Little Wolf Hunter escrita por Katherine


Capítulo 14
Capitulo 14




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Queria afrontar Kate de todas as formas possíveis. Perguntar onde esteve quando mais precisei dela. Quando seu irmão, meu pai, precisou dela. Todos nós precisamos! Sofremos por sua perda, achando que realmente era uma perda. Fui diversas vezes taxada como a sobrinha da maluca que agora finalmente, segundo as pessoas, estava morta. Logo em seguida veio o meu avô, e todos os problemas que a sua vinda até a cidade causou. E por ultimo a morte de minha mãe. Durante um bom tempo fiquei sem uma figura feminina que pudesse me ajudar. E agora, mas do que nunca, eu precisava dela. Kate tinha de me ajudar, mas antes, questionaria o seu sumiço, e o fato de ainda estar viva.

Malia aspirava o ar loucamente, na tentativa de achar a rota certa. Eu estava logo atrás da coiote, seguindo-a para todos os lados. Derek, que havia insistido para vir junto, bufava de volta e meia, sem nenhuma vontade de encontrar minha tia. Eu sei que eles nunca se deram bem, mas podia fazer um esforço para ajudar a encontra-la. Peter, por outro lado, disse que jamais perdia uma boa briga, e veio junto. Não entendi o que ele disse, e também não fiz questão de entender.

— É aqui! – Malia disse, parando no meio do caminho, fazendo-me esbarrar com ela.

— Tem certeza? – perguntei olhando em volta. Eu desconhecia aquele ponto da floresta.

— Absoluta.

— Não estou sentindo nada – Derek disse.

— Porque você não está se esforçando – Malia disse, debochando.

— Então é aqui que viu a Argent-fugitiva pela ultima vez? – Peter perguntou, passando a mão por uma das arvores.

— Não – Malia disse. – Vi ela hoje de manhã, na escola. Aqui foi a primeira vez que à vi.

— Procurando por mim?

Os quatro viraram instantaneamente de frente para a voz. Ela estava mais loira e diabólica do que nunca, mas ainda assim era minha tia. Senti meus ombros pesarem e meus olhos começaram a arder. Mas eu não choraria. Não na frente de Kate. A coiote, atrás de mim, deu um passo a frete, se aproximando.

— Você está bem? – Malia sussurrou. Assenti, sem olha-la.

Meus olhos ainda estavam fixos em Kate, apenas à alguns passos de distancia. Por um momento me pareceu certo esquecer tudo o que havia acontecido e me jogar nos seus braços. Por mais psicótica que ela fosse eu ainda amava-a. Antes que pudesse dar dois passos na direção de Kate, senti dois braços me puxando de volta para o meu lugar, não foi preciso muito para saber que eram de Derek. O olhei, irritada, mas seus olhos nem se quer desviaram da minha tia por um segundo. Ela me olhava com raiva, muita raiva. Estranhei sua atitude, mas não disse nada. Não conseguia dizer nada.

— Se juntou aos Hale, Allison? – ela perguntou. – Sua mãe ficaria tão decepcionada. Eu estou!

O seu tom de voz era carregado de ironia, mas ao mesmo tempo cortante de mais para uma simples brincadeira. Senti minha espinha gelar quando ela avançou uma passo para frente. Peter segurou seu pulso, impedindo que ela continuasse a andar, e estranhei a sua atitude. Malia estava mais próxima ainda, e sem duvidas nenhuma, escondida atrás de mim e Derek, que por sua vez tinha o braço direito na frente do meu corpo.

— Inveja, Kate? – Peter perguntou. Em um tom elevado de ironia. Ele era o único capaz daquilo.

— Jamais me juntaria a vocês – ela disse, sorrindo. – Não sou tão burra.

Minha mão direita foi instantaneamente para o braço de Derek, pedindo para que se mante-se ali. Não sabia do que Kate era capaz, mas já estava arrependida de ter vindo até aqui.

— O que aconteceu? – perguntei. – Por onde você andou, Kate?

— Ia perguntar a mesma coisa – ela disse. – Mas acho que já tenho a minha resposta.

Seu olhar desceu para o meu ventre e, automaticamente, dei um passo para trás, recuando. Poderia ser extremamente corajosa, mas desde que descobri sobre a gravidez parecia cada vez mais vulnerável.

— Eu realmente estou decepcionada – ela continuou. – Uma caçadora, gravida de um lobisomem. Uma Argent gravida de um Hale.

Respirei fundo, mantendo a postura.

— Pelo menos eu não sou uma vadia! – grunhi.

Pude ver o sorriso de Peter crescer.

Kate mostrou as presas e garras e, ao mesmo tempo, os outros dois lobisomens fizeram o mesmo. Derek não mostrou as garras, devido a aproximação de sua mão com meu corpo. Ouvimos um pigarreio de outra pessoa, antes de começarmos a brigar, e nos viramos para a pessoa.

— Chris, podemos começar a nossa reunião de família agora – Kate disse, cumprimentando o meu pai.

— Você não fez falta até agora, Kate, então vá embora – pediu.

— Eu sinto muito – ela disse. – Mas comecei algo ... – ela voltou a me encarar. – E vou ter que terminar.

Ela me olhou uma ultima vez e partiu para dentro da floresta. Peter e Derek se olharam, e viraram-se para o meu pai em seguida.

— Começou ...


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