The Dusk escrita por The Mrs Padackles


Capítulo 24
Um novo começo - **útimo capítulo**




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 Oie amores do meu tum tum .... Isso mesmo .. último cap. da 1ª fase .... *chora* mas não se desesperem ... A segunda fase está quante e cheia de surpresas ... Então não chorem ao me matem ... Boa leitura e comentem ...

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23. Um novo começo

O cenário mudou, eu via a cena de outro ângulo agora. Não era eu que Jake estava perseguindo, era uma criança. Uma linda criança. Seu riso era a melodia mais linda que eu já ouvi em toda minha vida. Pareciam sinos. Mas eu queria pegar essa criança, mas não podia. Eu comecei a correr tentando alcança-la mas não podia, eu não me mexia.Entrei em desespero. 

“Jake” eu chamei, mas ele não ouviu. Fechei os olhos com força tentando me mexer. Olhos de um vermelho profundo me olhavam do outro lado da praia, Jake e a Criança de sorriso de sino iam em sua direção.

“Jake” tentei gritar mais uma vez, em vão. Os olhos sumiram, Jake e a Criança sumiram. Me vi perdida no meio da floresta.  

“Saudades Nessie?” Uma voz cansada e meio louca me disse. Me virei para ver quem era o dono, uma luz forte e branca vinha na minha direção e eu acordei ofegante.

Já era a quarta vez em 3 semanas que eu tinha um sonho assim. 3 semanas depois de descobrir que eu não podia dar herdeiros a Jake. Isso estava me consumindo aos poucos, mas eu não deixava ninguém saber.

Me virei na cama e vi Jake ressonando. Um ronco leve saia de seu peito. Fiquei admirando por um tempo. Levei minha mão até seu rosto e acariciei sua bochecha. Eu sorri. Ele me fazia feliz. Eu me sentia boba, e uma vontade de gargalhar me golpeou, mas me contive. Cheguei minha cabeça para poder apoiar em seu peito. Funguei seu pescoço e ele riu. Olhei pra cima e ele me olhava com seus olhos negros e lindos, ele sorria também. Ele se abaixou e me beijou. Ouvimos um rosnado no andar de baixo. Meu pai. Ele deixou Jake dormir comigo, mas só dormir. Ele estaria escutando se fizéssemos qualquer coisa.

Me levantei e fui ao banheiro. Olhei no espelho e vi minha pele mais rosada. Jake chegou na porta do banheiro e me olhou. Eu sorri. Ele veio pra trás de mim e beijou meu pescoço. Nós sorrimos. Jake me abraçou pela cintura colocando seu queixo no meu ombro. Eu nos olhei pelo reflexo do espelho, parecia aquela cena de filme romântico, depois da noite de amor o casal apaixonado namora no banheiro - mas essa parte não podíamos fazer.

Como sempre, o café da manhã estava na mesa. A única coisa que eu comia era o bolo de chocolate, mas hoje eu queria sorvete. Eu não era fã de leite e seus derivados mas eu queria sorvete. Era até engraçado, mas eu queria.  

“Vó Esme? Tem sorvete?” eu perguntei procurando o pote que tinha ali na tarde anterior.  

“Na parte de cima Nessie.” Ela falou da sala. Peguei o sorvete e uma colher, me sentei na mesa novamente e comecei a comer o sorvete, Jake me olhava curioso.  

“Que foi?” eu perguntei de boca cheia.  

“Nada não, só que você não gosta de nada que venha do leite e você esta comendo sorvete.” Ele falou olhando pra de uma forma estranha.  

“Hoje eu quis comer, só isso. Não é tão ruim.” Eu falei enfiando outra colher na minha boca. Ele ainda me olhava com cara de doido.  

“Para de olhar e come.” Eu me estressei. “Será que não posso comer o que eu quero?”  

“Ok, desculpa.” Ele falou e eu ri. Ele riu junto.

Ultimamente eu tenho rido muito com Jake ou com Seth. Era bem estranho. Depois daquele dia, depois que eu voltei da floresta com Kayla e Janinne que eu venho me sentindo assim. Com eu já disse, é bem estranho.

Fui pra sala e liguei a TV, coloquei no canal de desenho, não sei por que, mas eu queria ver desenho. Estava passando “Bambi”, comecei a ver e desabei no choro quando a mãe dele morreu por caçadores.  

“Nessie, você ta chorando?”  

“Não eu to lavando os olhos de dentro pra fora.” Eu falei secando minhas lágrimas.  

“Amor você está bem estranha ultimamente. O que está acontecendo?” Minha mãe me perguntou. Nem eu mesma sabia o que estava acontecendo comigo.  

“Não sei mãe, só me sinto feliz.” Eu falei e mudei de canal. Isso era verdade, eu só estava feliz. Não me importa o motivo, eu só me sentia assim. Eu precisava me sentir assim.

Passei a tarde inteira vendo TV e comendo sorvete. Estranho? Não nem um pouco – ironia a parte. Eu estava parecendo com minha idade – 6 anos - uma criança. Levantei do tapete da sala e fui para o meu balanço ao lado da casa, fazia muito tempo que eu não ia ali. Eu senti falta. Foi aqui que eu e Jake nos beijamos uma vez, foi aqui que eu descobri que amava a razão da minha existência.

A brisa estava leve - apesar de já ser inverno. Fechei meus olhos sentindo o vento dançar por entre meus cabelos.  Me senti extasiada, leve, tonta, boba, feliz. Eu poderia não saber o que estava acontecendo comigo, só sabia que era bom e que eu queria me sentir assim pro resto da minha vida.

Enquanto eu me balançava, me lembrei do meu sonho, eu estava tão feliz vendo Jake e nosso filho correndo pela praia de La Push. Eu não estava mais triste, eu não chorava mais pensando que não poderia dar filhos a Jake. Me conformei, me sentia conformada.

Uma vez quando eu voltava do colégio eu vi um casal no parque, ela estava grávida. Eles estavam felizes, ela acariciava a barriga como se fosse o maior tesouro e uma dos mais valiosos. Inconscientemente levei minha mão para a minha barriga, lisa e vazia. Naquele dia, o dia seguinte que descobrir que eu não podia ter filhos, foi triste, mas hoje não. Eu não estava triste. Não mais.

Meu peito inflou e eu sorri, por impulso levei minha mão para o meu ventre, e me imaginei com uma barriga linda e grande de grávida. Algo chutou dentro de mim. Sorri com minha ilusão perfeita. Abri os olhos e me levantei, voltei pra casa. Passei pela sala todos me olharam, eu sorri. Eles devem estar pensando que estou louca, até eu estou começando a pensar nisso. Eu enlouqueci. Senti algo chutar novamente, automaticamente coloquei a mão no meu ventre. Mordi meu lábio, eu realmente estou louca.

Olhei tia Alice do outro lado da sala, todos ainda estavam me olhando. Outro chute mais forte, eu ofeguei. Jake estava na minha frente me olhando confuso, ele colocou a mão por cima da minha. Mais um chute, ele arfou. Minha família toda estava a nossa volta. Era estranho. Minha mão tirou minha mão do meu ventre e levantou minha blusa, todos me olharam surpresos. Eu não sabia o por que, quem estava louca ali era eu.

Abaixei meus olhos e olhei para onde eles olhavam, tinha uma bola presa em meu tronco. Uma barriga saliente e um pouco pontuda. Mais um chute. Minha visão embaçou. Mais um chute. Isso não era possível.  

“Nessie?” Jake me chamou, seus olhos também estavam cheios. Coloquei minha mão mais uma vez no ventre saliente.  

“Como?” eu falei acariciando meu chutador.  

“Podemos dizer que você queria engravidar. E nós queríamos que você engravidasse.” Janinne disse e tudo fez sentido. O poder delas não era esconder coisas, era fazê-las acontecerem, como quando pensei que elas eram humanas. E elas fizeram acontecer. Eu estava grávida!

Chorei, de felicidade, Jake também estava chorando. Ela estava com sua mão por cima da minha e agachado a minha frente. Ele distribuía beijos em meu ventre. Eu ria e chorava ao mesmo tempo.

EU ESTAVA GRÁVIDA!

Minha vontade de comer sorvete, minhas mudanças de humor. Sintomas da minha gravidez. Se pudessem, minhas tias estariam chorando. Meu pai me olhava com um olhar estranho, minha mãe sorria e soluçava. 

Eu teria um filho, um filho de Jacob. Eu seria mãe. Nada poderia ficar melhor. Só uma coisa poderia melhorar.  

“Mãe, pai. Quero voltar para Forks.” Eu falei sorrindo, com a imagem do meu sonho. Coloquei minha mão no rosto de Jake e o mostrei. Ele sorriu e me beijou. Seu corpo quente, seu rosto molhado pelas lágrimas de felicidade. Nossa família ia se completar.  

“Claro filha.” Meu pai disse, ele sorriu e explodi de felicidade. Meu pai não reclamou.

Como questionar isso? Por que o céu é azul? É inútil buscar resposta pra tudo. Nossa existência – vampiros e lobisomens - não tem explicação . Então por que eu questionaria uma coisa que me deixava feliz? Que fazia meu Jake feliz. Uma nova fase, um momento de novas descobertas do que a vida pode nos proporcionar. Eu descobriria o que é ser feliz ao lado de quem se ama. Ao lado meu Jake. 

Esse não era o fim da minha história, eu ainda a estava escrevendo. Um começo da minha nova vida, minha vida de mãe. A nova vida de Jake como pai. Estamos completos, eu me sentia mais que completa. Meu chutador estaria comigo em pouco tempo. Esse é um novo começo. Tínhamos a eternidade, e isso era uma coisa boa.


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