Trevas escrita por kevin henri


Capítulo 6
VI - Quando o passado volta.


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, voltei, acabei me empolgando nesse capítulo, por isso ele ficou muito grande, enfim, gostaria de agradecer ao Rômulo Starrk, sério, comentários como os dele que sempre me animam pra postar capítulos cada vez mais rápido, recado dado.

Ps: Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/682296/chapter/6

Minato se levantou, sacando sua espada da bainha em um lampejo rápido de seu braço direito, e, junto de sua guada pessoal, avançou com fúria contra as criaturas, fatiando-as rapidamente com suas técnicas de luta, sua guarda pessoal era composta de dois soldados que tinham afinidade com cada elemento essencial, ou seja, todos os quatro básicos, fogo, água, vento e terra.

  Rapidamente ele desapareceu entre as tropas inimigas, surgindo no céu, a frente do sol

  

  -Himitsu no tekunikku - Ni~Tsu yajirushi (técnica secreta - flechas do sol)

 

  Inúmeras luzes se formaram ao seu redor e caíram sobre as criaturas, incontáveis flechas feitas com a luz do sol mataram inúmeros adversários, de uma vez, os soldados olhavam abismados tamanho poder.

  Voltou ao chão em segundos, sendo protegido pelos escudos de sua guarda pessoal rapidamente.

 

  -Avançar! - Gritou ele as tropas prontamente obedeceram-no, avançando com ainda mais força, descarregando nas criaturas uma força que seria quase insana, até mesmo para soldados normais

 

  -Te achei!- Disse ele, desaparecendo, enquanto os soldados avançavam, matando uma por uma aos montes.

  Minato surgiu mais adentro da floresta, atrás de uma figura encapuzada, esta o retirou, tinha cabelos escuros e longos, pele branca, olhos reptilianos, assim como sua voz, usava um manto para cobrir seu manto, Minato avançou contra ele em um lampejo, este saltou para cima de uma árvore alta, desviando do golpe.

 

  -Orochimaru! Pagará por isto! - Disse Minato, furioso

 

  Orochimaru saltou contra Minato, que desviou, o impacto da queda ergueu uma grande cortina de poeira e, quando esta abaixou, Minato se viu enrolado por uma grande serpente roxa.

 

  -Ora Minato, quem mais poderia ser? Sabe que quero a destruição deste reino patético desde os meus dezessete anos, não que eu seja o unico não é ?- Disse ele com a voz embargada em graça, parecia se divertir com tudo aquilo, Minato desapareceu de sua posição de imobilização, surgindo mais atrás.

 

  -Não pode me vencer neste estado Minato -  Disse ele, enquanto andava vagarosamente, até ser atingido por um raio, sendo lançado vários metros a frente, batendo de frente com várias árvores, que tombavam com o impacto, até parar.

 

  -Você não parece nada com o que me disseram...Orochimaru - Disse uma figura conhecida de Minato, surgindo das sombras das árvores, era ele, o grão-mestre mais jovem a assumir tal posto, Neji Hyuuga, Minato se  aproximou, enquanto arfava um pouco, estava cansado, Neji sorriu

 

  -Muito bem senhor - Disse Neji, enquanto olhava Orochimaru, já de pé, com um sorriso no rosto, várias cobras avançaram em sua direção rapidamente, feitas de ar, porém, antes mesmo de tocarem ambos os dois, foram queimadas rapidamente, raízes enrolaram seus pés, mas foram incineradas rapidamente, Neji o olhou.

 

  -Minha vez - Ele estendeu a mão, e o ar começou a ficar mais pesado -...Isso é uma magia de vento de verdade - Ele apontou o dedo na direção de Orochimaru, que o olhava, com um sorriso no rosto.

 

—Kyokutan'na mahō - yami no kyōfū (magia  extrema - ventania das trevas)

 

  Não demorou muito, o vento uivou até se tornar negro e, de sua mão, surgiu um tornado negro, cujo vento girava tão rápido que poderia fatias carne e ossos como se fosse faca quente na manteiga.

  Metade da floresta foi erradicada com a magia que fazia parte da aba das mais poderosas que um mago poderia executar, Neji se ajoelhou, cansado, magias assim exigiam grande mana e concentração, Minato andou, até ver o corpo de Orochimaru, deformado com vários cortes e partes de seu corpo faltando, ele riu.

 

  -Achou mesmo que eu viria pessoalmente? Você é muito burro Minato, isso é um clone especial, que esta sendo controlado por mim neste instante para colher informações - Pronunciou com a voz fraca, vendo o olhar de ódio de Minato.

 

  -Mande lembranças ao Naruto- Sua voz enfraquecia a cada palavra, ele, seja lá o que for, estava morrendo, nada poderia sobreviver perante aquele poder esmagador do grão-mestre.

 

—Agradeço a… Cooperação - E morreu, em seguida seu corpo ardeu em chamas e, antes que qualquer coisa pudesse ser feita, desapareceu completament, sem deixar rastros.

 

  -Neji, bom trabalho, agora volte para dentro e proteja o reino, Kakashi pode precisar de ajuda - Neji não questionou e, em seguida, desapareceu em fumaça, Minato ainda vistoriou o local, depois decidiu voltar para a batalha, seus homens, apesar de não acreditiar em tal coisa, poderiam estar em apuros sem ele.

 

[...]

 

  Minato voltou para as tropas, apenas para ver os remanescentes das criaturas serem despedaçados pelos escudos, espadas e lanças de seus soldados, ele sorriu, sua guarda pessoal logo o rodeou, ele viu uma delas, Anko Mitarashi, expressar um sorriso ferino, ela tinha cabelos arroxeados, presos em um rabo de cavalo desarrumado, olhos castanho claros, um corpo, considerados por muitos homens como escultural, não parecia cansado da batalha, seu escudo criou rochas e estas foram disparadas contra algumas criaturas e logo explodiram em várias outras, era a única mulher em sua guarda pessoal, os outros estavam mais afastados, Minato se ajoelhou, havia usado toda a sua energia nesse combate, o tempo parecia não ter passado, mas, na verdade, se passaram duas horas.

 

  E um grande buraco se abriu no céu, um buraco negro, do tamanho de uma pessoa, e algo saiu de lá, pousando com violência no campo de batalha, cria do uma grande explosão de terra e árvores partidas.
  De lá, um estranho surgiu, avançando contra as criaturas, rápido, forte, voraz, exigindo violência brutal de seus adversários para para-lo, porém, se quer podiam pega-los, era ágil, rápido, e conseguia facilmente escapar dos braços que o rodeavam.
  Ele saltou, alguns soldados olharam para ele, o sorriso feliz e excitado pela adrenalina, o olhar feroz e desafiador, manchas de sangue por seu corpo, sangue que não era seu, lhe dava o aspecto aterrorizador de um monstro.
  Eles o viram, com um movimento, arrancar os braços de um grande monstro, com as mais nuas, e depois parti-lo ao meio.
  Ele andou pelas tropas, que abriam caminho para ele, os bigodes em seu rosto, acompanhando o sorriso, o sangue em seu corpo pi Gava a cada movimento deste, a fenda em seus olhos, fina, rodeada do vermelho de sua íris, transmitia pavor para qualquer um corajoso ( ou tolo ) o suficiente para encara-lo.
  Ao longe, ele viu Minato Namikaze, lutando com fúria e dificuldade contra as massas inimigas.
  Em um movimento, tão ofuscante quanto o sol, hordas foram obliteradas, sem remorso ou misericórdia.
  Ele se ajoelhou, cansado, ofegante, ficará por mais de duas horas lutando sem parar, fora defendido pelo soldados e seus escudos, que formaram uma parede ao seu redor.
  Alguns usavam sua peculiaridades elementais para aumentar a eficácia da defesa de seu rei.
  Ele não viu o segundo loiro se aproximar, abrindo caminho com seu olhar, mas ele sentiu uma intenção assassina familiar.
  Quando ele se virou, não viu ninguém, exceto seu soldados, em meio a uma multidão de criaturas descontroladas, alguns com arranhões, outros feridos, ainda assim empunhando suas espadas e escudos com toda a força que ainda tinham.
  Ele nem se quer viu, quando, a sua frente, o outro loiro perfurou a criatura com suas mãos e a rasgou como se fosse de papel.
   Os soldados olhavam aterrorizados e impressionados para a força física daquele garoto, de não mais quatorze anos de idade.

 

  -Achei que vindo aqui mataria o meu tédio, mas estava errado - Suas palavras soaram frias e sem sentimentos e sem a excitação que ele aparentava estar sentindo.
   Minato o olhou, reconhecendo-o, tentou falar alguma coisa, porém, foi calado com o olhar.

  -Ela já sabe de tudo, não é Minato?- Sussurrou ele, enquanto que o Namikaze lia seus lábios.
  Em uma piscada, ele estava a frente do louro mais jovem, levantando-o pela gola da camisa.

  -Foi você não é mesmo ? - Os guardas rodearam Naruto, com suas espadas, Naruto o olhou, ele queria mata-lo, ali mesmo, por mais que não pudesse ser tão rápido, tinha maior resistência em combate, e ele tinha um limite pra poder usar o seu elemento que, ao acaso, já foi alcançado naquela batalha, seria o momento perfeito.
  -Sabe como foi o meu último aniversário em Konoha? - Começou ele, enquanto Minato ouvia.
  -Eu fiquei duas semanas acorre tado em uma parede, sem comer nem beber nada, no escuro, sem luz, não é algo que uma criança de sete anos deveria passar não é? - Os soldados, aqueles que escutaram o olharam intrigados.
  -Enquanto que, todos os dias, eu era espancado, chamado de monstro, de demônio, pelo mesmo povo a qual você jurou proteger- Disse ele, enquanto a visão dos soldados se tornava mais sombria.
  -Você sacrificou uma vida por muitas outras que não reconhecem o fardo que eu carrego, por sua causa, ela me machucavam, achando que faziam o mesmo com o "monstro" que estava selado em mim- Ele sorriu, um sorriso ferino, enquanto Minato apertava o olhar.
  -Achou mesmo que eles iriam perder a oportunidade de machucar o "garoto-raposa" em qualquer dia? - Ao proferir aquele nome, vários sussurros começaram, "o garoto-raposa está morto", "ele desapareceu ou foi raptado", bem, eu voltei - Uma chama surgiu em suas costas, formando uma causa alaranjada, cuja ponta era amarela.
  -Vocês passaram a vida me chamando de monstro, de demônio e de aberração, e eu sei que fizeram a festa quando eu sumi, tirando você é o conselho, que perderam sua preciosa "arma" -

  -Calado! Você está preso por invasão ao castelo e a quarto do rei!- Disse Minato em alto e bom som, despertando os soldados do "transe"
  -Ah...- Ele começou a rir baixinho, risada que foi aumentando, até arrepiar os ossos dos soldados, a intenção assassina era tão forte que as criaturas chegaram a recuar.
  Minato não conseguia respirar, e logo, Naruto segurou seu pulso, forcando-o a larga-lo, caso contrário, quebraria seu braço.
  -Você e Kushina me chamaram de fracassado, de estorvo, de peso morto, mas olhe pra você agora, de joelhos perante mim, não é Minato ? - Nenhum dos soldados conseguia se mexer para ajudar seu seu contra "seja lá o que era aquele garoto".
  -Você escondeu esse segredo muito bem Minato... - Disse ele, enquanto uma aura avermelhada começou a engoli-lo, tomando a forma de uma cauda, como se fosse uma armadura, logo, ele tinha a forma de uma raposa.
  Os olhos vermelho, agora brilhantes, emitiam uma vontade louca e desenfreada por sangue, pelo seu sangue, o sangue em seu corpo evaporou com a intensidade da energia, limpando-o, deixa do um cheiro de podridão e morte no ar, os soldados se afastaram devido a intensidade da energia, ele sorriu, a medida em que seus cabelos mudavam de cor, como na batalha do deserto.
  -...Ou eu deveria chama-lo de... "pai"?...-

  [...]

  Aya sentiu aquela energia, e sabia que era ele, ela iniciou o vôo , chegando rapidamente a ele, enquanto sentia a energia que ele emanava, com muito treinamento, ela conseguiu suportar, mesmo que minimamente a onda assassina de sua vontade, o suficiente para falar.

  -Naruto... - Disse ela, atraindo o olhar surpreso dos soldados, aquela "descoberta" havia os abalado, por mais que a luta ainda estivesse continuando, quase que toda ela parou pro causa do instinto assassino do louro, que chamou muita atenção.
  -Ah, "princesa", não deveria estar com Kushina?- Perguntou ele com ironia na voz, carregada de um sarcasmo assassino, que era bem visível pra ela.
  -Mamãe quer que você volte pra...

  -Pra ser acorrentado, usar uma coleira e seu usado como arma de guerra? Não, já fizeram isso uma vez, não terão essa chance de novo. - Ele suspirou

  -Sim, eu sei o que você pass...-

  -Não! Não sabe de nada! Tudo o que eu sofri nas mãos desses miseráveis foi pior do que o inferno! Não tem um dia que eu queira matar um por um, lhes arrancar o coração ainda pulsando do peito e fazê-los engolir pelo que fizeram comigo! - Disse ele, enquanto tirava o manto e a camisa, demonstrando várias cicatrizes feias, dignas de uma guerra, as costas, recheadas até mesmo de cicatrizes de correntes quentes, de barras de ferro, perfurações e cortes.
  Na barriga, no mesmo lugar onde havia aqueles músculos bem trabalhados e delineados, havia uma cicatriz de um grande corte, que se iniciava  no ombro direito, e ia até o lado esquerdo da cintura.
  -Com cinco anos, eu já tinha todas elas- Ele disse, surpreendendo todos ali. Enquanto se vestia novamente.

  -Eu não era o monstro ali, então, garota petulante, nunca mais me diga que sabe o que eu passei, porque você não consegue imaginar nem mesmo um quinto do que eu passei - Seu olhar ficou sombrio, arrepiando a loira, que avançou um passo em sua direção, e o abraçou.

  -Me desculpa...- Sussurrou ela, enquanto Naruto permanecia parado, sentindo sua camisa ser molhada com as lágrimas da loira.
  -Desculpa não ter estado lá, não ter cuidado de ti, não ter te dado atenção, carinho ou amor, sei que o que eu fiz não tem perdão, mas... mesmo assim...- Disse ela entre soluços, chorando no peito do irmão mais velho, Naruto a afastou de si.
  -Não vim atrás de pedidos de desculpas... - Disse ele, frio e indiferente, enquanto que a cauda balançava, por mais que tivesse desfeita a "armadura" vermelha, ainda tinha a cauda, e, em um movimento rápido, se enrolou no pescoço de Minato, o levantando rapidamente.
  -Vim deixar um recado!- Ele se virou rapidamente, acertando um forte soco na barriga de Minato, que cuspiu sangue, em seguida o soltou, com os guardas ameaçando irem para cima dele, porém sua intenção assassina era forte demais para qualquer coisa.
  -Vim avisar que vocês terão o "monstro" e o "demônio" ao qual tanto usavam para me descrever...- Ele se afastou, enquanto que Minato tentava se levantar, mas a dor o obrigava a ficar no chão.
  - E eu não terei misericordia- Ele olhou para Aya, de maneira fria, ele esticou seu braço em direção a ela, enquanto a ela queria correr, mas se controlou para ficar ali, não queria ter medo de seu irmão, nem raiva ou ódio, afinal, ele estava na razão, e ele sentiu isso.
  Sua mão pousou em sua cabeça, lhe fazendo um pequeno cafuné.
  -Foi uma boa tentativa - Disse ele, com um tom manso, quase gentil, ela ficou encantada com seu jeito, seu olhar chegou a mudar por alguns instantes, ela se sentia quente e confortável ali, mas logo esse olhar mudou, quando ele se virou e chutou Minato para os guardas, que o agarraram com cuidado.
  -Recado dado "pai", e vocês, se forem gritar, gritem com toda a força, para que seus gritos de dor e desespero me deixem de bom humor e os mate rápido, quando eu destruir esse lugar. - Eles iriam avançar contra ele, porém, em uma velocidade alarmante, desapareceu, diante de seus olhos.
  Minato aos poucos se levantava, enquanto os guardas voltaram a formação.
  Ao longe, já distante de si, estava o loiro, combatendo as criaturas, aproveita do a situação para saciar sua sede de sangue e loucura, com um sorriso que raptava os batimentos cardíacos dos seres vivos, e um olhar que arrancava suas almas, membros voavam, sangue era espalhado, aquelas criaturas, que em algum tempo, em algum lugar, já havia sido humanos, estavam enfrentando seu destino, inutilmente tentando resistir a ele...
  
  ...A morte...

  A grande força física de Naruto intrigava todos que o olhavam, como alguém tão pequeno podia ter tamanha força? Ainda mais alguém que, quando novo, não demonstrou quaisquer dons ou habilidades de combate? Nem mesmo havia herdado a especialidade da familia de Minato, ou a de Kushina.

   Minato se levantou, olhando-o, no estado em que estava, cansado depois de lutar por horas, quase não tinha condições de captura-lo, só teria uma chance.
  Ele lhe apontou o dedo para Naruto, até que tudo parou, com a intenção assassina, tremendamente forte do louro, aquela era sua arma principal, se bem usada, podia destruir um império inteiro.
  Aya foi até seu pai e abaixou seu braço, ele a olhou, questionando-o.

  -Não vai transforma-lo em um animal de novo- Seu olhar duro encarava o ir.ão mais velho , apenas Aya conseguia se mexer, não entendia direito por que, mas ainda assim conseguia, pelo menos falar quase normalmente.
  Naruto olhou para eles, com seus olhos em chamas escarlates ferozes, viu Aya, com um olhar diferente, não mais aquele olhar frio, pela primeira vez, alguém de sua família demonstrava que se importava, ele tinha que admitir que, esse momento mexeu um pouco com ele.
  Mas era tarde demais para tentar reparar esse erro, então, com um sorriso divertido no rosto, ele correu em direção a Aya, os guardas ficaram em posição de defesa, prontos para atacar, mas seus corpos não respondiam, Minato se colocou a frente de Aya.
  Usando a cauda, Naruto agarrou o pulso de Minato, que, pego de surpresa pelo movimento do jovem, o lançou para cima, enquanto “abraçou” a "irmã".
    -Agora!- Enquanto se jogava, levando a irmã junto, aquele mesmo vórtex negro se abriu, levando-os dali.
  Minato, depois de se recuperar, ficou estupefato, havia sido feito de idiota pelo seu próprio "filho", que agora, levará Aya para sabe se lá onde.
  -Rapido! Terminamos essa batalha! Reúnam os batedores e procurem nos arredores assim que a luta terminar! Eles não podem ter ido longe! -

  Pobre Minato, não sabia o que to estava errado...

  [...]

  Naruto caíra primeiro, depois Aya, ele a segurou nos braços, enquanto que a mesma corou, foi colocada no chão por Naruto, logo o vórtex se fechara e a Uchiha mais velha pôde descansar.
  Naruto lhe agradeceu, vendo-a desmaiar, exausta.

  -Ora, "princesa" que honra finalmente poder conhece-la, eu sou Aeryn, esposa de seu digníssimo "irmão" - Disse a vampira, com suas presas a mostra, intimidando Aya.

  -Poupe-nos de suas brincadeiras Aeryn, não é a você que eu trouxe para ela conhecer- Aeryn inflou suas bochechas, irritada.
  Logo uma garota, mais do que desesperada surgiu a sua frente e se agarrou a Naruto.

  -Seu idiota! Onde você estava! Por algum tempo eu perdi contato mental com você seu desmiolado...- Sua voz era chorosa, Naruto havia desaparecido, não sabia para onde havia ido, deixando-a com dois Uchiha, familia que mais odiava, e aquela "coisa" chamada Aeryn.

  -Quem...é ela? Aya disse timidamente, aos poucos, falando normalmente.
  
  -Esta gracinha encantadoramente fofa, é aquela que o povo de Konoha passou a vida inteira chamando de monstro, usando-a como arma de guerra e desejando que morresse, está é Kurama, tipicamente conhecida como Kyuubi no Youko - Kurama corou, enquanto enterrava seu rosto no peito de Naruto, enquanto que Aya olhava para ela, enquanto observava suas caudas enrolarem Naruto possessivamente.

  --Desencosta dele raposa pervertida! - Ameaçou a vampira, com o olhar ciumento.

  -Não fui eu quem me esgueirei pra cama dele essa manhã, e ficou se esfregando nele - Ela disse com um sorriso desafiador, Aeryn corou. Po ml
  -Então ela merece uma punição não é mesmo Kurama? -Disse ele, enquanto enlaçou o pescoço da ruiva, Aya olhava a cena envergonhada, Aeryn estava temerosa quanto a isso.

  -Na-Naruto...? - Gaguejou ela, em vão, apenas pode ver os lábios de ambos os dois se juntarem em um beijo apaixonado, rápido, mas o suficiente para deixar Kurama animada, até demais, um beijo não significava nada para ela, mas a chance de irritar Aeryn como havia irritado, era o suficiente para fazê-la ganhar o dia.
  -Eu vou matar vocês! - Suas unhas cresceram enquanto to avançada em direção a Naruto, porém, em um movimento rápido e preciso, Aeryn teve suas mãos amputadas pela jovem de cabelos alvos, esta rapidamente se colocou entre ela e Naruto, enquanto Aya olhava horrorizada as mãos da vampira simplesmente criavam vida e voltavam ao lugar onde pertenciam, com o ferimento se curando logo em seguida.

  -Sem ele, não acharei meu pai- Foi a única coisa que disse, antes de Aeryn ameaçar avançar.
  -Você mereceu-  Falou Nauro, ela parou, enquanto ele andava em sua direção.
  -Com Kurama posso conversar depois, já com você...- Ele se aproximou dela, tomando-lhe em seus braços, ela tentou resistir, mas seus instintos lhe eram mais fortes.
  -...Quero conversar agora - Em seguida, tomou-lhe os lábios rapidamente, Aeryn fechou os olhos e sentiu sua face esquentar, tudo isso sob o olhar da nova "visitante", que estava corada.
  Ao terminar, Naruto lhe deu uma mordida no pescoço, de leve, ainda assim, seus caminhos lhe arranharam levemente a pele, ele a havia deixado com um tesão de matar.

  -E os Uchihas, como estão?- Mudou de assunto ao ver o estado de Aeryn, Kurama apontou para um lugar específico, onde havia um amontoado de tecidos, lá estavam os dois, o mais novo dormia, e a mais velha velava por seu sono.
  -Ele vai viver, foi levemente envenenado, eu fiz um remédio que parou os efeitos, agora é só deixar o corpo trabalhar. - Explicou ela, eficientemente boa com remédios e plantas, mortal com venenos, Aeryn sabia ser muito versátil.
  -Eu sabia que Orochimaru iria agir, mas não tão rápido, isso melhora as coisas ainda mais, maldita cobra sortuda, vai morrer ainda mais rápido- Ao ouvir esse nome, Aya voltou a si, e Naruto percebeu.
  -Eu não vou te contar tudo, mas te direi o que aquele desgraçado pretendia, ele queria você "princesa", seu sangue, sua maldita herança - Disse ele, enquanto Aya se encolhia.

  -Ele quer obter todo o controle elemental, todas as técnicas de combate, imortalidade, sabedoria, ele quer tudo, e eu vou lhe dar, vou esmaga-lo como o inseto que é, na hora certa - Sua voz saiu fria, sua expressão intimidou até mesmo Kurama, porém, logo voltou ao normal.
  -Mas antes, tenho que achar o pai dessa tampinha enquanto eu a treino - Disse ele, enquanto acariciava a cabeça da albina, que se sentiu confortável com isso, apesar de sua expressão não mostrar isso.
  -Você usou aquela caverna não é mesmo? Eu sinto uma energia não natural em você, - Disse ele sério, enquanto ela se surpreendia ainda mais com seu irmão, todos se sentaram, enquanto a Uchiha acordava e, ao se dar conta de tudo o que havia ocorrido, foi até Naruto mais velha se aproximava aos poucos, logo, ela se ajoelhou a frente de Naruto.
  -O...Obrigada por salvar meu irmão, jamais poderei lhe compensar- Disse ela entre lágrimas aliviadas, finalmente conseguira agradecer, antes não tendo tempo para isso devido ao que acontecera, Naruto a olhou.
  -"as mais belas palavras são ditas no silêncio de um sorriso"- Ele sorriu para ela, que continuava a chorar, alcançou seus cabelos, limpando suas lágrimas em seu rosto delicado e de poucas feições, mas ainda assim tão linda quanto o céu no inverno.
  -Não desperdice suas lágrimas comigo, não as mereço, ainda mais de alguém tão bonita quanto você- Disse ele, desviando o assunto, fazendo-a corar.
  -Se sente melhor?- Perguntou ele com uma ligeira felicidade na voz, isso era algo costumeiro do rapaz, ele não gostava da tristeza, nem da dor, então sempre desviava o assunto com alguma brincadeira, ela riu.
  -Quando Itachi me falou sobre você, imaginei alguém bem diferente- Disse ela, enquanto Naruto a olhava, curioso.
  -Eu sou diferente de todos os outros garotos que você conheceu na vida - Disse ele sério, trazendo um arrepio para ela.
  -Meu nome é Misaki Uchiha, meu irmão é Oreki, muito prazer, Naruto...-

  [...]


  Três horas haviam se passado, Naruto estava olhando o céu, enquanto a jovem ao seu lado tentava entender o que se passava em sua mente, todas as outras estavam distraídas, conhecendo a Uchiha mais velha, enquanto esta não saia de perto de seu irmão mais novo, que ainda não havia acordado.

  -Você me disse uma vez, que chamava você de "23" - Sua frase chamou a atenção da garota.
  -A partir de hoje, seu nome é Reya, na língua antiga que eu aprendi a entender, significa caminho, a garota chamada "23" morreu no caminho para essa montanha, de frio, de sede, sozinha e sem sonhos, trilhando um caminho de sangue e manipulação, eu te nomeei assim, porque eu te darei um caminho, e você se manterá nele... - Naruto a olhou, enquanto ela o encarava, acariciou seu rosto de leve e continuou.
  -E se algum dia você se desviar dele, eu lhe darei um outro caminho, assim como um novo nome. - Ela levou sua mão e a colocou por cima da mão dele, que estava em seu rosto, fechando seus olhos, em seguida, se aproximou dele, se inclinando e fazendo o que ninguém ali, inclusive as garotas, que o espiavam de longe, imaginavam que ela faria.


 ...Ela o abraçou, com gentileza...

  -Você é quente - Dito isso Naruto a abraçou, algo nele havia mudado, não queria mais tanta morte e raiva, as vezes queria, mas agora era diferente.
  Ele queria proteger aquilo que acabara de conseguir criar, ele criou laços, obteve responsabilidades, era como um líder ali, e logo, algumas pessoas iriam para lá em busca de abrigo.
   Seus olhos, agora um pouco diferente, expressava tranquilidade, Danzou havia rodeado seu coração de correntes, mas ele não teve tempo de tranca-lo com um cadeado, e Naruto sabia como romper essas correntes, e ele o faria.
  -Prazer.... Meu nome é Reya- Sua voz saiu em paz, calma e serena, Naruto apertou o abraço, soltando um sorriso que poucas vezes fora visto em seu rosto.
  Misaki, Kurama e Aeryn olhavam-no, espiando cautelosamente.

  -Ele não aparenta ser assim- Misaki estava surpresa, conhecia-o á algumas horas e ele não aparentava ser assim em seu íntimo,o imaginou-o como um ser terrível, impiedoso e coberto por sede de sangue.
  Mas agora, ele parecia como um quase irmão mais velho, quase como um pai.

  - Ele passou pelo que ninguém deveria passar, e um pouco mais, tiraram tudo o que podiam dele, inclusive seu sonho, mas, mesmo quando ele não tinha nada, ele quis compartilhar tudo, até mesmo essa vo tarde eles despedaçaram, depois de um tempo, ele aprendeu que nada disso mudaria, não daquele jeito- Disse Kurama, chamando a atenção da Uchiha, Aya baixou sua cabeça.

  -Ele foi ignorado, tratado pior do que lixo, apanhava todos os dias, por motivos que ele não entendia, e ele só tinha quatro anos, sua família o ignorava, lhe negava água e comida, e, por mais que eles o fizessem sofrer, ele continuava, até que ele descobriu o porque se ser tratado daquela forma - Os olhos de Kurama se escureceram ao se lembrar, enquanto Misaki se aproximava ainda mais, curiosa.

  -Quando descobriu o por quê, ele fugiu, correu para o mais lo he que podia, e treinou, queria ser forte, nunca mais seria humilhado de novo, nem derrotado, nunca mais seria fraco, ele passou por um treinamento ao qual poucos sobreviveriam, por mais que seja apenas um garoto agora, quando crescer, terá a força para mudar o mundo - O brilho em seus olhos retornou, gostava de como isso soava, ela se sentiu quente, enquanto as outras duas coravam um pouco, até que algo chamou sua atenção.

  -Reya... Qual é o seu sonho?- A pergunta as pegou de surpresa, a criança olhou para ele, em dúvida, um sonho? O que é um sonho?

  -Nunca me fizeram essa pergunta, ninguém nunca se importou. - Sua voz saiu triste, seu olhar sobre as nuvens estava distante, ela estava perdida.

  -Pode Me dar um exemplo?- Todas as quatro bisbilhoteiras se aproximaram ainda mais, curiosas demais para se preocupar uma com a outra, Naruto sorriu.

  -Eu tive um sonho uma vez, eu queria ser reconhecido por aquele povo, mas até mesmo isso foi arrancado, meu sonho continua o mesmo, mas, dessa vez...- Ele sorriu, um sorriso enigmático, mostrando todos os seus dentes, suas presas longas, seu olhar frenético, era como um transe.

  -...De uma maneira diferente - Sua expressão excitou Aeryn, de uma maneira quase insana, ela gemeu baixo, enquanto as outras a olharam, quase indignadas.l, Misaki se perguntava para onde diabos é Mangekyou Sharingan de seu irmão a havia levado.
  Aya olhava a expressão do irmão, um assassino quase nato, ela estremeceu ao olhar seus olhos vermelhos.
  Kurama olhava-o com mais do que interesse, fazia muito tempo que não conhecia um humano com tamanho conhecimento do bem, do mal, e daquilo que os separava.

  -Meu sonho...-

  -Não precisa responder agora, coisas assim são especiais, e coisas especiais levam tempo para serem criadas, mas, que tal decidirmos o tempo de castigo pra quatro pestinhas que estão nos bisbilhotando?- Ele deu um sorriso maléfico, enquanto as outras quatro se arrepiavam, em um segundo os dois desapareceram, surgindo atrás delas.

  -Pra Kurama, um dia inteiro sem contato interno, ou seja, na minha mente apenas eu, você ficará aqui fora- Ele viu Kurama quase empalidecer, o que ela mais gostava era de ficar vagando na mente de Naruto, mexendo em uma coisa ou outra, tentou uma vez implantar em seu subconsciente um desejo mais do que ardente por ela, tudo para atingir Aeryn, claro que depois de um tempo reverteria o processo, mesmo assim, gostava de passar o tempo na mente do garoto, com conversas apensas sobre os dois, um dia sem isso a faria enlouquecer.
  -Você Aeryn, que tal eu te dar um beijo tão quente, com tanta luxúria, de maneira tão apaixonada que, toda a vez que se lembrar... - Ele se aproximiu, posicionando a boca ao lado de seu ouvido.

  -...Será obrigada a trocar de calcinha...?- Sua voz saiu em um grave enaltecedor, sensual, e até mesmo sexy, todas ficaram vermelhas, mas não tanto quanto Aeryn havia ficado ela sorriu, estava tremendo de vontade disso.

  -Essa é sua punição, isso é algo que você não terá tão cedo- Seu olhar se mostrou surpreso, teria implorado, mas nem teve tempo.

  -Pensei que fosse mais respeitosa, "princesa"... Que decepção, ficará uma semana comigo na floresta logo abaixo, mesmo eu não gostando tanto de você, participará de um treino especial comigo, descanse agora, eu vou fazer você implorar pela morte - Disse ele, com a voz fria, fazendo a loura mais nova estremecer com um arrepio que atingiu até mesmo sua alma.

  -Quando a você Uchiha, entendo que queira saber mais sobre mim, bastava ter me perguntado - Disse ele, ela se envergonhou.

  -Me desculpe, eu apenas queria saber a forma certa de te agradecer - Disse ela, ajeitando uma mecha de cabelo para trás da orelha, seus olhos negros brilharam em uma pequena mescla de arrependimento e vergonha, não tão verdadeiras assim.
  Ela era como ele, não ao pé da letra, mas sabia como manipular alguém, o erro dela, foi achar que Naruto, por ter quatorze anos ainda era uma criança.
  Ele alcançou sua camisa, puxando sua gola, até ela se aproximar dele, com ser rosto avermelhando á medida que o fazia, até seus lábios se encontrarem em um beijo rápido.
  -Esta é sua punição, não tente me seduzir só porque te achei gata, você não faz muito o meu tipo... - Ele olhou rapidamente para Aeryn, que quase se roía de ciúmes - ... Ou talvez faça, mas não se afobe - Ele sorriu, um sorriso discreto que a fez corar ainda mais e levar suas mãos até sua boca, se separando deste rapidamente enquanto as outras garotas olhavam, indignadas, isso era algo a mais na punição.
   Naruto gostava de brincar com as pessoas e suas reações, ele se virou e fitou o horizonte, em seguida correu até o pico da montanha, se virou e sussurrou um “Volto outra hora”, logo em seguida saltou...

 

  Ele caíaa rapidamente, se agarrando ás folhas e aos cipós das árvores, sua pele se irritava um pouco, mas apenas o faziam se incomodar um pouco, o atrito era tanto que suas mãos ficaram vermelhas, com saltos rápidos e precisos, pulava de arvore em arvore.

 

  “Kurama, cuide de todas, irei ver um velho amigo” - O pensamento logo alcançou a raposa de nove caudas, que consentiu

 

  [...]

 

 - Bem, o Naru ficará fora por um tempo, o que faremos? - Disse Aeryn, com tédio

 

  -E logo agora que eu planejava seduzi-lo a noite - Sua voz estava embargada de excitação, enquanto o olhar e a mente estavam longe, fincados no corpo do louro, ela gemeu baixo, enquanto recebeu um soco na cara, desmaiando, Kurama estava corada, e também indignada por causa dessa “vampira pervertida”, quem ela pensava que era para criar fantasias sexuais com Naruto? Ainda mais na frente dela?

 

  -Sentem-se, vou contar uma história - Disse ela, todas acompanharam

 

  -... Já viram um dragão de verdade…? Eu já -

 

  [...]

 

  “   O jovem louro acompanhava o seu “mestre”, até um local que era conhecido como pico do mundo, uma imensa montanha feita de gelo, cujo topo vivia expelindo cinzas de um vulcão, o local era quase impossível dese chegar graças ao clima extremo e o ar quase inexistente, mas para alguém que conseguia reduzir os batimentos cardíacos isso não era problema, ainda mais para as duas pessoas que subiam a montanha, Naruto agora estava com 12 anos.

  Ele não fazia questionamentos, tudo aquilo que seu “mestre” ordenava fazer, era feito, sem perguntas ou “mas”.

  Naruto seguia logo atrás, foi mais de um dia de caminhada, sem parar para dormir ou comer, ou mesmo descansar, ambos não tinham esse luxo, e o limite de seu corpo estava longe de ser alcançado, seu “mestre” adquirira grande resistência através de intenso treinamento, mas Naruto o tinha por natureza.

  Quando chegaram lá, Naruto viu um grande altar feito de gelo, com várias runas indecifráveis para ele, seu professor foi até ele e cortou o pulso, derramando sangue, a terra inteira parecia tremer em seguida, várias rochas s desprenderam e caíram, rachando e se quebrando, depois veio um rugido, alto e ensurdecedor, ele olhava, quase maravilhado o que vinha a seguir.

  Das nuvens, surgiu uma criatura grande, com mais de dez vezes seu tamanho, dois chifres curvos em sua cabeça, que desciam ao redor desta, ele era branco, com vários cristais de gelo ao redor deles, asas grandes em suas costas, um grande X em seu peito, provavelmente uma cicatriz de uma batalha feroz, cego de um olho, alguns dentes rachados e outros quebrados, por mais que fosse antigo e pudesse ser velho, era uma criatura que Naruto não enfrentaria.

 

  -Passou-se muito tempo neste mundo, foram anos quando na verdade para mim foram minutos, você mudou pequeno pirralho - Ele viu seu “professor” sorrir.

 

  -Você está acabado velho - Naruto sentiu um arrepio por imaginar a reação de tal  criatura, qual fora sua surpresa ao ver ele rindo.

 

  -Não me enche o saco, ainda é um pirralho cheio de pulgas seu fracote miserável - Como se  fossem velhos amigos, se sentaram e trocaram olhares, até que os olhos do antigo dragão se voltaram para Naruto.

 

  Ele esticou sua  grande mão e encostou uma de suas garras na testa de Naruto, ele sentiu seus olhos arderem e seu corpo doer em uma imensa dor de cabeça, que logo passou, o dragão sorriu.

 

  -Você possui grande poder, garoto sem sobrenome, você é como seu professor, “Zabuza Momochi”, seu ódio é grande, mas seu controle também, você é interessante moleque - Sua voz lhe trouxe um arrepio, aquele olhar analitico se tornou manso, e as presas se retorceram em um sorriso, vapor foi expelido de suas narinas e ele se aproximou ainda mais do garoto.

 

  -Zabuza, como encontrou este garoto?- Perguntou ele, enquanto Zabuza fechava os olhos calmamente, enquanto retirava a espada de suas  costas, a cravando no chão.

  O vento frio se intensificou no cume da montanha, Naruto sentiu frio, mas não se importou em controla-lo.

 

  -Encontrei ele a ponto de morrer na minha montanha, mas mesmo morrendo, eu conseguia sentir o ódio dele, não podia deixa-lo morrer com tudo aquilo, então o salvei, quando percebi que ele queria aprender comigo, simplesmente o ensinei- Sua voz saiu naturalmente baixa, mas alta o suficiente para ele ouvir.

 

  -Este garoto, esse... Pequeno filhote… não foi fácil para você não é ?- Disse ele olhando Naruto, retribuiu com um olhar duro e frio, como de costume, o dragão  sorriu

 

  -Eu sei que sim, eu vi sua  vida, desde a sua primeira lembrança, desde aquela que você não sabia que tinha, e eu concordo com algo que Zabuza tinha me dito uma vez…- Respirou e, em seguida, cuspiu chamas vermelhas e alaranjadas, derretendo o gelo do local, derretendo o gelo, fazendo o corpo dos dois conseguir descansar depois de tanto resistir ao gelo e ao frio.

 

  -Estou morrendo, e quanto eu morrer, minha alma ficará a vagar neste mundo procurando um lugar para descansar, quando acontecer, esse lugar absorverá meu poder e minha alma desaparecerá, esse lugar pode ter os “pedaços” da minha alma e armas poderosas podem ser feitas, se o ferreiro souber manusea-las, isso traria guerras intermináveis por essas armas, e quero prevenir isso -  O dragão respirou, tomando fôlego lentamente então continuou, com os olhos cravados em Naruto.

 

  -Por isso, há algum tempo, venho procurando alguém para passar isso, pelo menos o que sei e o que resta de meu poder, assim poderei descansar em paz, tentei com Zabuza, mas quando o conheci era  velho demais, e não tinha o que era preciso-

 

  -E o que é preciso ?- Naruto se pronunciou pela primeira vez, interrompendo-o, sua voz séria a tal ponto que surpreendeu os dois.

 

  -Você quer usar esse poder para prevenir guerras, eu procuro, acima de tudo, vingança, e você sabe, por que me dar um poder tão grande assim, sendo que o que eu procuro é o oposto do que você quer achar? -  Sua pergunta era  válida, o dragão sorriu e libertou uma gargalhada de sua garganta, ele se divertiu.

 

  -As pessoas mudam pequeno filhote, e você viverá para poder ver e sofrer isso, quando percebemos o que realmente importa, nós mudamos e nossos horizontes se espandem, o que fará depois que conseguir sua  vingança? vagará pelo mundo sem ter o que fazer? - Suas perguntas também eram válidas, Naruto se calou, enquanto Zabuza os olhava, vendo a si mesmo, petulante e um pouco arrogante, ele sorriu.

 

  O dragão encostou duas de suas garras em Naruto, uma em sua testa, outra em seu coração.

 

  -Eu vou te passar o que tenho de meu conhecimento, mas ele não virá de graça, você terá que passar por muita coisa para poder absorver tudo o que eu tenho para te mostrar - A garra em sua testa brilhou em verde, uma luz que poderia cegar qualquer um que olhasse, Naruto sentiu uma grande dor de cabeça, mas seu corpo ainda se mantinha de pé, estava prestes a desmaiar, mas ainda se manteve firme.

  Logo sentiu grande dor em seu corpo, se concentrando em seu coração.

 

  -Eu vou te passar o poder de controlar seu ódio e seus sentimentos, você o dominará com o passar do tempo, aprenderá com ele e irá crescer, esse poder o tornará indestrutível, mas primeiro, ele terá que destrui-lo completamente, use esse poder, traga terror e medo, realize os feitos que quiser, mas o que fizer o seguirá para sempre, tenha isso em mente, seja o que for que se tornar, torne-se com toda a sua vontade...Quando estiver pronto, venha me ver novamente - O dragão se torou uma estatua feita de gelo, e a vida, momentaneamente, o abandonou.

 

  -Vamos, você tem muito o que treinar - Disse Zabuza, se levantando e pegando sua espada, Naruto o seguiu de volta, enquanto o gelo voltava a predominar no loca, Naruto se virou, vendo a estatua sussurrar palavas ao vento, ele as leu enquanto alcançavam sua mente, o que diziam era claro...“

 

  [...]

 

  Naruto saltava de árvore em árvore, até achar um grupo de homens, provavelmente bandidos, levando várias pessoas em uma caravana, provavelmente transportando escravos para algum lugar.

  Várias carroças estavam ali, com grades, com pessoas dentro delas, presas como animais, as que não cabiam dentro iam andando, acorrentadas, os bandidos riam, enquanto alguns contavam outro, outros se divertiam zombando das pessoas, homens, mulheres e crianças eram levadas, enquanto que os velhos e os incapacitados de realizar qualquer trabalho eram deixados para trás.

  Ele esperou e observou, viu uma criança, que chorava, ser tirada os braços da mãe, dendo algemada em correntes, enquanto um dos homens segurava um chicote, quando estava prestes a desferir o golpe, ele já não tinha o braço, não tinha sido Naruto, muito menos uma pessoa que ele esperasse encontrar dessa maneira.

  Ele viu, tão claro como o dia ensolarado que fazia naquele exato momento, a grande espada brindar e jorrar o sangue daqueles homens, girando-a ao redor do corpo, bloqueando os ataques dos adversários, que eram nada mais do que mercenários, com uma leveza invejável e uma técnica mortal, amputava membros rapidamente, não durou cinco minutos e todos estavam mortos, com brutalidade.

  Algumas pessoas ficaram com medo de se aproximar, até verem-no libertar as pessoas, todas correram para os braços de seus entes queridos, aliviados por cauda daquele homem alto, ele ainda se vestia igual, do mesmo jeito que se lembrava, Naruto saltou rapidamente, caindo no meio do sangue, muito dele ainda pingava da espada, que agora estava fincada no chão, Naruto tocou sua lamina, quase que com carinho, e então encarou o homem a sua frente, quase duas vezes o seu tamanho, com um porte físico muito bem trabalhado, aparentava estar um pouco mais velho,  mas ainda assim em plena forma.

  Ele sorriu para o homem que considerava um pai, e um amigo, estendeu sua mão e logo foi apertada por ele, não haviam abraços, nem palavas de cumprimento, o olhar já dizia tudo, foi quando Naruto se pronunciou primeiro.


  -Há quanto tempo… Zabuza…-

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, finalmente ele apareceu, e agora? Eu também não sei, só sei que vou pensando em tudo enquanto escrevo e deixo a coisa fluir, atualizo assim que puder ok ?

Até a próxima o/