Silver escrita por Isabelle


Capítulo 6
Capítulo 5 - Charlie


Notas iniciais do capítulo

"Não olhe agora, estou olhando pra você
Não olhe agora, estou olhando pra você
Me faça um gesto, me faça perto
Me dê a lua que eu te faço adormecer"
— Teatro Mágico



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Meu corpo estava jogado no sofá de Wade por uma hora exata. Eu fiquei ali espremida olhando para ele enquanto ele olhava para mim preocupado. Eu não tinha falado com ele sobre o que tinha acontecido, não queria falar, se eu falasse tudo iria realmente se concretizar e eu ainda simplesmente não poderia acreditar no que havia acabado de acontecer.

A cena se passava na minha cabeça como um filme. Eu estava na festa, conversando com Wade sobre meu TCC, que ainda estava longe de começar a ser feito e nós dois estávamos rindo quando Guilherme chegou. Ele era um dos amigos de André dos quais eu tinha me tornado bem próxima, e ele tinha descoberto do meu término com André somente aquela noite quando ele me virá sair do carro com Wade. Bem, aquilo fazia sentido, André não era o tipo de cara que saia contando, mas eu esperava que pelo menos Gui percebesse que provavelmente as garotas que André estava levando para casa não era porque nós dois estávamos juntos, e foi aí que minha ficha caiu.

— Como assim você não tinha descoberto que nós dois tínhamos terminado? — Perguntei, querendo saber mais do assunto.

— Bem, está tudo normal lá na republica, nada mudou, ele continua da mesma forma que ele estava antes. — Ele disse, e eu quase consegui soltar um sorriso para ele.

— Então, ele não tem levado meninas para a republica? — Talvez André tivesse se arrependido do nosso termino e agora somente ficava no quarto jogado na cama triste da mesma forma que eu estava.

— Não. — Gui estava me olhando de um jeito engraçado. — Somente a Dani continua indo lá, como ela sempre fez.

— O que? — Eu demorei um pouco para assimilar.

— Sabe, eu sempre achei engraçado você nunca se importar com a proximidade dos dois, já que você sabe.

— Sei do que? — Meu coração estava começando a disparar de um jeito engraçado.

— Já que eles namoravam antes do André conhecer você. — E de repente todo meu mundo fez sentido, e nesse exato momento todo ele também desmoronou.

— Gui, o que eles fazem quando eles ficam lá?

— Eu não sei a porta sempre ficou fechada, e toda vez que eu perguntava para Dani quando ela estava saindo, ela dizia cuida da sua vida. — Guilherme percebeu que ele tinha deixado ideias erradas na minha cabeça. — Mas, eu nunca pensei que fosse algo assim, até porque ela era uma das suas melhores amigas e ele era seu namorado, mas hoje a noite quando ela chegou, ela estava toda intima dele, fazendo insinuações, que eu achei que eu devia te contar.

— Oh meu Deus. — Eu coloquei a mão na boca e a mordi levemente sem que ninguém percebesse para que eu não começasse a chorar ali em frente a todas aquelas pessoas.

— Me desculpe mesmo, Charlie. — Ele disse, e foi se afastando, percebendo o que tinha feito.

Depois disso Wade tinha voltado e eu havia chorado por vários minutos em sua camiseta, enquanto ela apenas repousou os braços em minha volta, me confortando. Ele era um completo desconhecido, me confortando mais que as pessoas que eu conhecia por anos. A vida realmente podia se mostrar um pouco irônica as vezes.

— Você está melhor? — Wade me perguntou com o maior carinho. — Eu vou fazer um chá para você, tudo bem?

Eu olhei o percurso que ele fez para cozinha e depois rodei os olhos envolta percebendo o quanto o apartamento dele lembrava ao meu. Não estou dizendo na forma em que foi estruturado, porque a maioria dos prédios tem os apartamentos seguindo o mesmo padrão, mas em um aspecto mais estético. Havia alguns pôsteres colado na parede, do que eu acreditava ser uma sala de jantar, de bandas inglesas que eu não tinha conhecimento, a não ser um pôster de Daughter, que era uma das minhas bandas favoritas. O mapa de Westeros tomava uma grande parte da parede atrás da TV, e este se parecia muito com o que eu tinha colado em meu quarto. A estante de livros que também ficava na sala, como a minha trazia muitos títulos conhecidos, e eu nunca havia parado para pensar em como eu havia criado um esteriótipo horrível de Wade só por ele ser como um cara dos caras de comedia romântica que ficam com todo mundo e partem os corações das garotas.

— Aqui. — Ele me entregou uma caneca do darth vader com chá.

Eu parei para fitá-lo, mas de verdade agora. Sem que ele estivesse bêbado ou seminu. Queria ler e entender quem era realmente Wade. Ele realmente era bonito. Não bonito de uma forma superficial, mas sim, em uma forma abrangente da palavra bonito. Ele tinha aquela barba meio falhada que se concentrava mais no seu buço e eu seu queixo. Os olhos eram escuros, mas profundos, como se escondessem alguma coisa lá no fundo. O cabelo gritava por um corte, contudo, eu não achava que combinaria com seu estilo um cabelo curto. Ele era simplesmente o que poderia chamar de Mr. Darcy, sem os olhos claros e as declarações de amor. Aquela noite em que eu o encontrei bêbado devia ser uma das poucas noites que ele havia o feito, aquilo não parecia ser do seu feito. Wade parecia ser um cara que já havia amado, e que tinha quebrado a cara feio, e assim seu coração se tornara algo inalcançável.

— Houve uma vez que nós fomos para uma festa na republica, quase uma parecida com essa calourada, mas foi uma festa de dia, na piscina da republica Z. — Eu fui me recordando de cada cena como se tivesse acontecido há poucas horas e não há dois anos. — André insistiu que nós fossemos, eu não queria muito. Era muito nova na cidade, e não conhecia ninguém, eu meio que sabia que ia me sentir deslocada. — Suspirei profundamente vendo que Wade estava atento as minhas palavras. — Mas, o mesmo motivo que eu tinha para não ir, foram os motivos que me fizeram ir, porque eu queria me enturmar, então nós fomos.

“André já conhecia quase todo mundo, ele sempre fora bem relacionado com as pessoas. Eu claramente me senti um peixe da água, contudo, as pessoas foram tão legais, sabe? Gui, o cara que foi até a gente essa noite, fora uma das pessoas que foi extremamente legal comigo. Então, André entrou para buscar uma cerveja e me deixou sozinha com o Gui. Nós dois ficamos conversando por um tempo, mas eu vi que André estava demorando, então eu resolvi ir atras dele entrando dentro da casa que eu mal conhecia. O que foi uma péssima ideia, mas, chegando lá, estava ele e uma menina brigando no meio da cozinha gigante. Já foi em uma cozinha de uma republica? Eu só fui naquela, mas meu Deus, era gigante.”

Wade me olhava tão atento que aquilo me preocupava, não queria que ele estivesse tão preocupado a esse ponto comigo. Queria que ele apenas parasse de me olhar como se eu fosse uma boneca de porcelana e qualquer momento pudesse quebrar.

— E ai? — Disse, e eu sorri.

— Ele estava gritando com essa garota linda sobre umas coisas que eu não conseguia entender. Tinha haver com praia, e aquele verão. Eu não entendi na época sobre o que eles estavam discutindo porque eu não fazia ideia. Mas então, André me viu, e parou imediatamente de gritar. Ele abriu um sorriso para mim, e puxou minha mão lentamente me trazendo perto da garota que também tinha se esforçado para sorrir, mas eu sabia que ela não estava nada feliz em me ver. Conseguia ler nos olhos dela.

“Aí o André continuou sorrindo e disse que aquela era a Daniella, uma das suas melhores amigas no ensino médio. Eu como qualquer namorada fiquei super empolgada para conhecer ela, afinal ela era a melhor amiga do meu namorado. Eu sabia que não era párea para a melhor amiga do meu namorado porque, fala sério, eu estava bem embaixo dela no topo das pessoas mais importantes para ele. Então, com o maior sorriso que eu pude dar, eu sorri para ela, e apertei sua mão, toda empolgada. Ela reconheceu isso com tanto carinho que em poucos minutos nós duas estávamos sentadas em frente a piscina conversando sobre os hábitos estúpidos do André. Aquilo pareceu tão legal, sabe? Eu mal tinha entrado na faculdade e já tinha uma amiga, e além de tudo, ela era da minha sala, quer dizer, tinha algo mais legal que aquilo?”

— Tudo bem. — Wade me olhou um tanto confuso. — Qual a relação dessa história toda com o fato de você ter chorado uma eternidade no meu peito?

— Bem, passou alguns meses desde aquele dia, e André, eu, Gui, Dani e outros amigos fomos para um show que havia aqui na cidade. Nós estávamos dentro do carro, quando Gui, que estava dirigindo, disse que tinha achado um batom meu. Eu fiquei meio, não esse batom não é meu, então quando eu peguei o batom eu reconheci na hora sendo um dos batons de Dani, porque alías, eu havia ajudado ela a comprar aquele maldito batom. Então Gui ficou totalmente desconfortável no banco do motorista, mas tudo bem, eu fiquei totalmente o.k com aquilo, porque alias, aquele era o carro de Gui. Depois, nós chegamos ao show, e eu sai três segundos para buscar uma bebida e quando eu voltei Gui estava conversando de um jeito estranho com André que parecia estar de cara amarrada para ele. Eu me aproximei dos dois, e eles simplesmente desfizeram as caras, e tudo prosseguiu. Após isso, quando André saiu para ir no banheiro, eu perguntei para Gui por que ele havia achado que aquele batom era meu, e ele tinha dito que André tinha pedido emprestado o carro no dia anterior, e achava que eu estava com ele.

Wade me encarou da forma exata que eu sabia que ele iria me encarar. Ele era um homem esperto, com certeza conseguiu ligar os pontos antes que eu acabasse toda a história, mesmo assim, eu queria continuar contando-a, para perceber o quanto tudo que Gui havia me contado fazia sentido.

— Quando eu perguntei para André sobre o batom e o carro, ele apenas me deu uma desculpa esfarrapada que havia levado Dani para um compromisso importante que ela tinha, e o que eu pensei? Claro, ela era a melhor amiga dele, ele tinha mesmo que fazer isso. Mas hoje na festa Gui me disse que Dani tem o costume de ir lá quase todas as noites, e que eles sempre tem programas juntos. Então na verdade, ele não tinha ele levado ela para um compromisso...

— Sabe que talvez eles só sejam muito amigos mesmo, certo?

— Você costuma foder com suas melhores amigas, Wade? — Eu perguntei, e ele me olhou com uma cara de culpado. Fui obrigada a com um travesseiro na cara nele, que minutos depois foi retribuído.

— Mas sério, Charlie, isso tudo pode ser apenas uma grande coincidência. — Ele me olhou apreensivo. — A gente sempre tende a pensar o pior das pessoas, e as vezes nem é o pior.

— Sabe duas pessoas que se beijam quando acham que não estão sendo observados por ninguém, mas na verdade estão? — A raiva em minha voz era nítida. — Então, esse é o caso dos dois, mas a diferença é que eles era apenas melhores amigos que namoraram por anos e nem menos se preocuparam em me contar isso.

— Oh meu Deus, Charlie. — A voz dele soava indignada, realmente do jeito que havia de soar. — Ele estava te traindo com uma das suas melhores amigas.

— Ele estava me traindo com uma das minhas melhores amigas. — Eu beberiquei o chá levemente, minhas mãos estavam um pouco trêmulas. — Ele me pediu um tempo aquela noite para poder transar com uma das minhas melhores amigas e depois voltar pra mim como se nada tivesse acontecido.

— Mas por que pedir um tempo se ele já vinha fazendo isso? — A pergunta de Wade realmente fez sentido.

— Talvez ele quisesse voltar a ficar com ela.

— Mas se ele pediu só um tempo, é porque ele queria voltar com você…

— É isso que não faz sentido na minha cabeça. — Eu disse, e ele afirmou.

— Bem, e o que você vai fazer? — Ele me perguntou.

Eu não sabia muito bem. Para ser sincera, não havia nada que eu pudesse fazer. André e eu já havíamos terminado, essa deveria ter sido a atitude que eu devia ter tomado assim que eu tivesse sabido de algo, contudo, eu nunca havia chegado a saber de nada.

— Não tem nada que eu possa fazer. — Eu disse, enfim, e ele me olhou, parecendo ter algo em mente.

— Existem pequenas coisas que você pode fazer que eu percebi que você ainda não fez. — O olhar dele era duro em mim, e eu sabia que ele daria um daqueles discursos de tirar o band-aid rápido para não doer tanto e tudo mais

— Como o que por exemplo?

— Já devolveu as coisas dele que com certeza devem ter ficado em seu apartamento? — Ele me perguntou sério. — Ou removeu todas as fotos das suas redes sociais?

— Eu… — Olhei para ele, e fiz um gesto com ombros demonstrando derrota.

— Olha, Charlie, eu sei que é realmente difícil, mas acho que ele queria esse tempo, e eu estou achando que ele ainda acha que tem uma remota chance com você, mesmo que seja pequena. Ao mesmo tempo que eu acho que ele também pode manter Dani. Ele quer vocês duas. — Wade naquele momento aparentava ser bem mais velho do que ela achava que ele era. — Precisa mostrar para ele que não vai ter volta, não importa o que ele faça.

Olhei para ele com medo. Sabia que devia ter feito isso, porém o pensamento de fazer sempre vinha com o final de tudo, e eu tinha muito medo desse final. André tinha sido uma parte muito importante da minha vida. Não seria tão fácil assim removê-lo como se nada tivesse acontecido.

— A não ser que você queira voltar com ele depois dele ter passado meses te enganando.

— Quero marcar a cara dele com a palma da minha mão. — O ódio borbulhava em mim.

— Calma, tigresa, com uma mão dessa você pode realmente machucar alguém. — Ele disse me zoando enquanto encarava minhas mãos que eram bem pequenas.

— Quer testar?

Wade deu um sorriso de lado e se levantou, indo até o que eu acreditava ser um dos quartos. Minutos depois ele saiu de lá segurando um notebook que já estava aberto na pagina do facebook. Eu respirei profundamente antes de pegar aquele computador e logar, preparada para remover o relacionamento sério, que nem mesmo André havia retirado.

— Tudo bem, a gente precisa de álcool pra fazer isso.

— Você está pronta? — Wade colocou a garrafa na boca como se fosse um microfone.

Eu apenas tampei meu rosto, e ele soltou uma risada.

— Vamos lá, Charlie, eu sei que você não é covarde, precisa mostrar pra esse menino que não é assim que as coisas funcionam.

— Isso aí. — Gritei, mas não bem como um grito, tinha saído mais como um ruido alto.

— O que foi isso? — Wade soltou uma risada, e eu percebi o quão bonito o sorriso dele era.

Era m eia noite, e eu estava sentada no apartamento de Wade, com Tame Impala tocando em uma altura considerável, já que não podíamos fazer barulho depois da meia-noite. Contudo mesmo assim, nós dois passamos horas ali conversando e rindo, enquanto eu contava historias das fotos que eu apagava, e até mesmo de postagens ridículas de quatro anos atrás. Eu pensava que seria a coisa mais difícil da minha vida ter que apagar nossas coisas, mas com Wade ao meu lado me fazendo rir, realmente, não estava sendo tão dificil quanto eu pensava. Ele havia se tornado a pessoa que eu mais confiava naquela cidade e eu nem ao menos conhecia ele. Não sabia praticamente nada sobre, Wade, sua vida era uma pagina em branca para mim, mesmo assim, ali estávamos nós dois, sentados naquele sofá como se fossemos melhores amigos, rindo e bebendo.

— Acho que eu quero dançar. — As palavras deslizaram da minha boca antes que eu pudesse bloqueá-las, acredito que essas foram minhas palavras. Eu não me lembro muito bem disso, somente de alguns borrões.

Wade riu do meu comentário e ficou me observando enquanto eu fazia uma coisa que eu tinha certeza absoluta que não era nada parecido com dançar, e mais como rodar sem parar em círculos que me deixariam enjoada. Eu encontrava seu olhar toda vez que girava, e ele me encarava de uma forma que eu tinha quase certeza não ser nada amigável, aquele olhar de Wade sobre mim fazia com que minha pele arrepiasse e desejasse pelo seu contato contudo, eu não tinha parado para pensar naquilo aquele momento. Eu apenas ficava girando e girando, até finalmente encontrar o chão, e começar a soltar uma risada alta e desesperada. O corpo de Wade fora quase que imediato ao meu encontro, enquanto eu soltava risada de toda a situação. Ele me encarou profundamente, enquanto eu sorria para ele.

— Você está bem? — Perguntou colocando as mãos por de trás da minha cabeça.

— Eu estou ótima. — Abri um sorriso para ele. — Você é muito bonito sabia disso? Tem um sorriso incrível.

Eu olhei bem para o fundo dos olhos dele e soltei um sorriso. Meu corpo fora puxado para perto dele, e eu passei os braços pelo seu pescoço. Os olhos dele beijavam os meus tão lentamente, que eu cheguei a sentir minha pele toda arrepiada. Uma música tinha começado a tocar, ela não me era estranha, tinha quase certeza ser Phill Veras. A respiração dele estava tocando meu rosto, e meu coração começou a acelerar daquela forma descompassada que eu estava evitando desde que minha última decepção tinha sido somente há uma semana atrás, contudo, o rosto dele estava tão perto. Os lábios estavam bem ali, tão bem desenhados, tão chamativos. Minha mão percorreu o caminho de seu pescoço até a sua boca. Meu dedão deslizou por cima de seus lábios tão levemente que meu corpo inteiro era carregado por cargas que causavam algo estranho em meu estômago. Eu conseguia senti o meu corpo pedindo por ele. Quase chegava a gritar. Ele fez o mesmo, deslizou a mão que também estava no meu pescoço até minha boca, e depois percorreu o caminho até o meu peito. Ele conseguia sentir as batidas, eu conseguia sentir as batidas, e elas me avisavam do perigo.

— Wade… — Disse em quase um suspiro.

Os olhos dele percorreram toda a extensão do meu corpo até chegar aos meus lábios, e finalmente aos meus olhos. Ele sabia tanto quanto eu que era errado, então antes que qualquer coisa pudesse acontecer, eu virei o rosto para o lado, e vomitei todas as bebidas que pediam para sair do meu corpo bem no piso do apartamento de Wade.




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