O Mago das Espadas - Season 0 - Os Escolhidos escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 10
Cozinheiro Mirim


Notas iniciais do capítulo

Boa noite magos e magas! Voltamos com mais um capitulo com prometido, nele conheceremos o pequeno e espevitado Baby da Silva Sauro!!! Boa leitura para todos e ADIOS!!!



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Ilha de Gaurasia a sudeste do condado de Berk, uma ilha remota onde se encontra todo o tipo de criaturas e seres visto somente em livros.

Lar de alguns dos mais famosos predadores do mundo com T-Raux, um réptil de mais de quinze metros de altura com uma enorme boca cheia de dentes afiados capazes de destroçar qualquer armadura e barreira mágica. O temível Malboro, uma planta carnívora venenosa considerada uma das criaturas mais letais do mundo. O poderoso Elnoyle, uma criatura alada capaz de disparar magias poderosíssimas contra quem tentasse se opuser a ele. E o mais terrível das criaturas o temível Ruby Dragon! Essas criaturas aladas impuseram o medo e a destruição sobre boa parte do mundo da magia há alguns anos atrás, sendo que os últimos da raça foram trancafiados e presos na ilha.

A ilha em si está envolvida por uma grande barreira magica que impede que tais criaturas saiam de lá, sendo assim Gaurasia se torna uma ilha prisão para essas terríveis criaturas.

Mas nem só de feras mortíferas convivem na ilha e é sobre eles que falaremos.

Os Dinotors!

Os Dinotors são uma raça evoluída de criaturas que viviam há séculos em Gaurasia, quando os primeiros humanos chegaram lá, ficaram espantados com aqueles seres que andavam em duas patas, de pele verde e escamas e logo trataram de apreender mais com aquele povo nativo. Detores de uma força fora do comum os Dinotors surpreendiam os magos com façanhas incríveis e sem esforço, para eles aquilo era normal. Porém houveram magos que se aproveitaram da ingenuidade daquele povo e os manipularam para usar sua força. Muitos foram usados como armas de guerra e consequentemente vários morreram, até que os próprios Dinotors se rebelaram e se libertaram do domínio dos magos, usando todas as suas forças e talentos naturais, este dia foi chamado por eles de “O dia da Grande Partida”, pois eles davam adeus ao mundo da magia e voltavam para seu lar à ilha de Gaurasia.

No entanto, os Dinotors não esqueceram completamente dos humanos e do que apreenderam com eles e assim criaram sua própria nação, “O Estado Independente de Gaurasia”!

O mundo magico obvio não ficou parado com essa novidade e tentaram fazer relações com aquele povo, no entanto foi difícil, pois os Dinotors foram muito hostilizados e tratados como animais por uma grande parcela dos humanos e também magos. Mais com o tempo perceberam que ambos precisavam de ajuda. Os Dinotors tinham a força e poder de controlar bestas, sabiam o básico que apreenderam com os humanos, mas não o suficiente para criar uma verdadeira nação, então seu líder veio com uma ideia que levou aos humanos que era...

Se vocês nos ajudarem a criar nossa nação, abrigaremos essas terríveis criaturas em nossa terra ao qual não faram mais mal a miguem, o que me dizem?”

A resposta foi rápida e direta:

“SIM!!!!”

Com isso o pacto foi selado e os Dinotors levaram esses terríveis seres para sua ilha ao qual ficariam sobre vigilância constante. Os humanos por sua vez entregaram também, plantas e enviaram engenheiros para ajudar na criação da nação do Dinotors. Um escudo anti-bestas foi erguido como última medida de segurança para evitar que as bestas pressas saíssem.

E assim graças aos Dinotors o mundo magico foi salvo e ambas as raças convivem em harmonia... bom mais ou menos...

Na densa floresta ele andava a passos firmes e rápidos, sentia o suor escorrendo por suas escamas, o calor e o estresse de mais um dia de trabalho no parlamento chegava ao fim e ele só queria voltar logo para casa e descansar de mais um logo e chato dia.

Quando viu a porta de sua casa logo a frente não tardou a abri-la e dizer todo feliz:

— Querida cheguei!!! – A voz do patriarca da família Silva Sauro ressoou por todo ambiente e logo uma Dinotor magra usando um avental chega para recebe-lo.

— Boa noite querido, como foi no trabalho?

— Ahhhh, um grande porre! – Expressa o patriarca resmungando, andando até sua velha poltrona e largando sua pasta ao lado, retira sua gravata e seu terno os entregando a sua esposa para logo depois se sentar e se esparramar na poltrona.

— Teve um dia difícil amor? – Pergunta sua esposa guardando o paletó e a gravata do marido e um cabideiro.

— Ah! Fran eu nem te conto! Parece que cada vez mais nosso povo tende a querer se misturar com os humanos, acredita que querem erguer uma hotelaria aqui para passeios turísticos?

— Oh! Mais isso é maravilhoso!

— Fran!

— Dino, por favor, pense um pouco, isso pode gerar mais empregos e renda para nosso povo é uma ótima oportunidade!

O patriarca da família Silva Sauro olha sua esposa com reprovação.

— Sim claro e pro Abismo com nossa cultura e bem estar. – Reclama o Dinotor cruzando os braços.

— Dino da Silva Sauro! – Brada Fran colocando as mãos na cintura. – Quando vai largar desse preconceito bobo e infantil? Os tempos mudaram, vire a página, troque de escamas, atualize-se... VOCÊ ESTA ME OUVINDO?

O patriarca dos Silva Sauro estava apagado na poltrona com sua grande boca aberta, onde uma grande baba escorre, completando ainda com um terrível ronco.

A Dinotor rosna e sem piedade se aproxima do marido e grita:

— DINOOOOOO!!!

— CALCIDESSSS!!!! – Pula o Dinotor assustado. – Estamos sendo atacados por humanos! Rápido pegue álcool e vaselina para combatê-los! Fiquei sabendo que eles odeiam o cheiro e... – O Dinotor se cala, olha em volta e vê tudo em paz, exceto sua esposa que o encarava com total reprovação. – Ops! Alarme falso!

— Aff... – A esposa de Dino balança a cabeça triste. – Meu amor... – Se aproxima de seu marido. – Sei que você não tem empatia pelos humanos devido ao que aconteceu com seu avô, mas querido, os tempos mudaram! – Exclama Fran vendo seu marido abaixar a cabeça triste.

— Fran... você pode até estar certa.  Mais nada, nada vai mudar o fato de que muitos se não a maioria dos humanos nos vem como monstros!

— Meu amor...

— Mais é verdade Fran! Por acaso você já viu por ai aguem de nossa espécie frequentando esses colégios superfamosos e requintados... NÃO!!! Ou até fazer parte do reino da magia, óbvio que não, para a grande maioria não passamos de guardas de bichos que eles não conseguem lidar e como nos recompensam?

Fran sabia onde isso ia terminar.

— Nos excluindo de suas vidas e atividades! – Brada o patriarca da família. – Eu não estou inventando Fran, a verdade está ai pra quem quiser ver. Para os humanos não passamos de animais! – E cruza os braços enfezado.

— Parece que nada que eu te diga ou fale irá mudar seu jeito de pensar, não é? 

Dino não responde só sua cara emburrada era suficiente para saber a reposta.

— Espero que um dia você possa mudar essa sua cabeça dura. – E se retira da sala indo para a cozinha deixando seu marido sozinho.

Sem ninguém por perto, o Dinotor desfaz a cara emburrada mudando para um tom mais triste, dirige seu olhar para uma estante onde havia várias fotos e pinturas, recordações de outros tempos. Dino caminha até ela e se põe diante dela, olha para cada foto, pintura e até alguns desenhos mal feitos, mais o que mais lhe chamou sua atenção foi uma fotografia em preto e branco, nela estava seu avô Dinomarquiles, um grande idealista e corajoso Dinotor. Diferente dos outros que lutavam com seus punhos e corpos pesados, o bisavô de Dino usava outra arma... A Pena!

Foi o primeiro Dinotors a batalhar usando conhecimento ao invés da força bruta. Seus textos eram ricos em detalhe, sua sabedoria imensa e seu carisma inigualável. Foi um dos fundadores do parlamento onde Dino agora trabalha, tinha muito orgulho dele, mas também ressentimento.

— Você sempre lutou pela união de nossas espécies, sacrificou seu tempo, sua família e no final o senhor morreu sem ver seu sonho se concretizar, lamento não seguir seus passos... infelizmente eu não tenho sua fé e sua determinação. – E toca a velha fotografia. – O que posso fazer agora e lutar e dar a minha família uma vida melhor, só que às vezes eu penso... será que vale a pena todo meu esforço, será que Fran tem razão, que devo acreditar nos humanos? – Pergunta o patriarca para a fotografia que claro não obteve resposta. – A quem estou querendo enganar... nada vai mudar! – Remove seus grandes dedos da velha fotografia e se volta em direção a seu quarto para tomar um banho, sem perceber que uma pequena figura o observava.

Logo após a saída do pai, uma pequena figura cor de rosa surge, trajava um macacãozinho amarelo que lhe cobria todo o corpo, havendo uma abertura para sua pequena cauda sair. Estava atrás de uma parede, ia descer para cumprimentar, ou melhor, perturbar seu pai como sempre fazia quando ele chegava do trabalho. Não fazia por mal, afinal era única maneira de seu velho prestar atenção nele e de sobrar brincar um pouco, mais hoje foi diferente, até mesmo para sua cabeça cheia de planos e traquinagens, viu que não era uma boa ideia.

— Hummmmm. – O bebê Dinotor coça o queixo. – Vejo que meu velho não anda bem das cacholas. – Estreita os olhos. – Só resta uma coisa a ser feita em um momento desses! – E de súbito puxa uma bolinha branca e diz. – Tá na hora do Ninja Baby entra em ação, NIN-NIN-NIN!!! – E taca a bolinha que cria uma cortina de fumaça.

Silencio... até que várias tosses são ouvidas.

— COF, COF, merda! Devia ter colocado menos farinha e mais água, vacilei! COF, COF! Mas isso não vai impedir que Baby da Silva Sauro execute seu plano! AAAIIIIIAAAA!!!!

Em um movimento inusitado o bebê Dinotor começa a dar várias cambalhotas em pleno ar, no entanto erra um dos saltos e se estabaca no chão.

— Ai, ai... di novo!!! – Ri o bebê todo bobo. – Perai o que eu tô dizendo? Preciso agir e rápido... e eu já sei o que fazer! – Um sorriso nefasto surge na face do bebê.

Poucos segundos depois na cozinha...

Fran estava na cozinha preparando o jantar para a família, tinha uma feição preocupada e estava tão concentrada que não percebeu uma pequena planta se movendo atrás dela.

— Hum? – Ela pensa ter ouvido alguma coisa, mais logo dá de ombros e volta a seus afazeres.

A planta da mais alguns passos.

— O que é isso? – A Dinotor se vira e nada. – Devo estar ouvindo coisas. – E se vira para a bandeja de carne, foi nessa hora que um pequeno cano brota no meio da planta e um dardo é disparado acertando sua cauda.

— Mas o que... – Ela mal tem tempo de discutir ou gritar, na mesma hora sua visão embasa e ela vai ao chão, porém antes de cair e se machucar, uma figura rosa vestindo um traje camuflado sai correndo do meio das plantas a ampara antes da queda.

— Isso mesmo mamãe, durma bem! – Diz o bebê Dinotor fazendo um cafune em sua mãe para logo depois arrastar seu corpo e a colocar confortável mente em uma cadeia com direito a travesseirinho e tudo. – Ótimo, ter virado várias noites jogando Metal Gear Solid valeram a pena, agora ao trabalho! – Exclama o bebê que rasga a roupa camuflada revelando uma roupa de mestre cuca por baixo, puxa um gorro de cozinheiro de uma das mangas, o coloca na cabeça e diz todo imponente! – HORA DE ENCHER BARRIGAS E ESPALHAR A ALEGRIA NESTA CASA, KKKKKKKKK!!!!

Numa velocidade incrível o bebê começa a preparar o jantar da família Silva Sauro, pegou a carne que sua mãe estava fazendo a fatiando em pequeno cubos e os jogando numa panela, depois corta os vegetais bem fininhos, correr até a geladeira e pega uma enorme rodela de queijo ao qual picota em fatias finas quase ralado. Soca com os punhos uma massa de macarrão, limpa as com água morna, mistura com o queijo ralado com tomates também picotados, mistura tudo com uma colher de pau, depois coloca uma pitada de pimenta para dar mais sabor.

— Isso vai ficar uma delícia! – Exclama o menino indo checar a carne que já estava cozida, joga tudo em uma frigideira com cebolas picadas as mistura para no final arrumar sobre uma bandeja de madeira sobre a mesa de jantar. Terminou um javali assado que sua mãe já havia posto no forno com algumas adições como molho barbecue deixando a pele do javali douradinha e por fim observa sua obra feita e sorri todo bobo.

— Na boa... eu sou demais!!!

Um barulho na porta de traz chama sua atenção e rapidamente pula pra dentro de sua moita disfarce e pode ver seus irmãos mais velhos Bob e Charlene chegando da escola.

— Ufa, que dia! Pensei que a aula não ia acabar mais. – Comenta a irmã de Baby que depositava sua bolsa sobre uma cadeira.

— Eu que diga, mais perai... que cheiro bom é esse? – Pergunta o irmão mais velho de Baby que farejava o ar.

Foi então que os dois Dinotors adolescentes lançam seu olhares para a mesa e a veem toda arrumada com talheres e copos para todos. Um suculento javali assado no meio da mesa decorado com pequenos cubos de carne cozidos e meio tostados com cebola em volta. Uma vasilha com uma macarronada toda bem preparada ao lado do javali, água e refrescos para todos (esse último Baby fez as presas antes dos irmãos chegarem).

Os irmãos do bebê Dinotor encaravam pasmo aquele banquete que dava água na boca. Bob enxugou uma babinha que escorria já Charlene olhava toda a extensão da mesa até notar encostada em uma parede, sentada em aparentemente sono profundo sua mãe.

— Bob! Olha a mamãe!

— Nossa! – O mais velho se aproxima de sua mãe. – Mãe? Tudo bem? – Pergunta a cutucando.

— Hummm. – Murmura Fran.

— Nossa ela deve ter ficado esgotada ao fazer essa refeição que capotou de sono.

— Só pode! – Diz Bob concordando com sua irmã.

Os dois eram observados pelo caçula em seu esconderijo ultrassecreto que se segurava pra não ri.

“Bocos!”

— Olá, família como vão... CALCIDESSS!!! – Exclama o patriarca da família Silva Sauro olhando a mesa a sua frente.

— Pai! Olha só o banquete que a mamãe preparou pra gente! – Exclama Bob.

— A coitadinha ficou tão exausta que capotou na cadeira, vê só! – Aponta Charlene para sua mãe inconsciente.

— Fran! – Dino corre até sua esposa se ajoelhando. – Meu amor você é um anjo!

— Hum?

— Viu que eu estava me sentido triste e fez esse banquete maravilhoso para me animar! Oh! Eu te amo! – E deposita um beijo na bochecha de sua esposa que abre os olhos.

— O quê?! – Ela se sobre salta. – Que banquete vocês estão... – Mas sua frase morre ao ver a mesa toda enfeitada e cheia de comidas apetitosas. – Eu... fiz isso?

— Mãe não se lembra? – Pergunta Bob.

Fran apoia a o queixo sobre uma das mãos pensando.

— Na verdade... não... eu só me lembro de estar fazendo a carne e der repente sentir algo me picando e depois... não lembro de mais nada!

— Nadinha? – Pergunta Charlene.

— Nadinha, mais se eu fiz ou não, não vamos desperdiçar está linda refeição, não é Dino... Dino?

Quando Fran e seus filhos olharam em volta, Dino não estava mais lá, mas sentado em sua cadeira devorando a comida, quando foi notado embolsou um sorriso bobo e diz:

— Desculpem não resisti!

Os três olham incrédulos para o patriarca da família, depois se entre olham e dizem:

— Perai pai deixa um pouco pra gente também!

— É não vai devorar tudo! – Dizem Bob e Charlene.

— Um momento onde está o irmão de vocês? Ele tem que comer também.

— Tô bem atrás de você mamãe! KKKKKKKK

Na mesma hora Fran se vira e vê seu caçulinha todo sorridente olhando para ela.

— Mamãe cheguei!!! – Exclama Baby todo feliz, abrindo os braços e pulando para os braços de sua mãe. – Sentiu minha falta, diz que sentiu, diz, diz, diz?!

Fran gargalhou com o jeito fofo de seu filho e com carinho responde:

— Muito meu anjo, senti muito sua falta! – E deposita um beijo em sua bochecha redonda, fazendo o fofo bebê fechar os olhos e sorrir.

“Por você mamãe e faço qualquer coisa, por este sorriso e vou à lua e volto. Sou capaz de enfrentar até um Ruby Dragon por você minha mamãe querida!”

— Ei Fran! Larga o rosinha e me sirva uma cerveja! – Brada Dino que tem um olhar maligno do bebê.

“Mais por esse velho gordo eu o daria para um Ruby Dragon, todo temperado e com uma grande maça na boca!”

— Aí, aí, já vou Dino. – Responde Fran que coloca Baby sobre sua cadeirinha e vai até a geladeira.

O bebê Dinotor olha seu pai com reprovação, detestava o jeito que ele tratava sua adorada mamãe, mais quanto a isso ele sabia como lidar...

— Ô velho!

— Sim?

E começa seu ataque!

— Você lavou as mãos antes de comer?

— Ah?

— Fez sua oração diária?

— Oração?

— Agradeceu pelo alimento e pelas horas que sua esposa levou para fazer sua gororoba?

— Ah, bem...

— Mastigou a comida quarenta e sete vezes?

— Acho que...

— Não, né?! Obvio por isso você não é a MAMÃE!!! – E taca uma colher em seu pai que se abaixa.

— Há, errou! – Debocha Dino.

— Não tenha tanta certeza disso!

— O quê?

A colher ricocheteia na parede, depois nos moveis, na pia até voltar como um bumerangue acertando a nunca de Dino que geme de dor.

— AIIIIII!!!

— KKKKKKKKKKKK!!! Acertei!

— Nossa que mira! – exclama Bobo.

— Dino essa você mereceu! – Comenta Fran dando uma picadela para Baby que retribui piscando também.

— Aiiii, tá desculpe... obrigado pela refeição meu amor! – Responde Dino massageando o local da pancada.

— KKKKKKK. – Baby só ria da cara do pai, mais no fundo estava feliz por ver toda sua família saboreando seu banquete.

“Um dia farei uma puta de uma refeição para muita, mais muita gente mesmo!”

E come sua própria refeição com gosto.

Após o final do jantar a família ainda continuou a mesa.

— Caraca eu tô cheio. – Exclama Bob.

— Espero não ter ganhado alguns quilos a mais com toda essa comida. – Comenta Charlene bebendo um pouco de suco.

— Devo admitir, acho que me superei dessa vez.

— BUARG! – Arrota Dino. – Concordo querida.

— Dino, olhe os modos à mesa o que as crianças vão pensar.

— Amador! – Exclama Baby que se encolhe, fecha os olhos e em poucos segundos solta um arroto tão forte que faz a cozinha inteira tremer. Todos se seguram na mesa, mas Dino não consegue e cai para trás todo desconcertado.

Dez segundo depois o arroto sessar e Baby ri de se acabar.

— Saúde baixinho!

— Meu anjo onde você aprendeu algo tão vulgar?!

Com simplicidade ele aponta para seu pai que se reerguia do chão.

— Do gorducho ali!

— DINO!

— O quê! – O marido de Fran se levanta. – Ele solta um arroto que faz tremer a cozinha toda e eu levo a culpa?

— Quem mandou você arrotar primeiro?

— Gente, podemos mudar de assunto antes que isso vire uma competição de peidos também... não é pra levar a sério Baby! – Grita Charlene ao ver que o irmãozinho já fazia força se preparando para um grande “pum”.

— Tá bom. – Responde o pequenino voltando ao normal.

— Ótimo! Então posso contar como foi meu dia?

— Por favor, querida deve ter sido deveras mais interessante que o de seu pai.

— Pois é deve ter sido... EI! – Exclama Dino constrangido e Baby só ria.

— Tudo bem, tudo estava calmo e normal na escola, estava com minhas amigas e falávamos de coisas muito interessantes.

— Garotos? – Pergunta Bob.

— Obvio!

— Escuta aqui Char, se você for falar de meninos, boy bands, ou mangas yaoi que eu sei que você lê! Eu vou pra sala jogar God of War que é muito mais educativo e interessante! Mais se você for falar de suas amigas que são mais bonitas que você e mangas yuri onde posso ver aquelas meninas lindas se atracando selvagemente, sou todo ouvidos! – Diz Baby sem cerimônia nenhuma deixando sua irmã sem graça.

— Olha, eu concordo com Baby na segunda parte. – Responde Bob debochando e dando um soquinho na mão do irmão que retribuiu.

— Meninos! Deixem sua irmã falar. – Responde a mãe dos três. – Continue querida.

— Obrigada mamãe e respondendo a sua pergunta Baby... eu gosto de tema yaoi sim, mais não é sobre isso que eu vou falar e sim sobre algo raro e novo que aconteceu!

— E o que seria? – Pergunta Fran.

— Bom, na aula de educação física estávamos praticado voleibol, foi quando olhamos para o céu e vimos algo fora do comum!

— O que, um disco voador? – Pergunta Bob rindo.

—Não paspalho! Uma coruja!

Todos ficaram calados ao ouvirem aquilo, principalmente Baby que mudou de feições, não estava mais com sua carinha de sapeca, mais sim com os olhos arregalados e sua boca semiaberta.

“Não pode ser...”

Pensa o bebê.

— Perai maninha, corujas não são aqueles seres que levam encomendas para pessoas do mundo da magia?

Baby apertou forte seus punhos.

— Esses mesmos, todos nós ficamos pasmos e começamos a pensar o que ela fazia lá.

O bebê Dinotor sentia um aperto em seu pequeno coração.

— Deve ter se perdido do caminho. – Comenta Dino abrindo uma lata de cerveja.

— Porque você acha isso Dino? – Pergunta Fran.

— Ora Fran, sejamos francos, essas corujas entregam cartas para futuros estudantes que vão estudar naquelas escolas badalas e chiques de que te falei ou você acha que uma dessas corujas viria até Gaurasia e escolheria um Dinotor para estudar lá, francamente!

O rabinho de Baby balançava freneticamente.

— E por que não? Já te falei que os tempos mudaram, pode ser que alguém de nossa raça tenha finalmente ganhado o direito de estudar magia!

— É mesmo e quem seria o Baby por acaso? Há, há, há!!! Não acha irônico filhote... filhote?

Quando Dino foi olhar o bebê havia sumido.

— Ah... Fran, o Baby não estava aqui agorinha mesmo?

— Estava... por Gaia! Onde foi meu bebê?! – Exclama Fran desesperada.

— Calma mãe ele não deve ter ido muito longe, afinal ele é só um bebezinho, né? – Diz Charlene tentando acalmar sua mãe.

— Não sei não, o Baby anda meio estranho esses últimos dias, tá mais forte, mas inquieto e...

— Nada a ver Bob! Ele deve estar debaixo da mesa se preparando para mais uma traquinagem, pode sair seu danadinho! – Diz Dino olhando por debaixo da mesa, mais para sua surpresa ele não estava ali. – Ora essa, para onde ele foi?

Foi quando os quatro ouviram a porta da cozinha se fechando com força. Todos se sobressaltam e dizem simultaneamente.

— NO JARDIM!!! – E se levantam correndo, Dino quase caindo no processo.

Lá fora o bebê Silva Sauro olhava para o céu apreensivo.

— Corujinha cadê você?

Anda de um lado para o outro.

— Eu sei por que você veio!

Diz choroso.

— Veio cumprir a promessa do Hercules, não veio? De me levar para a escola que ele leciona!

Nenhuma resposta.

— Por favor... aparece...

Baby abaixa a cabeça triste, fecha seus olhos e se recorda de seu encontro no lago com o gigante.

“Um dia eu mandarei uma coruja e ela lhe dará o passaporte para que seu sonho se torne realidade, isso é uma promessa de homem para homem!”

— Eu acredito em você, na Aura e em Draconia, por favor, me leva!!!

E abre os olhos e um sorriso brota em sua boquinha ao ver um animal com penas empoleirado sobre a cerca da casa olhando para ele. Carregava um embrulho com ele que retira com o bico o jogando para o bebê que o pega no ar. Olha a carta e vê seu nome nela com uma assinatura especial ao lado:

Para Baby da Silva Sauro”

“Recomendação; Professor Hercules”.

O menino já começava a chorar quando a coruja piou para ele que entendo como se fosse um parabéns e assou voou sumindo em meio as nuvens alaranjadas deixando para trás um pequeno Dinotor feliz e recompensado que não tardou a abri o envelope e ler:

Para: Baby da Silva Sauro.

Ilha de Gaurasia

Informamos que você foi formalmente aceito na escola de Magia e Feitiçaria de Draconia!

Lar de alguns dos mais brilhantes e renomados professores de todos os tempos; aqui você apreendera a se defender e a lutar por seus sonhos e desejos.

Seus matérias e equipamentos de estudo serão fornecidos pela escola como cortesia de mais um ano letivo que se inicia.

Pedimos que leve mudas de roupa e utensílios pessoas para higiene e é permitido levar uma mascote.

Aguardamos-lhe no dia 31° de Agosto na Estação da Luz, às 09h00min da manhã!

Com agradecimentos; Diretor Odin Asgard, diretor interino, chefe da escola, soldado universal, comandos em ação, maluco beleza e filosofo nas horas vagas!

P.S: Não se atrase!

No final uma adentro para ele.

Eu disse que cumpriria a promessa!”

— E não é que você cumpriu mesmo! – E abraça a carta com força, logo atrás dele sua família estava parada olhando para ele. Haviam visto a coruja dar algo para o pequenino e depois sumir nos céus.

— Gente... aquilo era o que eu tô pensando que era?

— Acho que sim.

— Meu bebê.

— Não acredito!

O pequeno Silva Sauro se vira encarando sua família e diz todo bobo.

— Aguem vai ter que engolir o que disse né, Papai?! KKKKKKKKK!!!

Essa foi à deixa para que Dino ao ver a carta abrir a boca e cair para trás desmaiado e mais um sonhador se junta ao elenco de Draconia!


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Notas finais do capítulo

E assim concluímos a introdução do Baby! Próximo será mais longo e denso, iremos abordar Hiro Hamada! Desde já uma boa noite para todos!



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