O Mago das Espadas - Season 0 - Os Escolhidos escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 8
A Princesa Com o Coração de Ouro – Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Boa noite magos e magas! Como prometido estou de volta com mais um capitulo, ou melhor dizendo, DOIS! Como a introdução de Sofia ficou um pouco grande dividi em dois capítulos e agora vamos sem demora para mais uma historia dos escolhidos de Draconia! Desde já uma boa leitura!



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Caminhava no breu sem destino. As paredes do castelo repletas de quadros transmitiam solidão, as velhas armaduras pareciam que iam ganhar vida a qualquer momento. Juntou suas pequenas mãos sobre o peito apertando seu amuleto que brilhava, sua única fonte de luz e proteção contra as trevas.

— Como eu queria voltar. – Sussurra a menina.

Ajoelha-se:

— Que saudades daquela vida humilde e sem glamour.

Enxuga uma pequena lagrima que escorre por seus olhos azuis safiras.

— Uma vida sem regras rígidas e etiquetas que só nos causam dor, porque as pessoas são tão más, porque machucar alguém só por ser de classes diferentes, porque nos humilham e nos pisam se nós só queremos é viver em harmonia?

Sua lagrimas caem com mais intensidade e seu choro se perde na escuridão.

— Por quê?

Porque os humanos são assim minha cara! — Diz uma voz sombria e nefasta bem atrás dela.

Uma sensação de vazio e desespero toma conta de seu coração. Não conseguia se mexer, seus pés e mãos formigavam, apertava seu amuleto ainda com mais força.

— Q-Quem está ai? – Pergunta com sua voz tremula e a resposta foi rápida e fria.

Sou um mero observador minha cara.

O-Observador? 

Exato! – A presença se aproxima. – Observo tudo neste mundo, dês das coisas mais insignificantes... até as mais tentadoras!

A menina se treme ainda mais.

— Por... favor... vá em bora...

Uma risada é ouvida que gela seu coração.

— Tudo bem... só vim apenas conhece-la Sofia.

Os olhos da menina se arregalam.

— Como sabe meu nome?!

E a voz responde:

Já disse, sou um observador e tudo sei! Mais guarde minhas palavras princesa escolhida, teu destino está ligada ao do meu mestre e nada nem ninguém pode mudar isso!

A voz do ser penetrou no ínfimo de sua alma, sente as lagrimas voarem de seus olhos e seu pequeno corpo cair pesadamente no chão e a luz de seu amuleto se apagando, pouco a pouco até sua luz sumir e ambos menina e amuleto serem engolidos pela escuridão profunda.

— Princesa Sofia, Princesa, por favor, acorde!

— Hummm o que? – Pergunta a menina abrindo seus belos olhos azuis claros encarando a luz de um novo dia.

— Bom dia Princesa, dormiu bem? – Pergunta uma governanta que estava próxima a sua grande cama.

A princesa na mesma hora se senta na cama e olha em volta, coloca as mãos sobre o peito e vê seu amado amuleto junto dela como sempre deve estar.

— Foi um sonho?

— Princesa, tudo bem? – Pergunta a empregada.

— Ah? Sim, só tive um sonho... não muito bom. – Sussurra a princesinha que se descobre e dá um salto da cama, não sem antes olhar seu quarto. Às vezes parece que tudo não passou de um sonho ou de um conto de fadas, que ao abrir os olhos estaria de volta em seu casebre, morando com sua mãe, mas não era sonho, agora ela era uma princesa. Princesa Sofia de Encatia!!!

— Nomezinho grande, devo dizer! – Comenta a princesa sorrindo.

Então Sofia vai para o banheiro onde uma banheira com água quentinha a esperava. Despois do banho sua dama lhe ajuda a se vestir com um vestido roxo decorado por perolas, por fim a dama lhe coloca uma tiara de prata com rubis encrustados. Adorava aquele vestido, sempre gostou da cor roxa e ficou muito feliz quando seu pai o rei lhe deu vários.

Pai... uma palavra que Sofia desconhecia, nunca conheceu seu verdadeiro pai, sempre foi ela e sua mãe. Às vezes tinha vontade de perguntar a sua mãe sobre ele, mas sempre voltava atrás achando que poderia fazê-la sofrer. E agora ela estava casada e vivendo uma vida feliz ao lado de seu padrasto o Rei Ronland II. Sofia o amava muito tanto que o chama de pai ao invés de padrasto deixando o mesmo muito feliz.

Assim que se arrumou a princesinha desceu as escadas para se juntar a sua família para o café da manhã. Assim que chegou ao salão principal duas trombetas foram tocadas e o mordomo real anunciou sua chegada.

— Princesa Sofia de Ecantia!

E as portas se abrem.

“Nunca vou me acostumar com isso.”

Pensa ela balançando a cabeça.

Ao adentra no salão seus pais e irmãos postiços já estavam lá.

Ahhh verdade! O Rei Roland tem dois filhos gêmeos James e Amber frutos de seu primeiro casamento. Porém sua esposa faleceu dois anos depois de uma doença que ninguém conseguiu curar, deixando o jovem rei viúvo e seus filhos órfãos de mãe. Roland achou que nunca mais se apaixonaria novamente, porém o destino sempre nos surpreende. Quando ele pediu um novo par de chinelos reais feitos pela melhor sapateira da vila, não tinha ideia que ao invés de chinelos encontraria uma nova rosa em sua vida... Miranda, mãe de Sofia. Foi amor à primeira vista e vocês sabem, logo eles se casaram e Encatia tinha novamente uma rainha e uma nova princesa e de brinde ela ganhou não um, mais dois irmãos.

James e Amber eram gêmeos, tinham os cabelos loiros iguais aos da falecida mãe e olhos castanhos quase negros como os do pai. Era a única coisa que compartilhavam, pois as personalidades de ambos eram os opostos, encanto James era mais extrovertido e brincalhão, Amber era mais centrada e refinada preferindo a etiqueta, andar com outras princesas e agir como adulta, mesmo sendo só dois anos mais velha que Sofia.

— Bom dia a todos! – Cumprimenta a princesinha.

— Bom dia minha flor! – Responde sua mãe dando um beijo em sua bochecha.

— Bom dia mamãe!

— Bom dia meu pequeno anjo! – Responde o Rei Roland se levantando e abraçando a menina, gesto que ele fazia com todos os seus filhos, mesmo Amber não gostando.

— Bom dia papai! Nossa já está trabalhando? – Pergunta Sofia vendo uma pilha de papeis junto à mesa.

— Pois é o trabalho de um rei nunca termina. Agora venha vamos nos sentar e aproveitar esta manhã em família.

— Tá! – Responde sorrindo a princesa que vai para seu assento ao qual o mordomo real puxa para ela sentar. – Obrigada Baileywick!

— É um honra princesa! – Responde o mordomo com ternura para a princesa.

Assim que se vira vê seus irmãos a frente, James atacava com voracidade um prato de panquecas enquanto Amber ajeitava sua tiara.   

— Bom dia James, bom dia Amber!

— Bugggugugug Dia! – Responde James de boca cheia.

— Bom dia. – Responde Amber sem olhar para a irmã.

Sofia se encolhe um pouco, nunca entendeu esse jeito de ser de Amber, desde que chegou ao castelo nunca a trata com carinho, é sempre fria e mal a encarava.

“Será que fiz algum mal a ela?”

Se pergunta a princesinha enquanto olhava sua irmã que se admirava em um espelho de mão.

— Princesa sua refeição. – Diz Baileywick servindo uma bandeja com panquecas com manteiga que derretia pelo calor. Sofia quase babou ao ver aquele dejejum, mas rapidamente pega um guardanapo e cobre a boca.

“Aí! Quase paguei um mico!”

— Tudo bem princesa? – Pergunta o mordomo.

— O quê? Ah sim, tudo, vamos comer! – E come com gosto sua refeição.

Passados meia hora a família real já havia feito sua refeição, o rei chama atenção de todos.

— Muito bem, agora que todos nós já nos fartamos deste belo café da manhã tenho um comunicado a fazer.

— Hum?

Todos os presentes olham para o rei, até Amber parou de se olhar no espelho para ouvi-lo.

“Será que ele me ouviu e vai conceder meu desejo?”

Pensa a princesa loira.

“Será que ele vai falar sobre aquele assunto?”

 Pensa a rainha.

O que será que o papai vai dizer?”

Pensa Sofia.

“.......................................”

O som de um grilo acompanhava os pensamentos de James.

— Bom, como sabem o verão está chegando ao fim e vocês já deve saber o que isso significa?

Na mesma hora o som de grilo na cabeça de James some dando lugar a imagem de um imenso lugar ao qual ele estava doido pra voltar e não contendo a felicidade sobe na cadeira e grita eufórico:

— TÁ NA HORA DE VOLTAR PRA DRACONIA!!!! UHHHUUUUUU!!!!

— Príncipe James! Por favor, comporte-se dessa já daí! – Exclama o mordomo.

O príncipe assim que nota que todos o olhavam fica vermelho e rapidamente se senta.

— Foi mal, me empolguei.

A atitude do menino arranca uma risada de seu pai.

— Tudo bem filho, no seu lugar eu também ficaria eufórico por voltar a Draconia... ahhh tantas lembranças!

— Amor... foco! – Diz Miranda rindo.

— Oh! Desculpe, onde eu estava?

— Na parte de Draconia pai, mais eu fiquei curiosa? O que é Draconia? – Pergunta Sofia e viu James quase cair pra trás ao ouvir aquilo.

— Não creio! Sofi, você não sabe o que é Draconia?!

A princesinha abaixa a cabeça envergonhada, havia se tornado princesa há pouco tempo e ainda não sabia sobre todas as coisas que rondavam aquele mundo e a realeza. Mas para sua sorte seu irmão corre dando a volta na mesa e indo até ela a puxa pela mão a fazendo levantar e o encarar.

— Sofia... Draconia é... o lugar onde os sonhos se tornam realidade!!!

Os olhos da princesa se arregalam ao ouvir aquelas palavras.

— Sonhos se tornam realidade?

— Pode apostar! – Diz James se afastando. – Lá todos nós estudamos a arte da magia, estratégia, luta e trabalho em equipe, vemos coisas fora da realidade e os professores são incríveis!!! O Professor Archer é meu favorito! Sabia que ele é um arqueiro? Mas ele luta com espadas!!! – Exclama o príncipe deixando Sofia boquiaberta.

— Nossa! Isso é mesmo possível?

— É sim Sofia, lá tudo é possível. – Responde o rei.

— Lembra daquele meu amigo que veio passar o laceia com agente? – Pergunta o príncipe.

— O que usava magia de gelo e deixou o cabelo da Amber todo branco? 

— Nem me lembre disso! – Brada a princesa loira revoltada. – Levei uma semana pra tirar aquela tinha do meu cabelo, maldito seja Jack Frost!!!

Dessa vez Sofia teve que cobrir a boca, se lembrou do amigo de James e como foi divertido passar o feriado com ele. Fazia várias magicas de gelo que eram encantadoras, um verdadeiro gênio da diversão.

— Claro que eu me lembro do Jack, mas porque a pergunta?

— Porque minha nova irmãzinha... ele estuda lá!!!

— Mentira!!! – Exclama Sofia botando as mãos sobre a bochecha incrédula.

— É verdade! Ele é muito popular lá em Draconia, assim como a Princesa Rapunzel do reino de Corona, Mérida do Ducado de Dunbroch e Soluço do Condado de Berk. Eles são meus heróis!

Sofia fica pasma com o que ouviu, conhecia aqueles nomes, mas não fazia ideia que estudavam juntos e na mesma escola.

— Parece ser um lugar maravilhoso!

— Só que não é!

A voz de Amber ressoou pelo salão fazendo a princesinha encarrar sua irmã confusa.

— Amber, qual o problema?     

— Problema nenhum Sofia, é só minha irmã sendo a chata de sempre! – Exclama James cruzando os braços sério.

— Sim há um problema! – Exclama Amber empinando o nariz. – Papai, o senhor pensou com carinho no meu desejo? – Pergunta a princesa loira apoiando o rosto sobre as mãos e piscando jogando charminho. – Sabe que sou sua filha querida e só queria um único e grande pedido que é...

— Sair de Draconia e ir para o colégio de Cristalis, tô certo? – Pergunta James irônico para logo receber um olhar penetrante da irmã ao qual ele nem se incomoda, já estava acostumado. Já Sofia se esconde atrás do irmão, tinha medo desse olhar da irmã, lhe dava arrepios.

— Sobre esse assunto. – Responde o Rei Roland, que tem atenção total da filha que sorria de ponta a ponta. – Minha resposta é... não!

Silencio, ninguém disse mais uma palavra, a princesa olhava para seu pai com uma olhar perdido e confuso, sua boca tremia para logo depois se contorcer e criar um bico.

— Tape os ouvidos!!! – Diz James rápido para Sofia.

Em cinco segundo um potente grito ecoa pelo salão, espelhos, vasos, janelas se partem pelo grito da princesa loira que gritava como se estivesse morrendo.

— POR QUÊÊÊÊÊÊÊÊ?!!! COMO O SENHOR PODE SER TÃO MAU!!!! – Grita cobrindo o rosto e sacodindo os cabelos. – COMO PODE NEGAR UM DESEJO DE SUA AMADA FILHA?! ISSO É IMPERDOAVEL!!! EU VOU MORRER DE DESGOTO E VOCÊ SE ARRENPEDERA PARA SEMPRE DESTE CRIME PAPAI!!! BUAAAAHHHHHH!!!! – E termina chorando horrores.

— Já acabou? – Pergunta o rei seco com as mãos cobrindo os ouvidos. Assim como todos os presentes.

— NÃO!!! EU QUERO IR PAAR CRISTALIS!!!! PORQUE O SENHOR NÃO DEIXA?! O SENHOR É INJUSTO!!!

Esse foi o erro da princesa...

Ao ouvir a palavra “injusto” vinda da boca de sua própria filha, um fogo brotou dos olhos do rei, uma aura verde começa a rodear seu corpo, o monarca ergue seu punho direito para o alto, o desse e ao entrar em contato com a mesa a mesma se parte ao meio assustando a todos.

Miranda olhou abismada para seu marido, já Amber congelou na cadeira, James e Sofia olhavam boquiabertos seu pai se levantando da cadeira e puderam ver que sua mão direita havia mudado, parecia feita de ferro como se estivesse usando uma luva de uma armadura bem pesada. E do mesmo jeito que ela apareceu, desapareceu quando o rei fechou o punho, voltando à forma normal.

— Perdão querida... não queria perder o controle assim, principalmente na sua frente e das crianças.

Miranda se levanta da cadeira tomando cuidado com os pedaços da mesa que quebraram, se aproxima de seu marido e acaricia sua mão.

— Está tudo bem meu amor, que espécie de esposa seria eu se tivesse medo do meu próprio marido, sei que foi sem intenção, mas acho que foi difícil até mesmo pra você.

A resposta foi um menear de cabeça e um:

— Sim... – Ergue seu rosto e vê sua filha imóvel como pedra, encarava a mesa destruída a sua frente e um calafrio passou por seu corpo ao pensar que poderia ter sido ela ao invés daquela mesa. – Amber!

— S-Sim! – Exclama se tremendo.

— Antes de você fazer um drama e me chamar de injusto, fique sabendo que sua mãe e eu fomos até Cristalis fazer uma visita para averiguarmos o local.

A princesa arregala os olhos surpresa.

— Vocês... foram?

— Fomos! – Exclama o rei ainda irritado.

— E então? – Pergunta a princesa esperançosa erguendo a cabeça.

— Querida, não vamos negar, o lugar é maravilhoso. – Responde Miranda. – Tem tudo que uma princesa merece.

Um brilho apareceu nos olhos da princesa.

— É... mais o que?

— E só! – Foi a resposta do rei que se afasta do lado de sua esposa e se dirige até sua filha. – Amber, sua mãe e eu andamos por cada canto daquela escola e parece que tudo saiu de um conto de fadas, tudo era perfeito, até demais...

A cada palavra que ouvia de seu pai, os olhos de Amber cintilavam, sua imaginação voava para aquele colégio, que diziam ser o mais rico e só aceita pessoas de alta classe, várias de suas amigas estudam lá e se ela conseguisse, poderia ser ainda mais famosa e quem sabe achar seu príncipe encantado.

“Eu tenho que ir para lá! Meu destino está naqueles salões!!!”

Porém eu não concordo que você vá para lá!

Novamente o céu da princesa se despedaça e seus olhos lacrimejam.

— Mas por quê?! – Pergunta quase chorando.

O rei suspira cansado.

— Você não ouviu o que eu e sua mãe dissemos? “Perfeito demais”, nenhum lugar é assim minha querida!

— Lá é! – Diz a princesa batendo o pé. – Minhas melhores amigas estudam lá e me contaram coisas maravilhosas sobre a escola!

— Amigas? Tão mais pra bajuladoras! – Exclama o príncipe de braços cruzados.

— James! Não piore as coisas, por favor! – Sofia repreende o irmão.

— E o que você tem a ver com isso?!

Os olhos de Sofia se arregalam ao ouvir aquela voz, fria e cheia de ódio, olhou para frente e viu sua irmã a fuzilar como se fosse devora-la.

— Amber...

— Por que acha que você tem o direito de opinar em alguma coisa aqui, hein?

A princesinha coloca sua mão direita sobre o peito.

— Você nem é nossa irmã de sangue, que direito você tem de opinar em nossas vidas!!!

— AMBER!!! – Brada o rei. – Já basta você ter me destratado, agora vai ofender sua irmã também?!

— Irmã?! – A princesa loira toma folego e berra. – Eu não tenho irmã!!!

Aquilo foi demais para o coração da pequena princesa, seus olhos se enchem de lagrimas que escorem como cristal por seu rosto e não aguentando mais aquela visão se desata a correr para fora do salão!

— Sofia! – Exclama sua mãe correndo atrás da filha deixando o rei e seus filhos sozinhos no salão.

Amber estava em pé ereta e brava, mas não mais do que seu pai, foi só erguer os olhos e sentir um calafrio passar por sua espinha.

Roland da alguns passos em direção à filha e sua boca abre ao ver o chão envolta de seu pai trincando a cada pisada.

Estava furioso com a atitude da princesa, serra seus punhos com força assustando-a e a fazendo recua até tropeçar no chão.

Quando o rei ergueu sua mão a princesa fecha seus olhos até que uma sombra surge à frente.

— Já chega pai!

Ela conhecia bem aquela voz.

— Não suje suas mãos por causa da Amber, você é um rei e deve sempre manter a ordem, mesmo nas piores situações, lembra? Você me ensinou isso!

“James...”

Pensou ela, que ao abrir os olhos vê seu gêmeo parado diante dela e afrente de seu pai.

Não conseguia ver seus olhos, pois estava de costas. Mas os de seu pai sim ela via, tinham um brilho verde fosforescente e assustador que aos poucos vai voltando a sua cor normal, abaixa seu punho e responde.

— Tem razão filho... toda razão. – E abaixa sua cabeça e com a mesma mão que havia erguido para sua filha a repousa sobre a cabeça de seu filho. – Obrigado.

O pequeno príncipe sorri e responde:

— Foi uma honra.

Um sorriso de satisfação surge no rosto do rei, seu filho seria um bom sucessor sem dúvida nenhuma. Mas...

— Amber! – A voz do rei ressoa como um trovão acordando a princesa de seu transe.

— S-SIM!

— Vá para seu quarto e não saia de lá até eu mandar, depois pensarei em sua punição!

Os olhos da princesa se arregalam e quando ela ia protestar os olhos de seu pai brilham novamente e ela só consegue dizer:

— Sim senhor...

— Agora vá!

Não precisou dizer outra vez, a princesa se levanta e sai correndo da sala, não sem antes olhar para seu pai que estava de costa para ela e de cabeça baixa. Não ligava para Sofia, mas magoar seu pai era algo que ela não queria.

Pai...”

E deixa a sala.

— Baileywick!

— S-Sim vossa majestade! – O mordomo estava petrificado após aquele acontecimento tão conturbado. Mas mesmo com medo se dignou a seu papel de mordomo e ouviu seu rei.

— Peça por favor, para limparem essa bagunça.

— Agora mesmo senhor! – E sai do aposento deixando o rei e o príncipe sozinhos.

— Pai...

— Onde foi que eu errei James?

— Como?

O rei caminha até sua cadeira e se senta massageando sua testa.

— Dei a vocês a melhor educação possível, consegui matricular os dois na melhor escola de magia e feitiçaria do mundo e nem isso é o bastante para sua irmã. – Diz o rei decepcionado.

— Pai. – James não gostava de ver seu pai daquele jeito. – Pai escuta! – Se aproxima. – Você conhece a Amber, ela é volúvel e é facilmente influenciada, essa ideia ridícula de ir para Cristalis deve ter vindo de alguma amiga imbecil dela.

— Mesmo assim filho, eu me preocupo e muito – Responde o rei sério e James notou isso.

— Pai... tem outro motivo para você não querer que a Amber vá para Cristalis, não é?

O Rei Roland ergueu uma sobrancelha, seu filho realmente era muito perspicaz.

— Tem filho, porém não posso dizer ainda. – Se levanta. – Mas digamos apenas que... uma certa nação está de olho em Cristalis e uma bem perigosa por sinal.

— Nação? 

— Sim. E se eu já não gostava daquele lugar, gosto menos ainda agora. – Responde o rei se dirigindo a janela, parando diante dela com suas mãos atrás das costas. – Tempos difíceis se aproximam.

O jovem príncipe engole um seco após ouvir aquelas palavras.

“Nossa pelo jeito a coisa é séria mesmo, mas...”

Pai?

— Hum?

— Qual assunto você ia tratar conosco, antes da Amber atrapalhar?

Foi só ouvir aquilo que um estalo se dá na mente do rei.

— Minha nossa! Esqueci-me completamente! – Exclama batendo a mão na testa. – Venha preciso avisar a ela.

— Ela?

— A Sofia! A novidade é...


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Notas finais do capítulo

Assim terminamos a primeira parte, continua no próximo!!!



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