This is Love? escrita por Gabizinha


Capítulo 37
Capítulo 36 - O baile. (Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Eu nem vou me desculpar com vocês, porque estou muito envergonhada por ficar tanto tempo sem postar, mas só terminei esse capítulo agora.
Sorry guys ♥ ;-;



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Pov Clary

Fazia um tempo que eu não via o Jace, nem os meninos, resolvi ir procurá-lo e ver se ele sabia dos meninos, Izzy me gritou na hora que eu ia fazer isso.

— CLARY!

— Fala Izzy! – Disse me aproximando.

— Tem gente chegando, cadê os meninos?

— Não sei, eu estava indo procurar o Jace, tentei o celular dele, do Simon, do Alec, do Magnus e até do Jordan e nada. Tentei Maia também, talvez ela soubesse de alguma coisa, mas deu caixa postal.

— Isso é estranho. Todos eles sumiram e a Maia também... Não acha que ela vai transar com todos né?

— Izzy! A Maia não é piranha!

— Vai saber...

— Alec é GAY! Sua doente!

— Eu sei, mas o Magnus pode ter convencido ele a ser bi, e ele pode querer testar com a Maia...

— Isabelle Lightwood! Chega disso.

— Affs, você não está preocupada?

— Lógico que estou, mas eles não podem ter ido longe, podem estar por aí, pela a escola, não sabemos sobre isso.

— Está bem, se você diz.

Fui procurar os meninos, mas ouço buzinas e Izzy saiu correndo disparada na minha frente.

— Espera Izzy!

Ela nem me ouviu só continuou correndo como se zumbis estivessem atrás dela. Eu só continuei correndo e uma coisa inesperada aconteceu: eu a ultrapassei e cheguei na porta da escola primeiro. Ajeitei meus cabelos e meu vestido, olhei no espelho de decoração ao lado da porta e vi minha máscara desarrumada, dei uma ajeitadinha nela e abri as portas, Izzy estava se olhando no espelho. Se ela continuasse assim, todos saberiam que máscara ela estava usando. Na escola, só existem 10 ruivas, contando comigo, e o ruivo delas é bem mais escuro ou bem mais claro que o meu, todos vão saber que máscara eu estou usando. Mas eu fiz um truque no meu cabelo, deixei ele solto e como luzes são poucas e bem claras, refletem no meu cabelo deixando ele muito mais claro do que ele realmente é, as pessoas não saberão se sou umas das que tem cabelo ruivo mais claro ou se sou eu mesmo.

— Izzy – Chamei baixinho – vem aqui.

Ela veio para o meu lado e fomos seguindo pelo corredor até chegar na sala de aula.

— Os meninos não estão lá fora.

— Eu disse que a Maia era estranha, você não me escuta nunca Clary...

— Não é isso! Sua louca, a Maia é nossa amiga, jamais devemos desconfiar dela, me entendeu?

— Chata! Só quis dar um susto em você, mas você confia muito no meu irmão.

— Confio mesmo, vamos nos casar Isabelle. Você também confia muito no Simon.

Ela ficou quieta e desviou o olhar, logo percebi do que se tratava aquilo.

— Você está com ciúme da relação amigável que ele tem com a Maia.

— Não... Estou nada.

— Está sim! Izzy ele te pediu em casamento!

— Eu sei, mas não consigo evitar. Eu já fui traída tantas vezes que perdi a conta...

— 10 vezes.

— Eu não te perguntei quantas foram, fica calada.

— Desculpinha amorzinho.

— Enfim, tenho desconfiança de tudo que o Simon faz, tudo que ele fala é lindo mas eu nunca sei se é verdade.

— Ele te ama, ele ama mais você do que eu considere isso, uma vitória. Você não pode proibir ele de ver a Maia ou até mesmo falar com ela, eles já namoraram e hoje são amigos. O que tem de mal nisso? Nada! Você só acha que ele ama mais os outros que você. Isso não é verdade. Eu sou a melhor amiga dele, conheço aquela peste desde os nove anos, eu sei quando ele está apaixonado, quando mente... Sei tudo sobre ele. E uma coisa que eu sei, é que ele ama você. Demais Izzy, ele daria a vida dele por você.

Ela começou a lacrimejar.

— Ele não pode dar a vida dele por mim, porque a vida dele agora é a minha também.

— Acho bom ser mesmo, ele é meu melhor amigo, ele merece ser feliz, se você magoar ele, você mata uma parte de mim.

— Bom saber disso.

Aos poucos os casais chegaram no salão, todos eles mascarados e elegantes, uma coisa que até então eu nunca tinha visto aqui. O salão foi ficando cada vez mais cheio e então um barulho muito estranho fez todos olharem para o palco, e lá estavam os meninos.

Jace, Alec, Simon, Magnus, Sebastian e Jordan.

— Boa noite – Jace fala no microfone – bem vindos ao baile de formatura, espero que se divirtam, nós seremos a banda de hoje, e espero eu gostem da nossa música.

Todos eles estavam envergonhados, por que não contaram que tinham uma banda? Não entendo porque esconder isso de nós, Jace olhou para mim com cara de culpado e sorriu envergonhado.

Jordan veio com o primeiro acorde, Magnus começou na bateria, eu ouvia um baixo em algum lugar e a voz do meu namorado.

I don’t know why’d do this to me
Your so cold
You’d be playing like
Ye ye ye ye ye ye ye ye ye
I got told danger follows every where you go
But I still be like
Ye ye ye ye ye ye ye ye ye

Ele estava tão lindo cantando, e tocando a guitarra, mesmo de máscara eu podia ver por trás dela, um sorriso lindo

This the part where I’m gonna get hurt
I never listened and but didn’t deserve it
I was young and she was my first love
So they say that you live and you learn

. A música diminuiu, deixando a voz de Jace em destaque, e do nada a música voltou superforte e com Simon e Alec cantando de apoio. Meu Deus, o que esses garotos não faziam?

Like ye she gone mess with you head
Oh ye and she’ll flirt with your friends oh ye
Make you wish you were dead
Everytime she moves on she says
Don’t take it personal
Don’t take it personal
Everytime she moves on she says

Eu fui prestando atenção na letra, e percebi que ele compôs aquela música, ela falava sobre a nossa relação, na verdade a de todos eles, Maia e Jordan, Simon e Izzy, Alec e Magnus...

Who else knows
All my friends are blowing up my phone
Somethings telling
No no no no no no no no no

Alec cantou a primeira estrofe da segunda parte.

This the part where I’m gonna get hurt
I never listened and but didn’t deserve it
I was young and she was my first love
So they say that you live and you learn

Agora Simon cantou, e como eu não sabia que esse garoto cantava bem?

Like ye she gone mess with you head
Oh ye and she’ll flirt with your friends oh ye
Make you wish you were dead
Everytime she moves on she says
Don’t take it personal
Don’t take it personal
Everytime she moves on she says

Jace voltou a cantar e a tocar maravilhosamente bem.

She won’t don’t no favours
Beautiful but she dangerous
She was only gone break you
Drive me crazy like
Ye ye ye ye ye ye ye ye ye
She won’t don’t no favours
Beautiful but she dangerous
She was only gone break you
Drive me crazy like
Ye ye ye ye ye ye ye ye ye

Like ye she gone mess with you head
Oh ye and she’ll flirt with your friends oh ye
Make you wish you were dead
Everytime she moves on she says

Like ye she gone mess with you head
Oh ye and she’ll flirt with your friends oh ye
Make you wish you were dead
Everytime she moves on she says

Like ye she gone mess with you head
Oh ye and she’ll flirt with your friends oh ye
Make you wish you were dead
Everytime she moves on she says
Don’t take it personal
Don’t take it personal
Everytime she moves on she says

No final da música, todo mundo aplaudiu, gritou, assobiou e ficaram pulando de tanta animação.

— Obrigada, obrigada. Faremos uma pausa e deixaremos a diversão com o DJ, daqui a pouco nós voltamos.

Eles deixaram os instrumentos no palco e desceram em direção às bebidas.

Eu fui até lá, e fazendo uma voz fininha disse:

— Será que você poderia me dar um autografo, por favor?

— Posso fazer melhor que isso.

Ele se virou e me beijou, como se fosse automático coloquei as minhas mãos envolta do pescoço dele, ficamos assim por muito tempo, até ele nos separar e dizer:

— Gostou?

— Sim, achei a apresentação fantástica.

— Eu estava falando o beijo... – Ele riu – Mas obrigada.

— Ah, o seu beijo sempre vai ser incrível, nem lembro mais o que é beijar outra boca.

— Acho bom, você é só minha.

— Possessivo.

— Claro, uma menina linda como você, não se pode largar um segundo.

— Concordo. Você pode me pegar, qualquer hora que você quiser.

Ele olhou para mim com aquele sorrisinho malicioso que me fazia perder o controle, puxei ele ela gravata e o beijei. Eu não sei por que minhas pernas começaram a tremer e eu comecei a ficar fraca, e sentir uma dor de cabeça insuportável. Eu mordi o lábio dele de leve e nos separei, eu apertei o braço dele e vi tudo ficar preto, eu sentia uma enorme dor nas têmporas, senti os braços de Jace me envolverem com força. Comecei a ouvir uma voz, a voz da minha mãe.

“Clary, minha filha, eles estão vindo”.

“Eles estão chegando, avise aos outros, eu estou chegando filha”.

“Confie em mim, minha Nephilim”.

A dor passou instantaneamente e minha visão voltou ao normal em segundos, foi como se nada tivesse acontecido.

— Amor, o que aconteceu?

— Eles estão vindo, eles estão vindo Jace.

— Eles quem?

— Chame os meninos, eu tenho que encontrar a Maia e a Isabelle!

— Clary! Quem está vindo?

— Eu... Só chame os meninos, nos encontre na sala de química, são nossos pais.

— O que tem nossos...

Antes de ele conseguir terminar a frase eu saí correndo, procurando Izzy em todos os lugares. Procurei em cada canto da quadra, perguntei se alguém tinha visto a Maia ou Izzy, ninguém sabia onde elas estavam. Eu fui seguindo pelo corredor até a área das salas de aula, entrei em cada uma delas e nada, estava começando a me preocupar quando ouvi a voz da Maia, vindo de algum lugar, eu corri e corri, e quando a voz dela ficou mais alta me aproximei de cada porta, e ouvi o choro da Maia. O que ela estava fazendo no armário do zelador?

— Maia? – Tentei abrir a porta, mas estava trancada – Maia, eu não consigo abrir a porta, a Izzy está aí?

Ouvi o choro da Izzy também e olhei para os lados procurando alguma coisa para abrir a porta, mas não tinha nada. Eu mexi no meu cabelo e desfiz o penteado e peguei o grampo, eu sei que isso só acontece em filmes, mas não custava tentar, eu enfiei o grampo na fechadura e mexi, enfiei mais e mexi, e girei o grampo, e supreendentemente, a porta destrancou, abri correndo e olhei para as duas, amordaçadas e com a maquiagem borrada, elas estavam chorando.

— Oh meu Deus, o que aconteceu com vocês?

Eu tirei o pano da boca das duas.

— Eu não sei o que aconteceu... Foi tudo muito rápido, eu nem consegui ver quem era eu estava procurando a Maia e então algo me agarrou por trás e me jogou aqui dentro, depois ele jogou a Maia aqui, mas não deu pra ver nada... Clary, eu estava aterrorizada!

Eu a abracei tão forte sabia que tinha que protegê-la, ela era minha irmã, por sangue e por opção, eu não cuidei dela como eu deveria ter feito... Eu comecei a chorar por ela, e assim que a soltei, olhei para Maia e a abracei, devia ter ficado de olho nas duas, eu sou uma péssima irmã e amiga.

— Meninas, eu sinto muito, eu... Não prestei atenção em vocês.

— Ei, isso não foi sua culpa. Você não tem que ficar de olho em nós, não é responsabilidade sua.

— Sim vocês são Isabelle, você é minha irmã, e Maia você é uma das minhas melhores amigas, eu tenho que cuidar de vocês. É minha obrigação.

Maia me abraçou, e depois Izzy se juntou ao abraço. Depois do nosso chororô, eu me separei delas e olhei séria.

— Eu tenho que contar uma coisa para vocês, eu acho que nós não somos daqui.

As duas riram.

— Como assim? Somos de outro país?

— Basicamente... Nós somos de Idris.

— Espera Idris... Lemos sobre isso no livro do seu padrasto. – Maia olhou para Isabelle, como se eu estivesse brincando – Clary, isso não tem graça.

— Queria eu que fosse uma piada, somos Nephilins.

— O que é isso?

— Eu explico depois, agora temos que ir para a sala de química os meninos estão lá, eu tenho que falar para todos eles, eu não sei o que está acontecendo, mas eu recebi uma mensagem, da minha mãe, ela disse “Eles estão vindo”, e eu não sei quem são “Eles”, mas tenho certeza que já estão aqui, e que não são do bem.

Eu levantei rapidamente e ajudei as duas a se arrumarem.

— Vamos, não temos muito tempo.

Saímos do armário do zelador e cortamos caminho pela quadra, era mais rápido chegar até a sala de química, que ficava na ala oeste da escola, quando chegamos lá, demos de cara com todos os meninos. Eles vieram correndo até nós, provavelmente preocupados pelo nosso estado.

— Isabelle! O que aconteceu com você?

— Simon eu acho melhor você se acalmar, Clary vai explicar melhor, para todos vocês.

— Explicar o quê?

— Nós não somos daqui, gente.

Eles ficaram em silêncio por alguns minutos. Alec foi o primeiro a quebrá-lo.

— Como assim, “não somos daqui”?

— Somos... Somos todos... De Idris.

— O que é Idris?

— É o país natal, dos Caçadores de Sombras. – Magnus respondeu antes de mim – Fica entre a França e Alemanha, dado a vocês pelo Anjo Raziel.

— Magnus... Como sabe disso?

— Sei mais do que pensa querida. – Ele estendeu a mão e uma luz azul saiu da palma de sua mão, ele passou a mão em frente ao seu rosto, exibindo, pequenos e amarelos olhos de gato – Magnus Bane, alto feiticeiro do Brooklyn, prazer.

Alec olhou para ele, desnorteado.

— O que... O que você é?

— Ele é um feiticeiro, metade demônio, metade humano.

— Corrigindo, metade mundano, metade demônio.

Todos olharam para ele, como se não o conhecessem. Jordan estava muito quieto, então ele começou a bufar, e respirar bem fundo, e do nada ele se transformou em um lobo.

— Oh meu Deus!

Todos nos afastamos dos dois, e logo em seguida Maia foi até ele, e se transformou em uma loba de pelo branco, linda. Ela, Jordan e Magnus estavam lado a lado.

Isabelle estava querendo gritar, mas Simon colocou a mão na boca dela, Jace olhava para mim e depois para os três, e Alec, estava petrificado, olhava diretamente para os olhos de Magnus.

Eu caminhei até a Maia, e fiz carinho nela, para testar se ela ainda me reconhecia.

— Magnus, somos Caçadores de Sombras?

— Das melhores linhagens.

Eu comecei a chorar.

— Há quanto tempo você conhece nossos pais?

— Desde muito antes de vocês nascerem. Eu os conheço desde a Guerra.

— Guerra? Onde?

— Em Idris. Houve um tempo, que seu pai, Clary, Valentim, queria exterminar todos os demônios do mundo, entre eles, nós, Submundanos, a segunda classe no Mundo das Sombras, Seelies são fadas, criaturas mágicas, Vampiros, Lobisomens e Feiticeiros. Tudo isso, iria sumir, por causa do seu pai, ele tinha um grupo, de Caçadores de sombras, os melhores da época, entre eles: Jocelyn Fairchild, Lucian Graymark, Maryse e Robert Lightwood, Hodge Starkweather, Jia Penhalow, Stephen Herondale, Amatis Herondale, Céline Herondale... É esses são os mais importantes na nossa história, continuando...

— Penhalow... Penhalow... Espera, Aline é uma Penhalow! Ela é uma Caçadora de Sombras?

— Infelizmente, a mãe dela assim que o Ciclo se desmembrou, ela foi forçada a abandonar seu sangue angelical e sair de Idris, para viver como uma mundana, ela era uma ótima lutadora, quebrou meu maxilar seis vezes, bom menos uma para detestar. – Ele olhou para os lados - Izzy você devia parar de odiar a Aline, ela tem uma família sofrida, a mãe dela se culpa todo o santo dia, por não passar a relíquia da família de geração. 

— Ela pegou meu namorado... Quer dizer meu ex – namorado, eu não a odeio, eu sinto pena, ela não tem ninguém que a ame e por isso rouba dos outros que tem...

— Isabelle! Isso não é hora de desabafo, Magnus, você é um feiticeiro... Meu namorado é um feiticeiro e eu não sabia disso, como você pode não me contar?!

— Me desculpe Alec, mas eu jurei a sua mãe que eu não diria nada para nenhum de vocês.

— Quantos anos você tem?

— Eu tenho 400 anos, mas tenho carinha de 24.

— Eu diria 29...

— Quieta Isabelle!

— Alec, você é o meu primeiro namorado, eu não quero arruinar o nosso lindo relacionamento, com isso.

— Com a verdade?!

— Eu não quero perder você. Alec eu amo você!

— Continue a história, por favor.

— Alec?!  - Izzy disse como se fosse um alerta para Alec não acabar com tudo

— Continue a historia, Magnus.

Maia e Jordan rosnaram para Alec, eu pude ver o medo no rosto de Alec.

— Está tudo bem Maia, não o machuque, eu vou continuar a história, mas Alec, nós vamos conversar, nem que eu tenha eu prender você no sofá de casa com um feitiço.

Alec sorriu de canto, um mínimo movimento, mas ele riu, ele não estava tão chateado.

— Onde eu parei? Ah sim, o Ciclo, eles eram os melhores guerreiros, inteligentes, rápidos, jovens, excepcionais para resumir, todos eles se conheceram na Academia dos Caçadores de Sombras, onde todos foram recrutados. Na época Valentim e Jocelyn, o casal mais lindo da Academia, mas depois de um tempo, ela não concordava mais com seu pai Clary, ele tinha ideias erradas sobre os submundanos, então deram um tempo, e Maryse era a melhor amiga de Jocelyn, sempre ficava com ela, mas um dia, Maryse foi se encontrar com Valentim as escondidas, na mesma noite em que Jocelyn descobriu que estava grávida do irmão de vocês.

— Mas isso significa que Jace e eu somos irmãos?

— Não – Simon respondeu – O irmão de vocês é filho de Jocelyn e Valentim, Clary você não é filha de Jocelyn, e Jace não é filho de Valentim, ou seja, vocês não tem nenhuma ligação de DNA, só um irmão em comum, o que é estranho, sim, mas vocês não estão cometendo um incesto, pelo menos.

Eu olhei para o Jace, e senti algum tipo de repulsa, mas passou assim que ele passou a mão pela minha cintura.

— Não somos irmãos, não estamos errados.

— Eu sei. Isso é estranho, eu sinto que meu irmão está mais perto do que eu penso.

— Bom, posso continuar?

— Sim.

— Maryse ficou grávida de Valentim e para se vingar Jocelyn ficou com Stephen, pai do Jace, e continuou ficando, o irmão de vocês nasceu, e ele ficou desaparecido, ninguém sabe onde ele esta, nem quem o sequestrou, só sabem o que Jocelyn contou para a Clave, que ele foi levado durante uma caçada, ele ficou com a babá, quando ela e Valentim voltaram para casa, a babá estava morta e o bebê havia sumido.

— Oh meu Deus...

— Ninguém descobriu nada, Magnus?

— Infelizmente, não. A babá não tinha nada, e o sequestrador não deixou nenhuma pista para que pudéssemos rastreá-lo. Eu sinto muito, mas eu tentei por meses, até a Clave dar o arquivo dele como “Sem solução”, deduziram que ele estava morto.

— Morto?

— Sim, sinto muito.

— Não, impossível, eu... Sei que ele está vivo.

— Clary, me desculpe, mas se ele estivesse vivo, sua mãe certamente teria achado.

— Ela não procurou direito.

— Sim ela procurou, ela procurou durante anos Clary, ela desistiu quando ela e Maryse fizeram a troca.

— Eu não aceito, meu irmão está vivo eu sinto isso!

— Podemos continuar a história, por favor?

— Não! Meu irmão ele...

— Clary! É sério ninguém quer ouvir sobre seu irmão, ele morreu aceita. Que droga, eu quero saber de onde eu vim e você fica aí querendo saber de alguém que morreu!

Eu queria chorar, ela nunca havia falado assim comigo antes.

— Me desculpe Clary. Eu não queria ter dito aquilo, é que eu estou estressada e furiosa.

— Isso não é motivo suficiente para descontar em mim Isabelle. Eu também estou estressada, furiosa assustada... E nem por isso eu descontei em algum de vocês.

— Tá bom.

— Não “tá bom” Izzy, tá péssimo.

— Eu não vou discutir com você! Que saco.

Ela estava sendo injusta, poxa, eu tenho um irmão perdido que pode ter morrido agora e eu não sou mais filha única, tenho que descobrir quem eu sou e ela que fica estressada?

— Magnus continue a história, por favor.

— Depois que vocês nasceram, elas vieram morar aqui, mas não abandonaram os seus serviços para com a Clave.

— O que é Clave?

— É a instituição que controla todo o Mundo das Sombras. É formada pelo Conselho, o Inquisidor e o Cônsul, agora os submundanos podem participar das reuniões e dar suas opiniões.

— Por que antes eles não podiam?

— Porque somos de classe inferior, não somos anjos iguais a vocês.

— Isso é horrível.

— Mas já passou Alec, hoje eu sou o representante dos feiticeiros, Raphael Santiago dos vampiros, Kaelie Whitewillow representa as fadas e... Luke Garroway representa os lobisomens.

— O quê? Luke é um lobisomen?

— Sim, e Maia faz parte da matilha dele. Jordan é um solitário, mas se considera da matilha do Luke também.

— Meu Deus... – Eu estava muito confusa, devastada na verdade – Por que minha mãe não me disse nada disso?

— Ah claro que ela disse, mas eu te fiz esquecer. Fiz todos vocês esquecerem, para a própria segurança de vocês. Na época, Valentim estava atrás de vocês, Clary e Jace... Vocês são parte de um experimento dele que eu nunca consegui entender, apesar de ter estudado vocês todos esses anos! É ridiculamente estranho, vocês tem uma quantidade incomum de sangue angelical, e eu não consigo mais estudá-los, já estão crescidos demais.

— Ah que maravilha, descobrimos que somos de uma linhagem rara de não sei o quê, e ainda somos especiais? Que delicia, sempre quis isso para minha vida. – Jace bufou e ouvimos um barulho de algo quebrando – Que merda foi essa?

— Maia, Jordan... Preparem-se.

Jordan e Maia caminharam até ficarem na nossa frente, Magnus estendeu as duas mãos no alto e duas chamas azuis surgiram em suas mãos.

— Magnus, o que é que está havendo?

— Silêncio, se Izzy e Maia foram sequestradas, eles já sabem sobre vocês e já estão aqui.

— Minha mãe falou comigo, ela falou na minha cabeça, “Eles estão vindo, minha nephilim, fale com os outros”.

— Isso se chama mensagem por telepatia, só Jocelyn conseguiria fazê-la.

— Me diz uma coisa nova.

Ouvimos gritos e passos vindos em nossa direção, Jordan e Maia estavam em posição de ataque, eles iam atacar, mas pararam assim que vimos quem era. Eu queria chorar quando vi quem era.

— Luke!

Eu corri e o abracei.

— Ela já sabe de tudo?

— Sim, sinto muito não pude esconder, ainda mais agora, que eles vão ter que lutar.

— Opa, espera um pouco aí, você disse lutar? Tipo com armas e tudo mais?

— Sim, minha querida Isabelle. – Ouvimos barulho de salto – Se quiser ser bem sucedida no Mundo das Sombras é melhor começar agora.

— Mãe! – Eu corri para abraça-la – Mãe pode, por favor, pelo Anjo me explicar que merda está acontecendo?

— Querida, eu gostaria de ter tempo de explicar tudo, mas agora vocês precisam se trocar.

Eu notei que ela tinha uma bolsa de viagem nas mãos.

— Nos trocar?

— Vocês não podem lutar com essas roupas.

— Tia Jocelyn eu não sei se você deu uma boa olhada aqui, mas... Temos dois lobisomens, um feiticeiro, dois Caçadores de Sombras e cinco adolescentes que nunca brigaram. Estamos em desvantagem.

— Na verdade são seis adolescentes.

— Sebastian! – Ele veio me abraçar – Você também é um Caçador de Sombras?

— Pelo que eu olhei no escritório do meu pai sim, levei um tempo para achar vocês. Estão fazendo reunião da batalha?

— Basicamente sim – Maryse chegou ao lado da minha... Do lado de Jocelyn – Tem muitos demônios aqui, isso não é normal.

— Então alguém está os deixando entrar.

— Temos que matar todos eles. – Robert chegou girando uma espada gigante – Olá.

— O quê ele faz aqui? – Alec falou ficando nervoso.

— Ele foi designado para essa missão Alec, não podemos fazer nada.

— Jocelyn, você dá as ordens agora.

Ela olhou para cada um de nós.

— Vamos lutar.

— Agora a porra ficou séria... – Magnus cochichou – Vamos então.

Luke jogou a bolsa no chão.

— Se vistam logo, e iremos ensinar a vocês a lutar.

Eu peguei a bolsa, e fui em direção a uma sala, Izzy me seguiu e fechou a porta. Não demorou muito para nós duas sairmos da sala.

— Uau.

— Podem parar de ficar babando tá bom? Sim estamos fantásticas.

— Concordo. Estão lindas. Os Caçadores de Sombras só usam preto?

— Sim, o preto se camufla na noite, é mais fácil se esconder.

— Eles têm runas para ficar invisíveis, mas preferem se “camuflar nas sombras”... Mereço. Vamos logo, se vocês querem salvar aquele bando de adolescentes naquela quadra, se arrumem logo.

— Magnus tem razão. Meninos vão se trocar enquanto as meninas aprendem a lutar.

Jace e Alec foram para dentro da sala e minha mãe segurou uma lâmina muito grande.

— A segure Clary.

Eu peguei a lâmina e senti como se tivéssemos uma conexão.

— Pense que ela é parte de você, pense que você confia sua segurança nela e a lâmina confia a segurança dela em você. Vocês são alma e corpo.

Eu pensei nisso tudo e a lâmina acendeu, num brilho intenso, ela sabia de qual linhagem eu era, ela sentia meu sangue, meu corpo depositava nela toda a confiança.

— Parabéns passou na primeira fase. Agora – minha mãe pegou uma lâmina e ela acendeu na hora – Pense nela te ajudando com todos os movimentos. Pense no seu sangue Lightwood, pense no seu talento borbulhando para sair todos esses anos, mas você o manteve em segredo.

Eu senti meu sangue ferver.

— Pode vir.

Ela avançou na minha direção e apontou a lâmina para mim, eu defendi.

— Uou, como fez isso?

— Não faço ideia, Izzy. Alguma coisa me forçou a isso.

Do nada senti meus pés falhando e caí no chão.

— Regra número 1: Nunca se distraia na batalha.

Eu levantei e peguei minha lâmina, minha mãe avançou em mim e começamos a bater nossas armas. Eu estava atrasada nos movimentos, mas qual é, eu nunca havia passado de esgrima, isso aqui era luta real, se perdesse a espada era mano a mano.

— Clary, vamos lá! Aja! Você é uma caçadora, o sangue Morgenstern e Lightwood corre em suas veias. A melhor combinação está em você Clary! Lute.

Nessas palavras, alguma coisa despertou em mim, eu comecei a ver símbolos e mais símbolos ao meu redor e eles pareciam dizer “Deixe sair”. Então eu parei de lutar. Então uma lembrança surgiu da minha cabeça.

“- Mamãe eu estou com medo.

— Eu sei meu amor, já vai passar, inspire e expire.

— Mamãe não está passando.

— Filhinha não chora, Magnus está vindo.

— Mamãe! Porque eu estou brilhando?!

— Filha, não! Pare Clary!

De repente tudo ficou branco.”

Quando e voltei à realidade, minha mãe estava a ponto de acertar, eu desviei e dei uma cotovelada um pouco abaixo da nuca, e dei uma rasteira nela. Assim que ela caiu eu fiquei em cima dela com a lâmina apontada para sua garganta, senti meu sangue fervendo.

— Clary – Ela olhava admirada para mim – Seus olhos estão dourados.

Eu levantei e a ajudei a se levantar.

— Oh minha filha, estou tão orgulhosa de você!

— Somos duas. Isabelle você é a próxima, vai treinar com Jocelyn, ela é melhor com novatos.

— Tudo bem.

Os meninos saíram da sala, muito lindos.

 - Cadê o Simon?

— Eu não sei, ele trocou de roupa correndo e saiu da sala sem dizer nada, vocês não notaram ele desaparecer?

— Não, eu estava muito ocupada olhando a Clary treinar. Ela e fantástica.

— Duvido muito...

Eu olhei para ele com raiva.

— Luke, ensine o Jace como se usa uma lâmina, eu vou lutar com ele. – Eu dei um sorriso meio diabólico.

— Clary, se machucar o Jace eu mato você. - Izzy disse risonha.

— Então me considere uma pessoa morta.

Luke foi até Jace como uma lâmina, e eles começaram a treinar e a falar sobre as lâminas enquanto isso eu treinava com Maryse.

— Tente manter seus pés firmes assim terá menos facilidade de cair, use suas habilidades do balé para ser graciosa e precisa em seus movimentos, segure a lâmina bem firme ou ela irá cair, mantenha seus olhos e ouvidos abertos assim poderá antecipar meus movimentos com a sua visão, fui clara?

— Sim, professora.

— Ótimo.

Ela se posicionou e eu ataquei, ela desviou rapidamente e me deu um soco nas costas, me fazendo recuar.

— Seja mais ágil, nunca faça um ataque de primeira, demônios sempre esperam por isso, seja cautelosa mocinha.

Eu me posicionei, e ela veio para cima de mim, eu bloquei a espada uma, duas até que ela me deu uma rasteira.

— Foco, Clary! Sinta seu sangue ferver dentro de você, sinta seu poder de Caçadora de Sombras!

Eu gritei, e uma luz saiu de dentro de mim e foi embora, meu sangue começou a ferver e Maryse veio para cima, Eu bloquei o soco dela, a espada iria direto para minha cintura ameaçando um corte sério, mas eu parei a mão dela, o que a fez soltar a arma.

— Melhor.

Ela girou o corpo, e tirou a mão, me dando um chute na barriga, doeu, mas eu não iria desistir, larguei minha lâmina e começamos um mano a mano, dei um soco na barriga dela e a prensei na parede, ela tentou me dar um cotovelada mas eu a impedi.

— Muito bom!

Com o braço livre a virei, contra a parede e dei um soco nas suas costas, ela conseguiu se livrar e me dar vários socos, e isso me deixou brava, então eu tive que ser rápida. Assim que ela chegou perto de mim, dei um beliscão em seu braço e uma rasteira, dei uma cambalhota no ar e aterrissei perfeitamente onde minha lâmina estava, corri até onde ela estava no chão e apontei mina lâmina em sua barriga.

— Ganhei.

Ela levantou sozinha e me abraçou.

— Estou orgulhosíssima de você.

— Obrigada, isso significa muito vindo de você.

Eu não estava vendo o rosto de Maryse, mas senti que ela sorriu.

De repente ela me soltou, com certa grosseria e saiu correndo, eu me virei e vi que Izzy havia caído.

Corri mais rápido do eu normalmente fazia e me ajoelhei do lado dela. 

 

Ela se sentou e olhou na direção da minha ooutra mãe e disse: 

— Isso foi jogo sujo!

Todos nós rimos e escutamos um barulho vindo do corredor.

— Que merda foi essa? 

— Olha a boca, Clarissa. 

— Desculpe, Luke.

Ele iscou para mim e girando a espada foi para frente de todos nós, Robert foi logo depois, Jocelyn e Maryse foram juntas e aí eu senti que aquele espaço precisava de mais duas pessoas. Eu e Jace ficamos ao lado deles, afinal nós sempre fomos os melhores na turma de luta e esgrima, Izzy era boa em cuidar das pessoas e Alec gostava de arco e flecha ele ficou no final protegendo Izzy e Sebastian. 

— Maia, consegue farejar? Jordan?

Eles ficaram em posição de ataque, e logo em seguida veio correndo em nossa direção um bicho totalmente estranho que minha mãe Maryse fez questão de matar tão rapidamente que quase não tive tempo de raciocinar.

— Que merda era aquela?!


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Notas finais do capítulo

Capítulo do baile será dividido em 3 partes, vou contar esse capítulo com mais detalhes do que antes ♥ aguardem porque eu não faço ideia de quando eu vou conseguir postar novamente gente, meu dia está cheio a semana toda e a próxima também, sinto muito ♥ (se houver algum erro, me perdoem estou com dor de cabeça, corrigi igual minha cara)



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