Não importava por onde Harry Potter passasse: as pessoas sempre acabavam cochichando, comentando sobre a nova novidade de Hogwarts.
Harry Potter estava namorando, oficialmente, Draco Malfoy, filho do praticamente braço direito de Lord Voldemort.
Mesmo já fazendo um mês e meio que todos sabiam que estavam juntos, os comentários continuavam firmes e fortes. E Harry estava de saco cheio com isso.
Tudo bem que Potter nunca foi um poço de paciência, mas agora ele parecia estar sempre andando na linha tênue que o separava de explodir de raiva e atacar um colega de escola.
Os primeiros na fila de pessoas que ele queria muito azarar eram, com toda e total certeza, os sonserinos.
Mas eles não atingiram Harry, fizeram muito pior. Estavam falando em como Malfoy é um traidor do sangue, comparando-o aos Weasley’s – não que Harry achasse que ser comparado aos Weasley’s fosse uma coisa ruim, muito pelo contrário, ele achava que não havia família com mais boa índole que os Weasley’s. Mas para Draco, isso era praticamente o chamar de trouxa. E isso feria, gravemente, o orgulho de qualquer sonserino puro sangue. Ainda mais um Sonserino que havia sido deserdado da sua família e agora tinha que viver usando o sobrenome de solteira da mãe e usufruir da herança dos Black que sua mãe havia mandado para ele.
— Deixa de ser idiota, Potter. — Draco falou, revirando os olhos enquanto arrumava uma mecha de cabelo de Harry, que caíra em frente ao óculos dele.
Franzindo o cenho, Harry cogitou cortar o cabelo. Ele já estava comprido demais e logo logo estaria na altura de seus ombros.
— Eu não gosto desses caras te zoando, Draco. — Fez uma careta. — Antes eu ficaria mais feliz quando te visse sendo zoado por alguém, mas me sinto incomodado agora.