Dissidia: Final Fantasy – O fim de uma guerra? escrita por Warrior of Light


Capítulo 10
Puro fogo – Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Após um século, finalmente fiz um novo capítulo... Quer dizer, parte dele, já que acabou ficando maior do que imaginei. Eu ainda irei terminá-lo em breve, mas como demorei muito pra postar, achei melhor já postar a primeira parte, e postarei a parte 2 quando possível. Peço desculpas pela demora e obrigado a todos que estão lendo mais esse capítulo. Desejo a todos uma boa leitura!



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      Abre-se uma pequena clareira azul no escuro céu daquele campo de batalha. O sol começa a se revelar para inundar as chamas que cercam todo o local. Um ser de radiantes cabelos loiros pula para cima de outro de cabelo longo e branco, espalhando ainda mais o fogo, que destrói toda a vegetação daquele lugar. Alguns metros atrás, outros três lutadores respondem da mesma maneira, lutando com todas as suas forças para destruir um ao outro.

      O fogo! O orfanato já em ruínas pelos últimos anos em que ficou abandonado deixa em seu chão apenas mais destroços que desaparecem nos cantos das chamas. O vento forte espalha as chamas para os olhos dos adversários que, já acostumados à guerra, nada sentem. Magias são lançadas para todos os cantos do cenário, e dentro de alguns instantes, o orfanato é todo um cenário de puro fogo.

      -Sephiroth!

      Vozes gritão de uma maneira que transmitem ainda mais ódio e raiva nas sombras do local, e sons de espadas que se chocam com tamanha intensidade que são ouvidos até para aqueles que estão do outro lado do cenário.

      Cloud pulava por cima das ruínas que caiam em cima dele, com sua longa espada cortando as pedras que atrapalhavam seu caminho. Com ódio em seus olhos, seu corpo reage ao que está caindo de uma maneira tão rápida que nem mesmo ele percebe. Ele continua a pular por entre as pedras antes que elas chegassem perto de tocar no chão, para então finalmente alcançar seu alvo de asas negras, que permanece no céu como um covarde esperando que seu oponente chegue e dê o primeiro golpe. Ao chegar a uma altura considerável, se ajoelhou, em menos de um segundo, sobre uma das rochas que ainda estava no ar, fez impulso o suficiente e então pulou rumo ao monstro que havia destruído aquele lugar. Seus olhos azuis entraram em contato com os verdes da criatura, e sentiu uma sensação de déjà vu ao, por frações de segundos, abaixar sua cabeça e ver todo aquele fogo espalhando-se cada vez mais e destruindo tudo a sua volta. Voltou à atenção ao perceber que se aproximava mais de seu inimigo, ergueu sua espada, e com força abaixou sua mão, aplicando um golpe que, embora tenha sido defendido, desestabilizou levemente o inimigo, mas foi o suficiente para abrir espaço para mais um golpe.

      -Sephiroth! – Grita pelo seu nome novamente. – Acaba aqui. Volte a dormir. – Termina a frase e dá mais um golpe ainda mais forte que o primeiro, que joga seu oponente ao chão, que mesmo com toda sua habilidade, cessa de suas asas negras por alguns segundos. Porém, Sephiroth é um oponente como poucos, e abre suas asas novamente antes de alcançar a superfície e levita para a esquerda antes de encostar o chão. Condenado seja seu criador que, por algum motivo, Cloud não consegue lembrar-se do nome. No momento em que se encostou ao chão, o soldado loiro pula novamente sobre seu inimigo, não permitindo que ele voasse e ficasse a uma altura que não podia mais alcançar, visto que o orfanato tinha sido tão destruído que não havia mais destroços para escalar. Sephiroth conseguiu contra-atacar, porém, e fazendo pressão à espada de Cloud, o jogou para o outro lado do cenário.

      Do outro lado do campo de batalha, duas mulheres lutam contra um homem de armadura dourada. Continuando usando seus punhos, Tifa ataca sempre que possível, normalmente após Rydia usar a magia de seu Leviathan, que abre espaço para que ataque. A menina de cabelos verdes ameniza um pouco o fogo com seu dragão com domínio da água. Uma lutadora corpo a corpo, e uma com uma criatura de grande poder como essa, são duas oponentes espetaculares e, sabendo disso, Emperor apenas se defende. Se atacasse, poderia baixar sua guarda, e essa se trata de uma batalha de dois contra um, o que torna a situação do convocado de Chaos mais difícil.

      -Eu admiro a coragem de vocês em enfrentar alguém tão superior... – Ele diz isso enquanto seu bastão corta ao meio uma das rajadas de água lançadas pelo dragão de Rydia, abrindo enfim espaço para que ataque. – Mas essa é uma batalha da qual não podem vencer.

      Emperor avança em cima de Rydia, que com um gesto do braço, chama Leviathan, que morde o bastão dele. Ficou preso, e a besta não soltava, e percebeu que Tifa avançava até ele. Em um rápido movimento, ele cria duas bombas que explodem na boca da criatura. Não lhe causa muito dano, mas foi o suficiente para que soltasse, ainda restando tempo para se defender do golpe de Tifa, e logo em seguida chutá-la no estômago.

      Mesmo estando em desvantagem, Emperor estava se saindo bem na batalha, mas se distraiu, e sua arrogância custou-lhe um erro que lhe colocaria em uma situação ainda mais complicada na batalha. Em apenas alguns segundos, Rydia usou a calda de Leviathan para prendê-lo de um modo no qual não conseguia mover as mãos, assim não podendo soltar qualquer magia como da última vez. Ficando imóvel, olhou para ela e a encarou, mas não com um olhar de ódio. Ficou imaginando o quão poderosa ela é e o quanto mais ainda pode ficar, e sorriu levemente, mas de forma perceptível. Percebendo seu sorriso e no que ele podia estar imaginando, Rydia grunhiu.

      -Ataque ele com tudo, garota! – Gritou para Tifa, que logo se levantou, mesmo não tendo se recuperado totalmente após o golpe que havia recebido, e correu com determinação até ele, deu um rápido pulo, e chutou a boca de Emperor tão forte que ele chegou a cuspir um pouco de sangue. Logo em seguida, fechou sua mão, e carregou força em um único soco após Leviathan ter começado a soltá-lo, e esse o jogou do outro lado do cenário, com seu bastão caindo perto das duas. A batalha estava praticamente perdida pra Emperor, pois precisava de seu bastão para aplicar os ataques mais fortes, e ainda que pudesse fazer algo sem ele, estava em uma desvantagem maior do que antes agora.

      Tifa encarou seu oponente por alguns segundos e cuspiu no chão, sorrindo sabendo que tinha dado o troco pelo golpe que recebeu e que a batalha estava praticamente ganha pro lado dela. Avançou contra ele, enquanto Rydia já se preparava para dar cobertura a sua parceira. Porém, subitamente, algo é jogado com força pra cima dela, que ao cair, acaba batendo em Tifa e ambas caem no chão no mesmo instante. Era Cloud que tinha caído em cima dela. A convocadora de Leviathan olhou para Sephiroth, que estava logo à frente, e depois para Cloud e, com um olhar de desaprovação, simplesmente disse:

      -Não me diga que está levando uma surra. – Ele não responde, apenas se levanta e olha para Sephiroth que, entre as chamas, o encara. Olhar para ele é como olhar para o demônio e encarar os mais profundos pesadelos de sua alma. Olhar para ele é como se lembrar de toda a dor e sofrimento que ele causou, de todas as vidas que ele já tirou. Olhar para ele é como se lembrar de perdê-la...

      -Dando as costas para seu inimigo. Confiança em excesso vai lhe destruir. – Diz Sephiroth ao olhar para Emperor caído, que o observava, ao invés de prestar atenção em seus oponentes. Fez um gesto para que ele pegasse seu bastão, pois agora já tinha lhe aberto espaço pra isso.

      -Ei, o que acha de trocarmos de oponentes? Você ajuda sua “parceira” – Rydia fez um gesto indicando que sua palavra estava entre aspas – enquanto eu dou conta desse cara de cabelos longos. Você já estava todo preocupado com ela, afinal, não é?

      Ao dizer isso, pulou em cima de Leviathan, que a levou até perto das chamas onde Sephiroth estava. Deu outro pulo e, com um simples gesto de mão, criou uma forte onda de água que cessou o fogo e revelou seu oponente, que já estava preparado para lutar. Cloud ficou um pouco nervoso, ele é quem mais deseja e quem mais merece acabar com Sephiroth, não uma garotinha como essa, que não tem motivações para odiá-lo ou sentir qualquer coisa. Porém, o sorriso de Tifa pra ele o acalmou um pouco. Ele esperou pela oportunidade de ver sua antiga amiga novamente, e agora a irá proteger da forma que for necessário. Preparou-se para lutar contra Emperor.

      ...

      No meio da floresta que liga a (curta) distância entre a cidade esquecida e o orfanato, Laguna luta com determinação contra a imprevisível Cloud of Darkness. O fogo não chega até eles, assim não atrapalhando ainda mais a luta, mas a forte fumaça criada por ele faz com que a ausência de clareza e nitidez atrapalhe os reflexos do único humano nessa batalha, ainda que já esteja chegando à manhã. Com sua visão dificultada graças a isso, fica difícil desviar dos tentáculos de sua inimiga, que ataca sempre repentinamente, de forma inesperada. Por não ser uma humana, não sente falta de uma visão mais transparente.

      O cuidado que Laguna está precisando ter com os ataques de Cloud of Darkness, juntando a um clima que o deixa em desvantagem, a tornam uma oponente como há muito tempo ele não enfrenta. Ele sabe de suas limitações, e não é nenhum deus, mas faz o que todo soldado faria: luta com o que tem. Com sua arma de fogo, ele dispara tiros que nem sempre acertam sua oponente, mas sente que às vezes consegue causar-lhe dano, quando acerta. É puramente uma questão de reflexos e, embora seja distraído, ele não é tonto em cair nos truques de sua oponente. Repentinamente, após Laguna ter acertado mais alguns tiros em Cloud of Darkness, ela simplesmente some. Desaparece. Imprevisível do jeito que é, pode aparecer em qualquer lugar, em qualquer canto, em qualquer momento, e por isso dobra ainda mais sua atenção. Ele olha ao seu redor, mas durante alguns segundos, ela não aparece, até que...

      -Está na hora de colocarmos um fim para este jogo. –... Ela aparece através de um portal do chão, não o atacando imediatamente, mas dando a entender que iria fazer algo que o pudesse matar de vez. Porém, ele finalmente consegue ver melhor com quem está lutando, já que finalmente Cloud of Darkness ficou parada. Ele dá uma risada e fica um pouco sem graça e de repente fica perplexo. – O que foi? O medo o deixou paralisado?

      -Hã... Não, não... Claro que não. Eu só estava, hã... Eu só estava vendo melhor minha oponente e... Sua aparência, só isso. – Ela claramente ficou nervosa, parecia até que iria o atacar no mesmo instante. – Mas... Mas não precisa ficar nervosa nem nada, eu não... – Ele abaixou sua arma, e sem querer soltou uma carga elétrica baixa no chão, que atingiu sua perna levemente, o fazendo se baixar no chão, e resmungar levemente. – Ai... Deu câimbra!

      -Inacreditável. Como Cosmos foi escolher bravos defensores como vocês para lutarem em sua guerra? – Diz Cloud of Darkness, que olhava para Laguna com um olhar de insatisfação por ter lutado com um “guerreiro” desses, o desprezando.

      -Ei, não olhe para mim, eu ainda nem sei muito sobre essa tal guerra que tanto falam. – Diz Laguna, que ainda ficava com a mão sobre sua perna por causa de sua distração segundos atrás. – Alguém bem que poderia me dar uma ajuda.

      -Então, você nem ao menos sabe o seu propósito nesse campo de batalha. Eu me informaria melhor, se estivesse em seu lugar.

      -Senhorita, não é por nada, mas não achei nenhum livro por aí sobre Cosmos que fala dessa tal guerra. – Responde, finalmente se levantando e aproveitando pra se aquecer um pouco, esticando as pernas e os braços.

      -Hehe, mas que tolo ingênuo. – Riu levemente, se satisfazendo um pouco. Laguna, no fim das contas, acabou sendo uma diversão e um passa tempo pra ela, afinal. – Eu até lhe daria algumas informações, se não estivéssemos em lados opostos da batalha. Porém...

      Cloud of Darkness não termina de falar, pois é atacada pelas costas por outra guerreira, presumiu que fosse outra convocada de Cosmos. O ataque a pegou de surpresa, quase caiu no chão, mas mais por estar surpresa do que por ter tomado real dano. Após, olhou para Laguna e riu, desaparecendo logo em seguida.

      -Você está bem! – Era Rinoa.

      -Sim, estou, obrigado. – Laguna até tinha pensado por um momento que ia conseguir informações de Cloud of Darkness, sentiu como se ela tivesse gostado dele, mas ficou grato pela ajuda mesmo assim. – Você me parece meio assustada.

      -Eles estão atacando com tudo. Precisamos ajudá-los! – Disse com um tom de voz rápido e nervoso, olhando para a fumaça no céu e apontando para o orfanato.

      ...


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Notas finais do capítulo

Obrigado a todos que aguardaram pacientemente por esse capítulo e mil desculpas pela demora, farei o possível para que não aconteça novamente. Espero que tenham gostado e até a parte 2.



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