Porque Eu Não Vou Ficar Com Sasuke Uchiha escrita por Miss FleurDeLouis
Notas iniciais do capítulo
Fic nova aqui no Nyah, gente!
Bem, essa fic é uma colegial um tantinho diferente do usual. Espero que gostem e deixem suas considerações sobre a fic, se puderem. Beijos!
— Eu não acredito que Sasuke Uchiha está balançando a cabeça enquanto ouve a banda do Joe Jonas.
— Silêncio, irritante. A música é passável.
— Tem razão. O Joe e o Nick estão ficando ainda mais populares fora do trio.
— O que houve com o outro cara?
— Ah, fala sério! Todo mundo sabe que a carreira do Kevin não aconteceria.
Sasuke estava no meu quarto, mexendo em todas as minhas coisas, como se não conhecesse o ambiente como a palma da mão. Ah, ele fica tão bonito com o pulôver azul marinho que eu dei para ele no natal passado...
— Vem cá, Pumpkin.
Pumpkin, aquela traidora que já foi toda feliz pro colo do Sasuke, é uma gata azul russa cheia de vontades e mimada o tempo todo por seus pais, Sasuke e eu. Sim, nós dois somos os pais adotivos da Pumpkin e pra ser sincera, acho que isso é o máximo de compromisso que um dia terei com o moreno mais bonito de Brighton, nos arredores de Londres.
Ah, Pumpkin foi um achado de Sasuke. Ele nunca foi apegado a bichinhos de estimação, mas a Pumpkin era fofa demais para ele resistir, contudo, descobriu que não poderia mantê-la na sua casa por causa de uma alergia severa de Itachi, seu irmão mais velho. E bem, é aí que eu entro. Fiquei responsável por dar um lar para a gata e nós dois acordamos dividir tarefas como alimentação, passeios e idas ao veterinário. Isso foi há três anos.
Tempo suficiente para minha adorável mãe fazer milhares de insinuações sobre como Sasuke e eu nos comportamos como um casal desde sempre. Mãe e resto do mundo, isso não vai acontecer.
Não que eu seja do tipo pessimista, eu sou resignada, é diferente.
Um indicativo bem evidente de que um relacionamento romântico entre a gente não tem futuro é a rotina.
Veja bem, Sasuke e eu nos conhecemos desde os meus oito anos. Lembro como se fosse hoje o dia em que meus pais completamente felizes moviam caixas do caminhão de mudanças para a casa nova na Inglaterra. Nasci nos Estados Unidos e honestamente não estava satisfeita com o pouco caso que os meus pais fizeram do sonho americano. Por isso, quando meu pai cansou de me ver trancada no carro e me carregou até a nossa casa, eu comecei a gritar “América, América” histericamente.
A duas casas da minha, dois garotos nos observavam sentados em uma escadaria. Enquanto o mais velho ria desdenhando do meu escândalo, um garotinho do meu tamanho me encarava confuso.
— Hei! Você é irritante gritando desse jeito!
Ele gritou para mim.
Na mesma hora, eu fiquei calada e dei batidinhas no braço do meu pai:
— Me solta.
Meu pai me pôs no chão dizendo alguma coisa parecida com “Vai lá fazer amigos”. E eu lembro de retrucar mentalmente que a única coisa que faria era um massacre.
Caminhei até os garotos com as duas mãos no que viria a ser uma cintura algum dia e tive a impressão de que o idiota mais velho de cabelos compridos riu ainda mais.
— O que você disse, pirralho?
— Ei, calma aí, adoradora de hamburguer! — Não foi o garotinho que respondeu e sim o bastardo mais velho que eu já comecei a detestar — Como é que vocês americanos dizem? Segura a onda.
Eu bufei ainda mais. O idiota não parava de rir, enquanto o menininho me encarava com um biquinho nos lábios rosados. Não deixaria barato, fui criada em uma família de artistas e meus pais sempre me ensinaram a ser bastante altiva e não guardar nada para mim mesma se me sentisse constrangida.
— Você pode repetir? Não consigo te entender com esse sotaque de bárbaros. Fala para fora.
— Ora, sua...
— Hei, se você não fizer mais escândalos, eu posso te mostrar minha coleção de carrinhos.
Nem me preocupei de disfarçar o espanto pela interrupção do menino. Virei para ele arrogantemente:
— E quem disse que eu quero ver sua coleção de carrinhos estúpida?
— A minha mãe diz que se alguém te chama para ver algo legal, você agradece e vai.
— Sua mãe é uma irresponsável, então. E se a pessoa que te chamar for um psicopata? Vocês tem Jack, o estripador como figura histórica, esqueceu?
— Os seus pais sabem o tipo de coisa que você lê? — o mais velho perguntou — Quantos anos tem?
— Oito, para sua informação. E meus pais encorajam meu conhecimento sem limites. Os seus pelo visto...
— Minha mãe também diz que é educado se apresentar antes de começar uma conversa — o pequenino interrompeu. — Oi, eu sou o Sasuke Uchiha e esse é meu irmão Itachi Uchiha, qual o seu nome?
Suspirei derrotada: — Sakura Haruno.
— Olá, Sakura. Você quer ver minha coleção de carrinhos?
— Certo, eu quero. Mas só porque eu gosto muito de itens colecionáveis, okay? Vamos logo.
— Certo — Sasuke me puxou pela mão em direção a sua casa.
— Você nem pediu para os seus pais, pirralha — o tal Itachi riu mais.
— Quer saber de uma coisa? Eu não gosto de você.
O imbecil riu ainda mais.
— Entra logo, nós vamos fazer uma lavagem cerebral em você. Daqui a três meses você vai virar uma inglesa legítima.
— Isso não vai acontecer.
Bem, anos depois Sasuke e eu estávamos abraçadinhos no Estádio de Wembley cantando o hino inglês com todo o fervor. Mas isso não vem ao caso.
A questão maior é que em algum momento quando Sasuke brincava com a miniatura de um Bentley, eu me apaixonei. Baseada em toda a minha leitura sobre amor, achei que estava apaixonada platonicamente. Entretanto, já tenho dezesseis anos e continuo amando Sasuke Uchiha com todas as minhas forças. Não poderia estar mais ferrada.
Ah, voltando sobre a rotina, Sasuke e eu passamos a fazer muitas coisas juntos desde então. Nadamos no mesmo clube ao mesmo tempo, passeamos pelo cais de Brighton toda sexta-feira à tarde, gostamos quase as mesmas músicas, pensamos parecido (isso é outro motivo pelo qual não iremos ficar juntos, mas vou falar sobre ele mais tarde), cuidamos da Pumpkin e conversamos sobre tudo o que envolve a vida um do outro.
Então eu sou um cara para Sasuke. Eu sou um Naruto, seu melhor amigo menino, que não é um idiota completo. Sasuke não tería um relacionamento comigo porque a rotina desvendou qualquer mistério que pudesse me rondar, o que faz com que qualquer curiosidade sobre mim não exista.
Porque um dia ela vai aparecer na sala de aula. Sim, a garota novata e misteriosa sobre quem ninguém sabe muita coisa e Sasuke está predestinado a desvendar os mistérios dela. A sem graça que de repente se tornará a mais interessante de toda a escola. Eles viverão um romance contra tudo e contra todos e a mim cabe ser uma mera coadjuvante que de vez em quando faz uns comentários espirituosos e é a favorita injustiçada do público...
— Sakura, você está fazendo aquela expressão.
Voltei a mim e o questionei atenta:
— Que expressão?
— Aquela de quando está imaginando realidades alternativas.
— Aaaah...
— Ah, o quê? No que estava pensando?
— Nada de mais, Sasuke.
— Sei...
— Nada de “sei” — desesperada para mudar de assunto, olhei para Pumpkin ronronando no colo do Uchiha e aproveitei a dica. — Hei, você não esqueceu que é a sua vez de levar a Pumpkin no veterinário, não é?
— Sakura...
Ah, não faz isso, Sasuke! Quando Sasuke fala meu nome desse jeito rouco, eu não consigo dizer não para qualquer coisa que ele peça.
— Sakura, o veterinário é na quinta. E você sabe que quinta tem um jogo do Manchester United e eu realmente não queria ir, mas o Naruto vai fazer da minha vida um inferno se eu não for e...
— Sasuke, eu levo a Pumpkin no veterinário e você vai na droga do jogo.
Ele me agarrou e me beijou milhares de vezes nas bochechas.
— É por isso que você é a única garota na minha vida, Sakura.
Ah, seria tão incrível se isso fosse verdade. Eu seria a única garota na vida de Sasuke até nos casarmos e termos uma garotinha linda chamada Sa...
Mas isso não vai acontecer.
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Pois é...