The Dusk escrita por The Mrs Padackles


Capítulo 22
Henri Ulmann ou Henri V. Ulmann?




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ESPECIAL ECLIPSE ...

Aproveitem ...

E comentem
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21. Henri Ulmann ou Henri V. Ulmann?

 

Era angustiante, a dor chegava em mim como tapas na cara. Jake estava sendo torturado por Nahuel. Quem queria matar Nahuel agora era eu.

Desgraçado.

 

Nunca senti tanto ódio em toda a minha vida! Meu Jake gritando. Seus olhos estavam abertos e sem foco. Mas ele gritava, gritava de dor. Meu peito se espremeu, não podia deixa-lo sentir isso.

-Já basta Nahuel! – Henri disse, saindo do meio das árvores junto com Kayla, Janinne e Seth. Não me acalmei. Cheguei perto de Jake e peguei sua cabeça, ele gritou mais. Meus olhos encheram de lágrima. Jacob parou de se mover fechou os olhos, Nahuel nos olhou assustado, se virou e correu floresta a dentro.

 

Jacob não se mexia em meu braços, ele não reagia. Era como se... Como se estivesse morto. Uma facada no meu coração, o apertei junto a meu peito.

 “JAKE!” eu gritei, a dor era forte, eu não podia estar perdendo meu amor, não mesmo. Meu rosto estava lavado pelas lágrimas que eu derramava.
 

“Calma Nessie, ele esta bem. Sou eu que o estou tranqüilizando um pouco, se não ele pode sentir mas dor quando despertar, já que a dor que Nahuel causa é real e não uma ilusão de dor.” isso me tranqüilizou por um momento breve.

 “Ele ainda esta sentindo dor?” eu olhava angustiada para Herni.

 “Não Nessie, ele só esta sem sentido por um momento.”

 “Você está fazendo isso?” eu perguntei ainda agarrada ao Jake.

 “Sim!”ele disse e Jake se mexeu, mas ainda estava inconsciente.

 “Ele já vai despertar.” Kayla disse .

 “É melhor leva-lo lá para dentro.” Janinne se pronunciou.

 “Eu faço isso.” Seth veio ao meu lado e pegou Jake, eu fui ao seu lado segurando a mão de Jake. Seth o colocou em minha cama. Eu sentei ao seu lado o cobrindo com a manta da minha cama, já que ele estava nu. Eu o olhava desesperada para que ele abrisse seus olhos e me olhasse com sua íris preta. Eu precisava saber se ele estava totalmente bem. Não podia aquentar isso. “Jacob acorda por favor” eu pensei lutando para ser atendida.

 

“Ele vai ficar bem Nessie, fique tranqüila.” Henri me falou tocando meu ombro.
 

“Henri, você disse que foi você que o fez para de gritar. Como? O que você faz exatamente?” eu estava agradecia por ele ter parado a dor de Jake, mas eu estava intrigada, pois nunca pensei nos poderes de Henri.

 “Bom posso dizer que eu tiro os sentidos de uma pessoa” ele começou “Eu anulo todos os sentidos e sentimentos. Posso fazer isso em quantos eu quiser. É coletivo. Quando Nahuel o impôs dor, eu só envolvi Jacob e anulei os seus sentidos. Ele só esta se recuperando da dor. Eu já senti o poder de Nahuel uma vez. É realmente ruim.” Eu tremi com isso.

 “Então ele está mesmo bem?” eu ainda estava temerosa por meu Jake.

 “Sim Nessie, eu estou bem.” Ouvi a voz mais linda do mundo. Jake estava sorrindo pra mim, eu me abaixei e o beijei. Um alívio enorme me invadiu. Ele estava mesmo bem.

 “Jake, eu pensei que... que você estava machucado.” As lágrimas estavam de volta, eu me recusava falar a palavra “morte”. Só de pensar eu sentia arrepios. Ele se levantou e sentou na cama também e secou minhas lágrimas, selando nossos lábios mais uma vez.

 “Agora eu estou bem amor, bem melhor ao seu lado.” Ele sorrio e eu o beijei de novo.

 “Bem é melhor sairmos.” Seth disse rindo, eu corei.

 “Não precisa gente.” Jake disse sorrindo pra mim.

Ficamos um tempo parados nos olhando, eu não sei o que faria sem meu Jake.

 

“Vamos descer Nessie? Eu tenho uma coisa pra gente a noite.” Essa última parte ele disse no meu ouvido.

 “Claro.” Eu estava corada e Seth estava abafando o riso. 

Jake foi colocar uma roupa, descemos as escadas e fomos pra sala. Seth estava atacando a geladeira, Jacob o acompanhou. Eu não queria perguntar ou falar sobre Nahuel, não tinha necessidade para mais preocupação, não tinha por que tocar no assunto.  Mas e se Nahuel voltasse? Afugentei os pensamentos e me concentrei na TV que estava ligada em um canal de séries. Eu nunca fui chegada em televisão, nunca me chamou atenção, mas eu gostava de ver desenho quando eu era ‘menor’.

 

Henri estava sentado com Kayla ao seu lado, eles pareciam felizes e minha pulguinha da curiosidade se atiçou.

            “Henri, como vocês se conheceram?” eu tinha que perguntar, o amor deles se igualava o dos meus pais.

 

“Seu pai não te contou a minha história Nessie?” ele me indagou sorrindo.
 

“Não, acho que não teve tempo.”

 “Você quer ouvir minha história?” Jake voltou da cozinha e sentou ao meu lado. Seth sentou ao lado de Janinne.
 

“Se você não se importa, eu quero sim.” Sorri de leve.

 

“Não me importo.” Ele disse e prosseguiu. “Eu nasci a 170 anos atrás, em Veneza. É bem complicado de eu te dar detalhes mínimos, eu só me lembro disso através do que minha tia me contou. Minha memória falhou em guardar essa parte de minha vida, eu não me importo em não lembrar, eu mesmo a evito.”

 

“Minha mãe estava de férias com meus avós e minha tia em Volterra, estavam no festival de São Marcus quando minha mãe viu pela primeira vez meu pai. Ela se encantou com sua beleza, sua pele de mármore e seus olhos rubros, ela tentou segui-lo mas o perdeu de vista no meio da multidão.”

 

Enquanto ele falava, eu me via em Volterra, sendo essa mulher.

 

            “Ela se chamava Marie, e sua irmã –minha tia - Franccesca. Elas saíram escondidas e voltaram a noite para o mesmo lugar onde minha mãe tinha visto seu anjo de olhos rubros. Elas esperaram a noite toda mas parecia que ninguém viria, e por que viria? Elas estavam voltando para a pensão onde estavam quando o anjo apareceu. Minha mãe se vislumbrou mais uma vez, ele parecia que lutava com algo dentro de si, lutava para não fazer nada de ‘errado’. Ele estava com sede, mas não as atacou.  A partir daí, eles se encontravam todas as noites em seu quarto na pensão.  Minha tia sempre acobertava minha mãe nisso.”
 

“As férias estavam acabando e sonho de amor de minha mãe também. Ela o chamou para ir para Veneza com ela, mas ele recusou dizendo que não poderia sair dali e que era complicado explicar. Ela preferiria não saber o que era. Então ela se conformou e em sua última noite em Volterra eles se entregaram um ao outro, mas do que permitido. Uma noite, a única noite de minha mãe. Eles se despediram bem de manhã, quando o sol estava amanhecendo, e ela viu sua pele brilhar, ele pulou pela janela e desapareceu dentre as ruelas, ela ficou na janela do quarto o observando e guardando seu adeus.”

 

            “Duas semanas depois da volta para Veneza, minha mãe descobriu: ela estava grávida. Não sabia explicar como ela já tinha barriga. Meus avós a expulsaram de casa quando viram a barriga estranhamente grande e com rápida evolução, ficaram com medo e simplesmente a expulsarão. Mas minha tia a ajudava sempre. Um mês se passou, e minha mãe estava praticamente falecida. Eu era muito forte e eu estava com ‘fome’. Elas estavam no bosque quando eu quebrei a sua costela lutando por espaço, eu queria sair. Ela me deu a luz e sucumbiu, mas antes ela pediu a minha tia: “Cuide dele. Ele vai se chamar Henri Volturi Ulmann. Volturi igual ao pai.” E então se foi. Nunca mais ouvi a voz de minha mãe.”

 

Eu ouvi direito? Ele falou Volturi? Ele é filho de um Volturi?

 

            “Posso imaginar o que você está pensando. Eu não sei qual Volturi é meu pai, mas eu evito saber. Me deixe terminar.” Ele disse e eu respirei de novo.

 

            “Os anos se passaram, minha tia não sabia o que eu era, com sete anos de idade eu parecia ter dezoito. Eu comia comida humana mas eu sentia sede. Matei poucos humanos, eu não gostava disso, então eu cassava animais. Pode ser ironia, mas eu me fiz vegetariano. Anos se passaram e minha tia faleceu. Eu fiquei sozinho no mundo, eu fui embora de Veneza, passei longe de Volterra. Passei anos como nômade, descobri quem eram os Volturi e não gostei. Eu não queria ser conhecido como filho de um. Me escondi, escondi quem eu era de verdade. Eu estava pela America do Sul quando conheci Kayla e Janinne, eles procuravam seu irmão. Me apaixonei por Kayla e estamos juntos até hoje.” Ele sorriu pra ela e eles se beijaram, Jake apertou minha mão e suspirou em meu cabelo. Seth agarrou Janinne ali mesmo sem se preocupar com o público, Jake os expulsou da sala e eles foram sem reclamar. Henri interrompeu o seu beijo e concluiu. “Uns anos procurando e achamos Nahuel, e então viemos pra cá.” Quando Henri falou o nome de Nahuel, ele tremeu ao meu lado.
 

“Jake se acalme, já acabou.”
 

“Ele foi embora.” Kayla disse com uma voz cansada, triste. Senti por ela, Jake se aquietou.
 

“Como eu não pude reconhecer o que vocês eram? Pra mim vocês pareciam humanas.” Eu perguntei cortando o clima pesado.
 

“Digamos que eu e Janinne não queríamos que vocês soubessem.” Kayla disse. Esse era o seu poder, esconder.

 

A lua já pendia alto no céu, Jake e Henri estavam no vídeo game, Seth e Janinne, não sei onde eles estão, mas posso imaginar o que eles estão fazendo. Isso me lembrou uma coisa.
 

“Kayla, posso te fazer uma pergunta?” eu falei meio corada.
 

“Claro Nessie.” Ela sorriu.

 “Você e o Henri... hmm, vocês fazem... aquilo né?” eu podia me disfarça de tomate de tão vermelha que estava. Kayla riu.
 

“Sim. Por que?”
 

“Você nunca engravidou?” eu perguntei rápido, em um só fôlego. Ela suspirou.
 

“Não. Acho que não podemos engravidar. Estamos parada no tempo.” Ela falou com a voz pesada. Eu choquei.


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