O Mago das Espadas - Season 0 - Os Escolhidos escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 32
O Cântico dos Guerreiros


Notas iniciais do capítulo

Saudações Magos e Magas, hoje nós enceramos um ciclo. Começamos uma historia sobre 11 escolhidos para irem para a Escola de magia e feitiçaria de Draconia. Contamos as historias de Gladios, Kimahri, Sofia, Baby, Hiro, Ilyha, Tidus, Alex, Luna e Anna.

E agora nós enceramos o ultimo capitulo desta temporada com o prologo de Noris. Foi uma longa caminha e esta parte da historia esta oficialmente contada! Irei encerrar essa fic e abrir uma nova e sera assim a cada temporada da historia, achei melhor do que fazer tudo juntos e dar mais de cem capítulos em uma fic. A todos que me acompanham e favoritaram esta historia nos veremos em DRACONIA!!!

E agora fiquem com o ultimo capitulo da season 0, desde já uma boa leitura a todos!!!



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Eu caminhava na escuridão sem rumo ou sem destino próprio...

Meus pés descalços já com bolhas sangravam depois da longa caminhada...

Quem sou eu e porque estou neste mundo?

Eu perguntava e não obtinha respostas.

Só sabia... que eu não podia parar de caminhar... nunca...

Foi então que comecei a ouvi-las.

Olhei para a direita e vi vários homens de armaduras se digladiando, vários deles tombando em batalha até que não restou mais nenhum de pé, somente suas espadas cravadas na areia vermelha.

Olhei para a esquerda e vi guerreiros de armaduras vermelhas com espadas curvadas e reluzentes, todos marchavam e lutavam com habilidade, mesmo assim todos morreram restando somente suas espadas cravejadas no chão como penas.

Olhei para trás e vi mais pessoas se enfrentando, de vários povos e crenças, mais nada disso importava.

Era uma guerra... não importava os ideais que cada um carregava, ou planos que possuíam para o futuro... a guerra só causa uma coisa...

Morte...

Olhei para frente e vi um grupo de homens... eles riam se divertindo com a barbárie que acontecia a sua volta...

Mais por quê?

Que graça eles achavam em ver pessoas morrendo, sofrendo, perdendo seus amigos e entes queridos?

Meus olhos se turvaram em ódio quando eles se foram rindo, eu fiquei ali no meio daquele deserto de corpos e espadas, me aproximei de um soldado, olhei para ele e ele para mim... e disse a palavra que me faria seguir meu caminho a partir daquele dia...

— Honre-nos...

E foi o que fiz!

Peguei sua espada, que sumiu em um brilho azul, depois outra e mais outra, até que recolhi todas as espadas que cotiam a memória e o ardor de cada um daqueles guerreiros e voltei a caminhar, não mais sozinho.

Agora eles me acompanhavam... nas horas boas e ruins... seus legados agora eram meus e com eles eu mudaria o mundo... pois foi pra isso que eu nasci e decidi lutar... por eles e por muitos outros que viriam...

Esse é meu legado...

Meu corpo...

É feito...

De Espadas...

Foi então que acordei... Com minha testa suada e o Sol sem nascer... Descobri-me e desci de minha cama.

Tico ainda dormia profundamente, Umbra estava enrolado em uma almofada perto da minha cama dormindo tranquilamente. Não resisti e lhe fiz um cafune, depois olhei para Tico novamente.

“Meus amigos.”

Não consigo deixar de agradecer a este povo que me acolheu, que me fez ser um deles, um garoto sem família e sem lugar para ir, devo tudo a eles. Caminhei para fora do quarto em silencio sem acorda-los.

Tia Abigail, Ariel e Borg ainda dormiam no andar de cima, atravessei a sala, indo até a porta, a destranquei e sai para fora.

A grama verde e molhada cobria meus pés, lá no céu as espadas dos antigos guerreiros enfeitavam o céu junto com a grande espada do rei Brave Vesperia, o ar da madrugada enxia meus pulmões me tranquilizando e renovando minhas energias.

— Já tá acordado? – Uma vozinha se faz presente perto de mim. Sorri sabendo de quem era.

— Sabe como é... gosto de ver o Sol nascendo. – Respondi.

— Entendo. – Meu pequeno amigo alado voa e pousa em meu ombro, seu corpo feito de escamas roçou sobre minha face esquerda. – Às vezes você até me lembra um gato, sabia?

— Nem me lembra disso! – Reclama Umbra meu pequeno amigo alado. Realmente ele lembrava um pouco um gato, só que com asas e tinha um par de chifrinhos brotando de sua cabeça, seus olhos eram amarelos como o dos felinos que fitavam o horizonte junto comigo. – É um lugar lindo não é?

— É sim... mais é uma pena que terei que deixa-lo em breve.

— Ah? – Ele se surpreendeu, claro quem não se surpreenderia.

— Umbra... eu amo esse lugar, seu povo e serei eternamente grato por terem me acolhido, uma criança sem família, lar, ou passado. Sou grato de coração a todos eles! Mas...

— Você teve aquele sonho de novo não teve... com aqueles “caras”?

Fechei os olhos.

— Tive.

— Noris... eu sei que isso mexe com você, mais o vovô Hemidall já te disse, devem ser memorias de uma vida passada sua.

— Eu também achava isso Umbra. – Abri os olhos novamente olhando o horizonte que começava a clarear. – Só que quando vi ontem a Brave Vesperia brilhando minha duvidas sumiram! Algo está acontecendo lá fora e não posso ficar aqui parado inerte! – Disse com firmeza.

Um minuto de silêncio se seguiu entre mim e meu pequeno amigo até ele dizer:

— Cara... às vezes você não parece um menino de onze anos, sabia?

Ele estava certo, realmente eu não me sentia um menino de onze anos, minha mente era aberta, conseguia falar com adultos e entendê-los muito bem por sinal. Talvez pelo que passei isso tenha me amadurecido mais rápido.

Comecei a sentir os primeiros raios da manhã, olhei para o horizonte feliz até que vi algo pequeno.

— Hum?

Serrei os olhos e pude ver melhor... era uma coruja!

— Noris, olha aquilo!!!

— Tô vendo! O que uma coruja faz aqui na Terra dos Forjadores?

Não era normal ver uma coruja daquele tamanho em um ambiente tão hostil e selvagem e percebi que ela carregava algo e vinha na minha direção.

Então ela planou e pousou na grama piando pra mim.

— Purruuu...

— Ah?

— Peraí, deixa comigo.

Umbra pulou de meu ombro e ficou frente a frente com a ave e parecia dialogar com ela.

— Não sabia que você falava coruguês?

— Tem muita coisa sobre mim que você não sabe!

— Convencido.

— Sou mesmo! – E ele se virou falando novamente com a coruja que era branca com pintas negras.

Cruzei os braços esperando a “conversar” acabar e então a coruja entregou o que carregava para Umbra e partiu céu adentro.

— O que ele te deu? – Perguntei.

— Noris... é pra você! – Responde meu amigo se virando com o embrulho entre as patas.

— Pra mim?!

— Sim, aqui abre, abre!

Obedeci de imediato, nunca recebi uma carta ou encomenda de ninguém, só visitas do homem que me trousse até a Terra dos Forjadores... o Archer.  

Sentei no chão e abri o conteúdo... era uma carta... para mim!

Ela dizia o seguinte:      

Para: Noris Cristalus.

Terra dos Forjadores.

Informamos que você foi formalmente aceito na escola de magia e feitiçaria de Draconia!

Lar de alguns dos mais brilhantes e renomados professores de todos os tempos; aqui você apreendera a se defender e a lutar por seus sonhos e desejos.

Seus matérias e equipamentos de estudo serão fornecidos pela escola como cortesia de mais um ano letivo que se inicia.

Pedimos que leve mudas de roupa e utensílios pessoas para higiene e é permitido levar uma mascote.

Aguardamos-lhe no dia 31° de Agosto na Estação da Luz, às 09h00min da manhã!

Com agradecimentos; Diretor Odin Asgard, diretor interino, chefe da escola, soldado universal, comandos em ação, maluco beleza e filosofo nas horas vagas!

P.S: Não se atrase!

Eu li aquilo três vezes... cada palavra... cada letra... e no canto do rodapé havia algo escrito.

Recomendação professor Archer.

Archer!!!

— Não creio! Então ele realmente é alguém importante! – Brada Umbra, mas nem ouvi, pois lágrimas começavam a brotar de meus olhos vermelhos.

Levantei-me com a carta tremulando em minha mão direita. Aquilo era um sinal! O Sol agora nascia no horizonte, respirei seu ar e recebi sua benção e entoei meu cântico...

Eu sou o osso de minha espada

O aço é meu corpo e fogo é meu sangue

Eu abençoei mais de mil lâminas

E agora abençoou a sua

E estarei aqui

Em pé neste vale esperando a chegada da sua

Para lhe dar minha benção e acolhida

Nunca se arrependa ou vacile em seu caminho

Pois no final estaremos todos reunidos...

E olhei para o grande Sol que se erguia e senti suas mãos tocarem meus ombros e ao meu lado seus legados surgindo uma após a outra na grama e a última estrofe de meu cântico bradei com todas as minhas forças:

NESTE VALE INFINITO DE ESPADAS!!!

E elas ressoaram em união com minha voz, minhas amigas e amigos de todos os momentos, mesmo que elas se quebrassem estavam felizes em lutar de novo, por serem usadas novamente após terem sido descartadas, mas por mim não... para mim elas nunca seriam desperdiçadas... pois agora elas faziam parte de mim, pois assim eu sou...

O Mago das Espadas

 

E assim começa a lenda de Noris!


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Notas finais do capítulo

E assim encerramos o arco zero da historia, amanha já devo postar algo novo amigos desde já uma boa noite!!! E que os guerreiros do passados lhes guiem e protejam.

Musica de fundo durante o sonho de Noris: https://www.youtube.com/watch?v=4vGxgMnzNwM
E quando Noris toma sua decisão até o final do capitulo: https://www.youtube.com/watch?v=1ErwgLxBNL0



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