Tony?

—Sim, senhorita Smoak.

—Chame-me de Megan Jarvis.

—Como preferi senhorita Megan. 

Alguns minutos depois a porta do elevador se abriu e Tony saiu.

—Meg, o que ouve?

—Chegou uma encomenda para mim, mas a maleta precisa ser aberta. 

Tony examinou com cuidado. 

—Meg, você não tem uma chave... Um colar. 

—Sim. -Respondeu, sem juntar as peças. -Não pode ser...

Ela tirou o cola do pescoço e pegou a chave, sua mão tremia um pouco, com cuidado logo lá dentro.

—Entra!

—Gire.

Ela o fez e a mala se abriu. Dentro se encontravam várias cápsulas, com um material azul dentro, e diversos papeis.

—São instruções.

—Instruções para o que? 

—A confecção de... Alguma coisa super poderosa... Aqui te escrito "O inimigo não poderá sentir". 

—Tem uma carta! 

Megan se pôs a ler. 

 

Minha Querida Lissy.

Sinto muito por não poder entregar isso para você pessoalmente, mas penso que já não estou vivo para fazer isso. Não sei como lhe falar que eu te amo, será que ainda acreditará? Depois de tudo que fiz. Não tenho o direito de te pedir desculpas por ter te abandonado, por não ter comprido a promessa que lhe fiz: Sempre te proteger.

Acredito que isso te ajudará de alguma forma.

O colar é a chave para abrir, lá tem um soro feito, o seu.

Sempre acreditei em você.

Sempre amei você

Com todo carinho e amor.

Seu pai.

Felicity colocou a mão na boca para tentar conter o soluço, as lagrimas caiam dos seus olhos.

—Meg... O que está acontecendo? –perguntou Tony sem saber o que fazer.

Ela entregou a carta para ele.

—É ele Tony, meu pai.


Talk to me softly
There is something in your eyes
Don't hang your head in sorrow
And please don't cry
I know how you feel inside I've
I've been there before
Something is changing inside you
And don't you know


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que acham que vai acontecer?



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