Dissidia: Final Fantasy – O fim de uma guerra? escrita por Warrior of Light


Capítulo 7
Encontre seu caminho


Notas iniciais do capítulo

E a história atingiu as 100 visualizações! Obrigado a todos que leram e permitiram que isso acontecesse. Como comemoração, nada melhor que a postagem de um novo capítulo. Uma boa leitura e um agradecimento a todos que estão lendo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/679832/chapter/7

      -Por que andar com eles? Nenhum dos dois são seus amigos, nenhum deles estará nos momentos decisivos. Irão lhe abandonar quando você mais precisar. Quaisquer pensamentos positivos não passam de uma ilusão. Aceite a realidade agora... Ou espere o tempo mostrá-la pra você.

      Crua, fria e talvez verdades são as palavras ditas por uma voz que fala alto em sua mente, deixando o confuso. Squall sempre foi uma pessoa que, na visão dos outros, não se importa com ninguém, é egoísta, arrogante e introvertido. Talvez ele realmente seja. Apesar de não aparentar mostrar qualquer emoção e ser muito reservado, as coisas não são tão simples quanto parecem. Ele não é uma pessoa simples. Mas talvez ele complique demais, talvez ele...

      -E você, Squall? Qual seu objetivo aqui? – Uma outra voz interrompe seus pensamentos.

      -... – Ele fica quieto.

      -Você não está, talvez, atrás de alguém? – Firion pergunta.

      Apesar de negar, Squall sabe que está sim. Curioso notar que ele não lembra muito a aparência ou da voz dessa, mas mesmo assim se recorda de sua delicada personalidade, de sua importância em sua vida, e de uma promessa que fez pra essa. “Não, não deve ser nada importante”, pensa. Poucos segundos depois, ele para de mentir para si. Mas também sabe que não é hora pra se pensar a respeito. Com aquela caverna preenchida quase toda com magma, ejetando altas quantidades de poeira e gás e com apenas um pequeno caminho com solo instável e alguns pilares de pedras, estar lá dentro era como estar dentro de um vulcão, visualmente. No que se refere à sensação, porém, andar lá dentro era algo possível, mas nem por isso fácil. Seus pés esquentavam a cada minuto que ficavam lá dentro e suas respirações estavam levemente mais difíceis devido à alta quantidade de poeira. Considerando que são guerreiros de grande poder, eles agüentam muito mais que uma pessoa comum e é possível estabelecer um tempo máximo que agüentam ficar dentro daquela caverna de fogo: aproximadamente 30 minutos.

      -Não vamos desistir. Essa caverna deve ter uma saída – Diz Onion Knight, tentando ser otimista – Temos um dever a cumprir e não podemos falhar.

      Firion pensa em responder falando sobre Cosmos, o quanto ela depende que eles consigam atingir seus objetivos, mas muda de idéia ao relembrar o que Emperor disse. E talvez o inimigo tenha razão: se ele quiser deixar de ser um instrumento de guerra, precisa começar a pensar por si mesmo e a ter objetivos próprios. Cosmos pode ser a deusa da harmonia, mas não pode mandar em seu coração e em sua mente. Por um momento, ele fica envergonhado ao concordar com Emperor. Squall, por outro lado, só pensa em uma coisa quanto a esse assunto: “... Tanto faz”. Mas também permanece quieto.

      -Você é um bom guerreiro, de fato. – Firion tenta aliviar a situação.

      -Firion, me diz como você consegue usar tantas armas se não tem mãos o suficiente pra isso – Onion Knight fala enquanto aponta pras armas dele.

      -Não importa a quantidade de armas se você souber manuseá-las.

      Os três estão dentro de uma caverna de fogo, não sabem onde é a saída e nem pra onde os levará, e só vão agüentar ficar lá dentro por cerca de mais 20 minutos... E eles discutem sobre armas. “... Esses caras precisam amadurecer”, pensa Squall.

      -E quanto a você, Squall? Fale um pouco sobre você. – Onion tentando encorajá-lo de novo. “Por que todo mundo tenta me puxar pra assuntos que não são da minha conta? Será que eles não percebem que eu não quero conversar?” Ele já começava a ficar irritado, e sua resposta demonstra isso claramente.

      -Não é da sua conta.

      Eles não dizem nada após isso. É interessante o fato de que aquela conversa, mesmo que pequena, o fez lembrar-se de alguém. Era de seu mundo, uma loira com cabelo amarrado de olhos azuis, roupa alaranjada e com luvas marrom, cinto prateado e calças pretas. “Qual era seu nome mesmo?... Bom, isso não interessa”. Apesar de lembrar-se de alguém irritante e de não querer pensar nisso, ele se lembra sim. Seu nome era... Quistis. Squall também se recorda que já passou por aquela caverna com ela, e que pouco a frente, os três irão se deparar com uma poderosíssima criatura. Com o pouco tempo que restava pra eles saírem daquela caverna antes de morrerem sufocados ou devido ao calor, tinha agora mais uma coisa pra se preocupar.

      Ao caminharem mais a frente, percebem que chegaram ao fim da caverna ao não enxergarem mais solo, apenas fogo cercando o lugar. No centro do cenário, tinha pilares de pedra formando um círculo, como se ali fosse a moradia de alguma coisa. Não tinha nenhuma saída.

      -E agora? – Diz Firion, temendo que não desse tempo de voltarem antes que morressem. E então, ao olharam pra cima em busca de uma fuga, eles veem, grudado com suas enormes patas, a criatura de pele vermelha com detalhes em amarelo que os atacou no trem. O dragão, ferido devido à primeira batalha, se escondeu nessa caverna para se recuperar. Antes que pudessem esboçar qualquer reação, o fogo começou a soltar um gás em uma intensidade ainda maior, e pedras começarem a ser jogado devido a isso, o fogo começou a borbulhar e no circulo formado pelos pilares de pedra saiu uma criatura monstruosa. O monstro tinha pele marrom com longos chifres e garras pretas com um toque azulado, coberto por uma simples cobertura em torno da cintura. Tinha olhos amarelos e dentes afiados e seu “cabelo” e “barba” pareciam serem formados pelo fogo. Squall, que já havia enfrentado a criatura antes em seu mundo, reconheceu à besta. Era Ifrit, um poderoso monstro com controle sobre chamas ardentes.

      Os guerreiros de Cosmos tinham agora a oportunidade de derrotar o primeiro dos dragões, não poderiam perder a oportunidade de que a criatura está debilitada e poderia ser eliminada facilmente. Porém, a presença de Ifrit vai complicar a luta. O dragão, sabendo de sua desvantagem, permanece no mesmo lugar, onde eles não o alcançam, enquanto que o monstro de fogo se prepara para atacar. No inicio, ele apenas lança uma rajada de fogo no centro do piso onde permanecem os três, que pulam para os lados para escaparem. Aproveitando a chance, Squall avança até a criatura e dá um corte vertical no peito do alvo, que perde levemente o equilíbrio após isso. Logo em seguida, Onion Knight usa seu tamanho como vantagem e tenta subir pelo corpo do monstro, que começa a se balançar, mas mesmo assim nunca baixando sua guarda, assim percebendo a flecha que vinha em sua direção disparada por Firion, essa que ele segura com a mão. Era um inimigo forte.

      Os primeiros ataques dos guerreiros de Cosmos não surtiram efeito nenhum, enquanto Ifrit logo iria destruir aquele lugar. Precisavam terminar a batalha rápido. O monstro controla o fogo do magma e o lança em suas costas, exatamente onde está Onion, que pula com o ataque e quase cai fora do piso, segurando no braço esquerdo dele. Temendo da probabilidade do monstro abaixar seu braço nas chamas e das poucas possibilidades de Onion escapar, Squall dá um pulo e ataca o braço da criatura, que se movimenta para a direita tentando contra-atacar, dando chances de Onion pular novamente para o solo firme. Ifrit ataca antes que os dois pudessem fazer qualquer coisa, mas tem seu golpe interrompido por uma forte flecha vinda em alta velocidade de Firion.

      -Ele é forte, não sei se podemos derrotá-lo. – Diz Onion.

      -E nem estamos em perfeitas condições pra essa luta. – Complementa Firion.

      Enquanto os dois ficam falando, Squall pensa no inimigo que se esconde grudado nas paredes. Talvez o único jeito de fugir daquele lugar e da luta seja usando o dragão. Se puderem tomar controle da criatura voadora, mesmo que por poucos segundos, poderiam usá-la para abrir uma passagem na parede e saírem da caverna. Mas como alcança a besta? Squall tem uma estratégia arriscada, e necessitaria de grande precisão por parte de seus movimentos, mas era o único jeito.

      -Fiquem atentos. – Ele alerta os dois e começa a correr na direção de Ifrit, que tenta atacar. Ele se esquiva e aproveita a chance pra subir o corpo da criatura e rapidamente dar um pulo. O monstro faz exatamente o que ele queria: tenta atacá-lo com o elemento que controla, fazendo uma bola de fogo e jogando em sua direção. Em uma precisão sem tamanho, Squall usa sua espada para direcionar rapidamente o golpe proferido na direção do dragão. A bola de fogo o atinge e, embora não tenha lhe causado dano por ser o elemento que controla, o irrita e o faz descer para a batalha. Antes que ele aterrissasse, Squall, ainda no ar, ataca o rosto da besta no momento em que percebe que sua Gunblade o atingiria, fazendo com que caísse. A vantagem era deles, pois agora poderiam rapidamente tomar o controle da besta e usar como escapatória.

      Com o dragão no chão, Squall é o primeiro a subir na besta, seguido por Onion e Firion após o gesto de mão de seu aliado. O monstro se irrita e começa a voar desesperadamente, indo na direção da parede. Ifrit, percebendo o plano de seus oponentes, segura a pata do dragão, e o impede de continuar voando. Firion dispara uma flecha seguida do golpe de Onion, o que faz com que a besta solte o dragão, que voa até a parede desesperadamente, quebrando-a e enfim saindo daquele lugar. Percebendo que logo iria perder o controle da criatura, Squall dá um golpe final na cabeça do dragão, que grita e no mesmo instante cai com intensidade no chão, com sua boca aberta. O primeiro dos dragões estava morto.

      Agora que estavam fora da caverna, precisavam descansar. Tinham parado em uma floresta após a queda do dragão e é ali que passariam a noite. Não sabiam aonde iriam depois, mas poderiam pensar isso no dia seguinte. Antes de dormir, Squall olha para as estrelas e se lembra dela, da pessoa que o fez mudar a visão que tinha das pessoas quando em seu mundo, da pessoa que sempre esteve presente desde que se conheceram. Começou a lembrar de sua aparência, de seus cabelos pretos na altura do ombro, de seus olhos escuros, de sua roupa azul com um desenho de asas brancas nas costas, de seu sorriso contagiante... Ele aos poucos se lembrava de Rinoa. Ele iria cumprir sua promessa e iria vê-la novamente, nem que tenha que passar por todo aquele mundo de Cosmos e Chaos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, Cloud vai até a cidade esquecida, e Sephiroth o está esperando.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dissidia: Final Fantasy – O fim de uma guerra?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.