A velha torre escrita por DanyMellark


Capítulo 3
Dois


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas depois de um tempo voltou a inspiração pra continuar a fic, espero que gostem do novo cap ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/679891/chapter/3

                                      Dois

 

Uma semana havia se passado e Max não tinha mais me enviado nenhum recado através do seu amigo Carter. Eu sabia que ele tinha negócios e assuntos pra resolver mais aquilo estava me deixando muito angustiada, nunca tínhamos passado tanto tempo sem conversarmos desde que ele voltou. Não sabia se algo tinha acontecido com ele ou se isso eram só preocupações bobas da minha cabeça.

Quem sabe eu não estivesse mais acostumada a pensar nos meus dias sem ter minha mente voltada pra ele. Acho que era eu quem precisava de uma distração, algo para me ocupar. Decidi descer e me ocupar tocando um pouco de piano, já fazia um tempo que eu não praticava novas partituras e a música sempre conseguia animar meu espírito até nos piores momentos.

Não sei quantas horas passei tocando, até que ouvi o mordomo entrando e anunciando a visita de Lorde Woodwork.

— Senhorita América tão linda como sempre. Me desculpe o sumiço esses dias, tivemos alguns negócios pra resolve fora da cidade. – ele disse enquanto sentava no sofá que ficava bem perto do piano.

— Ele está bem? Alguma notícia ruim? – perguntei um pouco aflita depois de todos aqueles dias sumido.

— Não, está tudo ótimo aliás. Meu amigo acaba de fazer um ótimo negócio na compra do navio. Muito bonito e espaçoso, aposto que você vai adorar quando o vir.

— Um navio novo? Mas para que ele precisa de um?

— Para o futuro logicamente, senhorita Singer. – disse piscando pra mim.

Será que Max estava planejando que fugíssemos nesse barco? Mas nem tínhamos feito planos sobre isso concretamente ainda. Por que ele precisava comprar um tão às pressas então?

Carter parecia estar lendo os meus pensamentos.

— É sempre bom estar preparado para o futuro. Nunca se sabe quando vai ser preciso agir com rapidez. Ele sempre raciocinou assim e é por isso que conseguiu tanto dinheiro nos últimos anos.

— Bem, não vou discutir sobre isso com nenhum dos dois, devem com certeza entender bem mais do que eu, que tenho que ficar trancada aqui dentro de casa na espera de ser vendida pro meu pretendente.

— Meu papel é exatamente evitar que isso aconteça, América. – ele disse sorrindo pra mim. – e a cada dia eu estava a gostar mais da companhia de Carter. Ele era mesmo um bom amigo.

— Enquanto isso eu aproveito a sua ótima companhia. – disse brincando e voltando pro piano, começando a mostrar ao meu novo amigo a última opereta que tinha aprendido a tocar.

Tinha me distraído completamente rindo e tocando durante o resto da tarde, enquanto ele dava algumas opiniões sobre o que eu acabava de tocar quando a porta da sala de música se abriu estrondosamente dessa vez revelando minha amiga Marlee que entrou e jogou várias sacolas em cima de uma das poltronas.

— Méri, você não vai acreditar quem eu vi rondando a rua de baixo antes de vir para cá. – ela começou a tagarelar sem nem prestar atenção em quem mais estava ali comigo.

Marlee tinha esse costume de sempre esquecer tudo que estava a sua volta quando começava a divagar sobre alguma coisa que queria muito me contar.

— Marlee, acho que não percebeu que temos companhia. Conde Woodwook essa é minha amiga Marlee Tames.

— Senhorita Tames, fico profundamente encantado em conhecê-la. – ele disse beijando a mão dela e pelo jeito que olhava pra ela parecia mais do que encantando, parecia hipnotizando mesmo. Tive que me controlar pra não começar a rir do jeito que os dois estavam, já que ela também parecia completamente boba ao vê-lo.

— Bem agora que já fizemos as apresentações, o que você queria tanto me contar assim?

— Ah, nada que não possa esperar por mais tarde. Lorde Woodwork veio lhe fazer a corte? Eu posso ir embora e voltar em outro dia.

— Na verdade, Carter e eu somos só amigos, mas você não pode falar sobre isso a ninguém, Marlee. Meu pai acha que ele está aqui pra decidir se quer no futuro se casar comigo.

— E por que ele está enganando o seu pai? - ela ficou alguns segundos calada até que finalmente concluiu o certo. – Ele é amigo do Maxon? Por isso que ele estava rondando perto da casa?

— Max? Foi ele que você viu? - eu disse animada.

— Não acho que aqui seja o lugar mais seguro para vocês terem essa conversa. Ele me entregou uma carta para você, senhorita América. Deve estar ansioso pela resposta. Mas não devia ter vindo pra cá, ele sabe que é arriscado pra ele ficar tão perto de você, tão perto dos olhos do seu pai.

Antes que eu pudesse pensar em algo a responder, Carter já estava se levantando pra ir embora.

— E o meu recado?

Ele pegou um papel e me deu discretamente enquanto beijava a minha mão.

— Ele quer te ver no local de sempre amanhã. Você vai conseguir sair? Eu disse pra ele que não era uma boa ideia, mas ele disse que não suportava mais tanto tempo sem te ver.

Ouvir que ele tinha sentido tanta saudade como eu me animou pra ter coragem de escapar mesmo que fosse um grande risco no nosso plano. Eu também não aguentava mais de saudades de vê-lo, de poder tocá-lo, abraça-lo e beija-lo de novo.

— Eu vou.

— Vocês dois não tem o mínimo de juízo. Mas eu transmitirei seu recado pro meu amigo apaixonado. Agora eu devo ir. Boa noite, senhorita Singer. – ele disse beijando minha mão e depois se voltando pra Marlee que ficava vermelha a cada vez que ele olhava pra ela. – Senhorita Tames, espero ter o prazer de vê-la em breve de novo.

— Também gostaria bastante, Lorde Woodwork. – e ele se despediu dando um beijo que eu achei muito mais demorado que o normal na mão da minha amiga.

O que me fez começar a rir assim que ele saiu.

— Acho que você acaba de conquistar um dos melhores partidos da cidade toda. Meu pai ficaria orgulhoso se você fosse filha dele. – eu disse mexendo com ela.

— Não sei do que você está falando, Méri. Não faço nem ideia do porquê dessa sua brincadeira.

— Claro, aposto que nenhum dos dois faz ideia de nada. – mas não pude continuar explicando porque ela me bateu com uma almofada no rosto e pela minha honra eu tinha que revidar. E assim passamos um bom tempo entre risos naquela guerra de travesseiros de penas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e caso sim, comentem. quando vocês me dizem o que gostam anima mais pra postar logo um novo cap. Beijos e até o proximo. ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A velha torre" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.