Silver escrita por Isabelle


Capítulo 20
Capítulo 19 – Wade


Notas iniciais do capítulo

"Me interessa esse lado teu
Tal bem ninguém percebeu
Me desarma, me convenceu
Me doou
Atravessa o meu peito, meu
Liga o meu peito no teu
Vê se acha um conforto ao tom que eu sou
Sabe... Sonho demais com você
Tem teu perfume em meu cobertor
— Phill Veras
(escutem essa música, coisa mais linda)



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O cheiro dela era tão familiar quanto seu corpo havia se tornado para mim na noite passada. Minha mão desceu por suas costas seguindo o caminho da espinha enquanto todo seu corpo respondia ao meus toques. Meus lábios encontraram seu pescoço suavemente, e ela soltou uma risada abafada, antes de virar seu corpo para o meu. Seus dedos dançaram lentamente pela curva da minha cintura, enquanto os olhos verdes seguiam a linha que eles traçavam. Ela estava enrolada por um cobertor enquanto uma de suas pernas estava enlaçada com a minha. Ela era tão bonita. Você poderia ficar olhando horas e horas que nunca se cansaria. Nunca.

Seus olhos tentavam ler meus pensamentos de uma forma que eu tinha medo que ela fizesse. Se descobrisse o quão forte meus sentimentos por ela estava, era capaz de sair correndo para fugir de toda aquela confusão. Oh, Meu Deus, se pudesse livrá-la de qualquer dor, contudo, sabia que não podia.

— Sentiu minha falta? — Sua voz saiu ironicamente, e eu a acompanhei em uma risada.

Os carros transitavam rapidamente por nossa volta deixando seus sons comuns invadirem nossa audição, contudo, o único som que nos rodeava dentro daquele quarto eram nossas respirações, e talvez nossos corações que batiam tão altos juntos que poderia ser ouvido bem de longe. Olhei profundamente dentro daqueles olhos e deslizei minha mão pelo seu rosto. Não conseguia nem explicar para ela a falta que ela lhe fazia. Sua presença havia se tornado algo tão comum que se ela saísse do meu apartamento naquele instante e nunca mais aparecesse, meu mundo todo poderia ruir de uma vez só.

Porra, Charlie...

Escorreguei meu corpo para cima do dela.

Seu corpo todo congelado na mesma posição.

Barriga para cima, peitos descobertos, rubor por toda pele. Pele macia como algodão. Olhos focados em cada movimento que eu fazia, lábios rosados a minha espera. Lábios macios como nuvens, mas com a distinta diferença que seus lábios estavam logo ali, ao meu alcance. Ela era tão maravilhosa intensa. Suas mãos brincavam com as curvas das minhas costas, suas unhas encontravam minha pele nua, dedos que não tinham o menor pudor em brincar com a minha extensão e que mandavam pequenos choques para meus músculos, alcançavam minhas veias, e beijavam meu coração em menos de segundos.

— Você não faz a menor ideia.

Encontrei meus lábios em seu queixo.

— Senti muito sua falta.

Desci a boca até encontrar sua testa. Seu coração bateu tão forte.

— Senti falta do seu cheiro, meu Deus, o seu cheiro, Charlote.

Beijei seu nariz, bem na ponta, sentindo a vibração que sua respiração fez.

— Senti falta até do timbre da sua voz.

Soltei meus lábios por cima dos dela que sorriam abertamente, sem a menor restrição sobre aquele gesto.

— Ficar sem você foi como ficar sem chuva em uma longa seca.

Beijei novamente seus lábios, eram macios, suaves, aveludados, tenros, amanto, delicados, aprazíveis, almofadados, algodão-doce. Ela me dava arrepios por toda a extensão do corpo e eu não queria que aquilo nunca acabasse. Queria ter ela ali para sempre.

Suas mãos desceram para meu abdômen, e eu trouxe sua cintura para cima. Seus beijos começaram a se espalhar pela minha clavícula, subindo para o pescoço indo de encontro a meus lábios ambiciosamente. Tracei todos os ossos de sua espinha com os dedos, enquanto ela permanecia firma com o olhar. Seu corpo subiu por cima do meu e se encaixou ao meu. Eu deixei todo aquele sentimento bom que ela transmitia dançar por entre mim sem a menor preocupação. Não precisava ser muito esperto para perceber que eu estava completamente apaixonado por ela. Eu me sentia como eu não me sentia a tanto tempo, e tê-la ali era como ter segurança sobre um amor que eu já tinha perdido a fé.

Seus olhos mantinham duros ao meu em todo o processo. Eu não conseguia pensar. Não queria pensar. Qualquer pensamento que viesse na minha cabeça naquele momento, eu apenas, queria poder expulsá-lo por me interromper num momento como aquele.

Seu suor

Seu suor sobre o meu

Ameno.

Olhos.

— Wade?

A porta da frente estralou, Charlie abriu um sorriso e levou as mãos aos lábios para evitar que uma risada rompesse. Deslizei de baixo dela para seu lado, meu corpo todo rindo ao extremo, não sei como nenhuma risada havia escapado de meus lábios. Joguei o corpo para o chão e deslizei minha cueca de volta para minha cintura, enquanto procurava uma bermuda qualquer para entrar. Charlie procurava qualquer trapo que ela pudesse se socar dentro, e de repente uma camiseta preta com um desenho do Charlie Brown afirmando que ele era um fracasso caiu por cima do seu corpo. Seu tão sonhado corpo que eu havia beijado por inteiro na noite anterior, que estava em contato com o meu a tão poucos minutos atrás.

Ele estava ali.

Usando a camiseta dela.

A camiseta

A camiseta

A camiseta que Lorena usava.

Respirei.

Respirei.

Eu nem sei como ela tinha saído do fundo do meu guarda-roupa. Ela estava escondida lá no fundo, inalcançável igual a todas as lembranças. A camiseta ficava tão bem nela. Tão bem em Charlie. Não era para ninguém descobrir. Deveria ter doado queimado aquela camiseta, mas eu nunca tinha conseguido, e ali estava ela, encaixando o corpo de Charlie num formato perfeito.

— Você está bem? — Abriu um sorriso.

— Charlie? — Alex. — Wade?

Sai do quarto, e ele tinha um pacote de pão nas mãos. Seus olhos passaram por todo meu corpo, e fitaram a bermuda. Eu não usava bermudas, meu Deus, como era incomum eu usar bermudas eu simplesmente tinha nos entregado, sem nem ao menos ter soltado uma palavra. Charlie apareceu atrás de mim com um rubor no rosto segundos antes de Alex soerguer uma sobrancelha

A camiseta preta com o desenho do Charlie Brown. A camiseta preta com o desenho do Charlie Brown. A camiseta preta com o desenho do Charlie Brown. A camiseta preta com o desenho do Charlie Brown. A camiseta preta com o desenho do Charlie Brown.

— Eu tinha certeza. — Ele deu um grito de vitória.

Nem se preocupou em ouvir as palavras vindas dos nossos próprios lábios. Ele não precisava, me ver de bermuda e Charlie naquele camiseta fina já tinha feito com que ele retirasse suas próprias conclusões. Me senti grato por não ter que explicar como aquilo tinha acontecido, porque eu nem ao menos me lembrava. Eu só me lembrava do corpo de Charlie. O seu macio e perfeito corpo em contato com meus. Seus lábios delicados traçando lugares em mim que eu nunca pensaria que ela pudesse fazer com tanta facilidade. Estar com ela era tão simples. Como podia ser tão simples?

A camiseta preta com o desenho do Charlie Brown. A camiseta preta com o desenho do Charlie Brown. A camiseta preta com o desenho do Charlie Brown. A camiseta preta com o desenho do Charlie Brown. A camiseta preta com o desenho do Charlie Brown.

— O que está fazendo aqui? — Perguntei indo até a cozinha, sem trocar um olhar com Charlie, não conseguia olhar para ela usando aquela camiseta.

— Esqueci a chave do carro aqui ontem a noite.

— A chave do seu carro, tem a chave do seu apartamento, como não veio aqui buscar ontem?

— Bem, eu presumi que vocês, bem… — Ele soltou um sorriso. — Sei que estou certo, e fico muito feliz por vocês. De verdade, imagina, vocês usaram proteção? Certo? Pelo amor de Deus, não quero nenhum outro Wade circulando pelo mundo tão cedo.

— Como? — Charlie encostou o corpo contra um pilar que grudava o balcão na parede. — Onde você dormiu?

Meu Deus

A luz da janela batia diretamente em seu corpo, a blusa se encaixava no seu corpo, a blusa que não deveria estar nela. Os olhos verdes que ficavam quase azuis quando a luz penetrava-os, o meio sorriso que brincava em seus lábios. Lábios que se eu fechasse os olhos conseguia sentir o gosto. Lábios que eu tinha passado a noite toda beijando. Lábios que eu pretendia beijar muitas vezes. Eu não conseguia nem começar a imaginar como ela poderia ser tão bonita sem nem ao menos se esforçar para isso.

Tire essa camiseta. Tire essa camiseta. Tire essa camiseta. Tira essa camiseta. Por Favor.

Virei o rosto, e comecei a preparar o café. Eu só precisava tirar aquilo da minha memória. Era somente uma blusa de frio. Nada mais que isso. Somente uma blusa de frio.

— Bem, pedi outra chave na recepção, mas meu Deus, vocês realmente fizeram, como foi? — Os olhos dele brilhavam nos encarando, como se ele realmente estivesse esperando um relatório do que havíamos feito. — Quero todos os detalhes.

— Bem, normal sabe. — Eu disse, pegando as xícaras do armário. — Deitei a Charlie na cama, abri…

— Oh Meu Deus, Wade, são onze da manhã, cale a sua boca, eu estou pretendendo comer ainda.

— Você disse que queria todos os detalhes. — Ri, Charlie me acompanhou.

Ela se deslocou de onde estava adentrando a cozinha e abrindo a geladeira.

— O que é isso? — Olhar revezando entre mim e Charlie. — Vocês agora riem juntos também?

Ela se moveu de volta colocando a manteiga em cima do balcão.

— O que? — Charlie bateu a mão em sua cabeça. — Você tem algum problema?

— Não sou eu que estou rindo em casal.

— Não estamos rindo em casal. — Disse em um tom estranho. — O que caralho é rir em casal? A gente só riu juntos de uma coisa que foi engraçada.

— Sim, claro. — Tom de falsa magoa. — Vocês trocam mensagens o dia todo, dormem juntos, transam juntos, voltam do aeroporto juntos, praticamente moram juntos, saem juntos… — Ele fez uma voz de choro. — Não vejo lugar para mim nesse futuro grandioso.

— O.k, na próxima transa a gente te chama. — Charlie disse brincando, e rindo.

— Não brinque com isso, amor, Alex não sabe onde fica o limite.

— Amor? — Alex afirmou com a cabeça. — Você nunca me chamou de amor.

— Você quer parar com essa porra?

Desta vez eu e Alex soltamos uma risada alta juntos. Fazia muito tempo desde que não riamos daquela forma na presença um do outro. Geralmente fazíamos aquilo quando estávamos bêbados o bastante para nos lembrar dos nossos próprios nomes.

— Agora quem está rindo em casal? — Charlie ergueu uma sobrancelha, eu quis beijá-la.

Tire essa camiseta. Tire essa camiseta. Tire essa camiseta. Tira essa camiseta. Por Favor.

Meu olhar travou, e o maxilar também. Não fora em um ato controlado, mas sim automático, minha cabeça simplesmente travou observando Charlie, e não de uma forma amorosa. Mas sim, de uma forma dura, de uma forma que até mesmo o olhar dela deixou de ser alegre e brincalhão e parou para me encarar da mesma forma, contudo, seus olhos estavam preocupados.

— Você está bem?

— Eu estou sim. — Tire essa camiseta, era o que eu queria dizer.

Novamente, olhar firme na camiseta. Minha cabeça ficava se lembrando de Lorena usando aquela merda de blusa. Eu só queria levar Charlie para o quarto e arrancar aquela blusa dela, e após jogá-la pela janela, beijar cada parte do corpo de Charlie para provar que ela era a única que eu queria em minha mente. Infelizmente, eu não podia apagar meu passado todo de uma vez.

— Oh não. — Alex disse, fitando a camiseta.

Ele não podia saber. Ele não conheceu Lorena. Eu mal falava de Lorena. Para ser sincero, eu nunca havia em todos os meus seis meses de amizade com Alex falado uma palavra sequer sobre Lorena. Ele sabia que eu havia sido magoado, não sabia como, nem porquê. Não tinha como ele saber. Mas, ele sabia.

— Essa camiseta… — O maxilar dele tinha endurecido tanto quanto o meu. — Era dela, não era? Tipo não dela, mas ela usava essa droga, não usava?

— Ela? Quem é ela?

Não. Aquele olhar não. Charlie estava me fitando como se tivesse acabado de levar um murro com muita força no estômago. Ela estava olhando a camiseta envolta de si, como se estivesse usando algo que fora amaldiçoado.

— A ex namorada do Wade, essa camiseta era dela. — A voz dele estava calma. — Essa camiseta era da Lorena, não era?

— Como… O que? — Minha garganta estava seca. Os olhos de Charlie não encontravam os meus. — Eu só… Como sabe o nome dela?

— O que? — Charlie encarou novamente a si mesma, e me deu as costas.

Meu corpo todo gelou, e a seguiu para o quarto quase que em um instante. Queria dar um soco na cabeça de Alex por ter falado daquela forma, mas, ao mesmo tempo, sabia que deveria ter dito antes. Na hora em que ela havia cogitado colocar aquilo no corpo deveria ter mandado ela jogar a blusa pela janela. Deveria ter prendido seu corpo nu de volta na cama, e beijado cada simples parte dele. Deveria ter me deleitado enquanto podia. Agora não sabia que rumo aquilo iria tomar.

Ela estava tirando a camiseta. Seu corpo estava nu novamente. Tão belo, a luz da janela beijava sua pele. Eu queria beijar sua pele. Ela virou para mim, corou. Eu amava quando ela corava. Amava saber que causava aquela sensação a ela. Queria poder beijá-la bem ali, nua com as bochechas rosadas. Ela sorriu, jogou a camiseta para mim, entrou de volta em sua calcinha, seus jeans, e sua blusa. Odiava as roupas dela.

— Está tudo bem? — Minha voz ecoou no silencio.

— Por que não estaria? — Ela riu, colocando as botas de volta.

Botas rosas, quis rir. Como eu não havia percebido que ela usava botas rosas? Veio até mim usando-as, envolveu os braços na minha cintura, e deitou a cabeça em meu peito soltando um suspiro grande em seu peito. Soltei a cabeça, e deixei cair por cima da dela, onde depositei um beijo enquanto sentia meu peito se encher com seu cheiro.

— Ainda está apaixonado por ela? — A perguntou deixou seus lábios com confiança.

— Não. — Disse rápido demais. Eu não tinha certeza daquilo, mas esperava que fosse verdade.

— Está tudo bem então, não precisa surtar tudo bem? — Ela deu uma risada, tão pura, tão verdadeira.

Assenti com a cabeça e beijei sua testa.

— Como ela era?

Saímos do quarto envolvidos um no outro. Alex fez uma cara de nojo ao nos ver.

— Não, não viole os limites dele, Charlie. — Alex suspirou. — Você não entende como é lidar com esse menino quando ele começa a falar sobre ela.

— Mas só queria saber como ela era, sei lá… — Ela deu de ombros, pegou o pão.

— Ela era normal. — Dei de ombros também. — Não tem porque ficar falando dela.

— Então tá bem. — Charlie não olhou para mim, apenas continuou focada no pão.

Alex nos contou o restante sobre sua noite, e o olhar de Charlie ficava encontrando o meu ao acaso. Eu não pensava que poderia me sentir tão feliz quanto eu estava naquele momento. Eu poderia ficar observando-a rindo, e conversando com Alex por horas e horas. Ela era bonita sem se esforçar para isso. Ela não precisava de todos aqueles ornamentos, ela precisava daquele sorriso. Somente isso. Aquele sorriso já era o bastante para destruir qualquer tipo de muralha que eu havia construído sobre mim

Fomos com Alex almoçar naquela tarde, e depois voltamos para meu apartamento. Ela entrou dentro de outra camiseta minha, uma preta com uns traços vermelhos e se encaixou em mim naquele sofá. Seu peito subindo em descendo, enquanto minhas mãos estavam repousadas em sua barriga deslizando os dedos lentamente por sua extensão. Meu coração batia tão lento comparado a noite passada, que eu quase conseguia ler suas batidas ao me explicar que ele finalmente tinha encontrado o equilíbrio que tanto queria.

Nós ficamos a tarde toda vendo episódios de uma série. Eu a escutava rir, e ficar tensa em algumas cenas, e sentia seu coração batendo rápido ao fazer isso, ou então desacelerar e voltar ao normal. Não foi como todas as vezes que mesmo que sua pele estivesse bem ali, há uma vasilha de pipoca de distância, e eu sentia como se houvesse quilômetros entre nós. Não. Daquela vez, sua pele estava em contato com a minha, sua cabeça relaxada no travesseiro, e seus pés envoltos aos meus.

Ela era minha.

Meu Deus.

Ela era minha, e eu queria gritar isso para todo mundo.

Queria envolvê-la em mim, e fazer ela entender que ela tinha feito toda aquela confusão se ajustar as gavetas. Ela tinha entrado na minha vida e dobrado cada peça de roupa ou bagunça que estava jogada pelo chão, e guardado-as no devido lugar. Ela tinha pegado toda a cor que havia fugido das minhas paredes e jogado baldes e mais baldes de tinta. Sem nem ao menos perceber o que estava fazendo enquanto fazia.

— Charlie? — Sussurrei.

Ela não se moveu, respiração quieta, corpo quente, e ajustado.

— Hum? — Não era uma palavra, e sim mais como um murmúrio.

— Você está dormindo? — Perguntei, quase rindo.

— Uhum. — Outro murmúrio.

Soltei um sorriso, e deixei meus olhos se fecharem como os dela.

Era estranho pensar que em uma época Lorena era a única coisa que se passava nos meus pensamentos, e que agora, de uma forma tão simples ela tinha começado a dividir aquele lugar com Charlie que mal havia chegado, e já tinha se espalhado por todo lugar e em questão de tempo expulsaria Lorena.

Não achava justo com ela aquilo. Precisava contar para ela sobre toda a bagunça em que eu havia me envolvido, mas não conseguia. Eu não estava pronto para falar sobre Lorena para ela. Para dizer, acho que realmente nunca estaria. As coisas tinham ficado extremamente confusas desde que toda aquilo tinha acontecido, e esse era um assunto que enquanto eu pudesse evitar, eu o faria. Principalmente agora que as coisas estavam simplesmente maravilhosas com Charlie. Observá-la ali, deitada e tão aconchegada a mim, me fazia raciocinar em quanto havia estúpido ao pensar que nunca mais me sentiria daquela forma novamente, porque eu me sentia. Meu Deus, como eu me sentia. Quando havia dito a ela que se me afastasse eu simplesmente não saberia como respirar, eu realmente estava falando sério, contudo, não acho que a vida compreendeu aquela minha frase, pois o que estava nos esperando realmente não era nada do que eu imaginava para nós dois.

Porque o que eu queria

era somente amor,

e o que eu ganhei da vida

não fora nada disso.




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