Gaara e temari  olharam para a rosada ambos espantados. Sakura coro com a atitude de ambos. Após o choque inicial Gaara se virou novamente para janela, o ruivo estava emocionalmente abalado com a atitude de Sakura, não entendia o de sentia só sabia que Sakura era a resposta.

 

- Eu agradeço a intenção Sakura, mas não posso deixar que faça isso. Você pertence a outra vila, e está aqui  para uma outra função, apesar de que desistindo da missão a vila da Nevoa ser a próxima vila que eles irão recorrer, se Konoha ficar Sabendo teremos muitos problemas, além do conselho de Suna enlouquecer.

 

- Gaara, você não pode dispensar uma missão como essa, Suna está precisando e se você fizer isso à situação do hospital pode piorar e conseqüentemente isso pode afetar a vila.

 

- Sakura tem razão Gaara, não podemos recusar, temos que arriscar.

 

Gaara se virou para as duas mulheres que estavam paradas em sua frente. Seus olhos se encontraram com um belo par de esmeraldas e por alguns instantes se perdeu naquele mar verde, sua vontade era que acariciar aquele rosto angelical, Gaara se repreendeu por seus pensamentos e tratou de dispersa-los.

 

-Isso é muito arriscado, se alguém a reconhecer?

 

- Eu posso esconder meu rosto, assim como Kakashi- sensei, alem disso posso esconder meu cabelo para que não me reconheçam.

 

- Seria uma boa idéia Gaara, é só ela usar uma bandana de Suna.

 

- Mas se os conselheiros não irão concordar.

 

- Eles não precisam ficar sabendo. É só ficar entre nos três.

 

- Mas se Sakura desaparecer assim, sem mais nem menos todos irão desconfiar.

 

- Só dizer que tive que voltar a Konoha para falar com minha mestra, eu saio primeiro e espero Temari, depois nos encontramos e iremos para a missão juntas. Quando terminarmos a missão Temari volta antes de mim e eu volto ao anoitecer.

 

Gaara se virou novamente para a janela, em sua cabeça milhares de coisas o perturbava, ainda não entendia o porquê de Sakura propor algo como isso, o ruivo não queria arriscar, mas as circunstâncias o obrigavam a aceitar a ajuda da rosada.

 

- Está bem, mas vocês terão que ter muito cuidado para que não, para que não sejam descobertas.

 

- Não se preocupe Gaara, terei muito cuidado para que minha identidade não seja revelada.

 

O sorriso no rosto da rosada deixou o ruivo hipnotizado, Sakura não entendia o porquê de tanta felicidade, talvez o fato de estar ajudando seja o responsável por aquela felicidade. Temari percebeu o quanto a rosada mexia com seu irmão. Por um lado ficava feliz que por seu irmão estar se apaixonando, mas por outro ficava aflita, tinha medo de que seu irmão se machucasse já que sabia do amor que a rosada tinha dês da infância pelo Uchiha.

 

- Bom, amanhã vocês irão partir para a missão.

 

- Agora que está tudo resolvido podemos ir para casa, você também Gaara, já passou tempo suficiente aqui, tem que descansar.

 

- Temari tem razão, se continuar assim ficará doente e não conseguira cuidar da vila.

 

Gaara não pode se recusar estava sendo praticamente arrastado de sua sala por Temari, após o jantar Sakura subiu para o quarto, após tomar um bom banho começou a arrumar suas coisas para missão, a rosada estava muito feliz em poder ajudar Gaara, após tanto tempo sendo desprezado e sendo tratado como um monstro por todos, ele merecia uma vida mais tranqüila e uma chance de demonstrar que é capaz de defender Suna. Sakura foi tirada de seus pensamentos por leves batidos em sua porta.

 

- Pode entrar.

 

Gaara adentrou ao quarto, o ruivo ainda estava relutante, mas o fato de poder vê-la lhe agradava. Sakura ficou surpresa com a presença do Kazekage em seu quarto, mas ao mesmo tempo tinha sensações diferentes que não compreendia.

 

- Gaara?!

 

- Desculpe por te perturbar agora Sakura, eu vim lhe trazer isso.

 

O ruivo estendeu a mão para rosada com uma bandana de Suna, timidamente a mesma pegou, mas quando suas mãos se esbarraram, uma corrente elétrica passou pelo corpo de ambos.

 

- Está um pouco velho porque era meu antes de me tornar Kage.

 

- Obrigada.

 

- Posso te perguntar uma coisa?

 

- Claro.

 

- Por que se arrisca tanto por uma vila que não é a sua?

 

- Não sei, eu só queria te ajudar.

 

Sakura não percebeu o que acabara de falar, pois ainda estava desnorteada com a sensação que o toque do ruivo lhe causou, mas o mesmo percebeu e ficou sem reação. Após alguns minutos em silêncio o mesmo foi quebrado.

 

- Bom, vou deixar que descanse. Boa sorte na missão.

 

-Obrigada.

 

Gaara saiu do quarto da rosada e entrou no seu que ficava quase em frente. Na manhã seguinte a rosada adiantou algumas coisas no hospital e a tarde saiu de sua. A rosada esperou até que Temari se juntasse a ela,  quando adentraram a uma pequena floresta Sakura trocou de roupa e escondeu suas madeixas róseas com uma toca de forma que somente seus olhos poderiam ser vistos. A bandana que Gaara havia lhe dado foi amarrada em seu braço esquerdo, após sua pequena transformação ambas seguiram em frente.

 

Gaara  não conseguiu dormir direito naquela noite, quando se levantou ainda estava aéreo, quando Sakura e Temari saíram para missão o mesmo não havia se despedido delas, não porque não quisesse mas ainda estava muito confuso em relação as novas sensações.

 

Durante os três dias que a missão se sucedeu, Gaara não tirava a rosada da cabeça. Quando Temari voltou àquela tarde da missão o ruivo estava ansioso para ver a rosada, o que ele não entendia era porque dessa necessidade toda em vela.

 

- E como foi à missão?

 

- Correu tudo muito bem, fomos atacados por uns ninjas, mas nada muito alarmante, o senhor que deveríamos escoltar se sentiu mal e Sakura cuidou dele, parece que ela descobriu o que ele tinha e o curou, o filho não terá mais trabalho quanto a isso.

 

- E quanto a Sakura?

 

- O que tem ela?

 

- Quando ela vai voltar?

 

- Assim que anoitecer. Vou pra casa tomar um banho e pedir a Yuka que prepare o jantar. Vou te esperar para o jantar.

 

Gaara estava terminando de organizar alguns papeis, o ruivo se preparava para ir pra casa quando escutou batidas na porta.

 

 - Entre.

 

- Kazekage-sama, a ninja de Konoha retornou.

 

- Já estou indo.

 

Gaara achou melhor ele mesmo recepcionar a rosada, para que não levantasse suspeitas. Quando ambos já estavam longe da entrada da vila Gaara resolveu quebrar o silêncio.

 

- Como foi à missão?

 

- Correu tudo bem.

 

- O contratante gostou de seus serviços, ele até deu mais que o combinado para agradecer que você tenha curado seu pai.

 

 Sakura corou com a afirmação do ruivo.

 

- Que bom, agora sim podemos reverter à situação do hospital.

 

- Sim, tudo isso graças a você.

 

- Imagina, não fiz nada demais.

 

- Fez sim, você nos ajudou muito, mesmo não tendo nenhuma obrigação.

 

A rosada corou novamente com as palavras do ruivo, quando adentraram a casa ambos estavam calados, Sakura foi para seu quarto tomar um banho antes do jantar, ela estava muito cansada. Após um delicioso jantar a mesmo teve seu merecido descanso, não demorou a dormir, pois fazia alguns dias que não dormia no conforto de uma boa cama.

 

Já haviam se passado quatro meses dês de que a rosada estava em Suna, após resolver os problemas financeiros do hospital a mesmo se apos avaliar os médicos lhes ensinou o que faltava aprender para trabalhar em um hospital de grande porte como aquele. Após concluída parte da missão a rosada começou com o treinamento de Temari.

 

Já fazia um tempo que Sakura não conseguia dormir, dês do dia que sonhara com a cena de Sasuke aos beijos com outra, a rosada andava muito pensativa, não conseguia entender o que sentia, já que não havia tanta dor quanto havia antes de sair de Konoha, na realidade a rosada estava magoada com a maneira com que o moreno a tratou. Sakura resolveu descer para beber água já que não conseguia dormir, quando entrou na cozinha se assustou. Gaara estava sentado na mesa com olhando para um copo de água em sua mão.

 

-Também não consegui dormir?

 

- Não. Você quer um chá? Vai te ajudar a dormir.

 

Gaara fitou a rosada por uns instantes antes de responder.

 

- Sim.

 

A rosada preparava o chá quando sua atenção foi chamada pela voz de Gaara.

 

- Sente falta de Konoha? Por isso não consegue dormir?

 

- Um pouco, mas não é exatamente por isso. E você, por que não consegue dormir?

 

O silêncio reinava, Sakura se repreendeu mentalmente por estar se intrometendo na vida do Kage, mas foi novamente tirada de seus pensamentos pela voz do mesmo.

 

- Eu fico me perguntando se as pessoas irão parar de ter medo de mim. Às vezes me pergunto se algum dia alguém teria coragem de se aproximar de mim sem temer que eu o mate. As vezes eu chego a pensar que todos sempre tiveram razão, eu realmente sou um montro.

 

Sakura podia ver a dor estampada no rosto do ruivo, não sabia o porquê, mas isso a deixava com uma pontada de dor no coração, o que conseqüentemente a deixava ainda mais confusa do que estava.

 

- Não diga isso, nunca mais. Você não é um monstro, é um ser humano e tem sentimentos como qualquer um. Um dia você ira encontrar alguém que te mereça e que ira te amar incondicionalmente. Às vezes não temos tudo que queremos, mas com certeza a vida nos guarda muitas felicidades.

 

Gaara sentiu seu coração se aquecer, com certeza aquela mulher era especial, e por um instante sentiu inveja do Uchiha que tem alguém como ela para amá-lo.

 

- Você ainda não disse o porquê de não conseguir dormir.

 

A rosada deu um longo suspiro antes de responder.

 

- Me apaixonei por quem não devia.

 

- Como assim? Você não amava o Uchiha?

 

- Sim, mas... Ele não me ama.

 

A rosada narrou toda historia do festival, apesar de não haver nenhuma intimidade com o ruivo ela se sentia bem em poder finalmente desabafar. No final do relato as lagrimas que escorriam sua face amenizava a dor que aos poucos estava desaparecendo. Gaara não sabia o que fazer, amaldiçoou mentalmente o Uchiha por fazer aquela criatura tão doce sofrer. O ruivo se aproximou de Sakura e em um impulso secou uma lagrima teimosa que escorria lentamente por sua face.

 

- Não chore, por favor. Ele não merece chore por ele.

 

- Não é por ele que choro, não mais.

 

- Então qual o motivo dessas lagrimas?

 

- Porque ele feriu meu orgulho e eu contribui para isso.

 

- Não se culpe por ele não saber amar. Ele não te merece, você é tão doce, tem um coração tão alegre, não chore mais eu definitivamente não gosto de te ver chorando.

 

Gaara acariciava o rosto da rosada, e lentamente seu rosto se aproximava do de Sakura, o ruivo não entendia o porquê da vontade de beijada, a única coisa que sabia era que aquela mulher fazia com que o muro que construiu ao redor de seu coração se desmoronasse. A rosada estava ciente da aproximação do ruivo, mas a mesma não conseguiu se mover, seu corpo ansiava pelo contato, seu coração batia descompassado e involuntariamente fechou seus olhos esperando a aproximação que não tardou a acontecer.

 

Quando ambos os lábios se envolveram com uma sincronia perfeita, mais nada conseguia passar pela cabeça de ambos, a única coisa que ambos pode fazer foi se entregar ao momento, que estava acabando de se tornar inesquecível na vida dos dois. Seus corpos necessitavam de um contado maior, após alguns minutos se separaram por falta de ar. Após se fitarem por alguns instantes novamente se beijaram com urgência. Lentamente os dois subiram as escadas e quando pararam na porta do quarto do ruivo ambos sabiam o que poderia acontecer. Sakura nunca havia se entregado a nenhum homem, mas naquela noite não se importava com mais nada a não ser em estar nos braços daquele homem.

 

Temari escutou alguns passos vindos do corredor, quando abriu uma pequena fresta da porta de seu quarto pode ver seu irmão e Sakura aos beijos, Gaara havia aberto a porta do quarto e segurou à mão de Sakura e a olhava como se tivesse perguntando silenciosamente se era aquilo que a rosada queria, os dois entraram no quarto. Temari assistia a cena com um pequeno sorriso no rosto, finalmente o irmão estava deixando que alguém se aproximasse de seu coração. Temari voltou para sua cama, feliz pelo irmão voltou a deitar e adormeceu novamente.