A Maldição Silenciosa escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 12
De volta ao vilarejo


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Gostaria de esclarecer alguns pontos sobre a fic:

° Fiz uma pausa depois de postar o último capítulo que saiu ano passado; por isso este aqui demorou a sair;

° Estou trazendo uma nova fic, da categoria Scooby Doo, quem quiser ler vai lá no meu perfil e deem uma olhadinha (rs);

° Imprevistos, imprevistos, imprevistos. Sei como é chato a demora em atualizar fics, também sofro junto com vocês como leitora, porém peço a compreensão de vocês que a qualquer momento problemas/situações inesperadas podem acontecer e que podem atrapalhar o andamento das coisas;

° Inspiração: não sou do tipo que sempre escreve a história com antecedência para depois ir postando, até porque há momentos em que é impossível para mim. Por isso vou escrevendo o "capítulo y" assim que termino e posto o "capítulo x", e por isso às vezes o capítulo pode atrasar. Sorry, pessoal, acontece.

Muito obrigada pela compreensão e aproveitem o capítulo! ♥



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Sentando em uma cadeira próxima, a caçadora manteve seu olhar sério a Adrian. Ainda assim, o meio-vampiro sabia que a veria assim por muito tempo, o que o deixava incomodado. Sentia falta de seu sorriso, de vê-la expressar aquele caloroso sentimento alegre, porém não ousaria dizer. Maldito orgulho.

Analisando o comportamento dela e de Christopher, Alucard olhou rapidamente para os lados, como se não estivesse a fim de falar. Por conseguinte tomou um longo suspiro e começou a falar:

— Nas últimas horas estive à espreita das atividades na enfermaria. Lembra-se dos homens à cavalo que vimos chegar?

— Os mercenários?

— Correto. – assentiu. – Eles foram contratados pela Irmandade do Santo Socorro para cuidar da segurança da enfermaria, contendo os ânimos dos mais exaltados.

— Apesar de não ser chegada a mercenários, não vejo problema em contratarem seus serviços para isso. – a caçadora deu de ombros, não muito surpresa– Você sabe como a situação está anormal ultimamente.

—Vigiei minuciosamente cada passo daqueles homens. Nas poucas horas em que pude fazê-lo eles tem feito mais do que somente proteger os clérigos; Tem entrado em casas de pessoas à noite.

— O quê? – Maria franziu a testa.

— Não somente isso. Vi levarem três pessoas consigo para a igreja do centro. Pareciam estar saudáveis a meu ver.

Ela olhou para os lados, tentando achar uma resposta: – Bem... talvez estejam levando-os para um lugar onde possam se proteger da doença – ela argumentou – Até porque vocês dois prenderam a todos lá! – terminou com um tom mais rígido.

— Não adiantaria. Se a lenda estiver correta, em pouco tempo todos estarão doentes. – Christopher deu de ombros – Então não faria sentido. Proteção divina, talvez?

— Essa não é a questão. Por que dar tanta importância aos sãos quando os doentes que necessitam de cuidado?

— É o que vamos descobrir. – a mulher foi incisiva. Nada no mundo a impediria desta vez.

Os cavalheiros observaram-na quando esta terminou de falar. Adrian era o mais sério, presenciando todo seu planejamento ir à ruínas. Maria não deveria estar lá, a pessoa mais importante para ele devia estar segura na casa do Belmont como ele havia planejado. Não tinha mais como argumentar, sabia que ela estava determinada, tampouco discutiria novamente para não ter que encarar seu rosto e receber aquele olhar mortal. Até mesmo Christopher compartilhava um pouco do mesmo pensamento do meio-vampiro. Ambos tinham algo em comum: o afeto por ela, por isso ainda não estavam completamente conformados com essa decisão.

— O que estão esperando? – disse a mulher, levantando-se da cadeira – Quanto mais tempo ficarmos aqui será mais difícil descobrir a solução desse problema.

— Eu irei também. Assim poderei avisar aos homens que vocês estão autorizados a entrar no vilarejo.

A mulher foi a primeira a sair da biblioteca, deixando os dois lá dentro. Adrian e Christopher se entreolharam seriamente.

— O que acontece agora? Pelo visto sua ideia em deixá-la a parte disso não funcionou.

— Maria é bastante determinada. Não estou surpreso por ela ter voltado. – o meio-vampiro virou-se de costas.

O lorde olhou para a porta próxima a ele.

— Não está? Pois eu estou. Não esperava que ela viesse de tão longe para cá, e temo por isso... – ao voltar-se para ele, viu que estava só. Silenciosamente o meio-vampiro deixou a sala.

Maria desceu as escadas principais e mal esperou pelos outros. Saiu do casarão e passou no estábulo em busca de seu cavalo que fora guardado por um dos empregados para não se molhar com a chuva. Finalmente sentiu-se livre daquele clima; difícil foi permanecer no mesmo lugar que eles prendendo a vontade de explodir e dizer tudo o que pensava. Tudo mesmo, não aquele mínimo desabafo que dirigiu ao seu noivo. Sentia-se presa num turbilhão de sentimentos ruins que mal a deixavam raciocinar. Estava irritada, capaz de fazer tudo, até mesmo não perdoá-lo.

Mas será que as atitudes do meio-vampiro não mereciam perdão? Maria era como poucos, tinha um grande afeto pelas pessoas, pela vida. Era como se ela já nascesse sabendo amar; graças aos seus pais, que diferente da maioria dos aristocratas, destinavam parte de seu tempo a cuidar dos outros. Com o pouco tempo que viveu junto de seus pais ela pôde aprender muito. Presenciou valores, humanidade, lições de vida que nunca esqueceu. Uma delas foi quando tinha apenas 8 anos.

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Uma garotinha pequena, loira, de cabelos longos corria sem parar até a casa de seus pais, sua casa. O vestido longo branco de babado voava e a menina parecia como um pássaro, voando pelos cantos do vilarejo. Ela não estava bem, seu rosto estava enfezado pois chateou-se com, alguém, um amigo muito próximo. As pessoas ao redor estranhavam aquele comportamento incomum vindo dela; chamavam-na, mas esta não lhe dava ouvidos.

Ao chegar finalmente ao seu lar, ela abriu a porta com força.

— Mamãe, papai! – gritava ela, esperando por alguma resposta.

Os pais que se encontravam no escritório ouviram a menina e, assustados, foram ao seu encontro.

— O que foi, minha querida? – sua mãe, a primeira a vê-la, desceu as escadas que davam no saguão e avistou a pequena sentada no chão e encostada na parede com os braços cruzados. Seu pai desceu logo depois.

— Estou muito chateada com Chris! – respondeu bufando – nunca mais quero falar com ele.

— Mas por que, Maria? – a mulher se agachou para confortá-la. Deslizou a mão sob seu rosto para secar as lágrimas de raiva que desciam de seu rosto.

— Porque ele quebrou meu vaso de flores que a senhora me deu!

Sua mãe arqueou as sobrancelhas, abrindo um sorriso surpreso.

— Minha filha, não termine uma linda amizade por causa disso.

— Mas, mamãe... eu gostava tanto daquele vaso... – ela virou-se para a mulher ainda tristonha.

— Sua mãe está certa, Maria. – o pai se aproximou da filha, agachando-se também  – Sabemos o quanto você amava aquele vaso, mas não se deve dar maior valor aos bens materiais que as amizades. É preciso saber perdoar as pessoas. – ele acariciou a cabeça dela – Eu erro, sua mãe erra, você erra... isso é tão normal quanto viver.

— Quando você não perdoa, esse sentimento ruim fica preso dentro de você. – a mulher apontou em direção ao coração da pequena – Ao perdoar, essa coisa ruim vai embora do seu peito e tudo fica mais leve. O perdão, ainda que possa ser doloroso no início, é uma forma de amar.

Os olhos da menina ficaram arregalados; estava impressionada com tamanha sabedoria dos pais.Tudo fazia sentido, Christopher era seu melhor amigo e ela quis terminar uma amizade por causa de um vaso ganhado. Foi difícil, sim, mas a pequena Maria aprendeu a lição e soube perdoar o amigo. Após isso a amizade dos dois ficou mais forte com o passar do tempo.

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— Maria...?

Uma voz a fez voltar ao presente.

Ela respondeu secamente: – O que foi? –e voltou a arrumar a cela de seu cavalo.

Era ele, seu noivo.

— Estou esperando por você. Posso levá-la se assim desejar.

A caçadora deu um breve suspiro. Adrian, assim como Christopher no passado a decepcionou. Porém, não quebrou um vaso como o amigo, ele partiu seu coração. No momento queria ficar o mais longe possível dele para não se lembrar do que ele fez.

— Irei com meu cavalo. – completou sem olhá-lo. – Não precisa esperar por mim, vá logo.

O homem percebeu que ela ainda estava descontente. Sua vontade era de confrontá-la sobre o ocorrido e por fim àquele problema. Mas ela diferente dele, totalmente. Ela tinha seu próprio tempo, seu próprio meio de enxergar as coisas, seu jeito único de saber viver.

Tinha de dar um espaço a ela, infelizmente.

— Entendido. – Adrian deu alguns passos até a saída do estábulo e antes de ir embora olhou mais uma vez para trás. Saiu em seguida.

Quando percebeu que ele havia ido embora, Maria deu três tapinhas no cavalo em forma de carinho.

— Foco... preciso estar focada... – disse para si mesma em voz baixa.

E precisava mesmo. A mulher deveria manter-se concentrada no caso, sem levar em conta seus sentimentos em relação a qualquer coisa. Céus, ela era uma caçadora de vampiros, uma guerreira treinada, mas então por que se sentia tão afetada?

Maria pressionou seus punhos e depois montou no animal. Ela sabia que Christopher levaria algum tempo até estar pronto e por isso não o esperou, partiu em seguida.

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Uma viagem curta. Para a satisfação da caçadora a chuva tinha cessado por enquanto, o que possibilitou um tempo de passagem menor devido a maior velocidade que tomou. Ao chegar à entrada viu o que esperava: os mercenários "guardando" a frente do vilarejo e Adrian encostado a uma árvore a dez metros dos homens. Ela desceu do cavalo e ficou a certa distância tanto dos mercenários quanto do meio-vampiro; os dois mal trocaram uma palavra.

Dez minutos depois o lorde chegou, sozinho, em seu cavalo marrom. Sua presença logo chamou a atenção dos guerreiros contratados do qual um aproximou-se para falar-lhe:

— O que está fazendo aqui, lorde Galvan? – o homem que outrora conversou com Maria questionou.

 – Vim para avisá-los que estes dois estão autorizados a entrar e sair do vilarejo. – Christopher fez um gesto com a mão indicando o meio-vampiro e a caçadora.

O mercenário, ainda desconfiado, ergueu uma sobrancelha e indagou:

— Combinamos de um jeito: ninguém entra ou sai. Por que agora o senhor, lorde, aparece falando assim?

O homem notou o sarcasmo no tom de voz do mercenário. Então se aproximou para ficar frente a frente e encará-lo mais precisamente.

— Escute aqui. Você está tentando barrar as únicas pessoas capazes de findar essa doença infernal. Paguei vocês para ficarem aqui e obedecerem meus comandos. O meu desejo de agora é: deixem que eles passem.

Silêncio. O homem voltou a seu posto, indicando que finalmente havia acatado às ordens do lorde. Até mesmo Maria ficou impressionada com tal atitude. Christopher era um lorde, afinal; uma pessoa importante, de grande influência e poder. Dificilmente não conseguia o que desejava.

— O caminho está livre. – disse ele virando-se para Adrian e Maria.

 Mulher foi a primeira a se aproximar, trazendo o cavalo consigo. Ela parou ao lado do amigo e lhe disse baixo:

— Obrigada por isso, Christopher. Entretanto é melhor que retornes à sua casa e fique seguro.

— Eu posso ajudar vocês, Maria. – ele retrucou, baixando um pouco a cabeça para lhe comunicar mais em particular.

— Você é um lorde, Chris. Não deve sair por aí sem necessidade. – a loira respondeu pondo a mão em seu ombro – Por favor.

— Vamos logo.

A voz do meio-vampiro surgiu de repente. Quando os dois perceberam Adrian já estava próximo a eles, seguindo para dentro do vilarejo sem esperar. Era óbvio que estava manifestando ciúmes por ela.

— Está bem. – Christopher cortou a conversa – Tenha cuidado.

Maria assentiu apara ele com um breve sorriso de lado. Em seguida continuou a caminhar em direção ao vilarejo deixando seu cavalo solto; o animal era bem treinado e por isso podia ficar livre. Quando o acariciou pela última vez para seguir em frente, ela visou os mercenários que observavam toda aquela cena, lançou-lhes um olhar confiante e depois foi embora.

Os primeiros metros da localidade estavam desertos. Sem movimento, sem som, sem vida; o clima um pouco frio se entrelaçava criando um cenário quase tenebroso. Foram apenas dois dias em que Maria ficou distante, que mais pareciam meses.

— Onde estão as pessoas...? – falou, procurando por algum sinal.

— Dentro de suas casas, na enfermaria... estão fracas demais para sair. – respondeu o meio-vampiro a frente dela, virando-se para vê-la.

— Céus... – Ela balançou a cabeça – O tempo está passando e até agora não temos algo concreto! – Maria apertou o passo. Só de pensar na situação já ficava irritada em não conseguir ajudar tanto como gostaria.

— Eu não tenho dormido. – Enquanto caminhava, Adrian falou em voz baixa. Seu tom de voz estava claramente triste. – Estive procurando por algo relevante, porém encontrei apenas pistas vagas.

— Se você não tivesse feito aquilo comigo poderíamos estar mais próximos de resolver esse problema. – a mulher o alcançou e retrucou sem ao menos olhá-lo.

Ele cerrou os punhos e franziu a testa.

— Disse antes e repito: não me arrependo. – respondeu friamente.

— Ah, pelo visto eu creio que você seria capaz de fazê-lo novamente. – Maria parou de caminhar e o encarou frente a frente.

— Minha atitude foi precipitada, admito isso. – ele assentiu após um longo suspiro.

Os dois se encararam por breves segundos.

— Admita então que você fez isso unicamente por não confiar em mim.

A voz da caçadora foi cortante e rígida. Mais uma vez o meio-vampiro presenciava aquele olhar mortal de minutos atrás quando discutiram na casa de Christopher.

— Eu confio em você, Maria. – ele baixou um pouco seu rosto para encará-la mais de perto.

— Assim como Richter, outrora, você pensa que eu não tenho capacidade em resolver questões como essa. Não é a toa que me proteges tanto, pois acha que vou falhar.

Ele virou o rosto.

— Foi o que pensei, não é? – a voz de Maria ficou mais abatida.

Um silêncio de alguns segundos tomou conta da conversa.

— Deixe nossos problemas para depois, Maria. – ele voltou seu olhar para ela, e em seguida continuou a caminhar.

— Então é isso... – a mulher sussurrou, depois enxugou o olho esquerdo no qual descia uma lágrima.

Depois de um breve período, os dois chegaram perto da área central do vilarejo. Para a surpresa de ambos, logo viram algumas pessoas reunidas próximas a carroças. De relance não pareciam estar passando mal. A caçadora arqueou as sobrancelhas e correu ao encontro destes.

— Olá. – disse com um sorriso forçado. – Peço-lhes perdão em interrompê-los, mas-

— Por que você está sorrindo? – retrucou um velho de baixa estatura, tossindo logo depois – Não há motivos para sorrir, garota.

Adrian, vendo-a, seguiu a mulher.

— Desculpe! – ela respondeu sentindo-se um pouco ofendida – apenas gostaria de saber como está a situação por aqui. Eu vim para aju-

— Como consegue enxergar, ou não, estamos doentes, quase todos estão doentes! – uma mulher de estatura forte de mais ou menos quarenta anos interrompeu rigidamente a caçadora.

— É um milagre que você não esteja assim, como fez isso? Não se sente mal? – o velho novamente tomou a palavra, observando o corpo da mulher.

Maria vestia suas roupas casuais, onde parte de seus braços ficavam expostos, mais precisamente no local onde a mancha surgia nos infectados.

— Eu não estou doente...

— Não está? – questionou a mulher, aproximando-se de Maria – Já faz uns dois dias que as pessoas aqui manifestaram essa moléstia, mas você está saudável!

— Ei, eu ouvi que estão procurando os possíveis responsáveis por isso. Dizem que alguém lançou uma maldição, provavelmente uma bruxa ou o espírito dela. – um rapaz que estava no meio deles disse em voz alta.

— O quê?! Eu estou bem, sim, mas estou aqui pois quero ajudar vocês a encontrar uma cura para isso!

— Não sei... – o rapaz levou a mão ao queixo ainda duvidando.

— Essa garota está bem, muito bem, até. – outro homem comentou, levantando do chão donde estava sentado.

— Você é uma caçadora de vampiros, certo? – uma mulher de aproximadamente trinta anos apontou para Maria. – E é verdade que você tem poderes, não é?

A gente reunida no local olhou para a caçadora com olhos mais desconfiados que antes. Parecia que a situação que já estava desfavorável a Maria poderia piorar ainda mais.

— Vamos, Maria, nós temos que sair daqui. – Adrian foi ao seu encontro e lhe falou próximo ao ouvido.

— Está bem. – respondeu, olhando com temor àquelas pessoas.

Alguns que estavam sentados, de repente, se levantaram. Os ânimos começaram a se exaltar. Eles sussurravam entre si e seus rostos não pareciam amigáveis. Toda a atenção se dirigia a Maria.

— Ela deve ser a bruxa que estão procurando. – um deles comentou, fazendo um gesto com a cabeça, apontando a ela.

— Não sou uma bruxa! – a caçadora defendeu-se, um pouco exaltada.

— Ah não?! – o velho retrucou ainda mais irritado – e como você está tão bem assim? Se o que disseram está correto, você tem poderes e amaldiçoou a todos nós!

— Como eu poderia fazer algo contra esse vilarejo?! – Maria estava mais exaltada.

Porém não deram ouvidos à ela.

— Cale a boca, sua bruxa! – a mulher mais velha, sem pensar duas vezes pegou uma pedra do tamanho de uma ameixa e lançou contra Maria. Ela acertou sua cabeça, no lado esquerdo próximo à sobrancelha. O impacto fez com que ela desse dois passos para trás em desequilíbrio.

— Maria! – exclamou o meio-vampiro em pânico. Ele a segurou nos braços e a sustentou para que não caísse. Quando viu o sangue escorrendo, seus olhos se encheram de fúria.

— Se ela morrer a maldição vai terminar! – um deles gritou, pegando outra pedra.

Maria era o alvo. Aquela gente não desistiria até vê-la morta, estavam obstinados a continuar com aquele ato bárbaro.

Adrian suspendeu-a para carregá-la nos braços. Precisava ser rápido, logo uma saraiva chegaria sem dó para terminar com sua vida.

— Eu vou tirá-la daqui. – ele sussurrou para ela, que ainda estava consciente.

Em poucos segundos todos já estavam compartilhando a mesma idéia: matar Maria na esperança de acabar com essa maldição. Logo eles chamariam outras pessoas que possivelmente concordariam com o plano, fazendo o mesmo que os personagens da lenda. O lugar onde Maria passou parte de sua vida protegendo seria o mesmo que tentaria tirar.


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