Stronger feeling escrita por Iza


Capítulo 61
Capítulo 61- Um futuro


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal...
Então, é o fim... Estou tão feliz e ao mesmo tempo tão perdida! É a primeira fic que termino, e foi a primeira que comecei, então vocês já podem imaginar o quanto eu amo essa fic né?
Quero agradecera todos vocês que me acompanharam, que leram e que me apoiaram. Muito obrigada a quem comentou e a quem só leu mesmo. Amo vocês, e estou muito feliz mesmo.
Espero que gostem, foi feito com carinho.
Até alguma outra fic pessoal, amo vocês;



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POV Glenn

Eu não me lembrava de como fazer para respirar. Eu só conseguia andar de um lado para outro, completamente desesperado e angustiado, enquanto Maggie estava deitada na maca respirando com dificuldade.

—Glenn Rhee- Natasha gritou em meu ouvido, me fazendo voltar para a realidade e encarar os olhos verdes brilhantes.- Recomponha-se agora.

—Eu...- pisquei atordoado, sem saber exatamente o que fazer e ela ergueu a mão batendo de leve na minha testa.

—Você vai ficar ao lado da sua esposa, segurando a mão dela e aguentando a força que ela exercer sobre eles, enquanto coloca meu afilhado no mundo. Eu não te criei como melhor amigo para ficar andando de um lado para outro, seu idiota.

Olhei para ela mais um instante e ela me dispensou com um aceno. Estava certa, como sempre.

—Oi amor- digo me aproximando e pegando em sua mão. Ela tenta um sorriso, mas outra contração vem e sua careta de dor toma conta.

O doutor se prepara, e eu admito para mim mesmo que sinto medo. Lembro-me de Lori, logo no inicio, trazendo Judith para o mundo, e não posso, simplesmente não posso, deixar que Maggie se vá também.

Tudo parece durar uma eternidade, e eu fico mais e mais agoniado pois minha mulher, o amor da minha vida está sofrendo dor e não posso fazer nada além de ficar ao seu lado e apoia-la.

Começa todo o processo de empurrar, e ela sua, grita e faz força. Incrivelmente forte, é isso o que ela é. A tensão me consome, enquanto o doutor faz incentivos, avisando que nosso menininho está chegando ao mundo. Meu filho está chegando ao mundo!

E então, quando menos espero, um choro preenche a sala. Lagrimas descem por meu rosto, assim como pelo de Maggie. É tanta emoção, e de um jeito tão puro, que eu nem sequer consigo respirar direito, mas mesmo assim reajo.

—Como ele está doutor?-pergunto preocupado, sem soltar a mão de Maggie, até porque não consigo nem sentir meus dedos.

—Sim, como ele está?- pergunta preocupada e fraca.

—Ele está bem, é um menino totalmente saudável- diz se aproximando e colocando-o no colo de Maggie.

É a coisinha mais pequena que já vi, todo sujo de sangue e absurdamente fofo. Aproximo-me, as lagrimas escorrendo e um amor tão grande e intenso tomando conta de mim. É o fruto de meu amor e do de Maggie, um pedacinho de nós dois.

Beijo seu rostinho. Meus olhos encontram os de Maggie e sorrimos um para o outro.

—Hershel- Maggie diz em voz alta, olhando para nosso filho- Nosso pequeno Hershel.

Concordo sorrindo. O doutor pega-o novamente e cuida dele, dando banho e então devolve-o para que seja alimentado, e meu Deus é a cena mais linda do mundo. Natasha entra, conversa conosco baixinho, também emocionada, e diz que vai dar noticias para os outros, que devemos descansar e curtir o momento, mas Maggie sorri, rola os olhos e diz que é para todo mundo entrar e conhecer o novo membro da família.

Todos o fazem. Sasha está quase de nove meses também. Estamos todos aqui, todos juntos e bem. Somos família. Todos sorriem e fazem comentários, e eu não consigo para de sorrir. Tasha pisca divertida para mim e eu o faço de volta, olhando para Hershel em seguida.

Isso é felicidade, e é felicidade plena.

(...)

 

POV Natasha

O parto de Maggie deixou todos nós nervosos, mas ver Hershel em seguida deu a todos nós alegria e esperança. Algum tempo depois foi a vez de Sasha, que trouxe ao mundo o pequeno Abe Jr, um garotinho ruivo e muito esperto.

As duas crianças trouxeram vida ao lugar, e Judy não estava mais sozinha como o futuro de todos nós. De inicio a pequena sentiu muito ciúme dos pequenos e era simplesmente muito fofo assistir aquela coisinha pequena e loira brigando comigo e com Daryl com suas palavras enroladas. Fora Carl, por quem o ciúme era multiplicado e não se aplicava apenas aos bebês, mas a Enid também ( a quem ele começou a namorar, e eu claro faço questão de irritar a ambos por isso).

Hilltop, Jogadores, e o Reino continuam aliados e agora temos um sistema de trocas simplesmente ótimo, um ajudando o outro sempre. Jesus e Mel começaram a namorar, o que deixou Raphael e Carlos meio loucos, mas ,de qualquer forma, o casal é muito bonito.

Ezekiel e Carol também foram uma revelação e tanto e me renderam um bom negocio, já que tinha feito uma aposta com meu marido caçador maravilhoso, e uma noite simplesmente maravilhosa onde eu estava no total controle aconteceu.

Melhoramos a segurança de todas as comunidades, nossa horta se estabilizou, aumentamos e construímos algumas coisas novas. Tudo corria maravilhosamente bem.

Um ano depois do nascimento de Hershel uma coisa pegou a todos nós de surpresa : Mich engravidou.  Foi inesperado, e para ela muito difícil, uma vez que já tinha perdido um filho antes e essa dor nunca pararia. De qualquer forma, tivemos mais um menino na comunidade depois disso. Mark chegou cheio de saúde.

Eu achava que a fabrica de bebês tinha acabado, mas então aconteceu com Beth. Eu não me cansava de rir e dizer que parecia uma febre. Dessa vez foi uma menininha, Rose, de cabelos negros como os do pai, e olhos de corça como os da mãe. Então a fabrica de bebês fechou.

(...)

Caio no sofá, em cima de Daryl, completamente satisfeita. Nosso corpo se toca, pele com pele.  Fico parada ouvindo as batidas do coração do homem que amo enquanto ambos estabilizamos nossa respiração.

—Temos que levantar, Loira- diz ele, enquanto faz carinho em minhas costas.- Temos muito o que fazer.

—Estou com preguiça- digo manhosa, meus olhos meio pesados.

—É claro que está-diz rindo e eu balanço a cabeça negativamente.

Ergo-me com dificuldade e junto as roupas. Sigo para o banheiro, seguida de perto por Daryl.

—Temos de parar com isso de fazer na sala- comenta e olho para ele com a sobrancelha arqueada- Hershel vive correndo de casa e parando aqui. Tudo bem que ele bate na porta, mas imagina se ele escuta alguma coisa?

Caio na risada e balanço a cabeça negativamente. Ele tem um ponto.

—Tudo bem, daqui por diante só no quarto.- digo e então paro para pensar um instante- E no banheiro.

Ele rola os olhos e me rouba um beijo. Não fazemos nada dessa vez, realmente temos que sair.

Depois de um banho rápido seguimos para a cozinha, onde Daryl pega algumas barras de cereal e me oferece café. Recuso sem vontade. Espero ele comer, meio impaciente, e então saímos.

Vamos direto para o deposito, onde um caminhão do Reino nos aguarda. Cumprimento Ian com um movimento e sigo até a parte traseira começando a ajudar Beth e Glenn a descarregar. Não sei onde Daryl vai parar.

 Estou carregando minha terceira caixa quando minha visão escurece e tenho que parar bruscamente. Solto a mesma com um baque seco em cima da mesa que está próxima a mim e me firmo ali por um instante, tentando me recompor.

—Qual o problema?- pergunta Glenn ao meu lado e viro para ele sem ver nada realmente.- A vista escureceu, não é? Você está com aquela cara irritada.

As cores voltam lentamente e eu solto a mesa.

—Estou bem.- digo e ele me analisa.

—Lembro quando você ficou com aquele problema de vitaminas na época de provas, Tasha. Essa coisa de escurecer a vista era constante. Acha que está com um problema assim? Podemos procurar aqueles negócios que você usava. Acho que um exame de sangue deve descobrir se é isso.

Faço um gesto de descaso.

—Não se preocupe, não é nada demais.

—Papai, papai- Hershel chega gritando por ele, seguido de perto por Mark. Os dois são melhores amigos. – Será que chegou brinquedo nesse caminhão?

Sorrio divertida. Maggie chega logo atrás, dá um beijo em Glenn e então me cumprimenta.

—Não, Hershel, não acho- responde bagunçando os cabelos negros do filho.

—Oi tia Tasha- fala Mark e então Hershel se vira para mim. Os dois se jogam em mim ao mesmo tempo e eu caio na risada.

—Oi meninos.

Eles me contam alguma aventura qualquer de criança, mas fica estranhamente difícil prestar atenção. Tento me levantar – eu tinha abaixado para ficar na altura dos dois-  mas isso se mostra complicado, pois tudo começa a rodar, e tenho a impressão que vou desmaiar. Escuto passos silenciosos a minha esquerda e acho que é Daryl, mas está longe, então me foco no coreano logo a minha frente.

—Glennie?- chamo quando tudo fica escuro de novo e a próxima coisa que sinto é alguém me segurar pela cintura. Tenho a leve consciência de que é Daryl, de que ele deu um jeito de chegar a tempo.

(...)

—Você acha que ela está com problemas com vitaminas?- ouço a voz de Daryl, seu tom completamente atordoado e preocupado.- E porque não me falou antes? Ela realmente vem comendo pouco e...

—Desconfiei só hoje Daryl,  a vista dela escureceu e eu me lembrei do ocorrido.

—A tia Tasha vai ficar bem?-pergunta Hershel.

—Claro que vou- respondo forçando meus olhos a se abrirem.

Daryl instantaneamente está ao meu lado, com aquela carinha de bravo que tanto amo.

—Eu peço pra você não me matar do coração, é só isso que eu peço, e você o que? Isso mesmo, me mata do coração.- Resmunga todo irritado e eu fico em silencio esperando que termine- Posso saber porque não anda comendo direito?

—Porque não estava com fome- respondo o obvio e ele rola os olhos.

 Paro para pensar e ele está certo, tenho comido pouco, meu apetite anda estranho.. Tento enumerar possibilidades, e não acho de jeito nenhum que possa ser falta de vitamina ou algo assim. Talvez...Paro o pensamento no meio do caminho. Que viagem.

Beth aparece com um papel em mãos que reconheço como o que usamos para alguns exames ( conseguimos nas tralhas dos Salvadores e vem ajudando bastante)

—E então?- pergunta Daryl impaciente.  Beth ergue os olhos nervosa e isso me deixa inquieta.

Ergo-me em um pulo e puxo o papel. Passo os olhos rapidamente e não encontro problema nenhum com nutrição. Volto a olhar para ela confusa, mas então entendo o que um dos números quer dizer. Lidamos com esse numero com ela. Oh deus.

—Isso... isso é meu mesmo?- pergunto meio chocada e ela assente.

—Natasha?- Daryl me chama preocupado e olho para ele atordoada e com um certo medo. E se ele não gostar?

Engulo em seco.

—Daryl... Eu...-engasgo com minhas palavras pela primeira vez em anos e ele se aproxima ainda mais preocupado. Respiro fundo, me recomponho- Estou gravida.

Seus olhos azuis se arregalam e ele fica momentaneamente sem fala, e isso me deixa nervosa.

—Não sei o que dizer, eu ...- ele me interrompe com um puxão, colando nossos lábios.

Separamo-nos e ele me abraça.

—Amo você- diz e eu fecho os olhos, focando em seu cheiro- Amo tanto você.

—Também amo você. – respondo atordoada.

—Parece que a fabrica de bebês está aberta novamente- brinca Beth e olho para ela de cara feia, caindo na risada logo em seguida.

Meu Deus.

—A tia Tasha vai ter um  bebê?- pergunta Hershel, os olhinhos puxados fixos em mim e uma expressão fechada tomando conta de seu rostinho.- Mas ai ela não vai me querer mais!

—O meu bem, claro que isso não vai acontecer- digo me abaixando e o puxando para um abraço. 

Em seu auge de 4 anos ele não entende isso muito bem, até que um tempo depois eu digo que vai ser responsável por me ajudar  a proteger o bebê  ele se sente muito importante.

(...)

Depois de descobrir a gravidez as coisas se transformaram em uma loucura. Daryl queria me trancar no quarto, desesperado para me manter segura. Pena que ele escolheu se casar logo comigo, que sou meio louca e inquieta e continuei nas buscas até os 5 meses Nos últimos meses eu era basicamente a motorista, mas enfim...  A parir desse ponto eu comecei a ficar mais lenta  e achei melhor parar. Fora que todos estavam para me prender, mas continuei a fazer coisas dentro da comunidade. A barriga começou a pesar cada vez mais.

Descobrimos que nosso neném é uma menina e então começou a questão do nome. Toda noite eu e Daryl falávamos diversos nomes, em busca de algum que parecesse adequado. Por um bom tempo nenhum pareceu bom o suficiente.

Eu não fazia ideia do que fazer, de como escolher um nome permanente para uma pessoa. Então Daryl comentou casualmente que para ele ter uma família era algo completamente inesperado para ele antes de me conhecer, e que a realidade de agora, nosso amor e nossa família, era o céu.  Que fosse realmente um então. Skye.

O nono mês chegou e com ele a dor do parto. Meu deus, era simplesmente absurdo.

—Isso é tudo culpa sua- gritei com Daryl enquanto sentia mais uma contração e a apertava seus dedos. Ele me olhou culpado e preocupado.- Você colocou ela aqui dentro e agora para ela sair está doendo!

—Desculpe, amor- ele pede e sei que está inquieto. Sei que preferia sentir a dor ao invés de mim, mas não pode fazer isso. Sorrio de lado.

—Quero que alguém te chute o saco para estarmos quites.- ele balança me olha exasperado, mas concorda comigo.

Acho que concordaria com qualquer coisa que eu dissesse,  e imagino que estivesse com medo de eu sentir raiva dele. Como se eu pudesse.

Depois de um certo trabalho, Skye chegou ao mundo, e todo o amor que eu já sentia se multiplicou quando a segurei nos  braços. Tão linda nossa garotinha!

Daryl se mostra um pai maravilho, presente e totalmente perdido pela filha, o que não me surpreende em nenhum momento.

(...)

3 Anos depois.

Desço do carro em um pulo, e tanto eu quanto Daryl aceleramos o passo em direção a casa de Ian e Beth, onde Skye ficou.  Paramos a janela e olhamos para dentro, encontrando ela e Rose brincando, enquanto Hershel, Mark e Abe Jr se revezam no vídeo game. Hershel nunca está longe de Skye, mesmo que os dois se desentendam bastante.

Eles não nos notam em um primeiro instante. Skye continua brincando de boneca com Rose, a barbie parecendo armada. Franzo a testa.

—Temos que chamar o príncipe para proteger a princesa, Ky- diz Rose, e Sky rola os olhos.

—Minha plincesa é forte como a mamãe. Ela tem uma saí, não precisa chamar ninguem, Ro- sorrio emocionada.

Sasha se aproxima também, mas não é silenciosa como eu e Daryl, então o barulho chama a atenção de todos e Skye ergue os olhos azuis para nós atenta.

—Papai, mamãe- diz e corre para a porta com a intensão de chegar até nós.  Hershel ergue o olhar e me encontra. Acena e volta a jogar.

Ela sai da casa correndo e se joga em nós. Três aninhos de muita esperteza. Acho que é uma mistura muito linda de mim e Daryl. Cabelos loiros como os meus, olhos azuis como os dele. Arisca com ele, comunicativa como eu. Uma confusão de nós dois, é isso o que é.

Daryl a pega no colo e abraça.

—Como foi o dia, anjo?

Ela começa a nos contar animada sobre qualquer coisa, se enrolando em algumas palavras difíceis e gesticulando com uma mão enquanto a outra segura o ombro do pai. 

Acenamos para as outras crianças e seguimos para casa juntos. Nunca imaginei ter uma família, mas o apocalipse me deu uma enorme e Deus ainda me presenteou com Skye e Daryl. Não poderia estar mais feliz e completa.

Olho para Daryl e encontro seus olhos em mim. Ele sorri de lado e sussurra quase sem som:

—Amo você. Amo muito.

Sorrio. Amo-o também.  A verdade é que alguns sentimentos são mesmo muito fortes, e esse é um deles. Mais que isso, é O sentimento.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, foi feito de coração.
Confesso que tenho em mente uma short-fic ( tipo um bônus, com uns três caps) contando algumas coisas do futuro, como serão as crianças adolescentes e como vão seguir em frente, mas não sei ainda. Enfim, é isso ai. Beijjoooooooooooos