Silver escrita por Isabelle


Capítulo 22
Capítulo 21 – Wade


Notas iniciais do capítulo

"Não pode ser tarde
É uma onda crescente
Como uma ampulheta
Correndo sem tempo
Então, o que você diz?
O que você vai decidir?"
— Lucius



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Eu não conseguia prestar atenção na estrada enquanto dirigia de volta para casa. Minha cabeça apenas tombava e voltava a se lembrar de Charlie parada em pé no meio da sala olhando o nada, e andando entre todas aquelas pessoas que travaram o olhar nela. Todos ficaram meio confusos, mas então Dani deu uma risada e falou que deveria ser alguma coisa relacionada a André e todos voltaram a agir normalmente, não se importando mais com o que tinha acabado de acontecer ali, contudo, a única coisa que eu queria fazer era sair daquela sala e correr atrás dela e implorar para que ela me dissesse que aquilo era apenas uma brincadeira. Uma brincadeira de muito mal gosto.

Estacionei o carro, e mal tive tempo de esperar o elevador chegar. Apenas me joguei por entre as escadas e subi todas correndo a ponto de poder cair e me espatifar no chão. Porém, eu não estava pensando. Eu só queria encontrar Charlie e ler seus pensamentos. Eu precisava daquilo. Precisava dela nos meus braços deitada dizendo que tudo ia ficar bem. Porque eu sabia que não ficaria.

Abri a porta do seu apartamento e ela fez um estrondo, como sempre fazia.

Charlie estava sentada no sofá em uma postura relaxada com o cabelo molhado usando uma camiseta minha enquanto conversava com Alex. Olhando ela daquela forma poderia afirmar com toda certeza que nada tinha acontecido. Que as últimas horas tinham sido totalmente fictícias, e eu estava perdendo a cabeça. Entretanto, quando ela me viu, sua coluna travou, e os olhos voltaram a ser aquele poço de desespero que tinham sido apenas algumas horas atrás.

Ela pulou do sofá e encontrou meus braços. Meu corpo todo parou. Meu Deus, aquilo não podia ser verdade. Simplesmente não poderia. Por favor, Charlie, me diga que isso é somente um pesadelo. Diga que isso é apenas um sonho ruim.

— Você é o professor dela? — Alex gritou.

Charlie se afastou de mim rapidamente como se percebesse que aquele abraço era errado. Meu corpo todo desmanchou em poeira no chão ao ver aquele olhar no rosto dela, e não sabia mais como se solidificar para poder responder aquela pergunta. Meu mundo todo havia acabado de se estilhaçar com um meteoro quando vira seu corpo saindo de perto do meu.

— Charlie, eu nunca… — Passei a mão no cabelo. — Caralho, pensei que era aluna do quarto ano. Porra, meu Deus, isso não pode tá acontecendo.

— Eu nunca falei que era aluna do quarto ano. — A voz dela soou dura.

— Mas você também nunca disse que era do terceiro. — Suspirei. — Pensei que... — Droga. — Pensei que era aluna do quarto, Charlie, senão nunca teria… Ai Meu Deus..

— Nunca o que? — Os olhos não tinham o mesmo brilho. — Não iria se envolver comigo?

— Não, Charlie… — Respirei. Uma. Duas. Três vezes. — Olhe para mim, eu, você me falou sobre seu TCC e eu achei, meu Deus, deveria ter perguntado para você, e agora..

Ela desviou o olhar do meu rosto e os prendeu em cima de Alex, seu maxilar estava firme.— Olha pra mim, amor.

— Não me chame disso, por favor. — A voz dela não parecia real.

— Ei, amor.

Dei um passo em sua direção e envolvi seu rosto em minhas mãos. Seus olhos não estavam presos aos meus, queria gritar com ela por causa daquilo, mas ao menos tempo queria beijá-la, queria ver seus lábios entrando em contato comigo, queria que seus olhos se focassem aos meus.

— Vamos dar um jeito nisso, você está me ouvindo? — Soltei uma risada. — São só seis meses, eu não estou lá definitivamente, são só seis meses.

— Seis meses. — Ela balbuciou baixinho.

— Além de que relação aluno e professor não é uma coisa proibida, amor, olhe para mim, não é proibido, só vai ser difícil lidar com alguma pressão se alguém descobrir. — Meu peito pesava. — Porque vai ser algo mais do que envolver só nos dois, e sim, todo corpo docente, os alunos, mas…

— Não vejo porque ninguém descobrir agora, certo? — Ela soltou o ar. — Tipo…

Ela negou com a cabeça.

— Vai ser um inferno isso. — Os olhos dela estavam focados ao meu. — Mas pelo menos não é algo proibido.

— Realmente, principalmente, se toda vez que eu entrar na sala você sair daquela forma. Foi um pouquinho exagerado, você não acha? — Minha cabeça tombou sobre a dela. — Mas vamos dar um jeito.

Beijei sua testa.

— Sim, eu fiz um drama e tanto. — Ela riu. — É só que minha cabeça simplesmente parou de pensar, mas, é, não é proibido, só vai ser um pouco difícil, mas nós vamos dar um jeito nisso, alias, são 6 meses, só seis meses, e a gente mora um na frente do outro, ninguém vai vir aqui e essas coisas.

— Sim, vai dar tudo certo.

— Quantos anos você tem? — Direta e curta.

— Ui. — Eu coloquei a mão no peito. — Vinte e oito, amor, isso é algum problema?

— Não, nenhum. — Ela sorriu de lado.

— Cof Cof. — Alex levantou a mão como se estivesse na escola e precisasse fazer uma pergunta.

— Sim? — Olhei para ele.

— Então vão viver aqui? — O sorriso em seu rosto não parecia muito convincente. — Tipo, o relacionamento de vocês vai ser algo mais doméstico, vocês não vão poder ir ao cinema, ou num barzinho beber, ou…

— Claro que vamos. — Dei de ombros.

Charlie se afastou e trocou um olhar com nós dois. Cerrei um sorriso, e me sentei em um dos bancos do balcão traçando um olhar retamente com Alex. O sorriso no seu rosto se tornou uma linha fina como se ele tivesse conseguido ler meus pensamentos.

— Ah, não, não mesmo.

— Ah, cara, você é meu melhor amigo.

— Foda-se, eu não vou ficar saindo com ela pra vocês dois se encontrarem e fingirem, oh meu Deus, olha, o Alex encontrando o melhor amigo, e por sorte Charlie tá com ele, meu Deus, que surpresa, totalmente inocente esse encontro.

— Conseguiu deduzir isso tudo com o olhar que ele te deu? — Charlie se jogou no sofá. — E depois eu estava rindo em casal com o Wade.

— Olha aqui, Alex, não vai ser por muito tempo, e depois eu vou sair junto com você sempre que precisar. — Sorri.

— Você tá preso a essa coisa aí agora. — Ele tomou a cabeça para Charlie.

— Sempre muito comovida com todo o carinho. — Ela piscou para ele.

— Só não queremos fazer disso um caso gigante, entende? Porque a coordenadora vai se envolver, e ai os alunos…

— Oh, meu Deus, Dani, meu Deus, ela vai fazer disso um inferno se ela descobrir, eu consigo ver o sabor do ódio deslizando na boca dela.

— Não vai saber, vamos conseguir passar esses seis meses normalmente. — Dei uma piscada para ela, ela me retribuiu.

— Aliás, o que vocês são? — Ele mudou de olhar entre mim e Charlie. — Namorados?

Charlie e eu olhamos um para o outro e eu vi as bochechas dela ruborizarem enquanto ela mantinha aqueles olhos em mim. Não sabia exatamente o que eramos, mas com certeza nós não namorávamos, eramos mais…

— Sem querer parecer muito… sei lá, mas acabei de sair de um relacionamento, e tudo mais, e não quero que as coisas corram rápidas demais.

— Devia ter pensado nisso quando abriu as pernas pra ele no primeiro beijo.

— E devia pensar antes de fazer afirmações machistas perto mim. — Ela piscou para Alex. — Mas, então, professor — ela fez aspas com o dedo no ar. — O que deu na sua primeira aula.

— Uma introdução de todo mundo, algumas coisas sobre a matéria, uma atividade que você pode pegar com suas colegas…

— Não acredito que vai ser meu professor de literatura portuguesa.

Seu corpo estava sentado no sofá, mas um pouco inclinado apoiado no apoio dos braços, enquanto suas pernas estavam esticadas. Me levantei, e me agachei ao seu lado no sofá. Os olhos dela passaram pelo meu rosto, e ela sorriu toda ruborizada. Não sabia o que dizer para ela. Tinha um pressentimento pesado no meu peito, mas não podia dizer aquilo para ela.

— Sim, eu vou ser, e acho bom você se dedicar nas minhas aulas.— Beijei seu rosto lentamente e ela passou os braços pelo meu pescoço. — Porque...

— Vocês sabem que eu ainda to aqui né?

— E como eu faço para você não estar mais aqui? — Perguntei.

— Oh, tudo bem, quando precisar de mim para...

— Vocês querem pedir uma pizza?

Charlie passou por mim e foi até seu celular.

— São onze e meia da noite. — Alex disse.

Eles ficaram discutindo por algum tempo, até finalmente chegarem a um acordo, e finalmente pediram a pizza. Não pude deixar um segundo de rir da discussão dos dois, e mesmo assim, mesmo sentindo aquela felicidade imensa por estar com ambos ali, meu peito pesava porque eu sabia o que estava nos esperando. Falar parecia extremamente fácil, mas não seria fácil. Não seria nenhum pouco fácil lidar com aquilo, e para o que quer que fosse que estivesse vindo, simplesmente era melhor eu me preparar.

☯☯☯

Charlie e eu tínhamos aulas somente as segundas e quartas, o que deixava tudo mais fácil já que nós víamos poucos, então as primeiras semanas foram totalmente normais. Charlie levantava as mãos quando necessário, e fazia algumas afirmações sobre algo, mas tirando isso, não havia nada que pudesse levar a qualquer um dos outros de suspeitarem de nós. Encontrávamos nos corredores as vezes, mas muito dificilmente, e eu conseguia ver que André a perseguia um pouco, tentando falar com ela, o que não deixava Dani nem um pouco de bom humor, mesmo que Charlie simplesmente nem lembrasse da existência dele.

Charlie havia dormido algumas noites em meu apartamento, mas resolvemos não esbanjar para caso alguma das suas colegas fossem procurá-la de manhã para resolver alguma coisa sobre trabalho ou qualquer coisa do tipo. Assistimos filmes, fizemos bastante coisas juntas, e eu simplesmente senti que em algum momento aquilo realmente poderia funcionar.

No sábado Charlie achou melhor que evitássemos de sair juntos, e preferiu sair com uma amiga dela que eu nem ao menos conhecia. Pensei em ficar em casa mas Alex simplesmente parecia fazer questão de me lembrar que futuramente eu poderia precisar dele, e que alguma coisa poderia acontecer e ele simplesmente não querer sair comigo. Então, oito da noite eu estava entrando em seu carro e deixando com que ele guiasse pelas ruas, mesmo sentindo uma vontade imensa do meu sofá. Principalmente pelo fato que eu tinha muitas redações para corrigir, e precisava fazer isso em algum momento que Charlie não estivesse próximo a mim.

Chegamos no bar, e Alex simplesmente se sentiu em casa. Os outros caras estavam la como na noite em que havia conhecido Charlie, mas desta vez eu me sentia menos pesado, e até mesmo sabia que poderia me enturmar com eles, é claro, se eles não começassem com os mesmos assuntos de todas as vezes.

O ar estava mais leve sobre todos, e eles até me deixaram falar sobre as aulas na faculdade. Poderia ler claramente nos olhos de Alex o tanto que ele queria fazer alguma piada relacionada a Charlie, contudo, sabia que ele não estava fazendo aquilo por algum tipo de amizade comigo, ele simplesmente não se importaria de fazer a piada sobre alguma aluna ali, tirando o fato que essa aluna era Charlie, e eu sabia mais do que qualquer um naquela mesa que ele se importava de uma maneira surpreendente com Charlie.

Me levantei para buscar uma rodada, e encontrei todas elas no balcão rindo sem o menor pudor, como se a coisa mais engraçada de todas estivesse acabado de acontecer. Erica estava escondida no meio das outras, mas no momento em que seus olhos cravaram em mim, ela simplesmente saiu de seu esconderijo. Ela usava um vestido preto cheio de alguma coisa que parecia franja, mas era diferente, colado ao seu corpo. O cabelo estava liso, diferentemente dos cachos lindos que ela deixava espalhados pela mesa de Charlie. Os olhos azuis pareciam vasculhar cada parte de mim, e achar engraçado eu ter simplesmente não conseguido respirar perto dela.

— Professor Wade. — Ela gritou, e envolveu meus ombros com um braço.

— Ei, Erica. — Desconfortável nem era a palavra apropriada para aquele momento.

— Ei, meninas, esse é o professor gato que eu estava falando para vocês. — As amigas riram. — Estas são minhas amigas, a Dani estava aqui, mas acabou de sair para ir ver aquele idiota do André.

— Ah, ela foi?

— Sim, ela foi, está sendo completamente ridícula atrás dele. — Uma menina que não conhecia falou.

— Ele é apaixonado pela Charlote, sabe? — Erica riu alto, como se fosse engraçado ver a amiga correndo atrás de um garoto. — A do cabelo prata, senta atrás de mim, você sabe quem é ela não sabe, professor? — Erica me olhou com muito interesse, e meu peito pesou um pouco.

— Sim, me lembro da Charli.., ote…

— Então, André, que é de outra turma, está completamente apaixonado por ela, eles namoravam, eu acho, e Dani ficava com muito ciúmes e sempre fazia ele se encontrar com ela e acabava… você sabe. — Dani jogou o cabelo para o outro lado. — Mas você costuma vir aqui?

Me encostei no balcão querendo simplesmente ignorar a presença dela sem parecer rude, pedi a bebida, e me virei novamente em direção a mesa. Alex estava olhando para mim ao mesmo tempo que apontava para seu celular com muita euforia. Tentei ler o que ele estava fazendo, e tinha duvidas se ele estava tentando me dizer algo ou se só estava muito bêbado e já tinha começado a fazer coisas sem sentido como ele sempre fazia. Erica puxou meu rosto para dela, como se eu precisasse adentrar seus olhos e me afogar dentro deles, queria imediatamente que alguém me tirasse dali.

— Não muito, eu venho quando o idiota balançando o telefone para mim me arrasta.

— Ah, devia vir mais vezes, podíamos combinar de vir toda a turma, você não parece ser muito velho como a professora Ligya para se enturmar com a gente. — Ela focou os olhos em Alex. — Amanda, aquele não é o garoto que você ficou na festa da calourada? — Ela apontou para ele.

— Sim, é ele mesmo.

Amanda era uma garota dos cabelos extremamente escuros, e que simplesmente colocaria tudo que eu e Charlie tínhamos conseguido manter tão bem em duas semanas. Meu peito subiu e desceu, meus ombros faziam o mesmo, mas tentei parecer relaxado, como se não soubesse de nada. Como se aquilo fosse somente uma grande coincidência.

— Espera, você estava na festa da calourada, acabei de me lembrar, estava perto de Charlie. — Amanda disse, e eu quis negar.

— Sim, a Charlote e o Alex se conhecem a muito tempo, e eu sou muito amigo de Alex, então acabamos nos encontrando naquele dia. — Dei de ombros.

— Vamos cumprimentá-los.

Elas saíram em disparadas e eu quis segurá-las, mas apenas respirei fundo, peguei as cervejas que o barman me entregou, e as segui por entre aquela multidão de corpos espalhados.

— Pessoal, essas são alguma das minhas alunas. — Coloquei a cerveja na mesa. — Lembra, Alex, essa é a Amanda da festa da calourada.

Ele suspendeu o olhar por cima do meu avisando claramente que ele não se lembrava dela.

— Elas são colegas da Charlote sabe? — Dei uma risada tão forçada que minha garganta doeu. — Aquela sua amiga que você me apresentou? Nem me lembrava que eu já conhecia Charlote da festa, elas que me associaram a isso.

— Oh, sei. — Assentiu com a cabeça. — Me lembro sim da Charlie, ótima ela.

Queria bater na cabeça dele com força.

— Ei, Wade, posso ter um minuto em particular com você?

— Agora? — Ergui as sobrancelhas e dei um sorriso.

Ele olhou para o fundo tirando seus olhos dos meus, e eu me virei para olhar junto a ele. Charlie estava parada na porta acompanhada de uma amiga. Minha garganta se fechou em um nó, e eu queria uma forma rápida e ágil de me comunicar telepaticamente com ela.

— Aquela não é a Charlote? — Erica gritou. — Ei, Charlie.

Salvo pelo gongo.

Elas não pareciam ser muito amigas. Erica sempre estava olhando torcido para Charlie quando tinha oportunidade, e estava perto de Dani que tentativa claramente deixar Charlie desconfortável em todas as oportunidades possíveis. Como se implicar com ela fosse uma forma madura de lidar com o fato de André não querê-la.

Charlie veio andando até nós com o peito tão pesado quanto o meu. Seus olhos passavam por todas aquelas meninas e iam até os meus, e depois corriam até os de Alex, onde ela pedia por socorro secretamente. Ambos haviam aprendido a se comunicar daquela forma desde que eu havia feito aquela viagem, e queria saber o que havia deixado ambos tão próximos, mas duvidava que qualquer um dos dois fosse me dar qualquer detalhe sobre o que tinha acontecido.

— Ei, garotas.

— Por que não nos contou que conhecia o professor Wade? — Os olhos dela estavam cheios de expectativa.

— Que eu…

— É, Charlie, lembra? — Alex cortou-a. — A gente foi na festa juntos, eu nem sei como vocês não se lembram disso, além de vocês serem vizinhos.

Ele não falou aquilo. Ele não podia ter falado aquilo. Eu simplesmente não podia ter escutado aquilo.

Todas as meninas moveram o olhar para Charlie que estava morrendo, enquanto sua amiga ao seu lado analisava tudo que estava acontecendo ali, como se soubesse de tudo.

— Oh, claro, sim, meu Deus, realmente eu nem sei como deixamos passar essa. — Olhou para mim. — Olá, professor Wade. — Suas bochechas estavam rosadas, me contive para não deixar um sorriso espalhar pelo meu rosto.

— Olá, Charlote. — Dei um aceno com a cabeça, e bebi um pouco da cerveja no copo.

— Espera, vocês são vizinhos? — Erica exclamou. — Oh Meu Deus, deveríamos nos tornar mais próximas, Charlie. Se Wade fosse meu vizinho, nunca que deixaria ele escapar. — Erica riu, e abraçou uma de suas amigas.

— É…

Os olhos dela perderam o brilho enquanto olhava para as meninas, mas ela mudou rapidamente o comportamento apresentando sua amiga que se chamava Jessica. Já tinha ouvido Charlie falar vagamente dela, mas nunca havíamos realmente sido apresentados. Os olhos de Charlie pareciam tão impacientes quanto os meus. Queria poder passar a mão por sua cintura, e deixar que todos soubessem o que estava acontecendo ali.

Sabia que não podia

Sabia que aquilo era de uma forma totalmente errada

E infelizmente

Eu não sabia o que aquilo poderia acarretar para nós dois.




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