Stronger feeling escrita por Iza


Capítulo 48
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Quero agradecer os comentários da Andy Hide, Lika Trevas, Ingrid Dixon, Anny Buchanan Barnes, printemps, AustenGirl pelos comentários maravilhosos ♥ ♥
Fiquei muito feliz, como sempre.
Espero que gostem.



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POV Natasha

Depois de um sexo intenso com o homem maravilhoso por quem me apaixonei, fico um minuto deitada em seu peito tentado recuperar o fôlego.

—Você não está começando a dormir- acusa meu caçador enquanto faz um carinho desajeitado em minhas costas.

Sorrio, gostando do fato de que ele me conhece como ninguém.

—Prometi ir na casa do Glenn agora- respondo buscando força de vontade em meu interior.

—Está tarde, Loira- resmunga girando e ficando por cima de mim.

—Glenn está em ronda, deve estar voltando para casa agora, e a Maggs não dorme até ele chegar- digo perdendo parte do foco enquanto ele começa a beijar meu pescoço.

—Sei.- diz não dando a mínima para o que estou dizendo. Suas mãos descem por meu corpo e quando dou por mim ele pegou meus dois braços e prendeu sobre minha cabeça.

—Daryl- resmungo, mas sai quase como um gemido. Ele sorri sacana.

—Sim?- pergunta sem me olhar, ainda muito ocupado com meu pescoço, beijando, chupando e arranhando com a barba

—Hã- não sai nada muito concreto de meus pensamentos, estou totalmente perdida nas sensações e apenas tento me livrar de seu aperto, mas falho miseravelmente porque estou sem forças.

—Quer que eu te solte?- pergunta se afastando um pouco e me encarando nos olhos. Uma de suas mãos continua me segurando e a outra desce pela lateral de meu corpo.

—Uhum- respondo sem conseguir me expressar direito, e principalmente sem saber se é porque quero sair ou porque quero passar as mãos por seu corpo também.

—Vai ter que fazer por merecer- diz em meu ouvido e arrepio até o ultimo fio de cabelo.

Tento beija-lo, mas ele desvia. Depois da segunda tentativa estou frustrada, então o agarro com as pernas e puxo contra meu corpo, o que faz com que ele perca a concentração por um segundo, que é tudo o que preciso para conseguir capturar seus lábios.

Me perco naquele beijo intenso, de tirar o fôlego e os sentidos por um minuto, mas me lembro de que tenho que ir e o empurro bruscamente para longe.

Ele cai ao meu lado na cama e ri.

—Vamos terminar isso quando eu voltar- aviso me levantando rapidamente, fugindo de suas mãos habilidosas e espertas.

Visto minha lingerie o mais rápido possível, assim como minha calça jeans. Não encontro minha blusa em lugar algum, então pego sua camisa. Calço as botas longe da cama, pego minhas saís e saio apressada do quarto, ouvindo sua risada rouca e livre ( o que acontece raramente) ecoar em meus ouvidos. Lavo meu rosto no banheiro social, tentando organizar meus pensamentos.

Desço as escadas de dois em dois degraus e sigo em direção a casa de Glenn, esperando que ele já tenha chegado e esteja jantando, porque estou mesmo com pressa de voltar para casa. Tenho sensações maravilhosas me esperando. Passo pela casa de Rick e noto que a luz do hall está acesa, mas a da sala não, o que é incomum.

Penso que Judy pode estar enjuadinha, ou algo assim e Carl pode usar uma ajuda, então entro na varandinha da casa. Ouço barulho e acho que é na cozinha, então dou uma batidinha na porta e abro sem pedir licença ( sabendo que não vou correr o risco de ver o que não quero já que ele tem filhos que moram aqui).

Noto movimento a minha esquerda, e então vejo o homem que vi mais cedo desacordado saindo do hall e indo em direção a escada.É razoavelmente alto, tem barba e cabelos longos, e mesmo assim é meio que charmoso. Seus olhos são de um azul claro, diferente. Ele me olha surpreso por um momento, e retribuo esse olhar por meio segundo antes de reagir.

Me jogo contra o estranho, meus pensamentos só se focando em Carl e principalmente Judy, e meu primeiro soco pega a lateral de seu rosto em cheio, porem o segundo só encontra ar.

O cara definitivamente sabe artes marciais. Começamos uma briga onde ninguém consegue acertar ninguém, golpes e mais golpes defendidos, até que ele me gira eficientemente e tenta me imobilizar pelas costas. Jogo minha cabeça contra a sua e piso em seu pé ao mesmo tempo.

Aproveito o momento de atordoamento para dar um chute alto, que faz ele cair contra as escadas e me olhar totalmente surpreso. Puxo as saís, pronta para acabar com sua vidinha.

POV Jesus.

Depois de surpreender o líder do lugar com sua mulher na cama e ter que lidar com uma katana e uma arma apontadas para mim, desço as escadas e vou até a cozinha beber água, enquanto aguardo o garoto voltar com o resto do grupo.

Penso em todas as vantagens que uma aliança com esse grupo pode trazer, em como podemos nos ajudar da melhor forma possível e me distraio perdido em meus próprios pensamentos.

Alguém dá uma batinha na porta e a abre em seguida, então acho que é um dos que o garoto foi buscar, mas sou surpreendido por uma loira linda. Fico parado por um momento inteiro, atordoado. Os cabelos cor de ouro caem sobre as costas, é dona de curvas hipnotizantes e ela fixa os olhos verdes em mim, desconfiada.

A próxima coisa de que me dou conta é de um soco. Para alguém desse tamanho ela é forte e definitivamente sabe usar seu peso a seu favor, sendo ágil. Desvio do segundo e tento um golpe de contenção, que ela desvia com facilidade. Isso me surpreende, não luto com alguém que realmente saiba fazer isso desde que o apocalipse começou.

Ela age rapidamente, sem hesitação, e tem uma técnica absurda. Consigo gira-la em um momento e começo a imobilização quando ela joga a cabeça contra a minha e pisa no meu pé simultaneamente. Faço uma careta e seguro um grunhido de dor. Então recebo um chute potente e caio para trás.

A mulher é uma mistura absurda de golpes precisos e só consigo olhar admirado e, talvez um pouco assustado, enquanto ela leva as mãos as costas e puxa duas saís.

—Natasha não- grita o tal Rick do topo da escada e ela não move as saís, mas também não as guarda.

—O que diabos, Rick?- pergunta sem tirar os olhos de mim. Ela é mesmo muito bonita.

—Vamos ouvi-lo primeiro, ok?- responde descendo as escadas e me puxando pela gola para me levantar, então se vira para mim- Acho bem feito que tenha levado uma surra.

—E quem disse que levei uma surra?-pergunto me aprumando.

—Você caído no chão foi uma dica e tanto- responde a loirinha finalmente guardando as saís.

—Sou Paul Moroe- digo me virando para ela e fazendo uma quase reverência, de forma galanteadora- Mas meus amigos me chamam de Jesus.

—Natasha Wayland, e como meus amigos me chamam não é da sua conta porque você não é um deles- responde dando de ombros.

—Querida, assim você me seduz.- digo dando uma piscadinha, ela rola os olhos totalmente desinteressada. – E odeio te dizer isso, mas seduzir Jesus é pecado.

—Vá se ferrar- resmunga, e eu quase me sinto ofendido por não ter feito nenhum sobre ela.

—Natasha é um nome muito grande, acho que vou te chamar de Nat.

—Você pode me chamar de Dixon, ou Wayland, e parou por ai- avisa séria e fico pensando porque diabos Dixon.

A porta se abre e um asiático e uma morena entram.

—Então você está aqui- resmunga o cara, se aproximando dela e dando um meio abraço.  Opa, parece que ela tem dono.

—Nah, eu estava indo para a casa de vocês mas acabei saindo do caminho- responde bagunçando o cabelo dele e apontando para mim com a cabeça. Hmmm, fraternal demais para serem amantes.

—Olá, sou Jesus- digo sorrindo e os dois olham para mim como se eu fosse louco.

Pouco depois outro chega, uma loirinha também muito bonitinha e um moreno alto, meio armário. Um ruivo e mais umas pessoas logo em seguida. Por ultimo o caipira que me apagou mais cedo o garoto.

—Natasha- resmunga assim que entra e vai em direção a ela, que está entre o asiático e a morena.

—Eu- diz levantando a mão de brincadeira e abrindo um sorriso lindo. E é ali que minhas esperanças acabam, porque o jeito que ela olha para ele, o sorriso que lhe dá...Ah, ela definitivamente está apaixonada.

Não posso ser julgado por acha-la bonita, e achar o seu jeito interessante e querer conhece-la melhor no meio do apocalipse. Não é fácil achar uma mulher bonita e interessante no fim do mundo.

—O que diabos estava fazendo aqui?- pergunta parando próximo dela, e apesar de ser meio brusco tem carinho ali.

—Vi a luz do hall acesa, achei estranho vim ver.

—E acabou me encontrando- me intrometo sorrindo- E foi mesmo muito intenso.

O olhos dele escurecem e sua postura fica mais dura. Sinto a ameaça no ar, e meio que espero por um pulo em minha garganta ou uma flechada na cara.

—Tem razão, bater em Jesus foi uma experiência única- me intenrrompe com descaso e passa um dos braços pela cintura dele aparentemente sem perceber.- Você acha que vou para o inferno por isso?

—Acho.- respondo mesmo sabendo que ela não fala comigo

—Cala a boca- resmunga o caipira, os dentes cerrados de ódio e ciúme. Ah, isso vai ser interessante.

Sentamos todos em uma mesa grande da cozinha, e então começo a contar sobre Hilltop. Acho que podemos fazer algum tipo de troca aqui.

—Você tem muito armamento e munição- digo depois de um momento- Mas a dispensa de vocês está uma merda.

—Como sabe disso?-pergunta a morena que agora acho que é mulher do asiático.

—Não é um lugar exatamente protegido- acuso e eles se entreolham preocupados.- Mas a questão é que minha comunidade, Hilltop, tem bastante mantimentos, embora pouco armamento. Podemos fazer uma troca e nos ajudar mutualmente.

—Que tipo de troca?-pergunta Rick interessado, porém cauteloso.

—Alguma munição por comida, o que nós temos que vocês não tem por algo que vocês tem e nós não. Nos ajudar.

—Não mesmo. O que nos garante que não vai usar nossa munição contra nós mesmo?- contra argumenta o caipira e ele tem um ponto. Um bom ponto, que pesa para todos os demais.

—Quão grande é a sua comunidade?-pergunta Natasha- Quão longe? Como estão as defesas?

—Você pode ser linda, mas não vou te dar todas as informações desse jeito não- digo sorrindo cafajeste, me divertindo com a irritação do caipira mais que qualquer coisa.

—Se não medir suas palavras você não vai dar nada para mais ninguém- rosna batendo na mesa e me encarando. Alerta de perigo, alerta de perigo.

Ela o puxa pelo braço e tenta acalma-lo.

—Se você não responder nossas perguntas vamos ficar em um empasse aqui pelo resto da noite- diz cheia de certeza e irritação.

—Não muito longe, posso levar vocês até lá. Temos muros e portão. Uma boa quantidade de gente e um sistema de alimentos que funciona.

—Não precisamos de vocês, nossa horta logo vai produzir e vamos seguir bem.- diz a morena cheia de convicção.

—Mesmo que isso aconteça, até lá vão passar fome? Vai levar tempo até que a horta de vocês roduza, e o faça na escala que precisam.

—É um bom ponto- concorda o coreano- Mas ainda temos muito o que discutir sobre esse acordo.

—Não vamos sair concordando ou acreditando em você- esclarece Rick- Estamos vendo opções aqui. O que vocês tem a oferecer?

—Carne, legumes, produzimos nosso próprio pão também...- digo pensando no que não temos que dar aos Salvadores.

 Segue-se uma longa discussão sobre me acompanhar ou não. O cara ruivo dá a ideia de ir um grupo de reconhecimento, e Rick considera a ideia. Eles não vão discutir tudo na minha frente, e respeito isso. Acabo respondendo algumas outras perguntas de Natasha, o asiático que descobri chamar Glenn e Rick, que são muito inteligentes e necessárias.

O caipira se ocupa em não me matar, mas as vezes faz uma observação inteligente  e me deixa contra a parede. É um bom homem apesar de parecer pronto para matar qualquer um. Talvez esteja.

Ao final de tudo, alguns dizem seus nomes por vontade própria, outros Rick apresenta, e  eu finalmente entendo sobre “ Dixon”. Natasha é casada com o caçador. Sorrio, admitindo para mim mesmo que são um casal lindo e realizado, mesmo que em uma realidade onde ele não existisse eu iria adorar conhece-la melhor. Balanço a cabeça, sabendo que conhecer alguém vai ficar para a próxima.

Fica- se decidido que iremos no dia seguinte, pela manhã.  As pessoas começam a se dispersar e alguém me avisa que vou voltar pro tal quartinho. Tenho certeza de que dessa vez não vão ter falhas. Alguém se oferece para ficar de guarda, o que é totalmente desnecessário.

Tenho uma sensação estranha sobre esse grupo e o que ele pode fazer.


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