Early Sunsets Over Suna escrita por gaara do deserto


Capítulo 8
Os Caminhos de um Jinchuuriki


Notas iniciais do capítulo

Yo, voltei com outro cap, tá?
Essa semana talllvvvezzz tenha outro, Okay?
Bjs.



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-... Então, Kazekage-sama - pronunciou-se um dos conselheiros - Creio que já tá ciente do perigo que corremos diante de algumas ameaças da Aldeia da Nevoa - Também já deve ter conhecimento de algumas táticas que o chefe de segurança, Kankurou, propôs a nós dias atrás.

- Sim, eu já sei de tudo isso - respondeu Gaara, de braços cruzados e com a voz calma - E tenho certeza de que todo cuidado é pouco. Enviei três dos nossos shinobis para uma missão de reconhecimento à Vila da Nevoa e caso eles não voltem, é sinal de que temos que um problema em mãos.

- Para isso - falou Baki, sentado a direita do ruivo - O nosso pacto com Konoha mostrou-se mais uma vez de extrema importância. Ao expor nossa preocupação com a Gondaime Hokage, Tsunade, ela mostrou-se disposta a nos ajudar no que fosse possível.

- Informaram nossa situação à Konoha? - rosnou outro conselheiro, mais velho e de aspecto severo - Mas isso é o mesmo que pedir que eles ataquem a Vila! E se eles se juntarem à nossos inimigos?

- Tenho plena confiança em Konoha - disse Gaara, encarando o homem - E não tenho motivos para acreditar que eles nos trairiam. Nos ajudaram antes e estão ajudando agora.

- Tudo é possível, Kazekage-sama - respondeu o outro.

- Sim, você está certo - retrucou o ruivo, sem alterações na voz, mas tornando-se frio - Tanto é que, anos atrás, quando nós éramos seus aliados, atacamo-os sem a menor cerimônia.

Aquilo fez com todos parecessem um pouco desconfortáveis ou envergonhados. Baki suspirou e fechou os olhos, como se lembrasse de coisas nada agradáveis.

- Não nego que eu também participei daquela invasão e que tenho culpa tanto quanto vocês - continuou Gaara - Mas, agora, reparei o meu erro. Sei que Konoha é confiável. Afinal, se não fossem por eles, e já está na hora de reconhecerem isso, Kankurou nem estaria aqui.

O irmão mais velho de Gaara, sentado à sua esquerda, sorriu aprovadoramente.

- Concordo com o Kazekage - disse ele respeitosamente - Somos aliados de Konoha graças a ele. Foi uma sorte Konoha não pagar aquela invasão na mesma moeda.

- Estando isso resolvido - retomou Baki, ainda reflexível -, gostaria de dizer que, a partir desta manhã, quatro shinobis de altíssimo nível de Konoha estão a serviço de Suna, por precaução, e estes são recomendos diretamente pela Hokage.

- E quem seriam estes shinobis? - perguntou um terceiro conselheiro, secamente.

- São Uzumaki Naruto, Haruno Sakura, Hatake Kakashi e Sai - respondeu Kankurou no lugar do ex-sensei.

- Perdão? - retrucou o conselheiro, arqueando uma das sobrancelhas - Tive a impressão de que ouvi o nome "Uzumaki Naruto"... Estarei enganado?

- Não, não está - respondeu Gaara, pressentindo o pior - O que há de errado nisso?

- Ah, nada, Kazekage-sama - replicou o outro - Só o fato de que Uzumaki Naruto é o conhecido Jinchuuriki do Kyuubi.

Houve um rebuliço total. Imediatamente a situação passou de tensa para problemática. Vários conselheiros começaram a falar ao mesmo tempo, protestando pelo fato de que Uzumaki Naruto estava nos domínios de Suna.

- Calem-se! - gritou Kankurou rispidamente. O silencio recaiu no lugar. Todos emudeceram tanto quanto as gigantescas estátuas dos ex-Kazekages de Suna - Esse é um lugar sagrado e não uma feira!

- Kankurou-dono tem razão - concordou Baki - Temos que conversar racionalmente.

- Podemos começar definindo quem permitiu que ele servisse à nossa Vila - pronunciou-se o mesmo conselheiro.

- Essa é uma pergunta fácil de se responder - retrucou Gaara - Quem decidiu que Uzumaki Naruto nos ajudasse foi ninguém menos do que eu.

- Hã? - atrapalhou-se o homem - E por que faria isso, Kazekage-sama, sabendo que ele é perigoso? Que pode descontrolar-se e uma desgraça abater-se sobre nós?

- Por que ele seria perigoso? - perguntou o ruivo, seus olhos estreitando-se de indignação - Somente pelo fato de que é o Jinchuuriki do Kyuubi?

- Isso é obvio - respondeu outro conselheiro - E sendo um JInchuuriki nunca podemos estar completamente certos de que é controlável. E falamos isso por experiência própria.

   Kankurou voltou-se irritado para o conselheiro. Estava acontecendo exatamente como há três anos atrás. Os conselheiros mostravam mais uma vez não confiar tanto em Gaara como em seu julgamento. Mas se atacassem seu irmão novamente com palavras ferinas e propositais... Kankurou não sabia se ia controlar-se. Aqueles eram homens que acreditavam somente em suas verdades e nada mais. Se um demônio em si é um problema terrível, logo, o Jinchuuriki também o será. E o rapaz sabia que isso era um absurdo, ainda mais por se tratar de Naruto.

- Bem, não vou fingir que suas palavras não foram dirigidas a mim - disse o Kazekage fitando o homem que mencionara de passagem o Shukaku - Enquanto ao Uzumaki Naruto, não se preocupe, pois ele será de minha responsabilidade. Se qualquer coisa acontecer com a Vila, pode ter certeza de que a culpa cairá sobre mim e terei, como meu dever, de arcar com ela. Acho que por esta razão eu sou o Kazekage, não?

O homem calou-se, sem mais palavras. Porem, não estava de todo convencido. E seus companheiros também não.

- Mais algum problema em relação a Uzumaki Naruto? - perguntou Gaara em voz alta. Aquela situação já estava dando nos nervos. O que eles sabem? Absolutamente nada. O ruivo pensava ferozmente em outras palavras para proferir se mais alguém se mostrasse insatisfeito quando um dos conselheiros levantou-se e decidiu falar:

- Me interessa saber apenas uma coisa, Kazekage-sama - disse - Tenha licença para expressar minha duvida?

- Claro, fale - respondeu Gaara, temendo a possível duvida. Certamente esse jeito pomposo não podia significar nada de bom, pensou o ruivo.

- Bem - retomou o outro -, gostaria de saber, sinceramente, o porquê de defender tanto esse Jinchuuriki, Kazekage. Seria bom que esclarecesse isso para o conselho.

Gaara pensou por um instante como confronta-lo. Fechou os olhos e reabriu-os encarando firmemente o conselheiro.

- Eu defendo esse Jinchuuriki somente por uma coisa. - respondeu calmamente - Uzumaki Naruto é meu amigo. Devo muito a ele. Tenho certeza de que isso em nada o interessa e que não é um argumento valido ou a resposta que esperava, peço desculpas, mas... Você não sabe nada sobre mim. Menos ainda sobre Uzumaki Naruto. Este conselho visa o bem de Suna, porem eu faço parte de Suna desde que nasci e pouco foi feito para que me sentisse parte dessa Vila. Sei que os conceitos de muitos nunca vão mudar e não espero que isso aconteça. Sei que ainda me vêem como o Shukaku e que nada fará mudar suas idéias. O mesmo acontece a Uzumaki Naruto. Porém, tenho certeza de que ele não se incomodará com tão pouco, com uma discussão tão sem sentido. Ele é meu amigo e é tudo que precisam saber. Acho que esta reunião já está encerrada.

E sem mais nenhum comentário, Gaara saiu da sala sem olhar para trás e sem responder a qualquer pergunta. Logo Kankurou o seguiu sorrindo de orelha a orelha.

- É isso aí! - exclamou o moreno - Você os fez engolir tudo o que tinham pra dizer! E fez isso sem descer do salto!

Gaara admirou-se diante de tanta animação sem motivo, já que agora encontrava-se em conflito com o conselho.

- O que foi, Gaara? - perguntou Kankurou estranhando o silencio do irmão - Tá arrependido?

- Claro que não - respondeu o ruivo, cruzando os braços e caminhando de volta para sua sala - Eu já agüentei demais toda essa situação.

- Ah, tá - disse o rapaz, colocando sua mão no ombro do ruivo - Você agiu como um verdadeiro Kazekage. Bem, agora tenho que ir, sabe... tenho uns assuntos pra resolver...

Gaara voltou para sua sala em pouco tempo, exausto por causa da reunião. Ele tinha a nítida sensação de que ficar tantas vezes na companhia de pessoas que ainda não acreditavam nele acabava com seu animo.

Contemplou a manhã que ia esvaindo-se de sua janela. Ele não se sentia o "dono" de Suna. Seu dever era proteger todos os que colocavam em suas mãos o dever de protegê-los.

"Acho que, de certa forma, eu sou necessário aqui. Por quanto tempo não sei, mas... Eles agora reconhecem a minha existência. Eu não estou mais sozinho. O ódio não se apodera mais do meu coração. Mas será que tenho um coração? Será que tudo isso é o suficiente?"

Ele deu as costas para a janela e retornou para sua cadeira. Queria regressar para casa. Queria proteger aquela gente. Queria saber o que lhe faltava.

"Uzumaki Naruto... Você fez muito por mim. O que eu seria agora? Um monstro? Eu consegui me tornar importante para alguém? Talvez sim, talvez não. Mas esse pequeno sentimento de alegria toma conta de mim de repente e acredito que posso ser feliz. Ser igual a todo mundo. Ter uma vida como todo mundo... E você, Haruno Sakura, como em tão pouco tempo, conseguiu despertar algo em mim?"

Essa resposta era difícil de se achar. Mas ele não iria desistir de procura-la.


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Notas finais do capítulo

Arigato minna, e não esqueçam da reviews!
Sai manda lembranças!
E Sakura manda um beijo.
E Naruto manda ramen!
Temari manda conselhos (inuteis, claro)
Kakashi não manda nada porque tá lendo Icha Icha(perdoai o pobre, ele não tem salvação...)
Kankurou manda um abraço.
E Gaara?Tá ocupado. Mas manda varios castelhinhos de areia para seus fãs.(como se ele tivesse algum...^^)
Até a proxima!



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