Stronger feeling escrita por Iza


Capítulo 58
Capítulo 58


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey, pessoal quero pedir desculpas pela demora e agradecer os comentários da Bianca Rocha, Anny Barnes Malfoy, Duda Rodrigues, clexa e LouiseRedBird. Eu sei que não estou respondendo os comentários, mas é por falta de tempo mesmo ( desculpem, continuem comentando porque eu leio todos e eles me inspiram) Amo vocês.



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POV Natasha

Não vou mentir, avistar os portões de Alexandria fez com que meu coração parasse por um instante. Arfei atordoada diante de toda a possibilidade de ver todos aqueles que amo novamente.

Entramos sem problemas, os portões sendo abertos sem um questionamento se quer, mesmo que eu soubesse que não poderiam ter tido uma visão muito boa de mim ali dentro.

—Uau, para uma comunidade grande a segurança está meio falha- murmura Mel ao meu lado e eu rolo os olhos.

Abro a porta do caminhão com pressa e salto para o chão ao mesmo tempo em que Aaron e Spencer aparecem com expressões apreensivas, murmurando algo sobre Rick estar vindo me encontrar. Suas expressões travam em meio a um choque.

Rick chega apressado e ofegante e quando finalmente coloca os olhos em mim acaba com a mesma expressão dos outros dois. Eu sorrio, cruzando os braços e me encostando no caminhão.

—Antigamente era muito mais difícil passar por aqueles portões, Rick Grimes- digo sem conseguir parar de sorrir e ele solta uma risada se aproximando de mim a passos largos e me abraçando.

Retribuo o abraço e a gargalhada.

—Meu Deus- diz atordoado- Está mesmo aqui.

—Claro que estou- respondo dando um tapinha em seu ombro. Ele se afasta lentamente e me olha nos olhos.

—Como...?

—Eu fugi? Não vem ao caso agora. Cadê o Daryl?- pergunto cheia de ansiedade. Ele faz uma careta.

—Não está aqui- responde-Esta caçando com Jesus, procurando algo para manter o Negan entretido. Saiu faz pouco tempo.

—Chame de volta pelo rádio, pelo amor de Deus- peço e ele concorda puxando o rádio e se afastando chamando meu homem de volta para casa.

Aaron me abraça também.

—Tasha?- ergo a cabeça e procuro Glenn com os olhos. Sorrio ainda mais quando coloco os olhos nele, que por sua vez sorri e chora ao mesmo tempo.

Ele corre até mim rindo enquanto as lágrimas escorrem sem parar por seu rosto e me ergue no ar. Abraço-o com força e sinto lagrimas silenciosas descerem por meu rosto também.

—Eu sinto muito. Eu sinto tanto pelo que aconteceu...

—Não. Não sinta por algo que eu escolhi.- digo me afastando para olha-lo nos olhos- Eu escolhi.

Ele acena afirmativamente e me abraça novamente. Maggie aparece logo em seguida, a passos lentos, e chora sem parar também. Beth e Ian são os próximos. São vários abraços e Melaine acaba por ter que assistir a todos eles. Não ouço noticias de Daryl.

Resolvo tomar um banho enquanto ele não chega e Mich fica responsável pela garota.

—Ei, Rick?- chamo e ele me olha imediatamente- Não sou o papai noel, mas trouxe presentes.

Bato no baú do caminhão e me dirijo para minha casa acompanhada por Maggie. Não preciso de mais que dois passos para dento de casa para saber que Daryl não esteve dormindo aqui. Tudo está muito normal e parado do modo que foram deixados... A sensação é esquisita.

Subo de dois em dois degraus e me enfio em baixo do chuveiro. Sentir a água passar por meu corpo é relaxante demais, sinto a mim mesma voltar.

POV Rick

Quando eu fui avisado da chegada de outro caminhão do Negan só pude xingar. Ninguém da comunidade estava com psicológico bom o suficiente para outra inspeção esquisita ou alguma nova exigência.

A busca que eles fizeram no dia anterior procurando algo, mas sem dizer o que foi simplesmente estranha demais. Estavámos todos nervosos demais, principalmente Daryl, que se preocupava que eles estivessem procurando algo em especifico e que pudessem descontar algo em Natasha por pura raiva. Eu podia entender o sentimento.

E então quem me sai do caminhão é nada mais nada menos que Natasha Wayland, com uma expressão cansada, roupas sujas e meio rasgadas e um sorriso radiante no rosto.

Abraçou a todos, totalmente bem, apresentou uma garota de uma comunidade aliada ( coisa que eu ainda teria que apurar) e ainda avisou sobre ter trazido algo. Depois que conversei no rádio ficou claro que Daryl estava voltando, então pude respirar aliviado

Que surpresa foi abrir o caminhão e encontra-lo cheio de armas e munição. Típico da Wayland.

Depois de checar o caminhão corro para casa para contar a Carl quem está de volta. Encontro-o com Enid, ainda com aquela expressão triste que domina seu rosto desde aquele dia horrível. Conto com rapidez os poucos fatos que Natasha me contou e um sorriso se abre no rosto dos dois adolescentes, em Carl de uma forma muito maior e iluminada.

—Vou até lá vê-la – diz Carl se erguendo em um rompante e estou prestes a argumentar  que ela deve estar saindo do banho ou coisa assim quando a porta é aberta em um rompante e Daryl entra parecendo um louco.

—O que tem a Natasha? Onde ela está?- pergunta cheio de angustia, na borda da explosão.

—Sua casa e ela está...- não tenho tempo para dizer mais nada, ele vira as costas em um rompante e some de minha vista. Sorrio- Você vai ter que esperar um pouco, Carl, porque marido e mulher vão se encontrar.

(...)

POV Daryl                                                    

Ao ouvir pelo rádio que Rick tinha noticias de Natasha nada mais fez sentido. Deixei Jesus para trás e rumei para Alexandria como um louco. O caminho até lá é um borrão para mim. Não me lembro quem abriu o portão, nem mesmo me importo.

Corro em disparada para a casa de Rick, onde venho ficando ultimamente, e ouço o nome dela em meio a uma conversa. Um questionamento curto e estou em movimento novamente.

Entro em nossa casa como um furacão e subo as escadas de três em três degraus.  O barulho característico de movimento me chama a atenção e abro a porta do quarto em um rompante. Ela se vira assustada, ameaçando pegar as saís que estão no tão conhecido suporte que está  apoiado em seus pés. Os cabelos molhados caem sobre as costas, molhando a regata, a toalha esquecida em suas mãos enquanto seus olhos se fixam em mim e qualquer movimento que ela tenha pensado em fazer fica esquecido.

Acabo com a distância entre nós e a puxo para mim, tomando seus lábios. Ela retribui com a mesma intensidade e desespero, se agarrando a mim. Seu cheiro, seu toque, seu gosto, tudo me embriaga. E eu me deixo afundar nessa loucura.

Puxo sua blusa para cima, me livrando dela em seguida e ela ri divertida se livrando da  minha também. O resto das roupas segue esse caminho e eu a deito na cama, enquanto ataco seu pescoço. Minha. Completo. Ela geme baixinho e eu fecho os olhos apreciando o som. É tudo instinto, saudade, desejo.

Penetro-a lentamente, apreciando o contato, a proximidade, o ato em si. Ela morde meu ombro, arranha minhas costas.

—Mais rápido- rosna baixinho, olhos entre abertos. Sorrio.

—Não.- sussurro contra seu pescoço, logo em seguida sugando sua pele- Hoje vou te amar lentamente, de modo que você me sinta completamente.

Ela solta um gemido mais alto. Continuo com os movimentos, lentos e profundos. Ela nos gira, ficando por cima e o instinto finalmente nos vence.

O clímax é absurdamente intenso, e ambos ficamos fora do ar por um instante.

Quando finalmente volto a mim, a puxo para meu peito e beijo o topo de sua cabeça. Ela me abraça com força, cheira meu pescoço e beija ali.

—Senti tanto a sua falta- conta baixinho e sorrio.

—Amo você- digo enquanto faço carinho em seus cabelos.

—Amo você também.

Vamos para o banho.

(...)

Estamos nos vestindo quando noto certo desconforto na postura de Natasha.

—O que foi?- pergunto e ela me lança um sorriso amarelo.

—Nada- responde balançando a cabeça em seguida e vestindo a regata.

Me aproximo dela e levanto seu queixo para que me encare. Os olhos verdes ainda tem o mesmo efeito sobre mim, se não mais.

—Não faz isso. Não mente pra mim, não se fecha pra mim- sussurro e ela desvia o olhar.

—É só que... Quando você me conheceu eu não tinha tantas cicatrizes e agora...- ela olha para os braços, em especial,  e só então noto as enormes cicatrizes esbranquiçadas ali.

—Cada cicatriz só te faz mais bonita- digo naturalmente e recebo um olhar surpreso em troca. Acaricio a cicatriz em seu ombro, de uma flecha a muito tempo atrás.

—Amo você- diz novamente  e eu sorrio.

Ela se afasta um pouco, pega o suporte com saís no chão e veste. Me lança um sorrisinho e se ergue na ponta dos pés para me beijar.Com ela aqui sei que estamos completos.

(...)

Assim que saímos da casa Jesus brota do chão. Fecho a cara quando ele abraça Natasha e murmura alguma coisa sobre ser bom ver ela de novo, mas não digo nada. Ela ri dele, balança a cabeça negativamente e continua seu caminho.

Chegamos a casa de Rick, e Carl imediatamente ataca a loira, que sorri e limpa algumas lágrimas silenciosas. Sorrio com a cena. 

Logo o cenário muda, e estamos sentados na cozinha discutindo sobre a guerra, porque vai ter uma. Natasha conta como foi estar com Negan nesses últimos tempos e eu só consigo pensar em mata-lo, tortura-lá, espanca-lo, porque ninguém machuca minha mulher.

—Essa comunidade, Reino, vi algumas coisas sobre ela. De fato é uma comunidade grande- concorda Natasha- os Jogadores já estão conosco, com mais uma parceria e as armas que temos estaríamos em boas condições.

—Você acha viável invadir outras bases do Negan?-pergunta Glenn e ela fica pensativa por um momento.

—Ele tem mais quatro bases, e dessas só uma nos interessa. A mais próxima daqui. Podemos acabar com ela rapidamente sem duvidas.

—Antes vamos ao Reino, decidir isso de vez- diz Jesus  e todos concordam.

—Temos que agir rápido, pois assim que fugi diminui o tempo de vocês. Os salvadores vão vir aqui mais constantemente,  esperando me encontrar.

—Quanto tempo para organizarmos tudo?- pergunta a garota nova. Jesus vira os olhos para ela de maneira analisadora e sinceramente espero que se encante e pare de olhar minha mulher.

—Estimo uns três dias, Mel- responde Natasha, e a outra concorda.

—Podemos lidar com isso. Nos passe o plano e estaremos lá. Ah, quero ir conhecer esse Reino também.

—Ótimo- diz Natasha.

—Partimos amanhã assim que o sol nascer- determina Rick.

—Nesse caso vou me preparar, pois vão precisar de pessoas boas de tiro e eu posso fazer isso- diz Sasha e eu franzo a testa. Não pode não, não quando tem um  bebê na jogada.

—Não pode- diz Rick dando voz aos meus pensamentos.

—Por que não?- pergunta Natasha confusa e me dou conta de que Sasha não lhe contou ainda.

—Porque ela está grávida-diz Maggie calmamente. A loira arregala os olhos e olha para Sasha emocionada.

—Oh meu Deus- e se levanta abraçando a morena, que retribui instantaneamente.

—Odeio não poder participar das coisas. Aquele homem matou Abraham e não posso participar...-diz demonstrando indignação e ninguém diz nada.

—Não é só sua vida, Sasha- diz Natasha por fim- Odeio ter que concordar com isso, odeio limitar você. Na verdade não vou faze-lo. Quer ir? Tudo bem. Mas precisa estar consciente do que está arriscando.

Silêncio.

—Não posso- diz por fim- Não posso perder o neném também.

Natasha concorda com a cabeça e lhe lança um sorriso compreensivo. Decide-se que Melaine vai ficar na casa de Tara por essa noite, e que iremos para o Reino pela manhã. Sei bem que Rick planejou algum jeito dela ficar vigiada, mas não dou a mínima no momento. Só consigo pensar que minha mulher está de volta e que a guerra está chegando.

Glenn e Maggie caminham comigo e Natasha até  próximo a nossa casa, já que a deles é pelo mesmo caminho. A loira conta para nós sobre a comunidade de Melaine e pergunta sobre o bebê e como o casal está. Ela parece  iluminada próxima dos amigos, sorrindo de um modo... Ah, como senti falta disso.

Finalmente sós em casa, ela me puxa para um abraço.

—Ah, Daryl Dixon, nós vamos para a guerra- diz com a voz abafada contra meu peito.

—Vamos.- concordo ela se afasta e sorri.

—E você precisa de sua arma de volta para isso.- diz e então vai até um canto pegando minha besta.

Sorrio.

— Como conseguiu..?- deixo a pergunta pela metade pois sei que ela entende, e pego a besta, sentindo o peso familiar da arma

—Matei o cara que estava tentando usa-la- conta dando de ombros- é sua e eu não suportava ver nas mãos de outra pessoa.

Estou tão orgulhoso dela, de como lidou com toda a situação, fugiu silenciosamente e ainda chegou com aliados e armas. Natasha Wayland sim é a dona do apocalipse, e acho que se a tal nova ordem mundial que Negan tanto  fala existe, Natasha está no topo dela, acompanhada de perto por Rick. Nosso grupo todo está.

—Estamos em guerra mesmo, Loira- digo em aproximando dela e tirando o tão conhecido suporte de suas costas, assim como soltando a besta no chão. A ergo no colo e a beijo - Mas não hoje. Não essa noite.


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