Malú escrita por Pauliny Nunes


Capítulo 32
Capítulo 31




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Maria Luísa toma seu café tranquilamente observando a foto de Malú aos beijos com Benjamin estampada na primeira página do jornal , sob olhar preocupado de Adelaide. Ela então se vira para a governanta e pergunta:

— Tem algo a me dizer?

— Eles ficam muito bonitos juntos – responde Adelaide recebendo um olhar sério de Maria — Ah, tanto a senhoria Maria Luísa quanto a Dona Aline já estão descendo.

— Obrigada – agradece Maria acenando para Adelaide que se retira. Ela observa mais uma vez a foto e sorri, concordando com a governanta.

— Nossa, o vestido daquela garota era realmente feio – comenta Aline entrando sorrindo com Malú. Mas o sorriso desaparece ao ver Maria as encarando de cara fechada.— O que foi, Malú Vó?

— Malú Vó? Que absurdo é esse?– questiona Maria, séria enquanto Malú coloca a mão na boca para não rir do novo apelido da matriarca. Ela coloca o jornal sobre a mesa.

— Ah qual é? Reclama quando eu chamo de Megera Mor e agora por chamá–la carinhosamente de Malú Vó. Decida–se, mulher. – responde Aline cruzando os braços se aproximando. Até que presta atenção na capa do jornal e então o segura lendo a chamada — O amor está no ar... Oh Meu Deus, é a Malú!

Malú praticamente corre para ver o que tinha a respeito dela no jornal quando dá de cara com sua foto beijando Benjamin na frente do portão.

— A foto dela está estampada em todos os jornais do estado, incluindo esse, o preferido do Thiago – comenta Maria.

— Você está me dizendo que...? – pergunta Aline.

— Conhecendo meu filho, ele já deve ter visto e não gostou nada. – responde Maria.

— E agora? – pergunta Aline, nervosa — Não tem uma forma de ligar para aquelas mocréias e pedir para que falem com o Thiago e a gente possa esclarecer as coisas.

— O Thiago já está a caminho , Aline. Agora só nos resta esperar – responde Maria —Aline, pode me fazer favor de me deixar conversar a sós com a minha neta?

— Por quê? O que precisa falar com ela? – pergunta Aline, curiosa.

— É algo que não é de sua conta. – responde Maria, ríspida. Então ela respira fundo quando nota que Malú não gostou nada daquilo —Mas nada impede a Malú de contar a você ... Depois.

— Tudo bem, tomarei meu café na copa – fala Aline se afastando devagar.

— Sente–se , Maria Luísa – ordena Maria — Nós precisamos conversar, mocinha.

Malú senta em uma das cadeiras próximas a sua avó. Nunca tinha visto sua avó tão séria, ainda mais com ela. A jovem segura o jornal entre as mãos enquanto espera o que sua avó tem a dizer.

— Maria Luísa, olhe para mim – ordena a matriarca fazendo sua neta encará–la —Devido ao episódio de ontem à noite, preciso conversar com você é de suma importância. Terei com você a mesma conversa que minha mãe teve comigo, que a minha avó teve com a minha mãe e assim como em todas as gerações anteriores: como  é ser uma Almeida.

Começando pelo fato de que uma Almeida não deve nunca ser pega em situações que ponham sua reputação em dúvida... E muito menos com alguém que não esteja em um relacionamento sério. Aliás, a pessoa com quem irá se envolver deve ser bem selecionada e do mesmo círculo que o seu para que não haja conflitos entre os princípios dele e o de sua família.

Antes de tudo, nossa família é a maior prioridade para nós. Isso significa que devemos zelar por nossa conduta para que ela não afete o nosso nome e envergonhe nossos familiares. Nossa função é embelezar e tornar a vida dos homens de nossa família útil e agradável. Somos boas ouvintes, mas não temos voz. Quer dizer, nós não temos voz ativa, mas podemos aconselhar se nos for solicitado. Caso contrário , precisamos apenas cumprir o nosso papel de pessoa amável e interessada pelos assuntos dos homens de nossa família. E claro, organizada. Nosso maior papel é cuidar do nosso lar e fazer dele um paraíso, um refúgio para seu marido. Compreenda que seu futuro marido tem necessidades e deve estar sempre pronta para satisfazê–las... E nunca o confronte, ou questione, mesmo achando que está certa. Precisa ser compreensiva com as escolhas dele. Não seja egoísta, uma Almeida põe todos a frente de seus próprios anseios.Acima de tudo, fazer sacrifícios.

Então, como você é a próxima a representar as mulheres de nossa família, quero que me prometa: Não repasse esses ensinamentos para a próxima geração. – Maria com olhos marejados, segura nas mãos da neta que a encara surpresa — Se puder me prometer isso, saiba que terá em mim uma aliada para tudo o que almeja. Não deixe que o nome de nossa família seja maior que o seu desejo de ser a Maria Luísa. Consegue me prometer isso?

Malú chora e então balança a cabeça confirmando que irá prometer. Maria então se afasta enxugando as lágrimas de seu rosto:

— Onde já se viu, eu , Maria Luísa Assunção de Almeida, chorar assim – resmunga Maria. Ela sorri para a neta – Você precisará me dar umas aulinhas de Libras antes do rapaz pedir sua mão em namoro. Mas enquanto isso,por que você não sobe e pega o seu tablet? – pergunta a matriarca para a neta — Eu quero que me conte tudo a respeito dele.

Malú dá um beijo na face de sua avó e sobe em direção ao quarto sendo observada pela matriarca que termina de limpar ao redor dos olhos manchados pela maquiagem.

— Já pode sair, Aline – ordena Maria,séria surpreendendo a tia de Malú que ficou escondida escutando tudo.

— Uau... Eu achava que ... – começa Aline fungando o nariz.

— O quê? Que só você sacrificou a sua vida pelo nome da sua família? – questiona Maria se levantando — Nós somos iguais,Aline. Porém, diferente de você, eu aprendi a encarar as consequências das minhas ações. Espero que um dia, faça o mesmo. Agora irei subir e conversar com a minha neta que é a consequência de uma decisão que tomei há muitos anos.

Maria caminha em direção as escadas sendo acompanha por Aline, quando Thiago surge no meio do Hall.

— Alguém pode me explicar o que andou acontecendo por aqui? – pergunta Thiago, irado — E como o rosto da Malú foi parar em todos os jornais do estado?

— Bom, acho melhor irmos para o escritório. Não precisamos de platéia para o show que está querendo oferecer – sugere Maria.

— Eu e você , Aline. Apenas eu e você – determina Thiago sério.

***

— Então , o que está acontecendo aqui? – pergunta Thiago encarando Aline.

—Thiago, a Malú deu um beijo no Benjamin – começa Aline, tranquila —Uma coisa normal para a ideia dela.

—E por que isso não estava nos relatórios que eu pedi para você fazer? – questiona Thiago, irritado —Por que eu tive de saber da pior forma possível que a minha filha anda beijando um cara pelas ruas de Curitiba ... Sem segurança?

— Primeiro que não foi nas ruas de Curitiba e sim na frente do portão de casa. – responde Aline — Segundo, o beijo foi ontem...Terceiro, mesmo que fosse antes ... Não achei que fosse ser algo relevante.

— Não achou que fosse relevante contar pra mim que a minha filha teve seu baile de apresentação? Que a minha filha dançou sua primeira valsa com um rapaz qualquer ao invés de dançar com o seu pai? Você não achou relevante querer saber o quanto isso era importante pra mim? O quanto eu queria estar fazendo parte de cada momento? Mas só que você não achou relevante... Porque pra você, eu não sou nada... Aliás, menos que nada. Sabe por que você não achou relevante? Porque talvez essa fosse a chance de ter um momento pai e filha e você odiaria ter de ver a Malú dividindo o carinho que tem por você , comigo. Você se mostrou pior do que eu imaginava.

Thiago olha para Aline, sério. Ela não respira, nunca tinha visto Thiago tão transtornado. No fundo , sente culpa por não ter contado a ele, pelo menos até aquele momento. Malú então desce e vai até ao escrito, depois de escutar a voz alterada de seu pai.

— Malú, tem algo a dizer? – pergunta Thiago — Ou vai deixar tudo isso a cargo dela?

Malú ela abre a mão e a gira como se fechasse uma torneira no ar. Então deixa apenas o polegar e o mindinho abertos, com a palma voltada para dentro toca em seu queixo com os três dedos do meio fechados, algumas vezes. E por último passa mão pelo queixo deslizando como se tivesse uma barba imaginária e a fecha colocando as costas da mão sobre os lábios. Thiago a encara , sem entender nada do que ela falou.

— O que é isso? – pergunta Thiago , irritado . Ele olha para Aline — O que você está fazendo com a minha filha?

— Nada, ela só aprendeu língua de sinais.– responde Aline sorrindo para Malú diante do que a jovem acabou de dizer — Deveria estar feliz.

— Feliz? Era para ela voltar a falar... E não ... Não era para ela aceitar essa condição... – retruca Thiago, nervoso.

—Isso não é aceitar a condição – retruca Aline,séria — É só para melhorar a comunicação dela. A psicóloga recomendou e Benjamin tem feito um ótimo trabalho.

— E quem é Benjamin? – pergunta Thiago encarando Aline.

— Benjamin é... O instrutor da Malú e ... O rapaz da foto.

— Que ótimo! – exclama Thiago jogando o jornal na mesa. Ele aponta pra Malú e determina — Você não vai mais encontrar esse rapaz e não vai mais sair de casa para aprender ... Isso. Agora só sairá comigo. Aliás, irá me acompanhar a partir de hoje na campanha. E você , Aline... Suas ações terão consequências, não tenha dúvida.

Malú , olha para o pai , chocada. Como ele se atreve a fazer aquilo com ela. Ele não pode proibi–la de ver o Benjamin, uma das poucas coisas que ainda resta de boa. Ela balança a cabeça recusando.

— Isso é uma ordem. Agora pode ir para o seu quarto – ordena Thiago apontando para a porta. Malú sai transtornada do escritório passando por Maria.

Aline encara Thiago sem acreditar no que ele disse . Ele passou todos os limites de sua paciência e se é guerra que ele quer, ela está disposta a dar. Ela bate na mesa , irritada chamando atenção dele.

—Você enlouqueceu? – pergunta, brava —Você tem ideia do que acabou de fazer?

—Sim , estou protegendo minha filha – responde Thiago, ríspido.

—Não , você está a afastando... Hoje você acabou de perder sua filha –acusa Aline —De vez.

— Pelo menos ela está viva –retruca , Thiago, sério.

— O que quer dizer? – pergunta Aline.

— Eu recebi mais uma ameaça enquanto estive fora. Esse jornal foi enviado pra mim: Alguém quer matar a Malú para se vingar de mim , Aline. Ela pode me odiar, mas pelo menos ela está sã e salva. – revela Thiago mostrando a ameaça no jornal.

***

— Ameaça? Do que você está falando, Thiago? –pergunta Aline cruzando os braços.

— Desde que comecei a campanha, recebo ameaças, o que é bem normal no meio da política. Mas depois que descobriram sobre a Malú, as ameaças pioraram e então eu coloquei seguranças para protegê–la. Só que essa última ameaça foi pior. Tem ideia do que é para eu saber que a minha filha pode não estar viva quando eu voltasse? E o pior, pelo simples fato de ninguém ter me avisado que a Malú está se envolvendo com alguém? – pergunta Thiago , irritado — Aline , eu pedi para que me contasse tudo , justamente para que eu desse um jeito de ajudar a minha filha. Aposto que você nem perguntou nada sobre a vida dele.

— Thiago, eu sei que errei e peço desculpa. Mas você não me contou que ela estava sendo ameaçada. Por que escondeu isso de mim? – questiona Aline. — Por que escondeu que a vida da Maria Luísa está em risco?

— Porque está tudo sob controle, ou pelo menos estava, se você fizesse exatamente o que eu pedi. – responde Thiago — Uma coisa simples que é me avisar sobre tudo.

— E o que iria fazer se eu tivesse avisado do namoro deles?– pergunta Aline.

— Cortar o mal pela raiz, como fiz agora.– explica Thiago — Não é seguro para Malú namorar, nem sair de casa...

— Então você quer que a Malú se torne um vegetal , é isso?– questiona Aline irritada sem acreditar nas palavras do Thiago — Você enlouqueceu? Ela é uma adolescente, droga! Ela precisa ter uma vida normal e não viver como prisioneira neste lugar. Ela precisa viver cada dia dessa fase maravilhosa, enlouquecer, sorrir, amar... Coloque a mão na consciência, a Malú já passou por privações e sofrimentos, suficientes para uma vida toda. Deixe–a viver.

— E isso significa namorar um cara que pode ser a pessoa que está tentando matá–la? – questiona Thiago.

— Você nem sabe se ele pode ser essa pessoa – argumenta Aline.

— E nem você sabe se ele é – retruca Thiago — Para evitar, quero os dois afastados.

— Já que pretende fazer isso, converse com ela. Ser pai não é só impor suas vontades. Eu sinto que sou mais pai dela do que você. Sem dúvida eu tomaria uma decisão diferente dessa que está tomando. Aliás, eu tomaria todas as decisões diferentes das que está tomando.

— Está dizendo isso , pois quer a Malú para si. – alega Thiago — E isso não vai acontecer.

— Não , eu estou dizendo isso porque você é um covarde – grita Aline

— Como é ? – questiona Thiago , irritado. Como Aline se atreve a chamá–lo assim.

— Covarde, sim. Thiago, você não se deu nem o trabalho de conversar com a Malú desde que ela chegou aqui. Você a prendeu nesse lugar e nem se dá ao luxo de saber se ela está lidando bem com isso. Você não conversa com a psicóloga dela para saber se o tratamento está dando certo... A única coisa que você faz é pedir relatórios para mim ,como se ela fosse um animal selvagem , ou uma pessoa contagiosa. Ela é a sua filha, poxa! Trate–a como merece... Não perca a chance de conhecer a Malú, pois daqui alguns anos ela será adulta e a única coisa que desejará ter de você , é distância.

— Você acha que eu gosto de ser esse cara para Malú? Você em algum momento já se colocou no meu lugar? Até alguns meses, a única coisa da qual eu tinha certeza é de que minha filha estava morta e Anna estava vivendo plenamente feliz com alguém. Você tem ideia do que é passar dezesseis anos vivendo uma mentira?

— Tenho, ou você se esqueceu que eu também fui envolvida nisso? – rebate Aline.

— Eu perdi minha família. Eu perdi a mulher da minha vida e nem ao menos tive chance de passar um tempo com ela... Eu ganhei uma filha de dezesseis anos para cuidar sem mãe, afônica e que me odeia . Então , Aline , desculpe–me se eu não consegui me tornar o super pai que você queria que eu fosse... Desculpe–me se passei dezesseis anos sendo um cara solteiro, sem filhos e sem ao menos ter notícias delas.

— Mas agora você pode mudar isso... Não se apóie no passado para mantê–la afastada de você. Você pode agora ser o pai da Malú.– Ela passa as mãos pelos cabelos — Sabe, hoje pela primeira vez a Malú te chamou de pai e você nem ao menos notou. Nem ao menos se tocou disso... Nem o quanto sua filha está feliz. – rebate Aline.

— A Malú me chamou de pai? – questiona Thiago, surpreso.

— Pai – fala Aline passando a mão pelo queixo, deslizando como se tivesse uma barba imaginária e a fecha colocando as costas da mão sobre os lábios — Você saberia se passasse mais tempo sendo o pai da Malú do que o carrasco. Você tem perdido tanta coisa maravilhosa que tem acontecido com ela e nem se dá conta. Porque fica aí tentando mantê–la segura. Thiago, acorda, a vida frágil e curta... Ela pode simplesmente morrer dormindo. E você ficará sendo consumido pelos Se's que não viveu com sua filha.

— Você não entende ... Eu prometi a Anna que protegeria nossa filha. – explica Thiago.

—Eu também fiz essa mesma promessa. Mas Thiago, não esqueça que a Anna a criou e a Malú puxou muita coisa dela... Principalmente a respeito do benefício da dúvida. Não se esqueça que ela defendeu você até os últimos dias de sua vida , até quando tudo indicava que você era um grande cafajeste, babaca que desgraçou a vida dela e a abandonou. Apesar de eu ainda achar isso... Enfim, nesse quesito , sua filha é boa, muito boa.

— Eu sei... Mas , eu sinto que estou sempre falhando com ela, a deixando exposta a tanta maldade, arriscando a vida dela...

— Parabéns, Thiago, você se tornou pai. Agora precisa entender que ela não é mais um bebê...

— E como eu faço para não sufocá–la? Para protegê–la? – questiona Thiago.

— Confie nela. Ela foi bem criada pela Anna – responde Aline — Filhos foram criados para o mundo... A Malú precisa ter as próprias experiências para conhecer suas limitações. O que nos resta é apoiar e mostrar que nós sempre estaremos aqui para quando ela precisar. A nossa Maria Luísa se tornou uma ave e nós somos o ninho para onde ela sempre poderá voltar. Entendeu?

— Sim... – responde Thiago limpando o rosto. Ele respira fundo — Mas de onde saiu esse rapaz?

— Como eu disse. Ele é o coordenador do projeto de Libras. Thiago... Se você ao menos deixasse de ser tão cabeça dura... Tenho certeza de que gostaria do Benjamin e consideraria o projeto.

— Se eu fizesse isso, teria alguma chance com a Malú?

— Você teria alguma sim... Mas precisa permitir que ela saia , namore, viva...

— Tudo bem. Leve–me ao projeto, vamos ver se esse rapaz é de confiança e se o projeto é tudo isso mesmo que você tanto diz.

— Ele é tão bom que sua mãe já o mostrou para a associação de senhoras de Magistrado.

— Minha mãe? – pergunta Thiago, surpreso. — Até a minha mãe está envolvida nisso?

— Sua mãe não é uma pessoa má, Thiago – comenta — Aliás, ela aceitou o Benjamin muito bem. Acho que você puxou ao seu pai...

— Não diga isso – pede Thiago — Eu jamais serei como meu pai... Você não tem ideia de como ele era...

— Então, mostre que é diferente – sugere Maria entrando no escritório — Não seja um Alexandre na vida da Malú. Ela não merece ter a vida que o Ícaro teve dentro desta casa.

— A senhora escutou tudo? – pergunta Thiago,

— Sim, meu filho. Não me faça sentir vergonha de você – fala Maria — Conheça o rapaz, conheça o projeto e faça disso seu carro chefe na campanha. Tenho certeza de que não irá se arrepender.

— Se quer mesmo conquistar a Malú, você precisa conhecê–lo – avisa Aline.

Thiago respira fundo e acena:

— Se é para o bem da Malú, farei isso.


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Notas finais do capítulo

Até Segunda pessoal!!!



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