Silver escrita por Isabelle


Capítulo 28
Capítulo 27 – Charlie


Notas iniciais do capítulo

"Se houvesse uma única outra maneira de fazer isso
Eu me sinto como um assassino por teu colocado seu coração nisso
Eu sei, eu sempre disse que eu nunca poderia te machucar
Mas esta é ultima vez, eu estou indo para sempre
Mas eu sei que eu vou ser mais feliz
E eu sei que você também vai"
— Tame Impala ( ❤❤❤❤)



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Silêncio.

Mutez.

Quieto.

Repouso.

Taciturnidade.

Calmo?

Sereno.

Silêncio.

Mutez.

Quieto.

Repouso.

Taciturnidade.

Taciturnidade.

Taciturno.

Celular.

Silencioso.

Calmo.

Sem nenhuma notificação.

Olhos atentos, olhos focados, olhos desesperados.

Coração atento, coração focado, coração pesado.

Estômago atento, estômago focado, estômago pesado.

Borboletas intactas no mesmo lugar, paradas, amedrontadas, desesperadas, taciturnas, frouxas, tímidas, receosas, ansiosas, desconfiadas, duvidosas, preocupadas, paralisadas.

Juntei as mãos. Cruzei os dedos. Descruzei os dedos. Senti a textura do gesso. Senti meu coração batendo. A porta do outro lado do corredor bateu. Minha curiosidade gritou. Eu deslizei até o olho mágico pressionando meu corpo contra a porta sentindo seu material em temperatura ambiente. Bufei. Queria poder sentir seu calor. O calor de Wade. Ela já havia se fechado. Se fechado. A porta tinha se fechado. Meus olhos tinham se fechado. Meu estômago tinha se fechado. Meu coração tinha se fechado. Wade tinha se fechado.

E eu nem sabia o porquê.

Vida.

Por causa da Vida.

A vida.

Ela te dá várias lições quando você menos espera, quando você está sonolenta por conta de vários remédios, quanto seu braço está apoiado em uma tipoia envolto em gesso puro, quando seus olhos se abrem num quarto branco de hospital e a pessoa que você encontra ao seu lado não era a mesma que havia dormido ao seu lado na noite anterior, a pessoa que você não estava esperando. Quando você achava já ter aprendido aquela lição com seu ex namorado, mas quando cai a ficha, você percebe que você não aprendeu nada. Tudo o que você achava saber simplesmente é jogado para o alto, e você não tem tempo para se preparar.

Porque é isso que a vida faz.

Ela te joga várias coisas. Sem ao menos se preocupar se você está pronto ou não. Ela não está nem ai. Ela está pronta e se você não está, é melhor começar a ficar, porque a qualquer momento qualquer coisa pode acontecer, qualquer coisa mesmo, até mesmo uma coisa que nem em mil anos se passaria em sua cabeça.

Essa foi a lição que eu havia aprendido da vida.

Não esperar que a vida vá me dá um tempo para receber notícia ruim.

Esperar qualquer coisa ruim, porque as pessoas não estão nem aí para você.

A vida não te dá tempo para organizar. A vida não espera uma coisa boa acontecer, para em seguida acontecer uma ruim. Essa não é a vida. Ela simplesmente não se importa com o que pode ter acontecido recentemente. Ela não se importa se você sofreu um acidente de carro, e quase morreu. A vida não se importa se você está tão apaixonada que as vezes você pensa que tudo simplesmente vai explodir em um arco íris de amor. A vida não bate na porta e pergunta se ela pode trazer noticiais ruins, e quando você nega ela vai embora da mesma forma como ela chegou. Não mesmo. Ela chega e joga como um tapa em seu rosto, e não liga se vai causar tumulto ou não.

Alex estava sentado no sofá me observando preocupado. Soltei um suspiro pesado, antes de soltar uma risada falsa e abrir meus olhos. Fitei a porta do meu apartamento, dei um passo para longe dela, e olhei para Alex.

O cabelo estava grande e bagunçado. Havia olheiras em seus olhos claros, e eu não sabia o que fazer, e nem ao menos como perguntar para ele o que estava acontecendo, porque eu já havia tentando. Milhões de vezes. Milhões de vezes desde que havia saído do hospital. Milhões de vezes em 7 dias desde que eu havia recebido alta do hospital. Milhões de vezes desde que Wade havia deixado aquele quarto enquanto eu estava dormindo, e nunca mais voltado.

Meus pés carregavam a mesma derrota que eu carregava nas costas ao voltar para o sofá onde eu estava sentada antes. Deixei meu corpo preenchê-lo junto com a derrota, e soltei um abafo que estava preso não só em meus pulmões, mas também no meu coração.

Alex continuava me observando com a mesma atenção que antes, mas isso não mudava o fato do peso que eu estava sentindo. Eu sabia que ele deveria saber de alguma coisa. Wade era seu melhor amigo, ele deveria ter dito alguma coisa sobre o que tinha acontecido, mas ele não me falava. Nenhum deles me falava. Queria entender o que estava acontecendo. Era meu único pedido.

Nos primeiros dias pensei que poderia ser algo relacionado a minha imprudência e por conta do acidente, mas logo após comecei a raciocinar direito e após uma afirmação de Alex consegui tirar aquela ideia da minha cabeça.

“Ele precisa de um tempo para pensar” era o que Alex me falava, muitas e muitas vezes quando eu trazia a tona o assunto. Eu não queria saber daquilo por Alex. Queria ouvir aquilo saindo da boca de Wade, dos lábios que tantas vezes já tinham me consumido, mas ele parecia ter construído um muro de gelo não só envolta de seu apartamento, mas de si mesmo, e de seu coração. Agora eu estava ali fora, vendo-o de uma distancia segura, enquanto me queimava por estar tão próxima ao gelo. Realmente deveria parar de dar ouvidos ao meu coração.

— Eu vou no banheiro. — Alex se levantou impaciente.

Meus olhos rondaram o teto do meu apartamento, e minha cabeça pesou. Pensei em ligar a TV para distrair minha mente com alguns seriados, mas nada parecia realmente atrativo. Estava morta de preguiça, com trilhões de questionamentos em minha mente, e ninguém ao menos tinha respostas para eles.

Wade não tinha ido dar aula nenhum dia aquela semana. Eu havia ficado esperando por ele, e mesmo assim, um silencio pleno tinha sido carregado para dentro da sala quando outro professor entrou, anunciando que tínhamos janela aquele dia. Tentei ligar para seu telefone tentando entender o que estava acontecendo, mas ele só caia direto na caixa de mensagem. O mesmo sobre seu fixo. Após isso, quando cheguei em casa tentei entrar em seu apartamento mas a porta estava trancada. A porta nunca estava trancada para mim. Meu peito tinha acelerado um pouco, mas eu tentei respira, e não começar a hiperventilar, procurando causas daquilo. Uma semana depois eu tinha ganhado nada mais, nada menos do que um total silencio em retorno, apenas Alex com suas frases tentando me acalmar.

Alex colocou um filme na TV, e eu prendi os olhos nele por alguns segundos, antes de desviar minha atenção e focar em qualquer coisa aleatória. Meus pensamentos não estavam ficando concentrados, e mesmo que eu prendesse minha atenção no filme por alguns minutos, em outros, ele já flutuava para outra coisa. Como os trabalhos que eu tinha que fazer e meu braço estava enfaixado, em minha mãe que ainda não sabia do acidente, em Gabi que surtaria, em Wade que não queria de forma alguma falar comigo.

O filme acabou, e meus olhos ainda estavam presos no teto, e os de Alex em cima de mim. Sua preocupação era evidente, mas, mesmo assim, ele não abria seus lábios para me dizer nada, mesmo que eu tivesse uma leve suspeita que ele sabia mais do que ele estava me falando.

— Você quer sair para jantar? — Os olhos me examinando.

— Não. — Dureza em minha voz, não era pessoal.

— Quer ver um filme?

Tentou mais uma vez.

Dei um voto de silêncio.

— Charlie, olha…

— Quero que ele me explique o que está acontecendo, Alex, é isso que eu quero. Quero que ele me fale o que caralhas está acontecendo, porque eu não sei o que pensar.

— Ele está… não sei, confuso?

— Confuso com o que? — Me levantei. —Não tem esse papo de ele estar confuso, parece André.

— Você que ele não é assim… — Olhos magoados.

— Sabe do que eu sei? — Bufei. — Eu sei que eu cansei.

Sai pisando firme, e forcei a porta com força para ela se abrir. Atravessei os poucos metros que separava seu apartamento de mim, e bati com força na porta com meu braço bom. O silencio continuava planando, mas eu tinha a total questão de continuar batendo até que alguém aparecesse pronto para me explicar o que estava acontecendo. Eu queria poder fingir que nada estava acontecendo, mas queria respostas. Se ele queria um fim, colocasse logo um fim em toda aquela merda, não ficasse se escondendo atrás de uma porta de um apartamento, e de Alex, que mal servia para resolver seus próprios problemas, quanto mais ter que lidar com os meus e de Wade. O garoto parecia não dormir há semanas, e agora havia sido colocado no meio de uma discussão como um filho em meio a um divorcio. Eu realmente deveria colocar um fim naquilo.

— Wade!

Forcei a porta em um impulso, e ela se abriu. Pela primeira vez ele havia deixado a porta aberta. Aquilo poderia representar um bom sinal. Ou talvez nem tanto.

— Charlie, isso não é uma boa ideia.

Olhei para Alex, e após isso observei o aparamento de Wade que era identico ao meu, tirando alguns móveis e o fato que tudo estava coberto de uma escuridão total, além de uma desorganização que eu nunca vira antes. Havia lixo espalhado no chão, roupas jogadas em cima da TV, e muitas garrafas de vodka, cerveja, e outras bebidas jogadas ao chão. Virei para encontrar o olhar de Alex, mas ele parecia tão perplexo quanto eu. Não sabia nem o que dizer. Acendi a luz, e Alex fechou a porta atrás de nós. Minha mão dançou pela mesa coberta de poeira, até encontrar os materiais necessários para se fazer o que eu acreditava ser um baseado, com a maconha espalhada bem ali, na mesa de entrada, explicito para qualquer um que tivesse olhos funcionando ver.

Tapei meus lábios, e continuei adentrando aquele lixão. Nenhum som vinha de nenhum dos quartos, nenhum som vinha de nada, era como se tudo tivesse sido abandonado. A geladeira parecia estar desligada, e um cheiro horrível vinha da mesma. Meus pés continuaram se movendo até um barulho de vidro sendo estilhaçado. Olhei para o chão e vi o grande caco de vidro todo quebrado embaixo de meus pés. Meus olhos tateara todo o chão e mais destes foram sendo encontrados, até bem no fundo, ao lado do sofá haver um porta retrato velho que parecia ter sido arremessado na parede para ter causado um estrago como aquele. Alex continuava observando tudo com um olhar assustado, e eu tateei o objeto jogado ao chão.

Os olhos do casal na foto eram devoradores um sobre o outro. A mulher estava sorrindo com um sorriso tímido, enquanto os cabelos haviam sido domados em um coque frouxo, com algumas mechas escapando e caindo na frente de seu rosto. O homem tinha as mãos presas em suas costas que estavam cobertas por uma jaqueta preta. Ele usava um terno justo, e um cabelo com um corte muito maior do que eu já o havia visto usando. Seus lábios estampavam um sorriso que eu já tinha visto milhões de vezes, e olhar ambos de perfil me fazia sentir calafrios na espinha. O olhar dos dois era mais forte do que qualquer olhar que eu já tinha visto. Qualquer olhar que Wade já havia lançado para mim.

Coloquei o porta-retratos em cima do balcão ao lado de uma cesta de frutas que estavam estragadas, e continuei andando. Alex estava parado a frente da porta do quarto de Wade fitando-o como se fosse algum lugar extremamente proibido de ser adentrado. Seu corpo se virou para mim, e ele tomou seu caminho chegando mais próximo, até que seu corpo cobrisse o meu. Tentei me desvincilhar, mas ele parecia persistente em me bloquear. Naquele momento eu já sabia o que deveria esperar dentro daquele quarto, mesmo assim, queria ver com meus próprios olhos. Eu não poderia acreditar até que visse com meus próprios olhos, então coloquei a palma da mão na barriga de Alex, e o empurrei fracamente.

Seus olhos se fecharam, e ele se afastou tão lentamente, como se todos os movimentos em um minuto tivessem acabado de se tornar como em câmera lenta, tirando a mim, eu continuava da mesma forma, com o coração pulsante da mesma forma, esperando para ser destruído em pedacinhos que daquela vez não seriam tão fáceis de serem colados.

Meu peito doía, e meus olhos pareciam ter perdido o foco.

Wade estava sem camisa com uma calça preta presa em sua cintura jogado de bruços fazendo o que parecia ser dormir com centenas de garrafa de cerveja ou o que quer fossem jogadas ao chão de seu quarto que fedia a maconha e álcool enquanto o corpo de alguém estava pressuposto ao seu usando nada além de uma fina calcinha preta com algum tipo de renda. Ela estava jogada em cima de suas costas e o cabelo preto longo cobria suas feições. A bile queimou em minha garganta em menos de segundos, e eu me virei para cair direto no peito de Alex que estava com os braços firmes para me envolver. Minha garganta queimou como se eu tivesse acabado de engolir acido puro, e todas as borboletas silenciaram automaticamente. Lágrimas dançaram em meus olhos, e eu tentei não desabar naquele chão naquele momento. Meu peito subia e descia rapidamente, e um soluço alto rompeu pela minha garganta, enquanto as mãos de Alex desciam e subiam pelo meu cabelo.

Eu me sentia tão estupida. Tão estupida. Tão estupida.

Um som veio de trás de onde estávamos. Algo como cascos de cerveja batendo um no outro e passos. Virei meu corpo para encará-lo, pois sabia que era ele, e dei de cara com uma pessoa totalmente irreconhecível. Os cabelos uma confusão escura que pareciam implorar por um banho, uma barba falhada crescia em seu rosto, seus olhos castanhos pareciam vermelhos, e não tinha muita precisão de onde estava, mas no momento em que me encaravam, a sobriedade parecia ter caído por cima dele. Primeiramente ele encarou a minha tipoia, e logo após seus olhos encararam os meus. Seu peito descoberto só me fazia lembrar da garota jogada em sua cama.

Mordi meus lábios, a tapei minha boca com minha mão. Seu corpo veio caminhando até o meu, mas meus passos foram retrocedendo, fazendo com que subitamente ele parasse quando um soco atingiu seu peito ao perceber que eu estava com medo dele, que eu estava com nojo dele, que as lagrimas pesadas em meu rosto era por conta dele. Os olhos castanhos tão familiares em um passe de magica se tornaram os olhos do bêbado estranho na porta do meu apartamento três meses antes. Ele era só mais um estranho entre todas aquelas pessoas no mundo.

Virei o rosto subitamente não conseguindo mais o encarar e levei meu corpo até a porta. Ficar olhando para ele era ter que rever memórias e mais memórias invadindo meu peito. Era reviver memórias que estavam se tornando opacas tão lentamente que estava me causando uma dor excruciante que parecia gritar para sair de mim. Ambos me seguiram com pressa, mas eu apenas não foquei para nenhum deles. Entrei no apartamento, fechei a porta com força atrás de ambos e a tranquei. Deslizei meu corpo até o chão, e deixei as lagrimas brilharem em meu rosto. Bati a cabeça levemente na porta, e escutei os chamados incessantes. A voz de Alex e de Wade se fundiam em uma só, e eu queria berrar para que eles se calassem e me deixassem em paz.

Puxei minha bolsa do guarda-roupa, e enchi de roupas sem nem ao menos perceber quais estavam levando e quais não estava. Limpei as lagrimas do rosto, e soltei um abafo de raiva no peito. Eu estava cansada de chorar por causa de pessoas como aquelas Estava cansada de ouvir suas promessas falsas que apenas não tinham o menor pingo de sinceridade no fundo. Mais dentre tudo aquilo, eu estava exausta. Exausta porque aquele não era Wade. Exausta porque em menos de alguns dias ele se tornou uma pessoa totalmente diferente e naquele momento eu não poderia lidar com aquilo.

— Charlie, Charlie… — As vozes gritavam do outro lado.

— Afastem-se, seus idiotas, estão bloqueando a porta. — Minha voz soou firme da maneira que eu queria que ela soasse.

Ouvi seus passos e senti seus corpos criando espaço com a porta. Meus olhos pesaram, e eu contei até vinte antes de abrir a porta.

— Charlie… — Wade começou a falar, mas apontei um dedo para ele.

— Vamos, Alex. — Disse, e sai andando, mas parei. — Só para avisar no caso de você estar drogado demais para entender, vou ficar alguns dias no apartamento do Alex, não quero que você me ligue, nem ligue para lá, se quiser falar com ele use o celular. — Esfreguei a cabeça, antes de voltar a andar.

— Charlie.

Peso na voz.

Arrependimento.

Conseguiria ouvir as batidas de seu coração da onde eu estava, mas quando me virei, e olhei para seus olhos, não consegui lê-los. Eles eram dois olhos castanhos vagos, e eu simplesmente não conseguia ficar encarando-os. Não conseguia ficar olhando para ele sem que ele me explicasse o que estava acontecendo, o que tinha acabado de acontecer. Em um segundo estávamos fazendo uma viagem juntos, no outro segundo eu sofro um acidente e ele me bloqueia de tudo, me da um voto de silencio. Não atende meus telefonemas, minhas batidas incessantes em sua porta, e até mesmo as batidas do meu coração que se ele ficasse apenas paradinho por alguns segundos dentro do seu apartamento em total silencio conseguiria escutar o quão forte elas batiam toda noite. Mas ele havia me bloqueado, sem nem ao menos me explicar o porquê.

— Por favor, não vai, eu… essa semana tem sido um inferno e… deixa eu te fazer entender uma coisa…

— Não, Wade. — Cortei sua voz. — Deixe eu te fazer entender uma coisa.

Alex olhava para mim.

— Dentre todas as pessoas desse mundo gigante, bagunçado, perdido, e sem um pingo de esperança, você era a ultima que eu pensei que pudesse me machucar dessa forma. — Mordi o lábio com força para chorar. — Você era meu sorvete de limão.

Não esperei para ver qual seria sua reação, apenas me virei e apertei o botão para o elevador que por algum milagre se abriu quase no mesmo instante. Alex adentrou o espaço junto a mim, e Wade fez questão de que a ultima coisa que eu visse antes que a porta do elevador se fechasse fosse seus olhos castanhos cobertos de arrependimento e se eu pudesse ter certeza que meus ouvidos tinham ouvido direito, eu podia dizer com certeza que eu havia escutado seu coração parar de bater por um segundo, antes de se quebrar da mesma forma que o meu.


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