A velha torre escrita por DanyMellark


Capítulo 2
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Olá garotas estou de volta, espero que gostem agora do cap. completo e que se puderem me digam o que estão achando, coments sempre nos ajudam a saber se tem alguém realmente gostando e querendo que continuemos a estória. aguardo vocês no próximo. Beijinhoooos



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Havia sido uma longa manhã com meu pai a repetir que havia conhecido muitos bons partidos nessa viagem e que logo iria convidar alguns jovens para me conhecerem aqui na nossa casa. Ver a pressa que ele tinha em me arrumar um casamento colocava mais fogo nos meus planos de fugir dali para sempre com Maxon.

Eu nunca iria ser feliz em um casamento arranjado. Não que eu achasse que a minha felicidade fosse um dos requisitos do meu pai.

Finalmente após o almoço tive permissão pra voltar ao meu quarto, era o único local da casa onde podia ter um pouco de paz. Ler um pouco e pensar em dias melhores, quando estivéssemos bem longe em alguma propriedade no campo que o Max possuía. Não frequentaríamos as grandes rodas da sociedade e nosso casamento com certeza seria um grande escândalo mas tudo valeria a pena pra ficar com que eu amava.

Estava concentrada nos meus estudos quando uma das criadas subiu e avisou que meu pai tinha visita e me mandara descer pra cumprimentar o cavalheiro.

Franzi o cenho e obedeci com muita má vontade, estava com esperanças de não ter que começar a entreter candidatos a marido logo hoje, mas pelo visto eu não tive tanta sorte assim.

— Ah aqui está minha bela filha. América, este é o conde Carter Woodwork.

— Milorde, é um grande prazer conhecê-lo.- eu disse enquanto o conde beijava minha mão.

Eu tinha que admitir que ele era jovem e atraente, e não o velho que estava esperando que meu pai fosse me arrumar. Mas mesmo assim eu tentei não demonstrar muita satisfação em conhecê-lo, não queria que ele tivesse a ideia errada de que conseguira despertar o meu interesse.

— Lady América és ainda mais bela do que o seu pai me descreveu. Fico muito feliz em ter sido convidado para jantar e poder conversar com a senhorita melhor essa noite.

— Tenho certeza que terão muito que conversar. – disse meu pai- Como lhe falei minha filha fala três línguas, fora os vários instrumentos que aprendeu a tocar desde cedo.

— Qual seu instrumento favorito, milady?

— Piano, milorde. Eu poderia passar horas tocando sem perceber o tempo passar.

— Eu iria adorar ouvir você tocar para mim algum dia. – ele disse sorrindo e aumentando o brilho nos seus olhos verdes.

— Seria um prazer. – falei me afastando sutilmente quando ele tentou pegar a minha mão.

Meu pai saíra da sala para chamar o mordomo, com a desculpa que a bandeja de canapés que havia pedido estava demorando muito, mas eu sabia bem qual era a intenção dele.

— Então senhorita América, eu posso aproveitar para reafirmar o quanto fico contente em ter vindo aqui hoje. – ele ficou calado, esperando quem sabe que eu dissesse algo mas eu não pretendia tornar nada na corte dele fácil. – Você poderia ir ao piano e tocar um pouco enquanto seu pai não volta. - ele disse depois do meu silêncio.  

— Sinto muito milorde mas estou sem nenhuma das minhas partituras aqui. – falei enquanto disfarçava um sorriso. Claro que eu sabia tocar sem elas, mas ele não precisava saber disso.

— Claro. Eu não quis ser inoportuno. – ele disse visivelmente constrangido, quem sabe por perceber que eu não estava me esforçando para que conseguíssemos conversar nem achar nada em comum um com o outro.

Ver como ele parecia nervoso fez com que eu me sentisse mal, afinal ele não parecia estar tentando forçar um vínculo comigo e ele de longe não era o pior que meu pai poderia me fazer aguentar como pretendente. Eu podia ser um pouco menos antipática enquanto tivesse que estar nessa situação.

— Mas claro que acho que consigo lembrar de uma ou duas canções que posso tocar sem ajuda das partituras. – eu disse enquanto me levantava pra sentar ao piano e o via se dirigir para uma cadeira mais perto de onde o instrumento ficava.

— Acho que vou conseguir apreciar melhor seu talento daqui. Eu já ouvi maravilhas sobre ele, não só do seu pai, mas de alguns conhecidos que ouviram a senhorita tocar em algumas reuniões.

— Eu quase nunca toco, então não imagino quem seja o amigo que lhe disse que eu gostava de tocar.

— Bem, não acho que agora é o melhor local pra falarmos dele, vamos com certeza achar um momento mais apropriado.

— Claro, Milorde. – eu disse enquanto começava uma música de Beethoven que tinha aprendido na infância e era uma das que nunca conseguira esquecer. Podia tocar aquela melodia mil vezes sem cometer nenhum erro.

Não sei quantos minutos se passaram, sempre acabava perdendo a noção do tempo enquanto tocava. Só fui desperta dos meus devaneios quando ouviu o som das palmas do conde quando eu parei de tocar.

— Maxon tinha razão, eu nunca tinha visto antes alguém tocar tão bem assim. Agora só me falta descobrir se você também canta bem como ele disse, mas acho que podemos deixar isso pro futuro.

— O que? Como você conhece o Maxon? Por que ele falaria sobre mim? – eu disse desconfiada de onde ele realmente queria chegar. Por que motivo ele estava ali comigo de verdade?- Quem é você?

— Eu já disse eu sou um amigo. Bem, no momento eu sou uma amigo do Max, mas eu adoraria poder ser seu amigo no futuro também.

Ele puxou minha mão e fingiu que a beijava enquanto colocava um papel pequeno dentro dela.

— Eu não terei problemas em visitar você, acho que como viu seu pai gosta bastante de mim e iria adorar pensar que estou cortejando a filha dele, então Max me pediu pra vir e entregar isso pra você.

— Vocês dois são loucos, se meu pai descobrir...

— Ele não vai. No final de tudo, posso dizer que acho que não temos nada em comum e eu não seria feliz tendo você como minha mulher.

— Muito lisonjeiro da sua parte. – eu disse quase rindo.

— Quem sabe nem precisemos dizer nada, afinal se vocês seguirem com os planos que Max fez, vão estar fugindo antes que seu pai possa esperar uma proposta de casamento da minha parte. Mas isso é você, senhorita América, que vai ter que decidir. Por enquanto eu posso ajudar levando recados de um pro outro quando você não conseguir um jeito de fugir pra encontrá-lo.

— Eu não sei como vou poder agradecer você.

— Bem por agora que tal tocar mais um pouco pra mim, eu realmente falei sério quando disse que foi o mais encantador que ouvi em muito tempo.

— Se isso é tudo que preciso fazer então tenho várias canções que acho que vai gostar e vão entretê-lo a noite inteira. – disse enquanto voltava a tocar o piano.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, podem ficar a vontade pra falar comigo, prometo que nao mordo rsrsrs beijos e até mais!



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