Capítulo 14

Sorte? Talvez. Azar? De jeito nenhum. Nessie? Sexy!

Estávamos saindo da casa de Billy quando Seth nos abortou com um sorriso enorme no rosto e duas malas grandes nas mãos.

 “Ei Jake! Cara, vou ser seu vizinho de quarto!” ele veio jogando uma das malas nas minhas mãos.
 “O que? Como assim?” joguei a mala de volta. Eu não sou obrigado a carregar mala nenhuma!
 “Vou morar com vocês em Whistler!” ele falou quase gargalhando de tanta felicidade. Eu não o culpava por isso, afinal ele ficaria junto de Janine, um lamurio a menos para escutar.
 “Cara que legal! Mas se você me perturbar vou te dar uns belos de uns murros na cara.” Fechei minha mão em bola demonstrando força. Ele soltou uma gargalhada, reconhecendo o duplo sentindo na minha ameaça.
 “Fica tranqüilo Jake, tenho coisa mais importantes para me preocupar.” Agora ele estava no meio de Janine e Kayla.
 “Que seje!” eu dei de ombros.

O restante dos nossos dias de férias foram ótimos. Iríamos embora daqui a dois dias, Sue estava convencendo Seth a ficar, já que Leah foi embora também, alegando que ficaria sozinha e morreria de saudade, o coitado do Seth se contorcia de remorso por sua mãe, mas não podia deixar Janine ir embora, era impossível de separar os dois agora. O estranho era que Kayla não concordava muito com o namoro da irmã, era como se ela tivesse nojo.

Eu e Nessie estávamos no chalé tentando descobrir quem era o melhor jogador de baralho, eu estava ganhando de lavada – ela é melhor em xadrez.
 “Ganhei de novo!” eu falei jogando as cartas na mesa e erguendo os braços em sinal de vitória.
 “Humpf! Jogo idiota!” ela projetou os lábios pra frente, fazendo um biquinho.
 “Não aceita perder não amor?” eu fiquei ao seu lado, mas ela só cruzou os braços e me olhou zangada.
 “Eu sei perder sim tah!” ela me mandou língua, eu gargalhei diante da sua atitude infantil, mas ela era a Nessei, ela fica linda fazendo qualquer coisa.
 “Ow amor, tirar esse biquinho daí vai.” Eu disse chegando perto de seu rosto. “Ou eu mesmo tiro – isso é melhor.” Ela inclinou a cabeça até nosso narizes se tocarem.
 “Então tira ele daqui.” Ela sussurrou e eu tomei seus lábios com os meus, iniciando um beijo calmo e apelativo.

Quando nós começávamos a nos beijar era praticamente impossível parar. Minha boca clamava pela dela, minha pele era um imã de perfeito encaixe com a pele dela, meu corpo reagia instantaneamente ao dela. Éramos assim, a conexão perfeita, estamos na mesma freqüência. Mas as vezes isso era um problema. Eu não queria passar dos limites com Nessie, mas meu corpo não concordava com meu cérebro e Nessie não ajudava muito. Ela dizia que Edward era antiquado em relação a seguir regras, ela não se importava em ter um contato mais intimo comigo agora ou daqui a meses, mas ela preferia o agora – confesso que eu também queria o agora, mas o agora não era a hora – isso acabava fazendo com que as coisas se complicassem, ela desafiava me autocontrole.

Suas mãos estavam agora debaixo de minha blusa, eu encima dela no chão da sala do chalé, eu apertava pocessivamente sua cintura. Seu arfar me fazia gemer baixo,seus lábios brincavam com os meus, ela percorria uma linha nos meus lábios com a sua língua – eu arfava. Minhas mãos sempre com impaciência e irritação estavam protestando por movimento e um lugar diferente para sentir, mas eu estava me controlando, eu tinha que me controlar.

Meu autocontrole foi para o espaço quando Nessie mordeu meu lábio inferior. A puxei pela nuca com urgência, minha mão livre estava em sua barriga, levantando sua blusa branca de cetim. Eu estava louco de desejo, louco de paixão, louco pela minha Nessie. Um plug em meu cérebro de desconectou, eu não tinha mais controle sobre meus atos, Nessie estava ganhando o que ela queria, o que ambos queria, mas eu reprimia. Agora era tudo dela. Ela me tinha.

Minha blusa já estava do outro lado da sala, e a sua... bem, era uma blusa antes de eu rasga-la por completo. Seu sutiã de renda brando era uma peça delicada e ao mesmo tempo provocante. Nossas respirações estavam ofegantes, nosso arfar se tornava mais constante. Suas mãos pequenas e macias estavam tentando abrir a fecho da minha calça, minha mão estava em sua coxa, debaixo de sua saia. Meu pulmão parecia que iria explodir se eu não respirasse, mas se eu parasse para respirar eu perderia tempo, e eu não estava nem um pouco interessado em perder tempo dessa forma. Me afastei um pouco para poder admirar seu busto, ela era totalmente perfeita. Desci minha cabeça distribuindo beijos pela extensão de seu pescoço até a fenda entre seus seios. Ela agarrou meus cabelos. Fiz outro caminho de beijos até sua boca, nos beijamos com mais urgência, também lutando por ar.

Sua saia pairava em cima de algum móvel na sala, móvel no qual eu não sei qual é. Seu corpo, sua pele, ela em um todo é perfeita. Minha calça já não eram empecilho. Minhas mãos se apossaram de suas coxas. Com uma das mão eu buscava o fecho do sutiã. Mas algo chamou nossa atenção, alguém estava abrindo a porta. Paramos e nos encaramos, eu coloquei minha calça em um salto, Nessie correu para seu quarto. Coloquei minha blusa e sentei no sofá e pequei um livro qualquer no mesinha ao lado do sofá. Eu suava frio – como se isso fosse possível. Se passou um segundo e a porta de abriu e as risadas irromperam o lugar.
 

 “Ah fala sério... Ei Jake, e ai?” Seth entrou com Janine e Kayla. Abaixei o livro até a altura do meu nariz, deixando somente meus olhos á vista. Fuzilei Seth.
 “Oi.” Eu falei atrás do livro e em um tom seco.
 “O que aconteceu aqui cara? Essa sala ta uma bagunça! Cadê a Nessie?” ele tagarelava, e foi ai que eu reparei no lugar. A sala estava toda desarrumada, as cartas estavam espalhadas pelo chão, a mesinha de centro tombada de lado, a saia de Nessie encima da estante de livros, e os panos - do que um dia foi uma blusa - espalhados por todo lado. Corei instantaneamente, enfiei minha cara no meio do livro e não respondi.
 “Jake, por que você está lendo o catálogo de telefone?” Droga!
 “Estou.. procurando um telefone!” eu disse ainda atrás do livro, era ridícula a situação.
 “De cabeça pra baixo?” ela abafou uma gargalhada e arremessei o livro no meio da cara de Seth, que apenas deu passo pra trás e me olhou confuso.
 “Que isso!?” ele perguntou aturdido e confuso.
 “Vai a merda Seth! E se você pensar sobre isso perto do Edward você será um cachorro tri pé!” eu disse bufando e colocando as coisas no lugar.
 “Cachorro tri pé? Como assim?” Kayla perguntou com uma ruga no meio da testa. Eu olhei Seth de relance e dei de ombros. Resmunguei alguma coisa parecida com mordida e fratura exposta.
 “Hã.. é! É meu apelido na reserva. É isso!” ele falou todo enrolado, tentando se justificar. Não sei por que ele ainda não contou que é um lobisomem.Idiota!

Peguei a sai de Nessie que estava encima daquela bendita estante de livros e suspirei me lembrando de alguns minutos atrás, se não fosse Seth... Fiz uma nota mental pra agradecer Seth depois.

Nessie veio descendo as escadas com a cabeça baixa, eu tinha certeza que ela estava com vergonha – não de mim e sim de Seth e das meninas que com certeza já sabiam o que tinha acontecido, ou quase acontecido.