Pov Clary

Chegou... Finalmente o dia que todos esperavam, o Baile de Formatura. Jace tinha me ligado umas 20 vezes para saber se eu estava bem, afinal eu passei a tarde inteira no meu quarto na casa de Maryse, ou seja minha mãe, com a Izzy, se maquiando, fazendo cabelo, pintando as unas uma da outra, etc. Eram 16:00 e a Maia chegou abrindo a porta, com o cabelo molhado e toda deseperada.

— Me ajudem!

Eu e Izzy rimos, e fizemos ela sentar na cadeira da minha penteadeira. Eu sequei o cabelo dela enquanto Izzy fazia as unhas dela, quando começamos a maquia-la ela nos parou.

— Maia!

— Nãooo! Vocês sempre exageram!

— A Izzy exagera, eu faço dessa vez, vai ficar linda confia em mim.

Ela concordou e eu comecei a fazer meu trabalho. Assim que terminei ela se olhou no espelho e ficou deslumbrada.

— Ai meu Deus.

— Querida você está um arraso.

— Valeu, que horas são?

— São 17:30!

— Bora gente!

Começamos a nos vestir e exatamente as 17:50 estávamos lindas, cheirosas e prontas. Magnus bateu na porta e gritou:

— Se não saírem agora, iremos sem vocês!

Nós saímos do quarto e ele ficou deslumbrado

— Estão fantásticas!

— Você também, Magnus.

— Eu sei amor. Vamos, eles estão impacientes.

— Jordan está aqui?

— Sim, meu bem.

Maia sorria disfarçadamente, mas seus olhos brilhavam demais para não notar sua felicidade, Izzy  ia pelo corredor sendo seguida por Magnus, depois Maia e finalmente eu. Estava bem nervosa e feliz ao mesmo tempo, via Izzy descendo as escadas, vi Magnus sumir de vista, vi Maia descendo e finalmente cheguei no primeiro degrau e vi o olhar de Jace, ele estava lindo, com um sorriso estampado no rosto. Desci as escadas rapidamente e segurei a mão de Jace de um jeito fofo e carinhoso, e sorri, muito.

— Está muito linda Clary.

— Você está um pinguim perfeito.

Ele riu, e nossos pais chegaram com câmeras e celulares para tiraras fotos, primeiro minha mãe Maryse, veio tirar trezentas fotos de cada casal, até da Maia e do Jordan! O mesmo com a minha mãe Jocelyn, quando acabou a “sessão de fotos”, nosso carro tinha chegado.

— Tá, quem foi que pediu uma limusine? – perguntei

— Jace disse que queria a experiência completa disso.

— Jonathan Christopher Herondale!

— Não foi tão caro, em minha defesa Izzy ficou muito feliz com isso e a Maia também.

Olhei para as duas e elas estavam sorrindo e olhando para o carro. Bufei de raiva, sabia que ele tinha razão ele andou sorrindo até a limusine e abriu a porta para mim, levantei o meu vestido e subi, ele me ajudou com a capa, todos entraram no carro e ligamos a música.

I, I feel like I'm losing my mind, mind
She crept into your life, life
And cut me up like a knife, knife, yeah
Hey, hey, few things that I wanna say, ay
Still got my dignity, ay
No one'll love you like me, ay

Olhei para o Jace, e ele sorria para mim de forma envergonhada.

— Você lembra do nosso primeiro beijo?

— Claro, pode me fuder melhor mesmo? – Ele disse de forma safada.

She's prettier than I'll ever be
Got yourself a beauty queen, yeah
But there's one thing I gotta say

Eu ri e com o mesmo tom de voz dele disse:

— Espera para ver... – No ouvido dele eu disse – Gostoso. – Coloquei a mão em sua coxa e subi um mais, e sussurrei algumas coisas sujas em seu ouvido. Ele tinha ficado excitado e me puxou para um beijo.

She can fuck you good, but I can fuck you betta
Etta, etta, etta, etta, etta, etta, ay
Etta, etta, etta, etta, etta, etta, ay
I can fuck you betta
Etta, etta, etta, etta, etta, etta, ay
She can fuck you good, but I can fuck you

— Você é bem melhor que ela. Linda. Gostosa. E muito mais excitante do que ela.

— Vai começar com declarações agora?

— Sou muito bom nisso na verdade, mas o que eu quero dizer é que eu te amo, nada vai mudar o quê eu sinto por você.

Nesse momento estávamos na nossa bolha, não existia nossos amigos ali, só tinha nós e a música que eu tinha cantado para ele há muito tempo no karaokê da turma, passaram meses mesmo.

My way, remember screaming my name, ame
Cause I can sex your brain, ain
But she don't do it that way, ay, no

E estava perfeito assim, até que a Izzy gritou:

— Pombinhos! Vamos para a festa!

Todos menos eu e Jace, gritavam: Uhuu, nós somente ríamos.

Logo na entrada, vi que conseguimos deixar tudo perfeito, o carpete vermelho no chão, deixava tudo mais quente, e as decorações que a Izzy fez, pareciam o clima do filme “Cinquenta Tons Mais Escuros” e como estava bem animadinha, me afastei um pouco desses lugares escuros e fui em direção ao bufê, todo mundo chegaria daqui a 30 minutos e precisava estar tudo perfeito. As músicas já começavam a tocar e tudo já estava devidamente organizado, eu e Jace demos uma escapulida do ginásio e fomos para os ugares escuros que eu tanto temia, já tínhamos feito aquilo, certo mas toda a vez que ele beijava meu pescoço aquela sensação de “nunca fiz isso”, sempre vinha e tipo era muito boa, ele sempre inovava nisso, e me sentia como se estivesse na minha primeira vez.

— Eu te amo, Jace. Sempre.

Ele ficou surpreso, mas me beijou e ajeitou a máscara.

— Foi um prazer estar com você, agora preciso ir. Tenho que achar os meninos e ajeitar os...

— Os?

— Umas coisinhas aí. Te vejo no ginásio depois.

Ele me deu um selinho, na verdade, um bitoca e saiu correndo.

— Tchau...

Pov Jace

Eu não sabia o quê falar, eu tocava sim, e cantava também, eu e os meninos seriamos a banda de hoje então não queria dizer à ela, pelo menos até a hora da apresentação. Virei o corredor a direita e encontrei um Alec impaciente, um Magnus jogando purpurina em tudo, um Sebastian com cara de paisagem e um Simon bem... O Simon é o Simon.

— Qual o motivo da demora?

— Clarissa Adele Fray.

— Enrolou ela?

 - O máximo que pude. Vamos logo com isso. Temos que voltar antes que as garotas percebam e... Cadê o Jordan?

— Ele e a Maia foram no freezer da cantina para pegar o ponche e batiza-lo um pouquinho.

— Contanto que eles não coloquem purpurina comestível igual à você, por mim ótimo. – Sebastian reclamou e todos concordaram.

— Ei foi só uma vez!

— Cinco vezes, Magnus. E as minhas fezes saíram brilhantes. – Simon disse uma informação que ninguém queria saber.

— De nada!

Todos nós bufamos e fomos ajeitar os instrumentos, quando o Jordan chega.

— Cara onde você se meteu?

— Longa história, depois eu conto.  Mas e aí cadê a minha guitarra

— Ali no canto.
Ele estava suado, com os cabelo um pouco molhado, e tinha um respingo vermelho em seu sapato, ninguém pareceu notar então continuei afinando minha guitarra.

— Ei, Jace.

Eu me virei para o Alec

— Falou com a mamãe?

— Qual delas?

— Minha mãe.

— Falei, ela disse que está ocupada, cuidando de algo...

— Continue falando, preciso da ajuda dela para a faculdade.

— Enfim, ela disse que não poderia ajudar você agora, mas quem sabe semana que vem.

— Estranho, sempre peço a ajuda dela nos meus trabalhos ela sempre vem correndo ajudar.  O problema que ela tem que resolver deve ser bem complicado mesmo.

O que será esse tal problema?