A Desconhecida. escrita por Anabella Salvatore


Capítulo 45
Epilogo, a história de Hope.


Notas iniciais do capítulo

Olá, como estão? Desculpe a super demora, contudo, não queria acabar só por acabar, queria lhes contar algo novo e bonito, como eu imagino que tenho sido toda a história.



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A rainha maldosa, a rainha bondosa, a rainha humilde, a rainha demoníaca, a rainha... Era a rainha, dentre todas as facetas reais Isabella era, sobretudo, leal. A rainha leal, que tinha o rei ao seu lado e de lá ele não sairia.

Após anos, Hope crescerá entre guerra e paz, ganhar a lealdade dos cidadãos de Nova Orleans não tinha sido tarefa fácil, mas seuss pais conseguir com maestria administrar a cidade... O reino. O antigo conto de fadas contado quando ela era criança finalmente se realizará. Contudo, ela não entendia o que fazia falta.

A mesma sensação estava sempre presente, falta, saudade. Até que, num certo dia, sem perceber, por alguns segundos, ela se sentiu realmente bem... Foi um pequeno período, na sua adolescência, mas logo passou. Ela lembrava-se vagamente daquele dia, sua mãe estava chegando a Nova York para o casamento da sua irmã, e ela e seus tios iria recepciona-la no aeroporto, uns instantes de distração bastaram para ela bater em outra pessoa... E foi ai que aconteceu, o alivio, aquela sensação de preenchimento, que logo foi substituída pela tão conhecida sensação de vazio.

E os anos foram passando, a menina cresceu e se transformou em uma mulher tão fatal quanto seus pais, tal como, leal. Hope Mikaelson conseguiu ser conhecida por quem ela era, não pela fama dos seus familiares. Era temida e adora pelos seres que viviam na cidade, assim como, odiada por alguns. Possuía poderes novos, que encantavam bruxas; possuía força e velocidade; e não era escrava da lua, mesmo que já possuísse o poder do lobo.
Ela lembrava-se bem do seu primeiro assassinato...

A cidade estava calma, sendo assim, a família decidiu ir a praia mais próxima, para passear. Rebekah, Damon, Kol e Davina logo desapareceram entre turistas. Todos estavam empenhados em algo, Hope decidiu sair e andar pela praia. 

Passando por um pequeno beco, que normalmente eram descartados os restos de peixes, ela ouviu um grito. Com sua velocidade sobrenatural foi ver o que era. Sentiu cheiro de sangue. Encontro um homem e uma mulher, a mulher estava machucada e era prensada pelo homem contra uma parede suja. 

—Por favor, me solte. -Pedia, chorando.

O homem lhe deu um tapa.

—Cala a boca, vadia.

Antes que Hope fizesse algo, ele pegou uma faca e perfurou o estomago da mulher. Ela gritou. Hope gritou horrorizada, o homem a viu. Abriu um sorriso macabro.

—Olá gracinha, veio se juntar a brincadeira?

—O que você fez com ela?

—Eu? Apenas lhe ensinei uma lição, ela não queria brincar...

Hope sentiu o puro ódio. Abriu um sorriso ala Katherine.

—Será que você quer brincar comigo? -perguntou com uma falsa inocência.

O homem sorriu satisfeito.  

Ela sentiu um forte poder em si, parecia que fazia parte dela. Pensou que queria acabar com a vida daquele homem, aos poucos ele foi... Secando. Como se fosse um vampiro morrendo. A vida desaparecia dos seus olhos, assim como, a vida passou pelos olhos da mulher. 

—Espero que você consiga passar pelas portas do inferno antes da minha chegada, você não sabe o que é tortura, mas eu posso vir a ser o próprio demônio. 

Ela enterrou a mulher dignamente e deixou o homem para ser devorado por animais, tomou um longo banho e foi para casa. Todos estavam preocupados com a sua demora, mas o cheiro de sangue ainda era sentido, mesmo que fosse fraco. Ela foi direto para o seu quarto e, pela noite, sentiu os primeiros sinais da transformação. Todos estenderam imediatamente o que tinha acontecido, Klaus passou a noite toda a seguindo e, no dia seguinte, foi ele que lhe deu uma muda de roupa. 

E o tempo foi passando, entre idas e vindas, gritos de horror e de alegria. Os Mikaelson's se mantinham fortes. 

A faculdade de arquitetura foi uma surpresa, uma boa surpresa. Foram 3 anos longe dos seus pais e tios. Mudou-se para NY, fez amizades, inimigos; abriu uma pequena empresa, que logo se expandiu. Isabella e Klaus permaneceram em NO, mantinham a cidade sob controle e a paz era a maior regra. Eles eram os pais dela. Ela os amava acima de tudo e de todos. 

Quando criança, por algum tempo, condenou a atitude de Hayley, o ato de abandona-la. Mas, ela entendeu que aquela não era a vida dela. Era a vida de outra pessoa. E quando alguém decide escolher algo, deve haver um motivo. Ela foi tentar descobrir isso. 

Hayley  estava ajudando na construção de uma casa para novos integrantes da matilha, quando Jackson chegou com o seu celular em mãos. Sério, porém, não aparentava está zangado. 

—O que ouve?

Ele estendeu o celular. 

—Alguém quer falar com você. 

Curiosa, ela pegou o celular e aproximou da orelha. 

—Olá, quem é? 

—Olá, desculpa incomodar. -Hayley se arrepiou por inteiro ao ouvir aquela voz. 

—Hope. -Disse em um sussurro. Lágrimas começavam a se formar. 

—Sim, sou eu. Será que ainda tem espaço para mais um lobo?  Gostaria de passar um tempo ai, com a senhora. 

Hayley estava emocionada. 

—Claro que há, você é bem-vinda. Quando irá vir? Já está a caminho? -Ela estava animada, limpava as lagrimas enquanto falava. 

Hope riu. 

—Não estou a caminho, mas logo estarei. -Ela respirou fundo. -A senhora pode me esperar? 

—Sempre. 

Hope desligou, Hayley olhou para Jackson com um grande sorriso no rosto e pulou nos braços dele. 

—Ela está vindo, finalmente. 

Jackson sorriu com a animação da amada. 

Hope passou 3 meses com Hayley, conheceu seu irmão e observou o funcionamento da matilha. Ajudou jovens lobos a se adaptar, correu pela floresta. Se sentiu livre. Quando, enfim, se despediu de Hayley -sua mãe- prometeu voltar e lhe mandar o convite da formatura. 

—Obrigada por me receber, Jackson. -Disse sorrindo. 

—Você é uma de nós, é uma Crescente, é sempre bem-vinda. 

Ela se virou para Hayley. 

—Até logo, mãe. 

Uma lagrima caiu dos olhos da mulher, que sorriu. 

—Até logo, minha menina. 

Quando Hope finalizou o curso, teve todos que amava para lhe parabenizar. Na verdade, ela sempre os teve. Seu tio Finn e a tia Sage lhe deram um imenso prédio, ela tentou dizer "não", mas foi impossível.  Rebekah e Damon lhe deram beijos molhados na bochecha. Klaus e Isabella não conseguiam conter o orgulho, tal como Hayley, eram pais orgulhosos e felizes pela conquista da prole. 

°°°°

A cidade do Jazz estava tão animada quando durante o dia, não, estava mais animada. A noite em Nova Orleans era magica, os bares estavam abertos, as casas de show e de dança, a regra era se divertir, não importando o que você era.

Hope se divertia ao caminhar pela calçada. Observava um casal de beijando. Um vampiro e uma bruxa. Ela os conhecia e conhecia a sua história. Durante séculos eles viveram um amor proibido, devido as desavenças entre as raças, contudo, encontraram um lar na cidade e lá vivem essa grande paixão. Helena e Paris eram, sobretudo, sobrevivente. Hope via muito da história da sua família na história deles. Uma luta incansável, uma procura pela união e pelo amor.

Entrou na primeiro barzinho que encontrou.

—Pequena Hope. -Saldou seu irmão de consideração ,Marcel.

—O que faz aqui, Marcel? -Questionou o abraçando. -Pensei que estaria do Quartel, soube que está tendo uma pequena comemoração lá.

—Sim, é mais uma cerimonia para entregar os anéis. Vim buscar bebidas. -Apontou para um discreto carro.- Você irá? Posso lhe dá uma carona.

—Não, irei ficar aqui. Beber algo e ir para a cama, tenho um longo dia amanhã.

Ele logo foi embora e Hope procurou um lugar para se sentar, encontrou, e foi servida. Acabou e saiu para andar pela cidade.

As ruas de Nova Orleans estavam ainda mais movimentada. Havia arte por todos os lados e música. Alguns amantes, apaixonados, beijavam-se e trocavam carícias respeitosas, os solteiros festejavam. Foi em meio a esse choque cultural que eles se viram. Ela observava uma obra que retratava a cidade, no olhar do artista, com cores quentes e harmoniosas, concentrada não percebeu que eu sou virar repentinamente iria colidir com um estranho. Colidiu. E eles foram ao chão.

Antes que pudessem reclamar os olhares se cruzaram e por um instante a cidade tinha se silenciado é só restavam eles. Azul no castanho. Castanho no azul.

—Não olhar por onde anda? -Questionou. -Espere... Eu te conheço... Droga, você de novo?

—‎Quem é você? -Ela questionou confusa.

—‎Não se recorda? -Questionou ranzinza. -Parece que você tem a mania de esbarrar nas pessoas, já aconteceu duas vezes!

Hope tentou se lembrar do que ele estava falando, até que lembrou do acontecido em Nova York, no aeroporto.

—Você! -Exclamou.

Ele não deu ouvidos a exclamação dela, tratou de se levantar e começou a andar.

—Espere. -Ela gritou, mas ele não ouviu, a multidão logo o engoliu e ele sumiu.

°

Hope passou dias tentando esquecer aquele estranho, contudo, aquele maldito não saia da sua cabeça. Ela até mesmo chegou a sonhar com ele. Sonhos que seu tio Elijah não consideraria adequados. Afinal, que espécie de feitiço ele tinha jogado nela? 

—Hope, você está bem, querida? -perguntou sua mãe, Isabella. 

Ela suspirou, cansada. Passou a mão no rosto denunciando sua irritação. 

—Estou bem, mamãe. 

Isabella sorriu. 

—Hope, você é minha filha, eu limpei as suas fraudas. Você acredita mesmo que consegue me enganar? -Hope suspirou. -O que está acontecendo? 

—Um homem. -Disse por fim. 

—Um homem? -Estranhou. 

Não que Isabella achasse que Hope não deveria namorar, mas ela nunca tinha visto a filha falar sobre isso. 

—Ele... É um maldito! -Exclamou, assustando a mãe. 

—Querida, o que ele fez? -perguntou preocupada.

—Ele não sai dos meus pensamentos!

Isabella sorriu. 

—Não sai? 

—Sim, mamãe. Eu sonho com ele, penso nele, mal posso fazer algo que fico me perguntando o que ele está fazendo. E eu só o vi duas vezes. DUAS VEZES! Nem ao menos sei o nome dele. E aquele, desgraçado, não sai da minha cabeça. Só pode ser um feitiço. 

Isabella assentiu, não querendo desmentir a filha. Hope saiu apressada dizendo que iria encontra o tal maldito e lhe cobrar explicações. 

Mas, Isabella. Essa sabia que não se tratava de um feitiço. Lembrava-se de, quando criança, sua família lhe contar histórias de vida após morte, de reencontro de almas, de almas gêmeas. Talvez, pensou, Hope tivesse a sua, talvez ela tivesse tido a grande sorte de encontrar a sua. 

Hope procurou por dias, nada dele. Ele parecia ter sumido da terra. Ela continuava pensando nele, então, decidiu aproveitar esses pensamentos, se entregar. Gostava de imaginar o toque dele, a voz dele em seu ouvido. 

—Venha para mim, querida, vou te fazer minha...

Para se acalmar, Hope gostava de observar as obras. Sem admitir, também ia ali na esperança de reencontrar ele. Não teve sorte. 

—Quanto é? -Perguntou ao artista.

A sua obra retratava um jovem lobo, olhando para a lua cheia. Hope estava encantada. Sabia que podia pintar algo daquele tipo, mas lhe encantava saber que um humano podia ver a sua espécie (parte dela) com tanta beleza. 

Ele lhe disse o preço e ela lhe pagou, ficou certo que ele entregaria na sua casa naquele mesmo dia.

—É uma bela pintura, meus parabéns. -Elogiou.

O homem sorriu.

—É realmente uma bela obra.  -Disse uma voz masculina. 

Hope se arrepiou e se virou. 

—Olá feiticeira. -Disse o homem com ironia. -Pode desfazer a merda do feitiço e me deixar em paz? Ou é pedir muito? -Perguntou com arrogância. 

Hope engoliu em seco. 

—O que? 

—É surda? Ótimo, fui enfeitiçado por uma feiticeira surda. 

Hope estava confusa. 

—Uma o que? Você, por algum acaso, é louco? Seu maníaco! Eu nem sei quem é você. Por que iria te enfeitiçar? -Questionou raivosa. 

—Eu quero que você me diga! Sua maldita, o que você fez? 

—Eu não preciso te enfeitiçar. Agora você, o que quer? 

Ele se sentiu ultrajado. 

—O que eu quero? Estou tentando fugir dessa droga de mundo sobrenatural e acabo sendo enfeitiçado, você me perguntou o que eu quero? Eu quero que você me deixe em paz! 

—Hope, o que está acontecendo? -perguntou Davina se aproximando com Kol. 

—Tia D, esse sujeito está praticando o seu esporte favorito, sendo estupido. -Davina se surpreendeu ao ver Hope falando daquela maneira, normalmente, a moça era muito amorosa. 

—Quem é você? -Perguntou Kol, interessado pelo sujeito que fazia sua sobrinha se abrir tanto. 

—Me chamo Malachai Parker.

Kol apertou a mão dele. 

—Do clã dos Gemini? 

—Não mais. 

Kol sorriu. 

—Conheci seu pai, bela atitude. 

Kai sorriu. 

—Olá? O que está acontecendo aqui? -perguntou Hope. 

—Malachai é um sifão. Ou, era. 

—Era. Meus pais acreditavam que apenas com o poder da minha irmã gêmea eu poderia adquirir poder, eles não pensaram que eu poderia conseguir com o deles. 

—O que estava acontecendo? -perguntou Davina. 

Ela/Ela me enfeitiçou. 

—O que? Como assim? 

Kol e Davina os levaram até a casa da família, Finn e Rebekah estavam lá. 

—Contem o que aconteceu. 

Ambos começaram a falar, sem que ninguém entendesse. Até que Finn gritou e eles pararam assustados, pediu que cada um falasse. E daí eles contaram o que estava acontecendo. 

—Você tem sonhado? Com ele? Um homem? -perguntou Kol enciumado. 

Hope abaixou a cabeça envergonhada e Kai sentiu voltado de pular em Kol por fazer Hope se envergonhar. 

Finn bateu na mesa. 

—Sei o que está acontecendo. Venham comigo. 

Todos assentiram. Eles foram até o cemitério. 

—Há muitos anos, quase tantos anos quanto temos, um bruxo se apaixonou por uma crescente. Eles tiveram o primeiro hibrido. Chamava-se Sebastian. Sebastian viveu uma dura vida e logo aprendeu a ser forte por si só. Até que ele encontrou uma bruxa. Alexandra. Ela era poderosa e logo o conquistou. Eles viveram muitos anos juntos, contudo, com medo da morte os separar selaram um feitiço. 

Ele apontou para um local acima do portão, lá estava escrito em latim.

"Nem mesmo o poder da morte pode acabar com um amor tão grande, o poder de vidas vai nos renascer." 

Um forte vento fez com que as folhas voassem alto. 

Hope e Kai se olharam. 

Seria possível que eles fossem Sebastian e Alexandra? 

Kol e Finn foram falar com algumas bruxas, Davina e Rebekah saíram, os deixando a sós. 

Kai olhou para ela. Sentiu um forte desejo o possuir. Forte, sedento, insaciável. Ele sentiu uma forte saudade dela. Em Hope, chegava a doer e tudo que ela queria era se jogar nos braços dele. 

—Então, não faria mal se aproveitássemos? Certo? -perguntou Kai se aproximando, perigosamente. 

—Do que está falando? -perguntou, sua boca seca. 

A cada passo que ele dava ela dava para mais longe dele. Até que não havia para onde correr. 

—Estou apenas propondo que, talvez, possamos "matar" toda essa vontade. Sabemos que isso não vai passar tão cedo. 

A boca dele se aproximou da dela. E, de repente, eles era um do outro, após tantos anos distantes suas almas comemoravam o reencontro. Como eles sentiam falta um do outro. 

—Podemos fazer isso. - Disse Hope, com falta de ar, graças o beijo. 

Ele sorriu, assentiu, e a beijou novamente. 

°

Alguns meses depois...

Eles se olharam, sentiam o desejo crescer.

—Maldito irresistível. 

Kai sorriu e a beijou com ganancia, querendo saciar todo o seu desejo. Segurou nas suas coxas e as apertou, ela era sua. Hope gemeu. Ela agarrou os cabelos dele. Eles estavam mais e mais colados. Sentindo-se. Apenas uma roupa separava as peles que clamavam por contato. 

—O seu maldito, querida. 

Hope sorriu. 

—Só meu. 

Ela mordeu os lábios dele.

—Sim, só seu. 

—Será que isso nunca vai passar? -perguntou, tentando não gemer ao sentir os beijos dele descer. 

—Você quer que passe? -Ele levantou a cabeça, que já estava na barriga dela. -Você quer que pare?

Hope sorriu maliciosa. 

—Não. 

Após algumas horas, ambos saíram de dentro do apartamento recém comprado do homem. Eles foram até um barzinho que estava aberto e se sentaram um sofá.

Niklaus travou ao ver sua filha no sofá com um desconhecido, que parecia ser muito conhecido para ela. Eles não estavam agarrados, nem mesmo próximos, mantinham uma distância segura e respeitosa. Os olhos do híbrido ficaram na figura masculina. Alto, moreno, bruxo. Fez uma rápida descrição.

—Meu pai está te encarando. -Sussurrou, sua voz continha um tom de graça.
—Eu sei! -Exclamou num sussurro, fazendo-a rir. -Será que ele vai me matar?
—É provável.
O sorriso dele se alargou.
—Eu deveria sair daqui...
—Deveria...
—Mas...
—Mas... -Ela levantou a sobrancelha, o desafiando a continuar.
—Creio que seja uma desfeita a senhorita.
—Oh, seria algo extremamente chato.
—Mais chato que minha morte?
—Isso seria um espetáculo.
Klaus observava a interação dos dois. Pareciam se entender, Hope sorria com ironia e descaso, mas nós seus olhos continha um olhar de interesse. Ele decidiu se aproximar.
—Será que eu terei direito a escolher minha sentença?
—Provável que não.
O híbrido parou na frente da filha. E olhou com mais atenção o rosto do rapaz.
—Pai, quer sentar?
—Claro, querida.
Ele se sentou numa poltrona na frente deles.
—Quem é o seu amigo?
—Esse é...
—Sou Malachai Parker, senhor.
Aquele nome soou conhecido para o híbrido.
—Aonde se conheceram?
—Na rua. Kai é novo na cidade.
Foi então que Klaus lembrou, aquele era o nome de um bruxo que assassinou a família inteira a sangue frio, dizia comentários.
—O que faz aqui?
—Precisava respirar novos ares.
—Depois de exterminar sua família do mapa... Devo imaginar que esteja entediado.
Kai o olhou.
—Não matei toda a família, não generalize.
—Kai fez um favor ao mundo. -Disse Hope, Klaus a olhou confuso. -Os pais dele eram pessoas de má índole, acreditavam na "purificação" das raças, que todos os desastres cometidos pela natureza deveriam ser esterilizados do mundo.
—Quem lhe disse isso? -perguntou o bruxo surpreso.
—Eu vi. -Deu de ombros.
Klaus o olhou.
—Meu pai era um dominador, minha mãe o seguia para onde ele ia, era submissa, exatamente igual aos meus irmãos. Quando ele viu que eu não ia seguir o mesmo caminho fez com que todos se distanciassem e espalhou que meu poder consistia em sugar os poderes de outros bruxos. Infortúnio o dele. Não possuía tal poder, mas o fiz sofrer por perder os seus.
—Ele é igual a mamãe, um híbrido de bruxo e vampiro.
—E como se transformou em híbrido? -Perguntou interessado.
—Certa vez conheci bruxos poderosos que sabiam o que fazer e fizeram com maestria.
—Onde estão esses bruxos?
—Mortos, igual ao meu amado papai. Traição não é o meu forte.
—Temos algo em comum. Matou toda a família?
—Tenho alguns familiares vivos.
Klaus se levantou.
—Bom, senhor Parker está convidado para se juntar a mim e a minha família para o jantar de hoje.
—Estarei lá.
Klaus assentiu, se virou e andou até a porta, mas parou antes de abrir.
—Bom, ele não te matou.
—Isso é bom. -Disse satisfeito consigo mesmo.
—Lhe aconselho a não comemorar, tenho uma família tão grande e sangrenta quanto meu pai.
—A cada minuto me identifico mais com sua família.
Klaus abriu a porta com um pequeno sorriso no rosto. Tinha gostado daquele rapaz. Andou pelas ruas de NO até passar por uma exposição de quadros que retratavam o real significado da bruxaria (superstições), lá encontrou Isabella.
—Apreciando?
—Sim.
Ele passou as mãos pela cintura dela.
—Onde estava?
—Andando, teremos um convidado para o jantar. -Disse.
—Quem?
—Amigo da Hope.
—Amigo? -Ela se virou para olha-lo. -Devo me preparar para alguma surpresa?
—Talvez...
—Klaus, você não pode matar todos os garotos por quem ela se interessa!
—Não vou matar esse.

° 

A noite tinha chegado mais cedo do que eles pensavam que chegaria. Hope estava esperando-o se vestir. 

—Vamos logo, Kai. 

—Sabe, eu nunc apensei que iria vir a conhecer a família de alguém.

—Eu também, nunca tive nenhum namoradinho. 

Ele a beijou. 

—Isso é bom. 

Hope sorriu. 

—Vamos, ou vamos nos atrasar ainda mais. 

A casa estava bem arrumada, tinha flores e uma farta mesa de jantar. Quando as portas se abriram, Rebekah e Damon entraram, de mãos dadas. 

—Quando voltaremos? -Perguntou maliciosa. 

Damon a abraçou, apertando-a contra si. 

—Logo, deixe-me apenas conhecer o futuro defunto. 

Rebekah riu.

—Não deveria falar isso, tio Damon. -Repreendeu Hope, entrando com Kai. 

—Minha sobrinha, você conhece seu pai muito bem... Quem é esse rapaz?

Kai sorriu falsamente. 

—Prazer, me chamo Malachai Parker, mas pode me chamar de "futuro defunto".

Damon riu com a coragem do homem a sua frente e apertou sua mão. 

—Muito bem, sou Damon, Damon Salvatore. Essa é Rebekah Salvatore, minha esposa. 

—Rebekah Salvatore Mikaelson! -Corrigiu Kol, entrando com Davina.

A risada de Sage foi ouvida. 

—Não a provoque Kol, sabe que há um numero considerado deflores aqui... Um grande numero de vasos. 

Kol levantou as mãos em sinal de rendição. 

—Sou Sage, esse é o meu marido Finn. 

—Mesmo que o Salvatore persista em usar esse nome somos todos Mikaelson's. -Disse Finn. 

Damon revirou os olhos. 

—Você sabe que eu odeio quando nos não conseguimos acabar de fazer... -Dizia Katherine.

—TEM CRIANÇAS AQUI! -Gritou Kol. 

Kai olhou Hope com um olhar malicioso. 

Logo eles apareceram.

— Esse é o meu irmão, Elijah, e sua adorável esposa Katherine. 

Kol, Damon e Finn riram. 

—Adorável? -Questionou o Salvatore. 

—Em que mundo? -Kol tentava limpar as lagrimas que persistiam em escapar. 

Alarick e Freya foram os próximos, Isabella e Klaus não tardaram a chegar. 

—Olá. -Disse Isabella curiosa. -,é um imenso prazer conhece-lo. 

—Essa é a minha mãe. -Explicou Hope.

Isabella o abraçou e ele retribuiu, um pouco tímido, Klaus apenas trocou um aperto de mão com ele. 

Eles se sentaram á mesa, contudo, antes que pudessem ser servidos um numero considerado grande de vampiros adentrou a casa, não foi difícil conte-los, eles pagaram caro por atrapalhar um jantar tão... Harmonioso e familiar. 

Hope se aproximou de Kai, para ver como ele estava. Rebekah fez o mesmo com Damon. Ambos os homens carregam sorrisos felizes e tinham as mãos cheias de sangue. 

Isabella abriu um sorriso maldoso, sendo seguida por Klaus, ambos estava melados de sangue. Davina, Freya e Katherine tinham as roupas molhadas, Elijah logo tratou de colocar seu palito sobre a esposa (mesmo sabendo que ela não sentia frio), os depois estavam apenas sujos com a poeira e algumas marcas de sangue. 

—Seja bem-vindo a família. -Disse Elijah com ironia. 

—Prometemos lealdade eterna... -Disse Davina sorrindo. 

Klaus olhou para Hope, ele sentiu seu coração se apertar ao ver a sua menina tão feliz. Ela estava, enfim, amando. 

—Always and Forever. (Sempre e para sempre). -Disseram. 

Kai apertou a mão de Hope e , silenciosamente, fez o mesmo juramento. Eles permaneceriam juntos, entre guerras e paz, nem mesmo monstros ou anjos poderiam separa-los. Nem mesmo vidas... 

Porque família é poder. 

E ser um Mikaelson, era não ter distinção entre bem e mal. 

Eles viviam, juntos, apesar de tudo e de todos. 

°

O jazz soava solto pelas ruas de Nova Orleans, o povo comemorava e dava vivas a família real. Parecia fantasia, mas estava muito próximo dá realidade. Você, infelizmente, só perceberia ao sentir as presas perfurarem sua pele e, com um grito, se uniria ao coro de vivas. Até a morte. 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Entre sonhos e desejos, essa história foi criada. Agora, entre novos sonhos ela chega ao fim.
Foi um imenso prazer escrever para vocês!
Boa sorte, boa vida.
Always and forever!