Anteriormente em This Is Love...

— Jace por favor! Levanta! Acorda! Eu não sei o quê dizer mais! Por favor! Eu preciso de você... - Eu estava quase chorando quando senti a mão dele se mexendo na minha.

— Jace?

Ele abriu os olhos. E eu vi aquele dourado que me derretia por inteiro.

POV CLARY

— Jace! Você está bem! 

Eu o abracei, com muita força. 

— O quê... Pra quê tanto abraço?

— Você e Clary quase morreram queimados. - Magnus falou - Como? Eu não sei e nem pretendo descobrir. 

— Houve um incêndio? - Jace me olhou confuso e temendo a minha resposta.

— Não, ah... Eu e você pegamos fogo.

— Como isso é possível? 

— Nós somos especiais, lembra da Cidade do Silêncio?

Ele fez um certo esforço mas pelo meu alívio ele assentiu.

— Eu me lembro de tudo. 

Percebi que ele estava com raiva, ele se levantou tão rápido que quase me jogou no chão, eu estava apoiada nele e fui obrigada a dar uma cambalhota para trás e levantar como se nada tivesse acontecido! Eu vi Jace indo até Robert com uma expressão nada legal, eu tentei acompanha-lo mas 3 passos dele são 10 meus, então eu corri e ele já ia socar a cara do idiota mas eu fiquei na frente.

— Jonathan Christopher Herondale! Eu sei o que você está pensando tá? Eu senti isso também, mas bater no Robert pelas escolhas ruins do passado dele, não vai adiantar de nada. Você não é assim. 

— Clary, ele mandou você para a Cidade do Silêncio, te mandou para a tortura, como consegue defender esse monstro?

— Eu posso ter sido torturada mas pelo menos eu tinha você do meu lado. Isso causou muitos traumas em mim, Jace. Eu não quero perder você, nem agora, nem nunca. Então por favor, por mim, pelo voto que fizemos quando éramos crianças, não faça isso! 

Ele olhou para mim com os olhos levemente marejados e me abraçou.

— Tudo bem, eu não farei nada - Ele sussurrou no meu ouvido - Mas eu também não vou me calar. 

Ele me virou e começou a discutir com o Robert.

— Você podia ter feito aquilo comigo, e fez, mas não podia encostar na Clary. Nunca na sua vida encoste nela novamente, seu nojento vagabundo!

— Jace!

— Não, mãe. Eu não vou me controlar. Esse homem nos mandou para a tortura, todo o dia éramos usados como sacos de pancada naquele lugar. Nenhum de vocês sabem o que é passar por chicotadas, ferro quente ou surra por não conseguir controlar uma coisa que vem de dentro de você. Nenhum de vocês sabem o quê é ver a sua melhor amiga quase morrer de tanto perder sangue, sendo chicoteada na sua frente - Ele estava quase chorando quando se virou para Robert - Você não tinha o direito de machucar a minha garota. A minha Clary entendeu?! Eu me lembro de tudo agora, eu só não te denuncio por Alec, Izzy e Max. Porque eu amo eles mais que tudo.

Robert não disse nada, simplesmente se jogou em cima de Jace socando seu rosto. 

— Robert! - Jocelyn gritou e separou Jace e Robert. Jace foi parar do meu lado, e quando me abaixei vi seu rosto ensanguentado, e todo machucado. Ah com certeza, eu iria machucar o Robert. Vi minha mãe Maryse socando a  cara dele, mas eu deixei o meu fogo vir, de dentro para fora, até que eu brilhei, e afastei todos do filho da mãe. Eu peguei ele pelo pescoço e o joguei na parede mais próxima, voltei ao Jace, e dei um beijinho nele, um simples selinho num intuito de ajudar a curar. 

— Meu filho - Jocelyn puxou ele para o seu colo enquanto eu deixava meu fogo apagar, pensando em água, e Maryse me puxa para um abraço.

— Minha Nephlim, eu não sabia o que tinham feito com você, Robert nunca me disse nada disso - Ela estava chorando - Eu sinto muito! 

— Mary... Mamãe - Agora ela tinha me feito chorar também que ótimo - Isso não é culpa sua. Nunca foi e nunca vai ser. 

Ela acariciou meu cabelo e me soltou quando Izzy apareceu atrás dela. 

— Me desculpa. 

— Pelo o quê, Izzy? 

Ela não disse nada simplesmente me abraçou. 

— Quando completamos 8 anos, nossas mães acharam melhor você e Jace ficarem longe um do outro, e eu fui para um canto e você para outro, então eu deixei uma para você, explicando o que aconteceu mas eu nunca mandei... 

— Izzy, não chora. Tá vendo a gente se reencontrou! Não precisa se sentir culpada por ir para longe de mim. Somos irmãs, ainda vamos brigar muito ok?

Eu sorri para ela, enquanto ela tentava disfarçar de não estava chorando.

— Não precisar ser forte o tempo todo. Damos um passo de cada vez? 

Ela assentiu. E me abraçou de novo. Eu estendi meu braço e puxei Alec para o abraço. 

— Só faltou o Max!

Nós rimos até que escutamos uma voz muito conhecida.

— E eu? Já esqueceram de mim?

Jace estava de pé, sem nenhum ferimento. Eu corri para abraça-lo, e Izzy e Alec fizeram o mesmo, eu me senti um pão amassado. 

— Gente, tão me amassando.

Todos rimos, e eles me soltaram.

— Certo garotos! Esse sentimentalismo é legal e fofo mas temos que lutar. Quem está pronto?

— Todos nós estamos. 

Eu tirei minhas adagas da bota, Izzy balançou o chicote, Alec aprontou uma flecha no arco e Jace rodou a espada na mão e gritou seu nome: Ithuriel!

— Oh meus Caçadores de Sombras. 

— Jocelyn não seja tão emotiva. Deixe as crianças em paz. 

— Não somos crianças, somos Caçadores de Sombras. 

Eu nunca vi tanto orgulho, determinação antes.

— Somos Caçadores de Sombras. E vamos lutar.

Robert se levantou e sem dizer uma palavra, se juntou aos meus pais. 

Era agora ou agora. Não tinha jeito. Iríamos fazer isso! Como o Anjo disse: Juntos!

 - Temos que fazer uma estratégia, um plano bom.

— Jocelyn, você que lida com essas coisas.

— Bom, eu e Maryse ficaremos cobrindo a ala sul, Izzy e Clary ficarão cobrindo o centro. 

— Eu poderia ficar sozinha com o centro, vão precisar de mais pessoas para cobrir o pátio, o baile e o campo lá de fora.

— Então eu acho que cheguei com a ajuda perfeita e na hora certa.

— Simon! 

Eu o abracei com força mas ele não pareceu sentir nada. Depois de longos minutos de abraço, ele me olhou nos olhos e sorriu. Eu só consegui ver seus caninos avantajados.

— Oh Meu Deus! Você é um vampiro!

Todos se espantaram com o meu grito.

— Sim, sou um submundano desse mundo que vocês mal conheciam. 

— Por que nunca me contou?

— Porque você não sabia desse mundo. Ou melhor não se lembrava dele.

— Meus pai sabiam?

— Luke me ajudou durante a Transformação.

— Izzy sabia?

— Ela se lembrava desse mundo tanto quanto você se lembrava. Como eu ia contar para ela e para você não? Ela me chamaria de louco.

Eu sorri e o abracei.

— Estou feliz que está aqui. E que trouxe ajuda.

Ele deixou de me abraçar e chamou os caras pálidos.

— Somos os Cullen em número maior.

— Arg! Não fale desse filme.

— Eu não acredito, meu namorado é um feiticeiro e eu não sabia. Agora o namorado de Izzy é um vampiro e ela não sabia. Maia e Jordan são lobisomens e eu não sabia! O que mais eu não sei por aqui?

— Bom, você sabe surtar com certeza. - Eu e Isabelle dissemos juntas, e rimos juntas também, parecia que ela sabia o que eu estava pensando.

— As matilhas estão chegando, sinto Maia e Jordan se aproximando com ajuda.

— Eu adoro quando você se torna o chefão. - Jocelyn disse sorrindo maliciosamente

— Eeew! Mãe eu não preciso nem ver ou ouvir isso. Pelo amor de Deus.

Ela moveu os lábios em um "Desculpa" e riu. 

— Sebastian pode lutar também. Ele seria muito útil.

— Ai meu Deus, Sebs ainda está aqui?

— Sim, eu sou muito quieto quando o assunto não me diz respeito.

— Tá bom, você quer enganar o de cima ou o de baixo meu querido? 

Todos nós rimos e minha mãe reorganizou todos.

— Eu e Maryse vamos ficar aqui, cobrindo o pátio com os vampiros, Clary vai ficar com Simon - Maia e Jordan apareceram com muitos lobos - Clarissa e Simon vão ficar com Maia e Jordan no centro da escola, estou deixando minha filha com vocês porque ela é muito forte e no centro virão vários demônios que serão atraídos pelo sangue Angelical dela, não deixem que nada aconteça com ela. Robert e Luke vão ficar na ala sul, com a matilha, quero que vigiem o campo de futebol, e os corredores, tenham cuidado. Alec e Jace, vão ficar com Sebastian e Magnus cuidando para que nenhum demônio entre no salão de baile. Se tiverem qualquer problema, não gritem, só lutem. Todos temos que atrair os demônios para o centro. Onde a batalha deve acontecer. Tentem não morrer.

Minha mãe falava com rapidez e ela estava parecendo uma estrategista, mas com os cabelos de fogo soltos dava pra se notar a naturalidade. Isso estava nela, ela não forçava nada. 

— Izzy e Clary venham comigo e com Maryse. Robert e Luke ajudem o Sebastian, Alec e meu filho.

Eu e Izzy seguimos minha mãe até a sala e Maryse entrou por último.

— Vai doer muito, mas na terceira vocês se acostumam. 

Elas sacaram umas coisas que mais pareciam canetas e contaram até 3. Maryse fazia em mim e Jocelyn na Izzy. Quando Maryse encostou aquilo na minha pele eu senti queimar, e eu gritei. Bem alto mesmo! E Izzy gritou no meu ouvido, o que não foi fácil de aturar. Ao final da tortura eu olhei meu braço, era uma runa de velocidade. Ela fez mais umas 6 runas, dentre elas, visão noturna, proteção contra demônios, Coragem em combate, Habilidade, precisão e silêncio. Fez as mesmas na Isabelle e nos ensinou como se fazia um Iratze, a runa de cura. Estávamos devidamente prontas para matar. Saímos da sala e os meninos já estavam prontos e com as armas na mão.

— Vocês demoraram. 

— É que nossas runas tem que ser perfeitas, não desajeitadas iguais as de vocês. 

Maryse e Jocelyn riram como quem dizia "Se ferraram"

— Agora chega de papo, vamos lutar. 

Todos fomos para os nossos respectivos postos. E quando eu menos esperei...