A Herdeira do Infinito escrita por Cabeça de Alga


Capítulo 23
Clarisse




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— Vamos Clarisse acorde – Alguém disse me sacudindo – Temos muito ainda a fazer, ande levante – Com muita dificuldade abri os olhos e vi Kely, ela estava em pé na minha frente, ela vestia uma túnica azul turquesa, com uma calça também azul turquesa de cetim, que eu dei para ela.

— O que ?— Perguntei ainda meio grogue – Onde eu estou ?— Poderia parecer idiota, mas pelo que sabia eu estava na tenda de reunião com, ah meu Deus, sera que foi um sonho ?, pode ter sido – Cade Richard, ele, quem me trouxe para cá ?— Kely olhou para mim com um sorriso no rosto.

— Foi Richard, no meio da madrugada – Disse ela, pelo menos não foi um sonho – Perguntei o que tinha acontecido e ele disse que a encontrou desmaiada na tenda de reunião, então a trouxe para cá – Essa foi a melhor noticia que eu poderia ter recebido em toda a minha vida e isso pareceu transparecer demais em minha feição – Pelo visto não foi apenas um desmaio – Disse ela rindo – Mas enfim, eu te entendo, mas agora vamos começar o treinamento ?.

— Posso ao menos escovar meus dentes e tomar um banho ?.

— Vá, mas vá rápido, não quero começar muito tarde – Disse Kely indo para a porta ou melhor cortina com nome de porta.

 

Me levantei e percebi que estava com uma roupa diferente da de ontem, estava com um blusão de seda preto e uma calça também preta de ceda. Tomei meu banho o mais rápido que pude, fui para o baú, onde estavam as roupas que tinha ganhado dos clãs, peguei uma calça de seda dourado fosco e uma blusa também de seda marrom, peguei uma sandália dourada e fui para fora da tenda. Kely me esperava ao lado de uma arvore, pelo visto ela tinha lavado e penteado seus cabelos, pois ontem eles estavam iguais a um ninho e hoje estavam arrumados em uma trança.

 

— Vamos – Disse me aproximando dela – Hoje meu humor esta ótimo.

— Não tenho a menor dúvida disso – Disse ela sorrindo – Para onde iremos Vossa Alteza ?.

— Não podemos ser vistas treinando – Disse já olhando em volta, para ver se alguém estava ouvindo – Vamos para… tá não sei para onde ir, nunca andei por aqui – Na verdade nunca tinha vindo nesse planeta.

— Sua sorte é que conheço aqui – Disse ela utilizando uma adaga para limpar as unhas, que por sinal precisavam ser feitas, a morte não fez muito bem a ela – Apenas me siga, quero acabar com isso logo – Ela foi para dentro da floresta e como eu não tinha escolha eu a segui, andamos por cerca de vinte minutos até que chegamos em um campo com flores rasteiras, era imenso tinha um gramado cheio de flores douradas lindas, a luz do sol refletia nelas as tornando ainda mais belas, no centro do campo, pelo menos eu acho que era no centro, tinha uma arvore gigante cheia de flores brancas, esse lugar era tão perfeito e calmante, que dava vontade de ficar aqui para sempre – Bem vinda ao Campo dos Arcanjos, aqui é o local perfeito para você libertar seus dons de luz – Tinha que concordar com ela, aqui era perfeito, fechei os olhos e respirei aquele ar puro de vida.

— Poderia ficar aqui para sempre – Falei ainda de olhos fechados.

— Eu também – Disse ela – Mas agora sente-se para começarmos o treinamento – Abri os olhos e fiz o que ela mandou, me sentei e ela se sentou na minha frente – Preste bem atenção eu irei entrar em sua cabeça, procurarei o seu dom e tentarei quebrar o que o prende, mas te aviso que isso ira doer, não em mim, mas em você, isso pode demorar.

— Quanto tempo ?.

— Teve caso que eu fiquei procurando por quatro dias inteiros.

— Mas se eu ficar quatro dias fora eles iram continuar a campanha até o castelo, irão dizer que fui assassinada ou que fugi com medo de Prometheus.

— Clarisse entenda bem – Ela olhou bem em meus olhos – Isso exige tempo e determinação, conheci pessoas que não conseguiam nem mesmo atacar um animal, por conta de seus poderes estarem fracos e depois que fiz isso, eles ficaram fortes o suficiente para acabar com um reino inteiro, mas precisarei de tempo e não poderei ser interrompida, em momento algum, se isso acontecer ficarei presa em sua cabeça para sempre e nenhuma de nós quer isso – Falou ela.

— Espere, tenho que avisar Richard, se os outros partirem ele poderá me guiar depois.

— Não se preocupe já o avisei, apesar que depois que terminarmos e você tiver o completo controle de seus poderes, você poderá ir onde quiser a hora que quiser – Estava apreensiva, não queria deixar meus pais e Luis preocupados comigo, eles sabiam que eu iria treina com Kely, mas não sabiam que poderia demorar tanto, mas isso não importa agora, preciso fazer isso, pensem o que quiserem.

— Tudo bem, estou pronta pode começar – Kely colocou suas mãos em minha cabeça – Espera – pedi.

— Ah, o que foi dessa vez ?— Perguntou ela.

— Eu ficarei como ?, dormindo, presa, acordada ?.

— Você vira comigo, preciso de ajuda né – Disse ela como se fosse a coisa mais obvia do mundo – Quem melhor para me indicar onde fica onde em sua bela cabecinha.

— Tá agora estou pronta, pode começar.

— Sem interrompimentos ?.

— Sem interrompimentos – Disse.

— Agora feche os olhos – Fiz o que ela mandou, então Kely mais uma vez levou suas mãos em minha cabeça – Respire fundo, três vezes, não mais que isso – Respirei fundo três vezes – Agora pense em sua luz, pense no como ela é importante para você, tente nos mandar para o lugar mais próximo a ela, mesmo que não saiba onde é, vá apenas por sua energia, sinta ela Clarisse – Fiz o que ela mandou, me concentrei na energia que meu poder exalava, em como ele poderia parecer, tentei encontrar ele em cada canto de minha cabeça, mas era difícil, muito mais do que pensava – Vamos concentre-se, sua família e seu reino depende disso – Mais uma vez eu procurei e mais uma vez não consegui sentir, até que como uma pequena fagulha de fogo surgisse na noite escura e naquele momento eu soube que era aquilo era para lá que deveríamos ir e era para lá que iríamos – Abra os olhos Clarisse – Abri meus olhos e Kely estava em pé na minha frente, não estávamos mais no Campo dos Arcanjos, agora nós estávamos no orfanato, no dia em que ele pegou fogo, estávamos do lado de fora e lá de baixo podia ver minha imagem da janela, uma garota magricela de cabelos de fogo.

— Aqui é o orfanato onde fiquei – Olhei para o meu lado, mas Kely não estava mais lá, ela estava na porta do orfanato – O que fazemos aqui ?— Perguntei me aproximando dela. Ela parecia estar tentando abrir a porta.

— Foi para cá que fomos enviadas, quando algum dom esta preso, ele fica normalmente em uma lembrança de sua infância, onde poderia ser facilmente esquecida.

— Nunca me esqueceria daqui – Disse para ela – Esse foi meu lar.

— Também podem ficar acorrentadas onde foram utilizadas pela primeira vez.

— Nunca utilizei eles – Disse convicta disso – Estava na casa de uma amiga minha na hora, eu me lembro disso.

— Você se lembra do que quer lembrar – Disse ela, seus olhos estavam verdes, mas não verdes comuns, estavam verdes florescentes – As vezes você pode criar situações que nunca existiram, tudo para tentar explicar uma coisa que seria impossível – Enquanto ela falava eu fugia pelos fundos.

— Olhe – Mostrei a ela – Foi naquele momento que fugi, é impossível eu ter criado isso.

— Olhe bem Clarisse – Falou ela, virei a cabeça para onde eu tinha saído correndo, mas não tinha ninguém lá.

— Olhar o que ?.

— Apenas fique olhando – Continuei olhando e como num passe de magica lá estava eu de novo, fugindo pelos fundos, só que quando cheguei a um certo ponto sumi, minha imagem desfocou e simplesmente desapareci – Viu, aquilo sim foi ma criação de sua cabeça – Aquilo não poderia estar ficando mais confuso, era tão real a lembrança. -Mas então o que realmente aconteceu ?.

— É isso que iremos descobrir – Disse ela – Quando algo é criado pela pessoa mesmo que tão real quanto isso, sempre fica aquela parte verdadeira escondida, mantida em algum canto lá dentro e é essa parte que precisamos encontrar – Ouvi um barulho de galhos se partindo, olhei para trás e vi Victor Reivel, ele estava prestes a colocar fogo no orfanato, mas ele parecia estar olhando diretamente para nós, como se pudesse nos ver.

— Kely – Chamei ela.

— O que foi ?— Perguntou ela me olhando.

— Eles podem nos ver ?— Ela seguiu meu olhar até Victor.

— Merda – Falou ela me deixando desesperada – Sim, seus poderes estão sendo guardados, temia que isso pudesse ter acontecido.

— Como assim guardados ?, tipo por guardiões ?.

— Sim, quando algum poder é trancado da forma que o seu foi ele cria sentinelas, para poder guardá-lo, assim quem entrar em sua cabeça não poder acessar eles tão facilmente – Por que tinha que ser Victor Reivel a ser esse sentinela – Estamos com sorte de que tem apenas um, mas do mesmo jeito precisamos abrir essa porta logo, pois quando seu cérebro identificar a invasão ele enviara mais sentinelas e pode apostar apenas um já é difícil de se lutar, imagina mil deles – Não queria esperar para ver, começamos a forçar a porta e Victor saiu do meio das arvores e veio em nossa direção – Irei atrasar ele, arrume um jeito de abrir isso agora – Ela disse indo na direção dele, olhei para trás e vi o momento em que os dois se chocaram, ele a pegou pela garganta de primeira e a jogou para o lado, fazendo com que ela batesse em uma arvore, então começou a vir em minha direção, mas Kely o interceptou pulando em cima dela, fazendo-o cair no chão – Pare de olhar e arrume um jeito de abrir isso – Fiz o que ela mandou e tentei de tudo, chutei a porta, dei socos, que por sinal doeu muito, tentei forçar a trinca mais nada funcionava, parecia ser de aço.

— Não abre, nada funciona.

— Pelo amor de Deus – Disse ela entre os socos que ele disparava nela – Essa é sua lembrança, deve haver um modo de abrir essa maldita porta – Pensei, morei lá por anos, tinha que saber o que fazer, vamos Clarisse pense – Ande logo, não aguentarei por muito tempo – É claro a chave reserva no tronco oco, mas agora como eu a pegaria, estava atrás de Victor.

— Kely – Gritei – O tronco, tem uma chave dentro da parte oca dele – Ela chutou Victor, fazendo com que ele caísse no chão com um baque e então correu para o tronco, enfiou a mão lá dentro e quando e puxou tinha uma pequena chave de prata reluzindo em suas mãos.

— Pegue – Ela a jogou e eu as peguei e nesse exato momento eu a coloquei na fechadura e abri ela. Me virei para chamar Kely, mas ela estava lutando com Victor, não poderia deixar ela ali, iria acabar morrendo desse jeito – Vá, não se preocupe comigo, ache onde seu dom esta e tudo isso acabara, ande logo – Disse ela, obedeci ela e fechei a porta, trancando ela novamente.

 

Estava na sala de espera do orfanato, ele era todo feito em granito cinza, tinha cadeiras de espera perto da parede, um vaso de flor em cada canto onde se subia as escadas e no fundo tinha a porta da Irmã Véu, era ela que organizava as adoções, tá, já que eu não fugi daqui onde eu estava, comecei pelo primeiro andar, já que estava aqui, fui para a sala de jantar e café, as duas grandes mesas de madeira estavam lá, perfeitas como se nunca tivesse acontecido nada, a parte da cozinha era dividida por uma bancada, onde os órfãos faziam filas com suas bandejas para pegar a comida, atrás ainda tinha o restante da janta daquele dia, purê de batata com frango e arroz, ver tudo aquilo me trazia muitas saudades daqui, das meninas e das freiras que cuidavam de nós, mas não era momento para isso, tinha que achar a mim mesma. Pensei em ir para o banheiro, mas com certeza eu não estava lá, onde eu me esconderia se colocassem fogo no orfanato, senti um cheiro de queimado, pelo visto Victor tinha começado a sua obra. Vamos Clarisse pense, onde você se esconderia ?, vamos, dormitórios ?, não obvio demais, salas de aula ?, não nunca mesmo, tinha que ser o lugar onde mais me sentia segura, onde pensaria que estaria a salvo, abri os olhos certa de onde estava, quando olhei em volta percebi que o orfanato já estava quase todo consumido pelas chamas, tinha que ser rápida. - Clarisse ande logo, quando o fogo chegar em você quando pequena tudo estará acabado e teremos que começar de novo – Gritou Kely do outro lado da porta.

 

Corri para o segundo andar, passei pelo meu dormitório e fui direto para o final do corredor, onde eu estava, abri a porta que dava para a sala de orações e vi uma sombra pequenina encolhida atrás de um pedestal de orações, andei até ela, mas cada passo que dava ficava mais difícil, como se a gravidade me deixasse, olhei para trás e percebi que as chamas estavam chegando na porta, no fundo do salão ouvi um choro, que era o meu. Tentei ir mais rápido, tinha que chegar lá e logo, tentei correi, mas foi a mesma coisa que nada, foi ai que percebi que isso era eu que estava causando, estava atrasando as coisas de alguma forma, tinha que fazer isso parar, tinha que me libertar.

— Clarisse – Gritei, não sabia se eu poderia me ouvir, mas não custava tentar. O choro pareceu diminuir e a menina de cabelos de fogo olhou de esquina para mim.

— Quem é você ?— Disse aquela voz de criança com medo.

— Sou uma amiga e estou aqui para te ajudar – Ela olhou para mim e seus olhos estavam cheios de lagrimas, pude ver através deles as chamas, olhei novamente para trás e percebi que já estavam a poucos metros de me atingir – Clarisse, não tente se esconder, não tente se reprimir pelo que você é, você é a Luz, você é a salvação, reaja, não deixe que façam com que você se esqueça, sempre se lembre, A Escuridão é seu Caminho e a Luz sua Lanterna, então use-a, use sua lanterna – Não sabia se ela entenderia, não sabia nem mesmo eu o por que estava falando aquilo, de alguma forma sabia que aquilo me ajudaria, tinha que me ajudar – Mostre que você é uma verdadeira herdeira, mostre o que uma Cronariana pode fazer, seja a luz – Quando disse isso uma luz irrompeu, mas não foi dela, foi de mim, senti como se ela me queimasse, foi uma dor horrível, gritei, mas sabia que ninguém além de mim mesma poderia ouvir, quanto mais aumentava, mas doía. Chegou em um momento que minha pele começou a se desfazer e aquilo me desesperou, estava morrendo era isso mesmo, depois de tudo o que fiz para chegar até aqui. Fechei meus olhos por causa da dor e me lembrei daquela voz que sempre apareceu em minha cabeça, sempre nos momentos de aflições ela que me ajudou, lembrei quando a ouvi pela primeira vez e ela dizia: “Não desista de si mesma, não desista de quem você é, nunca se subestime, saiba que sempre sera a verdadeira Clarisse Cronarius”. Voltei a abrir eles e a luz que irradiava de mim não doía mais, ela era gostosa, tinha uma temperatura perfeita e minha pele tinha voltado ao normal, olhei para aquela garotinha amedrontada atrás daquele pedestal, nunca foi ela quem utilizou aqueles poderes e Kely sabia disso, só tinha uma coisa a fazer agora, voltei meus olhos para as chamas e então as senti, eram malignas, fechei meus olhos e deixei que a luz fizesse o resto, senti a paz se instaurar naquele recinto, uma paz tão pura quanto um planeta inexplorado, tão pura quanto um ar que nunca teve a presença de qualquer ser vivo para polui-lo.

Quando voltei a abrir os olhos já não estava mais no orfanato, estava de volta no Campo dos Arcanjos e Kely sorria para mim, indicando que tínhamos conseguido, naquele momento sim eu senti a paz dentro de mim, senti tudo até mesmo a alma dentro de Kely, uma alma que não era pura, mas livre de qualquer influência demoníaca. Não tinha mais sol, já estava escuro.

 

— Você conseguiu – Disse ela sorrindo, mas tinha algo de errado com ela, seu rosto estava ensanguentado.

— Kely o que houve ?.

— Esse é o preço por lutar com um sentinela de pensamentos – Disse ela me dando um sorriso vermelho de sangue.

— Deixe-me tentar uma coisa – Disse me aproximando dela, coloquei minhas mão em seu rosto e senti aquelas fraturas, senti seus machucados e sua dor, não sabia o que estava fazendo, mas de alguma forma senti que suas fraturas estavam se curando e seus machucados se fechando e de repente quando a soltei, seus machucados estavam curados e ela estava sem sangue algum.

— Você conseguiu usar a Cura de Deus – Disse ela impressionada – Parabéns, pelo visto deu mais certo do que pensava.

— Tomara que tenha mesmo e tomara que isso me ajude a derrotar meus inimigos e não a curá-los.

— Pode ter certeza de que isso não ira curar ele, mas sim destruí-los – Disse ela se levantando, segui seu exemplo e me levantei.

— Fomos rápidas, deve ter se passado apenas algumas horas – Disse esperançosa.

— Se eu fosse você eu não contaria com isso, quando estamos no subconsciente de uma pessoa, o tempo passa diferente, para quem esta lá dentro do que para quem esta aqui fora podem ter se passado horas lá dentro, mas aqui fora podem ter sido dias – Ela olhou em volta, como se procurasse algo – E pelo visto foram dias.

— Por que ?— Perguntei olhando para onde ela olhava e bem lá no fundo deitado na grama estava Richard.

— Pedi para ele vir para cá assim que eles deixassem o acampamento – Fui até ele que estava dormindo igual a um anjo, dava até pena de acordar, mas era necessário.

— Richard, acorde – Falei sacudindo ele – Richard – Ele abriu os olhos e quando me viu, ele me envolveu em seus braços, em um abraço tão forte quanto ele poderia dar.

— Clarisse, que bom ver que você esta bem – Disse ele em meu ouvido e aquilo foi a melhor coisa do mundo – Não sabe como fiquei tentado em tirar você daquele transe – Me afastei dele e olhei bem em seus olhos.

— Por que o que houve ?.

— Você gritava e Kely começou a sangrar, pensei que estivessem morrendo, quase puxei vocês, mas dai lembrei que se fizesse isso vocês morreriam, mas dai ela parou de sangrar e gritar e então pensei que estivesse melhor as coisas. O que houve lá ?.

— Isso é uma longa história e depois eu te conto, mas agora me diga, a quanto tempo estamos ali ?.

— A quatro dias, a campanha deixou o acampamento no segundo dia que você sumiu, eles disseram que ou você morreu ou fugiu, então meio que coroaram sua mãe e marcharam para o Castelo dos Cronarianos – Aquilo era uma noticia até que boa, pensei que eles desistiriam de marchar e voltariam para seus castelos.

— Chega de ladainha – Disse Kely – Temos muito caminho pela frente.

— Eu roubei três cavalos para nós – Disse Richard – Pensei que precisaríamos.

— Você é prefeito – Disse para ele.

— É eu sei disso – Disse ele me puxando para si e me beijando.


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