Weight of Love escrita por Stormborn


Capítulo 2
So make a wish


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a Keiko Chan, Lalola Mikaelson e Bella21 pelo carinho nas reviews. Vocês são 10. ♥
Vou deixar para falar tudo o que eu quero nas notas finais. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/680946/chapter/2

Sakura tinha a impressão de que não esqueceria seu aniversário de 18 anos por um bom tempo, se é que chegasse a de fato apagar a data da memória.

Ela atribuía essa quase certeza a dois acontecimentos isolados que juntos potencializavam o absurdo do dia como um todo.

O primeiro e mais alarmante deles se dava em Uchiha Itachi e Uchiha Shisui sentados no chão de sua sala interagindo com os seus companheiros de time. Melhor dizendo, Shisui conversando animadamente com ela e Uzumaki Naruto, o herdeiro do clã Uchiha observando a cena a sua frente com uma mistura de desconforto e curiosidade e Uchiha Sasuke alternando olhares nervosos entre seu primo e seu irmão.

O único, Sakura sabia, que permanecia alheio a agitação silenciosa acontecendo ao seu redor era Naruto. Shisui podia ser descontraído como seu melhor amigo, mas ele certamente não era ingênuo. Secretamente ela achava que ele estava adorando a situação toda.

Essa não era a primeira vez que ela falava com o Uchiha além das formalidades e nem seria a última. Ele frequentava o Hospital Geral de Konoha com uma frequência alarmante (ela já começava a achar que ele fingia todas as dores e visitas a parentes/amigos) e quase sempre em horários que batiam com a sua grade. Acabava que os dois se “esbarravam” (literalmente) o tempo todo.

Sakura não podia dizer que desgostava de falar com ele ou de receber seus sorrisos encorajadores. Ela só não conseguia entender se ele pretendia alguma coisa com esses encontros (se era algum tipo de Shisui-flerte) ou se eram totalmente livres de segundas intenções.

Ela desejava intensamente que fosse a segunda opção.

Mas, analisando os fatos mais uma vez, observando ele lhe lançar olhares divertidos mesmo enquanto respondia às perguntas de Naruto, a Haruno ficou na dúvida se não estava sendo cega e apenas alimentando essa perseguição sutil do capitão da Força Policial.

— Aa, você sabe muito bem que eu não posso dar detalhes da minha missão, Naruto-kun.

Claro que pode! Ninguém nunca vai saber que você falou alguma coisa.

— Você me subestima, Naruto. — Sakura participou, mas sem dar muito pensamento ao fluxo da conversa. — Além do mais, apenas missões ANBU ou que recebem o selo de confidenciais não podem ser discutidas em âmbito social. — Ela se lembrou então do dia em que sua shishou ficara tão alterada com Shisui. — E, eu sei, sua missão não se enquadra em nenhum desses quesitos.

O Uchiha fingiu uma cara de mágoa.

— Não me chame de mentiroso, Sakura-chan.

A kunoichi apenas arqueou uma sobrancelha.

— Você se esqueceu de uma coisa. — Sakura não foi a única a virar a cabeça na direção da voz que interferira. Até mesmo Sasuke que não participava da interação mirou Itachi com incredulidade. Este, por sua vez, ignorou completamente os olhares recebidos. — Missões dadas pela polícia também não podem ter seu teor discutido sem ser profissionalmente.

Haruno Sakura não sabia muito bem o que fazer com o fato de que o capitão ANBU escolhera falar ao invés de se manter indiferente a cena.

Ela não conhecia Itachi muito além do que lendas e fofocas diziam sobre ele. Sasuke se resumia a definir seu irmão como um ninja superior a todos que conhecia (e Sakura acreditava) mas mantinha os lábios selados sobre sua vida pessoal (e ela suspeitava que fosse por ele mesmo não saber muita coisa). Então a ideia que ela tinha de Uchiha Itachi era de alguém incapaz de se pronunciar em público se não fosse para tratar de assuntos shinobi.

Quando mais tarde parou para pensar no assunto, conseguiu ver quão absurdo era a ideia de alguém, um ser vivo, viver apenas para o trabalho e ser incapaz de fugir dessa rotina quase como um robô.

Quer dizer, não era tão absurdo assim. Em dezessete (não, dezoito) anos de vida ela apenas vira o Uchiha no gabinete da Hokage e nos campos de treinamento com seu irmão.

Então, sim, ela estava petrificada de tão perplexa ao vê-lo lhe dirigindo a palavra.

Foi Shisui quem quebrou o silêncio constrangedor. Rindo.

— Claro, claro, não é como se eu não contasse minhas histórias de investigador para qualquer garota que me dê mole no pub.

Naruto acompanhou a risada do moreno. Mas foi o único, entretanto. Itachi claramente não via graça em fazer piada com uma situação que poderia render três meses de confinamento na vila para seu primo. Sakura e Sasuke estavam perplexos demais para esboçar alguma reação (não que Sasuke fosse rir em condições normais).    

E Sasuke ainda sim conseguiu se pronunciar antes que Sakura o pudesse – tentasse, na verdade – fazer.

— Você deveria se preocupar mais com o que fala, Shisui.

O mais velho não parecia nem um pouco afetado pela fala de seu primo.

— Aa, vou pensar sobre isso. — Seu rosto mostrava displicência.

Sakura não pôde deixar de se questionar como Uchiha Shisui conseguia se manter tão vivo estando a mercê da influência fúnebre de seu clã. Ela sabia o que eles – anciões e chefes das principais casas – eram capazes de fazer, o que eles de fato faziam. Sasuke fora envenenado pelos ideais do sangue ainda no berço.

A medi-nin, de um jeito ou de outro, suspeitava que se não fosse por Itachi – ela imaginava que ele tinha uma certa influência dentro do Distrito – seu companheiro de time seria uma pessoa muito mais difícil de se lidar.

A rosada ainda se lembrava das piores épocas do Time 7; épocas em que Sasuke se deixara levar pela manipulação do seu clã.

Sakura estremeceu internamente e voltou o foco para Itachi, pela primeira vez o observando como uma pessoa, não como um mero instrumento para sua vila. Ela viu alguém marcado pelos abusos sofridos perante a própria família, o próprio sangue.

Se Sasuke já passava por um controle abusivo de sua vida, ela não conseguia imaginar o que faziam com a de seu irmão.

A Haruno se perguntou por um instante o que pensariam de Itachi se soubessem que ele estava ali em sua casa, cumprindo nenhuma obrigação, apenas se deixando socializar e desfrutar da companhia de outras pessoas.

E, de repente, ela passou a valorizar a escolha dele de não ter ido embora. De ter aceitado o convite de entrar, em primeiro lugar. De ter se sentado a uma distância considerável do centro de fala, mas ainda respeitosa, como quem não quer menosprezar o contato. De ter, enfim, se pronunciado, mostrando que não estava tão indiferente assim ao seu redor.

Ela valorizou ele ter ficado.

(...)

Uchiha Sasuke estava intrigado.

A seu lado, Naruto e Shisui argumentavam sobre qual tipo de bolo eles iriam fazer. Os três ocupavam a cozinha de tamanho moderado de Sakura com a pretensão de prosseguir com o novo plano adaptado do original. Eles não iriam mais cozinhar com a Sakura, eles agora o fariam para ela.

Embora Sasuke tivesse deixado claro que não iria participar do processo de criação (ele não daria a seu primo o gosto de vê-lo cozinhando).

Não, ele só concordara em se locomover para a cozinha com um intuito. Observar a cena de longe.

Sasuke estava genuinamente curioso sobre como seu irmão se portaria sozinho com Sakua.

— Eu realmente acho que um de chocolate puro ficaria melhor.

— Não, Sakura-chan prefere totalmente o com morangos e veja só! Tem uma caixa fechada na geladeira.

— Bom, então tudo bem. Dois andares?

— Sim!

O Uchiha não era surdo e não pôde deixar de ouvir as interações entre seu primo e melhor amigo, mesmo que ele o desejasse ser só naquele momento. Ele não podia se importar menos com bolo naquele instante. Ele só queria poder tirar uma conclusão de como Itachi se sentia na presença de sua companheira de time.

Sasuke supôs que Itachi não estava se sentindo à vontade, tampouco desconfortável. Parecia que ele ponderava entre continuar testando as águas com a rosada ou voltar a se retrair como se não devesse estar ali em primeiro lugar.

Sakura emitia uma energia muita positiva de conforto e segurança (ele já tendo experimentado isso por muitas e muitas vezes), o que talvez proporcionaria uma sensação de confiança em Itachi. Mas ele só podia supor enquanto nenhum dos dois fazia algum movimento para quebrar o silêncio.

Recostado no batente da porta, Sasuke sabia que nem Sakura nem Itachi podiam vê-lo os observando, mas ele estava positivo de que seu irmão sentia. Ele vagamente cogitou se o mais velho assumira que ele estava com ciúmes dele ou de sua amiga, e por isso se mantinha longe.

E, Sakura... bem, era fácil de se perceber que ela passava pelo dilema mental de devo ou não iniciar uma conversa com Uchiha Itachi?

Era quase cômico ver alguém receando de falar com o seu irmão quando ele sabia que Itachi era uma das pessoas mais amigáveis de toda Konoha. Ele era sim uma negação em lidar com as pessoas, mas quando elas conseguiam passar por sua guarda (quando ele deixava), logo viam um rapaz apto a boas conversas, mas que não conseguia as manter por muito tempo.

Se as pessoas conhecessem seu irmão como ele conhecia, talvez elas o amassem tanto quanto ele.

Ao pensar em Sakura amando seu irmão, seu estômago se contorceu quase dolorosamente.

Sasuke balançou a cabeça na tentativa de mandar o pensamento para longe. Ele voltou a observar a sala com interesse.

Foi então que ele percebeu Sakura virar a cabeça para fitar Itachi. Ele apurou os ouvidos na esperança de ouvir a interação.

— Então. Sobre o que você disse... eu fiquei curiosa. Por que missões da polícia são confidenciais?

— Aa. — Itachi a olhou estudiosamente. — Todos os assuntos Uchiha são tidos como restritos. Questão de... segurança.

Itachi deixou seu descontentamento evidente. Sakura percebeu.

— Você não concorda com isso. — Ela mordeu o lábio inferior.

— Não é sensato manter confidencialidade quando se já está isolado. Gera desconfiança.

Sua melhor amiga podia não entender com clareza as palavras do Uchiha mas Sasuke estava mais do que ciente do que seu irmão tentava falar. Konoha não confiava no clã Uchiha. E o clã Uchiha não confiava em Konoha. Era uma conclusão lógica a se chegar depois de tanto tempo ouvindo as valiosas lições que seu precioso aniki lhe passava.

E nós precisamos ser confiados, Sasuke. Um dia você vai entender que esse comportamento do clã é auto-destrutivo.

— Mas a ANBU também segue a mesma linha. E serve ao hokage diretamente. Vejo o segredo e a discrição como fundamental para o sucesso da organização, não?  

Itachi ponderou se deveria responder honestamente ou não.

— A ANBU serve ao hokage, que por sua vez protege Konoha. Em outras palavras, a ANBU serve os cidadãos da vila. — Sasuke podia ouvir a voz de seu irmão completando em sua cabeça. A Força Policial serve aos Uchiha.

Sasuke sentia muito orgulho de seu clã. Ele carregava o brasão da família com um orgulho cego, mas não mais dominado pela prepotência que lhe era comum na infância. Ele cresceu e foi descobrindo aos poucos as cores de sua família, o que realmente significava ser um Uchiha. Ele sabia (e sentia na pele) as atrocidades que a sede de sangue e poder faziam sua linhagem cometer.

Ele sabia e mesmo assim não chegaria o dia em que ele vestiria o símbolo os Uchiha com pesar.

Ele também sabia que Itachi não compartilhava da mesma lealdade que ele. E que Sakura, mesmo só tendo conhecimento do que lhe era passado por ele ou por Tsunade, odiava seu clã com todas as forças.

Sasuke viu a postura de Sakura enrijecer enquanto ela juntava as peças do quebra-cabeça e entendia a conotação da fala de seu irmão. O Uchiha estava tão concentrado em tentar adivinhar os pensamentos da kunoichi que não sentiu quando Shisui ficou do seu lado e sussurrou.

— Sakura é incrível, não é? — Ele sorriu de canto de boca. — Eu não fazia ideia de que ele se sentiria tão confortável assim com ela. Mas — Shisui deu de ombros. — Apostei na loteria.

Sakura era, de fato, surreal.

Talvez ele devesse começar a se preocupar um pouco mais em deixa-la interagir sozinha com o seu irmão mais velho.

Sasuke se perguntou então no que Shisui teria apostado.

(...)

— Finalmente! Aqui está seu bolo, Sakura-chan.

A kunoichi levantou o olhar para Naruto, saindo de sua cozinha com uma forma de bolo em mãos, e abriu um largo sorriso de contentamento. Ela não podia se imaginar amando mais seu melhor amigo.

Sakura se preparava para levantar quando percebeu uma mão estendida a sua frente.

Ela olhou brevemente para Itachi e aceitou silenciosamente sua oferta de ajuda. Suas mãos se tocaram e ela pôde sentir o calejo de anos de luta, o constante manejo de armas no campo de batalha. Mas estranhamente, seu toque firme tinha algo de gentil.

Ela percebeu que eles permaneceram de mãos dadas por mais tempo do que era realmente necessário.

Envergonhada, ela desviou o olhar e quebrou o contato, aproximando-se de seu companheiro de time louro. Ele a encarava de um jeito estranho, quase suspeito, e ela logo entendeu que o Uzumaki observara a breve interação.

Ele não falou nada e tampouco Sakura se deu ao trabalho.

— A decoração não ficou das melhores porque, óbvio, não foi feita por mim — Shisui não deu ouvidos aos protestos de Naruto — Mas foi feito com carinho. — Ele pôs um braço nos ombros da rosada e a conduziu até a mesa de jantar, onde Naruto colocava o bolo. Sasuke e Itachi os seguiram mais afastadamente.

Sakura não conseguiu parar de rir do início ao fim das músicas de comemoração que ora o Uzumaki, ora o Uchiha mais velho puxava. Ela acordara sem saber que seu dia se desenrolaria dessa maneira e, sem dúvida alguma, ela não mudaria nada.

O Time 7 era sua família, formado por suas pessoas mais preciosas. Vê-los ali celebrando mais um ano de sua vida que começava a fazia perceber que se um dia aquele trio acabasse de vez, seu coração se partiria em mil pedacinhos que nunca se montariam outra vez.

Eles eram tudo o que ela tinha.

Sakura então olhou para o par de Uchiha que se encontrava fora de figura, mas que estranhamente, ela concluiu, parecia pertencer ali. Com o seu time. Ela então passou a encarar somente Uchiha Itachi e quase engasgou quando viu que a olhava.

A kunoichi se viu incapaz de desviar daqueles olhos escuros que pareciam a hipnotizar.

Ela não sabia se ele tinha a mínima noção da intensidade com que a observava ou se ele ao menos o fazia propositalmente. Ela só sabia que era de se tirar o fôlego ser alvo dessa curiosidade tão pertinente que se estampava no rosto do Uchiha.

— Faça um pedido, Sakura-chan.

As palavras de Naruto a tomaram de surpresa e funcionaram como um balde de água fria para o seu sistema. Ela pulou ligeiramente no mesmo lugar e olhou para seu amigo, vendo que ele a encarava com expectativa. Sakura piscou algumas vezes até que conseguir assimilar o que fora dito.

Ela se aproximou das velas acessas em cima do bolo, fechou os olhos e as assoprou.

Mais tarde ela categorizaria seu pedido de aniversário como uma das duas coisas que nunca a deixariam esquecer de seus dezoito anos.

Haruno Sakura desejou por uma oportunidade de conhecer Uchiha Itachi melhor.

Assim que ela abriu os olhos, percebeu a profundidade do que acabara de fazer e se sentiu ligeiramente desconfortável. Ela passou o resto da estadia dos shinobi em sua casa ponderando as possíveis consequências de tamanho pedido.

Shisui e Itachi terminaram de comer seus respectivos pedaços de bolo (e Sakura se surpreendeu mais uma vez naquele dia ao ouvir Shisui provocando seu primo a respeito de seu soft spot por doce – e antes que ela pudesse notar, Sakura soltara um “Você gosta de doce!” que a fizera ficar vermelha por uns bons minutos) e anunciaram que estavam de saída.

— Bem, nós temos um relatório de missão para escrever ainda. Pura chatice. — O mais velho deu de ombos. — Quer dizer, Itachi-chan gosta de papelada. Eu não.

Sakura se perguntou como Shisui ainda respirava se brincar com Uchiha Itachi era seu passatempo preferido.

Aparentemente ele não é nada como as fofocas dizem, então fazia certo sentido que ele tivesse paciência suficiente para aturar seu primo tagarelando.

A Haruno se levantou do seu lugar no sofá, colocou seu prato de lado e abraçou Shisui com uma delicadeza que o deixou surpreso por alguns instantes. Ela lhe sussurrou um “obrigada” e ele não respondeu nem fez qualquer comentário. Apenas apreciou o contato.

De encontro em encontro nos corredores do hospital, ele virara alguém que ela mais do que apreciava a companhia. Ela se preocupava realmente com ele, via-o como um amigo que só não tinha tempo e nem o mesmo círculo de amizades que ela para poder ficar lhe vendo o tempo todo.

E ela não sabia mensurar a felicidade que lhe tomava por ele ter se dado o trabalho de ficar com ela naquele dia em específico.

Eles se desvencilharam se olharem por breves segundos. Sakura não conseguiu identificar o brilho que passara pelos orbes escuros do Uchiha.

Sakura se virou então para Itachi e hesitou. Mordendo o lábio inferior, ela o olhou com uma pergunta silenciosa em suas feições. Devo te abraçar?

A resposta veio num levantar de canto de boca e num movimento quase imperceptível da cabeça.

A kunoichi sorriu em divertimento e deu de ombros.

— Obrigada pela companhia, Itachi-san.

— Aa.

Ele se virou e acompanhou Shisui que já saia pela porta quando parou repentinamente. Sakura o considerou indagativamente.

Itachi a olhou mais uma vez.

— Feliz aniversário, Sakura.

Sakura apenas piscou repetidas vezes. Ele já se encontrava na rua quando ela subitamente se lembrou de uma coisa. Soltando uma exclamação, ela o seguiu porta afora e chamou seu nome antes que o par se distanciasse mais. Os dois se viraram e a olharam.

A rosada precisou reunir coragem para começar a falar.

— Eu vou prestar aplicação para a ANBU nos próximos exames. Bem, para o seu esquadrão, na verdade. — Quando ele não fez menção de se pronunciar, ela continuou. — Será que você poderia algum dia me dizer o que eu mais preciso saber para a avaliação?

Itachi mantinha uma expressão vazia enquanto a considerava. Shisui a olhava estranhamente. Ela não conseguiu entender o que estava no ar, mas sabia que tinha alguma coisa. Sakura se repreendeu mentalmente pela pergunta idiota e já se preparava para se desculpar quando a voz calma de Itachi preencheu a cena.

— Aa, eu poderia te mostrar. Não sou eu o avaliador do exame. Posso te treinar então.

Ela se sentiu tão extasiada que não percebeu (ou melhor, não ligou) que ele completara sua fala, muito menos se deu o trabalho de analisar as palavras crípticas.

Mas eu não posso garantir que você vá entrar.       


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Todo o conteúdo desse capítulo era pra ter sido postado junto com o primeiro/segundo, mas teria ficado uma coisa muito longa e cansativa então achei melhor separar mesmo. Digo isso porque ele tem o mesmo ar do anterior de "introdução ao plot".

Em relação a ele, quero dizer que vai ser dividido em 3 momentos principais (que eu vou chamar de Arco só para ficar mais bonitinho). Esse primeiro é o da Sakura. Então são nesses primeiros capítulos que ela vai sofrer a maior transformação e desenvolvimento, e tudo vai girar ao redor dela. Não significa que eu vou ignorar a vida do Itachi porque, afinal, ele entrou no mundo dela.
E, bom, eu adorei escrever essa primeira interação deles porque é tÃO significativa! Os dois tão se falando por motivos completamente diferentes mas fica a curiosidade em comum e que os "une".
Deixei o ponto de vista do Itachi propositalmente de fora nesse primeiro contato. Do Shisui principalmente, hehe. Querendo ou não, o mais velho vai ser (já foi/tá sendo) o ponto de partida dessa relação que tá só começando a dar as caras.

O ponto de vista do Sasuke nesse capítulo é bem importante, tbh, mas devo confessar que é um saco escrever sobre/do caçula dos Uchiha. Sério, muito chato mesmo, parece que eu tô fazendo tudo meio OOC e tenho que pensar com cuidado nas palavras e tals.

Próximo capítulo tem mais Time 7 e Kakashi aparecendo.
Até semana que vem (ou antes se a inspiração bater a porta mais cedo) e obrigada por lerem, comentarem e favoritarem.

P.S: vou confessar aqui que sou babona em leitora e faço de tudo para agradar vocês então não se esqueçam de falar do que estão gostando mais.
Beijinhos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Weight of Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.