E não posso esquecê-lo... escrita por Rayh Bennett


Capítulo 1
E não posso esquecê-lo...


Notas iniciais do capítulo

Apenas alguns pensamentos sobre os sentimentos de Bonnie em relação a "morte" de Damon.



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Depois que acordou e descobriu que Damon se foi para sempre, não há mais cores em seus dias. Não há mais os costumeiros sorrisos tortos sarcásticos e os raros sorrisos verdadeiros.  Não há mais o azul intenso de seus olhos sobre ela. Não há o ébano de seus cabelos, nem a frieza de sua pele pálida.


Só existe a frieza e um vazio, impedindo-a de ser feliz.



Ela já não era ela mesma. A Bonnie Bennett cheia de esperança e força de vontade sucumbiu ao ouvir as palavras de Enzo:



"Damon morreu para proteger você e Stefan... Ele não vai mais voltar."



Ele não vai mais voltar…



Ele não vai mais voltar…



Ele não vai mais voltar...




Ela o havia perdido para sempre. Se tivesse sido mais forte…



E para completar, havia perdido seus poderes.




"Se ficar aqui, Bonnie, prometo que farei o impossível para ajudá-la." Enzo disse, segurando a mão dela e Bonnie estava entorpecida demais pela dor da perda para reagir.





Com o passar dos dias suas lágrimas pararam. Não porque a dor passava, ou diminuía, mas aos poucos ela entrava num estado de torpor pior ainda... O nó na garganta a sufocava, impedindo-a de chorar, porque nada traria Damon de volta. 



Ela sente falta dele, como quem sente falta de oxigênio, de comida, de água, de sua magia... Porque ele é vital a sua sobrevivência. Ela sente falta de tudo, porque é isso que ele é para ela, de um modo absurdamente inexplicável.



É então que ela percebe que o ama. Não como melhor amigo, mas como homem




E ela se quebra ainda mais.





Enzo vai visitá-la todos os dias e por ironia do destino  é o único que lhe restou. Ele normalmente segura sua mão, mas ela o afasta e fecha os olhos, ignorando-o, e, o deixa conversar sozinho até cansar. Até o dia em que ele a obriga a ir para uma sala com algumas pessoas sentadas em círculos. Ela logo percebe que se trata de uma espécie de sessão de reabilitação, porém, mais uma vez não reage, apenas se senta e ouve as declarações dos outros. Seu silêncio dura por no máximo cinco dias, não sabe, pois já perdeu a noção do tempo. Superficialmente ela abre seu coração e diz: "... Eu fiz algo errado e perdi alguém que amo…"




E essa frase continua a ser a única que sai de sua boca. Porque ela se sente culpada.





"Eu te amo..." Ela sussurra certo dia ao olhar - através da janela do quarto em que fica a maior parte do tempo - o céu azul.  E isso somente aumenta a dor em seu peito.



Ela nem se lembra mais quando foi a última vez que dormiu bem. A noite ela chora, porque não deveria ser assim. Damon deveria estar vivo.



No final, foi ela quem perdeu a cabeça sem tê-lo ao seu lado. Se pudesse, voltaria no tempo só para evitar que ele se fosse; ela o faria sem pensar, mesmo que para isso, fosse ela quem tivesse que morrer.




Ela gostaria de odiá-lo por lhe fazer sentir aquele vazio sufocante, todavia, não consegue, porque o ama demais.




Ela nem sabe mais quem é, onde está e quanto tempo faz, ela só sabe que precisa dele. Ela finge pra si mesma, que a qualquer momento, Damon entrará em seu quarto, a abraçará e a libertará daquela prisão.




Porque ele é seu herói e ela faria qualquer coisa por ele. Mesmo que para tê-lo vivo, significa-se, ficarem separados por toda a eternidade.



"Um dia ainda nos reencontraremos. Eu prometo." Sussurra antes de se entregar a um sono sem sonhos.





(Y no puedo olvidarte – RBD)



No silêncio do meu quarto
Ainda sinto o murmúrio da sua voz
Me machucando como um doce adeus


Deixando o meu coração vazio
Quase não durmo e voltei a fumar
Cada lembrança é uma lágrima
Não sei como fazer para me manter em pé


Sempre me digo que é a última vez
E volto a cair quando penso em você
Não sou nada sem você



E não posso te esquecer se te vejo em todos os lugares
Se no último beijo roubou meu fôlego
E não posso te esquecer, se te levo em meu sangue
Se no último abraço, ainda me perco lentamente
E não posso te esquecer



Não encontro ainda um remédio
Para entender que tudo terminou
E tento fugir da solidão
Dar ao destino uma oportunidade
Mas volto a cair quando penso em você
Não sou nada sem você


E não posso te esquecer se te vejo em todos os lugares
Se no último beijo roubou meu fôlego
E não posso te esquecer, se te levo em meu sangue
Se no último abraço, ainda me perco lentamente
E não posso te esquecer


Não sei como
Não sei quanto
Esquecer-te me machuca
E não posso te esquecer

 


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