Silver escrita por Isabelle


Capítulo 30
Capítulo 29 – Wade


Notas iniciais do capítulo

"Eu sinto sua falta
Eu sinto muito sua falta
Eu nunca te esquecerei
Oh! Isso é tão triste
Eu espero que possa me ouvir
Eu me lembro bem disso
O dia que você partiu
Foi o dia que eu percebi
Que nada será igual"
— Avril Lavigne



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Meus olhos se abriram e fui nocauteado severamente pelo meu próprio estômago que havia inventado de me trair. Não conseguia nem ao menos respirar direito, enquanto tentava me locomover até o banheiro para depositar todo aquele veneno que havia feito do meu estômago moradia. Meu corpo inteiro havia me traído, até mesmo minha consciência havia me deixado em paz naqueles momentos de embriaguez, e agora, que ele tinha ido embora, ela voltava como uma pancada no rosto, me fazendo sentir vergonha de todos os meus atos. Cada um deles.

Minha ânsia, não só das bebidas, mas de mim mesmo, percorreu todo meu esôfago, visitou minha faringe, fez morada na minha boca, e deslizou dos meus lábios até a água parada da privada. Meus olhos tatearam aquela cena horrível, e eu era um expectador fora do meu próprio corpo, vendo meu corpo todo acabado a merce de um bidê. Eu não sabia nem começar a explicar o que eu senti naquele momento.

Tossi uma tosse seca, e apertei a válvula de descarga, vendo tudo ir embora da mesma forma que eu queria ir. Joguei meu corpo para o lado, e limpei a boca na manga da blusa azul, enquanto engolir não era mais uma tarefa fácil, mas sim, um amargor completo, que tentava deslizar para dentro sem sucesso já que a decepção estava entalada na minha garganta há muitos dias.

Contei os azulejos no banheiro diversas vezes, antes de criar coragem para levantar meu corpo, e empurrá-lo até a cozinha a procura de outra bebida para preencher meu estômago já que todas aquelas haviam sido acabadas de serem todas jogadas por água abaixo. Meus olhos desfocados encontraram a garrafa de vinho com metade de um liquido escuro preenchendo-a, tentei sorrir, mas meu maxilar doía, junto com todo o corpo, então apenas soltei um suspiro que soou como satisfação.

Todo meu apartamento cheirava a lixo, e havia o que eu acreditava serem bichos deslizando por entre a fruteira, e meu balcão. Uma ânsia voltou pelo meu esófago, e eu coloquei a mão na boca, antes de pegar a fruteira e embrulhá-la em um dos sacos de lixo. O cheiro ainda não ganhava melhora, então, resolvi pegar um pano para ao menos, tirar uma porcentagem dos bigatos que deslizavam por toda a extensão do meu balcão. A ânsia brincava com minha garganta todas as vezes que o pano cruzava o balcão.

Ergui o que parecia ser um porta-retratos e limpei por baixo. Meus olhos dançaram por entre a foto que eu segurava em minhas mãos, e eu soltei um suspiro baixo antes de escorregar o pano por ele, mesmo que todo o seu vidro estivesse quebrado. Meu coração doeu. Meus olhos arderam ao conter as lágrimas, mas, mesmo assim, elas deslizaram pelos meus olhos cansados. Soltei o pano com intensidade, e desci as minhas pernas até que elas ficassem encostadas no chão, e minhas costas estivessem prensadas contra a parede.

Lorena estava usando um vestido rose que encontrava sua cintura em uma linha reta, beijava suas pernas, e dançavam rapidamente um tipo de rodado antes de finalizar em seu calcanhar. Uma jaqueta preta totalmente sem contexto que eu havia lhe emprestado no nosso primeiro encontro caia sobre seus ombros. Os olhos claros brilhavam para mim mesmo de longe, suas mãos estavam firmes envolta do buquê de lírios brancos e ela sorriu para mim antes mesmo de dar vários passos para frente.

Meu corpo todo estava intacto no mesmo lugar desde que eu havia chegado aquele lugar. O celebrante disse algumas palavras pacificas para me acalmar e dizer que aquela era a decisão certa, mas eu não estava com medo, eu estava com um frio tremendo na barriga, eu estava com o amor mais puro e verdadeiro transbordando em meu coração, e eu nem ao menos sabia como expressar isso para ela, ela que estava há alguns passos de mim, me encarando, e naquele momento, eramos somente aquilo. Duas pessoas despidas de qualquer peso emocional, de qualquer insegurança, de qualquer medo. Eramos somente nós dois naquele campo coberto por pessoas em branco, e continuaria sendo, mesmo depois que aquela bagunça de pessoas tivessem ido embora. Eramos apenas nós dois, para todo o sempre.

O sempre mostrou ser mais volúvel do que eu pensava.

Em meio a pequena festa que tínhamos dado na casa de sua mãe, ela dançou pelas pessoas para subir em cima de uma cadeira que poderia ter desabado sobre seus pés, se ela não fosse tão pequena como era. Sua taça de champanhe estava envolta de uma de suas mãos, enquanto na outra ela tinha um garfo. Batidas rápidas se espalharam por toda a área, e as pessoas logo começaram a focar o olhar na minha linda esposa que mesmo em cima daquela cadeira, ainda parecia pequena.

— Com licença? — Os lábios ficaram em uma linha fina esticada por conta do sorriso. — Podem me dar um minuto da atenção de vocês?

— Posso te dar quantos minutos quiser, gracinha.

Um amigo antigo de Lorena exclamou, convocando risadas dos lábios de todas as pessoas presente, até mesmo dos meus, e dos dela.

— Tudo bem. — Colocou as mechas soltas do coque que estavam tampando seus olhos atrás das orelhas, e olhou para mim. — Certo, tudo bem. — Uma risada. — Ok.

Mordeu o lábio antes de soltá-lo, e soltou um suspiro longo que parecia estar preso no seu pulmão há muitos dias. Seus olhos pareciam estar se enchendo de lágrimas, mas ela tinha um dom que eu sempre admirei de conseguir contê-las, mesmo nos momentos mais difíceis.

— Quero dedicar esse brinde ao meu fabuloso marido que está ali.

Todos trocaram olhares comigo.

— Wade, eu tentei em vão não me apaixonar por você da forma que eu estou apaixonada agora. Eu nunca tive de fato uma ancora firme para acreditar no amor, já que bem, você sabe a história dos meus pais, mas estamos aqui nessa casa hoje reunidos com essas pessoas maravilhosas que tanto nos deram suporte, dois anos depois de um encontro terrível numa lanchonete qualquer do centro. Nós estamos vivendo esse momento, e espero viver muitos outros com você, meu amor. — Desceu da cadeira, e veio caminhando até mim. — Eu te amo mais do que tudo nessa minha vida, e quero que você saiba que você me faz feliz de uma forma que eu nem consigo te explicar.

Envolvi minha mão em sua cintura, e deixei seus lábios encontrarem os meus, suas mãos dançaram pelo meu pescoço, e um sorriso pareceu flutuar de seus lábios ao mesmo tempo que meu coração era envolvido pelo aroma que ela carregava por todo seu corpo. Nos afastamos brevemente, sem deslocar o olhar um do outro. Meu coração poderia pesar toneladas por causa do amor que ele tinha inventado de carregar, e eu não queria deixá-la sair dos meus braços. Não queria que ela fosse nem um passo para trás. Minhas mãos continuaram presas em suas costas na jaqueta preta, e meus olhos no dela. Um brilho correu em nossos olhos, e sorrimos um para o outro sentindo aquela risada florescer na boca do estômago.

— Amo você.

— Eu também amo você, seu ridículo. — Revirou os olhos.

Fechei meus olhos e as lágrimas vieram, tão excruciantes como elas deveriam ter vindo dias atrás. Um soluço rompeu minha garganta e eu quis me encolher no chão daquele apartamento sujo e fedido para todo o sempre. Um buraco se fincava dentro de mim, enquanto eu sentia uma dor gigante que vinha me destruindo por dentro de uma forma que eu pensei que nunca teria fim. Era como andar de montanha-russa, se o percurso que ela corresse fosse puro e total sofrimento. Eu estava perdido em seus trilhos, e não sabia como fazer com que ela parasse subitamente para que eu pudesse descer em segurança.

Cruzei meus braços por cima dos meus ombros, e me levantei, observando o que tinha acontecido comigo aquelas semanas. Onde eu havia me perdido daquela forma, e como eu faria para conseguir me encontrar de novo?

Tirei a foto do porta-retratos, e caminhei sem peso no ombro para meu quarto onde guardei-a dentro da gaveta. Comecei a juntar as garrafas espalhadas pelo chão do meu quarto, e joga-las dentro do saco de lixo onde havia jogado a fruteira. Olhei para toda a bagunça que ainda circulava aquele espaço, e cogitei a ideia de sair de casa a luz do fim da tarde para comprar algumas coisas. Meu apartamento simplesmente não poderia continuar daquela forma, então, sem nem ao menos pensar duas vezes, tomei um banho, e segui o caminho até o carro, onde estacionei em uma rua apertada no centro, era uma vaga boa para aquela hora do dia.

Desci do carro, e o ativei o alarme, quando meus olhos rodearam toda a imensidão observando os carros transitando por conta do sinal aberto. Desci os olhos até o outro lado da faixa e a encontrei tão pequena quanto uma joaninha no meu ver.

Os cabelos estavam presos em um penteado maria-chiquinha. Seus pés eram engolidos por botas rosas que ficavam largas nas canelas que estavam envoltas por um pano preto que subia por toda sua perna e delineava sua cintura. Aquela cintura que eu havia deleitado com meus próprios lábios. Uma blusa de gatinhos caia por cima do seu torso e ela parecia totalmente desanexa do que estava acontecendo a sua volta a não ser pelos olhos que ela mantinha na rua. Na imensidão de pessoas que se cruzava e nem ao menos se importava, na imensidão de pessoas que zanzavam próximos um ao outro sem a menor percepção que o mundo é muito mais do que suas próprias vidas, na imensidão que nem ao menos deixavam com que ela me notasse.

Eu queria que ela me notasse.

Ela não notaria.

As mãos estavam firmes em um guarda-chuva transparente, Alex estava ao seu lado murmurando palavras que ela parecia não ouvir, mas assentia para não deixá-lo mal. Eu conhecia bem aquele seu olhar. Aquele olhar do Alex que precisava desabafar, e senti falta. Não tinha entendido quando ele havia deixado de ser meu melhor amigo, e se tornado o dela. Escutava suas afirmações que isso não tinha acontecido, mas desde então, desde que ela havia ido passar um tempo em seu apartamento, seu tempo era totalmente gasto com Charlie. E por mais que parecesse ciúmes, não era, mas sim, o simples fato de eu também precisar dele, precisava desabafar sobre aquelas coisas presas de mim, mas tinha medo de que ao simplesmente falá-las elas se concretizarem e me tornarem um ser humano ainda pior.

Eu realmente não estava bem. Para ser sincero, faziam longas semanas que eu realmente não sabia o significado de estar bem. Era muito difícil lidar com tudo aquilo quando a pessoa que você mais quer falar sobre, é a única pessoa parar qual você não pode falar. Aquilo estava sendo mortalmente difícil.

Principalmente pelo fato de Charlie não olhar para mim, de modo algum. Nem por alguns segundos breves, nem para repousar o olhar em mim. Quando nos encontrávamos no corredor, ela nem ao menos conferia se era realmente eu, ou quando tínhamos que entrar no elevador juntos, ela apenas pegava o celular e ficava encarando-o com um interesse sobrenatural, como se algo superinteressante estivesse passando em sua tela. Na sala de aula, muito menos, seus olhos nem ao menos deslizavam sobre mim. Ela prestava atenção na aula, interagia com suas colegas, fazia todas as atividades, mas nunca havia tido uma palavra redirecionada para mim, nunca um olhar que encarasse meus olhos.

— Problemas no paraíso, Charlie? — Erica brincou em meio a uma aula que eu havia deixado eles concluírem seus trabalhos.

Meus olhos caíram por cima dela, e depois deslizaram para Charlie, que nem ao menos se deu por incomodada. Apenas fechou o caderno, jogou todos seus materiais para dentro da bolsa, e caminhou em passos firmes até a mesa, depositando o trabalho lá.

Sem olhar para mim.

Sem depositar aqueles olhos verdes que alimentavam meu coração.

Ela nem parecia se importar.

Depois de um tempo comecei a pensar que talvez ela somente não me visse, talvez minha existência apenas havia deixado de fazer sentido na sua mente, e pensasse que tudo que havia vivido era fantasioso porque era muito mais fácil conviver com isso. Por isso seu olhar não cruzava com o meu. Eu apenas tinha deixado de existir na sua mente.

Queria existir novamente.

Ela não deixaria.

E isso

Estava me matando lentamente por dentro.

Faziam semanas, e eu simplesmente não conseguia parar de pensar em todas as coisas que poderia ter feito diferente. Na noite que eu poderia ter ficado em casa, ao invés de sair para morrer de beber. Na noite em que desabei na porta de uma estranha e ela me acolheu. Queria que ela nunca tivesse me deixado entrar. Queria que ela apenas tivesse me empurrado para longe e deixasse que eu continuasse vivendo minha vida medíocre e triste.

Queria poder fazer tudo diferente. Não queria não. Eu amava estar apaixonado Charlie.

Nos primeiros dias, Alex tentava me manter informado de como ela estava, mesmo que eu não mandasse nenhuma mensagem. Nem para ele. Nem para ela. Eu pegava meu celular milhões de vezes e ficava olhando para os dígitos em sua tela, e de repente, eu via seus olhos focados e mortais. Eu via sua boca firme em uma linha para não desabar em lágrimas Eu ouvia a frase ecoando na minha cabeça. Me sentia sujo. Não sabia como explicar para ela, mas me sentia sujo de um jeito horrível. Eu sabia o que tinha feito naquela noite. Precisava mantê-la longe de mim. Mesmo que eu não quisesse.

Então ali estava eu, semanas após, encarando Charlie encarar com seus olhos verdes como grama a rua inundada pelas lágrimas pesadas que o céu havia despejado. Eram 2 da manhã quando ele havia começado a fazer aquilo, e desde então era somente isso que nos rodeava. As lágrimas do céu como uma grande ironia para toda aquela situação. Como uma grande ironia para meu coração que não poderia ser salvo, nem ao menos com todas as orações do mundo. Ele havia sido destruído, e no meio do caminho, tinha parado para destruir de uma pessoa que não tinha a menor relação com toda aquela situação.

Seus pés vieram caminhando com Alex a sua cola, e de repente ela sorriu, com uma facilidade que doeu meu coração. Ela simplesmente virou o rosto para Alex, e deixou um sorriso gigante estampar os lábios, enquanto Alex ainda falava alguma coisa. Um som saiu de sua garganta, e eu consegui escutar sua risada na minha cabeça. Abaixei a cabeça, e passei a mão no rosto como num ato de me fazer parar de deixar com que ela tumultuasse minha cabeça, e me virei pronto para atravessar a rua, quando seu olhar cruzou com o meu.

Os olhos verdes pararam, o coração bateu tão alto que poderia ter causado um susto aos carros que transitavam ali, seu corpo parou subitamente, e o sorriso em seu rosto sumiu tão rápido quanto ele surgiu. Ela ficou parada em meio a linha de pedestres me observando enquanto eu fazia o mesmo, pois tirar meus olhos dela significavam perder aquele olhar. Significava que talvez pudessem levar meses até que eu seu olhar encontrasse o meu de novo, e eu não queria perder aquilo. Não queria perder a sensação que eu sentia na boca do estômago quando aqueles olhos recaiam em mim.

Alex parou quase no mesmo instante e seguiu o olhar de Charlie. Sua mão se ergueu no ar e ele me fez um tipo de tchau meio acanhado. Ela já tinha tirado os olhos de cima de mim. Soltei o ar dos pulmões e levantei a mão também fazendo o mesmo gesto para ele, que sorriu, e puxou Charlie para vir em minha direção.

Ambos estavam vindo em minha direção.

Ambos falariam comigo.

Comecei a locomover minhas pernas para frente para alcançá-los.

Eu não sabia como falar com Charlie.

Só respire.

Respire.

Talvez ela ignorasse a minha presença.

Talvez tudo tinha se passado em minha cabeça, e eu não conhecia aquela garota. Alex me apresentaria a ela agora, e eu nunca teria machucado seu coração por uma falsa mentira.

Talvez

Um grito

Cuidado!

Ela puxou meu braço

E meu corpo ficou colado ao dela.

Seu coração batia muito, muito, muito forte, era quase como se ele fosse pular de seu peito e gritar comigo por tê-lo machucado. Eu realmente era um idiota. O som da carreta gritou ao fundo dos meus ouvidos, e uma buzina soou logo após. Desci meus olhos até os dela, e ela travou os dela nos meus. Meu coração murchou e se encheu de vida no mesmo instante, enquanto minha glândula lacrimal começou a produzir lágrimas que eu tive que conter.

Charlie soltou a respiração, e se afastou de mim, voltando para mais próxima de Alex, enquanto eu não sabia o que pensar sobre o fato do seu corpo estar tão perto do meu, ao mesmo tempo que ela havia acabado de me salvar. Tentei não levantar os olhos muito rápido para ela, mas era praticamente uma missão impossível.

— Ei, Wade, como você está? — Alex tentou aliviar o clima.

Mal. Mal. Mal. Mal. Mal. Mal. Mal. Mal. Mal. Mal. Mal. Mal. Mal. Mal. Mal. Mal. Mal.

— Ah, vocês sabem, do mesmo jeito, e vocês? — Controlei a voz.

— Nós estamos bem. — Uma risada.

Charlie em total silencio, com bochechas ruborizadas.

— Está indo para onde? — Novamente Alex.

— Estou indo para…

— O bar? — A voz de Charlie soou tão ácida que poderia jurar que ela havia se revestido de aço.

— O supermercado.— Conclui. — Vou comprar alguns produtos para limpar meu apartamento.

Alex assentiu com a cabeça sem saber o que fazer em seguida.

— Bem, eu vou seguindo então, nos vemos outro dia.

— Sim, claro.

Eu sabia que não nos veríamos tão cedo novamente, mas, mesmo assim, pareceu a coisa certa a dizer, ou talvez não parecesse, fosse só meu corpo em um instinto de dizer alguma coisa, lutando para que Charlie respondesse, mas ela não iria. Não depois do que ela tinha visto. Não depois que eu havia deixado com que ela se perdesse junto comigo em alguma parte do caminho. Olhei para ela de relance uma última vez, mas ela não fez o mesmo, então apenas abaixei a cabeça, olhei para os lados suavemente e continuei seguindo, tentando controlar a vontade incessante que eu tinha no coração de olhar para trás, era como deixar um pedaço importante de mim ir embora, ele ia se distanciando e meu coração se apertava cada vez mais, infelizmente, eu sabia que aquilo, toda a situação que eu havia me jogado, era algo sem volta.


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Notas finais do capítulo

gent de Deus, fui no show da banda mais bonita da cidade sexta, alguém escuta? Ain foi tão amorzinho.