Stronger feeling escrita por Iza


Capítulo 40
Capítulo 40- Especial Ieth


Notas iniciais do capítulo

Hey people
Como eu disse, esse capítulo é Ieth, espero que gostem. Logo logo tem mais.
Obrigada a Andy Hide, Lika trevas, Isabella, Ingrid Dixon, sazedoeaton e Anny Buchanan barnes

Beijinhos.



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POV Beth

Chegar a Alexandria foi uma coisa absolutamente diferente. Não sei classificar se foi bom ou ruim. Nem sou uma pessoa boa o suficiente para julgar.

O pessoal não é preparado. Isso é um fato, e só por ser eu quem diz sabemos que a coisa é séria.

Fui indicada a trabalhar no hospital, e juntando oque eu meu pai me ensinou com o que Denise me passa aos poucos, estou cada vez melhor. Não gosto do médico chefe, chegar perto dele me dá calafrios, e não sei como lidar.

Saio um pouco cansada do hospital depois de estudar várias coisas com Denise, e como nos dias anteriores dou de cara com Ian me esperando encostado no poste em frente a porta.

Meu coração falha uma batida e fico toda boba. Prometi a mim mesma que não iria gostar de mais ninguém depois de Zack.  Meus dois namorados morreram devorados e achei que fosse uma espécie de maldição, mas então Ian chegou e se impôs. Foi ganhando espaço, e eventualmente os olhares começaram.

Toda vez que ele me olha, como está fazendo agora, tenho que me concentrar em coisas básicas como andar, pois parece que está tudo errado, mole e fraco.

—Hey sweet- ele se aproxima e passa um dos braços ao redor de mim.

Tudo nele parece ser natural e automático, e eu me deixo levar por cada momento.

—Hey- abro um sorriso divertido e o abraço também- E aqui está você me esperando de novo. Sério Ian, posso ir para casa sozinha.

—É claro que pode- concorda sorrindo e bagunçando meus cabelos de brincadeira. Seus olhos brilham ao encarar a bandana- Mas isso não quer dizer que eu vá deixar.

—Você não tem que deixar nada- digo empurrando-o de leve e sorrindo.

—Tem razão- diz voltando a se aproximar.- Vamos parar ali nos balanços por um momento.

—Não sei não, esses balanços são para as crianças- digo estacando os pés. Ele rola os olhos e meio que me puxa contra ele.

— É pra quem quiser sentar, larga de ser boba- diz aindame puxando. Claramente mais fraca, desisto e me deixo levar

—E então, quais os planos para hoje?- pergunta enquanto começa a se balançar ao meu lado.

—Comer algo bem gostoso, tomar um banho quente e ter uma ótima noite de sono. Poxa, tinha esquecido que estudar cansa.- comento e desisto de lutar contra meu lado que quer balançar.

—Sweet você está lembrando que tem festa hoje?- ele pergunta se virando para mim divertido.

—Festa?- pergunto atordoada me levantando em um rompante e arregalando os olhos- Festa!

—Você fica uma gracinha surpresa.- comenta sorrindo se levantando e ficando ao meu lado. Fico vermelha, me virando e escondendo o rosto em seu peito

Ele ri divertido com minha vergonha e se afasta puxando meu queixo para cima de modo que me encare profundamente. Me perco em seus olhos cor de chocolate derretido, tão acolhedores e quentes.

—Na verdade você fica linda de qualquer jeito- sussurra ainda me encarando e começa a se inclinar em minha direção.

—Beth- Carol me grita e desvio o olhar irritada.

Ela não tem culpa, mas sempre que sinto que algo pode começar a fluir por aqui ela aparece me chamando por alguma razão. Ian solta um grunhido atrás de mim e acho divertido saber que não sou a única começando a se frustrar.

—Sim?-pergunto me virando em sua direção. Ela parece perceber que atrapalhou algo, e me lança um sorriso sem graça.

—Eu só queria saber se você aceitaria me ajudar com as crianças. Recebi a proposta de ler um pouco com elas, mas pensei em você já que é tão boa com crianças.

—Seria bem legal- concordo – Mas não sei se vai ter como já que estou no hospital.

—Ah podemos ver isso depois, não se preocupe- diz claramente louca para sair, e quase caio na gargalhada. – Eu não queria atrapalhar o casal, não vi que estavam juntos, juro.

Pela milésima vez na ultima meia hora, meu rosto se tinge de vermelho. Oh Deus, eles acham que nós somos um casal. Não somos. Quero dizer, não ainda. Só quando ela some de vista que me viro para Ian, que tem um sorriso divertido e até mesmo sacana no rosto.

—Eles acham que somos um casal- afirma e volta a se aproximar.

—Eu não tenho nada haver com isso – me defendo instantaneamente levantando as mãos em sinal de rendição.

—Mas eu tenho- diz e me puxa contra ele novamente. Está tão próximo que sinto seu hálito contra meu rosto- E vou aproveitar que Carol acabou de sair e não vai voltar para atrapalhar.

E simples assim seu lábios estão contra os meus. Perco o ar, perco o chão, e por Deus perco qualquer controle sobre mim. Passo meus braços por seu pescoço e acaricio sua nuca, enquanto ele me puxa contra seu corpo e aperta minha cintura.  Nos afastamos e o encaro atordoada.

—Eu...Você...O que?-  Muito bem Beth Greene, que frase mais bem estruturada e coerente. Idiota.

—Eu...Você...- ele repete sorrindo e coloca uma mecha de meu cabelo para trás- Acho que vira nós. Quer ir na festa comigo, Beth Greene?

—Adoraria- respondo sorrindo. Levanto na ponta dos pés e beijo sua bochecha- Até mais Ian chocolate.

—Chocolate?- ele ri enquanto me afasto.

—Vou tentar vários apelidos até encontrar algum que combine com você, até porque eu sou a Sweet- respondo dando de ombros e rindo.

Eu queria dizer que fui para casa tranquilamente, que o beijo não me desestruturou completamente, mas eu estaria mentindo. Eu meio que corri pelas ruas mesmo e entrei em um rompante nada casa.

Encontrei Maggie atormentando a Tasha sobre a festa, e com um timing perfeito, ela se decidiu e subimos.

Entramos no quarto que minha irmã divide com Glenn e Tasha se jogou na cama sem a menor cerimonia.

—O Ian me beijou- soltei assim, do nada, ainda me pé olhando as duas.

A loira se sentou abruptamente  e Maggie se deixou cair na cama ao lado dela.

—Finalmente- disse Natasha erguendo os braços para cima- Que enrolação, meu Deus.

—O que?- pisquei atordoada para ela.

—Só confessa que você também já estava frustrada de esperar tanto e senta aqui e conta pra gente se foi bom.- diz a loira naturalmente me encarando e sorrindo.

—E queremos detalhes. Se teve pegada, e não bateu os dentes e o que você sentiu nisso tudo- diz Maggie sorrindo e por um momento é como voltar a época da fazenda, em um tempo distante onde eu perdi o bv.

—Eu... Se envolver com alguém no meio do apocalipse não parece uma boa. Quero dizer, meus dois últimos namorados foram devorados, e se for uma maldição?

—Seu primeiro namorado era despreparado para esse mundo. Seu segundo namorado foi uma fatalidade. Você não é amaldiçoada e se for acho que o moreno consegue lidar com isso.  Ian é preparado e já estava vivendo nisso antes de Tara o encontrar.

—E vamos combinar que o Ian é bonito demais para morrer- completa Maggie e eu caio na gargalhada.

Nos arrumamos para a tal festa como se o mundo lá fora não tivesse acabado, fofocando como adolescentes e rindo o tempo todo.

(...)

POV Ian

Beijar Beth foi a melhor coisa que fiz na vida toda. Deixou todas as meninas com quem fiquei antes do fim do mundo no zero, e foi tão intenso que eu não saberia descrever. Tudo nela é delicado, mas forte.

A sweet mal saiu e Tara já apareceu. Aposto que a filha da mãe estava em algum lugar assistindo. Deixo que me zoe o tanto que quiser, que fale sem parar e que ria. Não me importo. Quase chego a rir com ela.

O tempo parece se arrastar até a hora da tal festa. Inicialmente minha reação a isso foi indignação e um enorme não, mas depois de um momento me dei conta de que era uma chance que eu provavelmente não voltaria a ter.

Ando impaciente pela sala, completamente inquieto. A espera parece infinita, mas quando ela finalmente aparece perco totalmente o ar. Ela sempre foi linda, mas agora está simplesmente deslumbrante. Um vestido azul claro que só parece destacar ainda mais seus grandes olhos e marcar seu corpo. Não desvio o olhar em nenhum momento. Nem tenho porque faze-lo.

Durante a noite conversamos e rimos. Aos poucos parece que a conheço por uma vida inteira. Vejo que entre todos do grupo ela é uma das que mais consegue se comunicar com o povo de Alexandria. Fez amizade com a enfermeira Denise e ouve pacientemente uma senhora de idade que fala dos tempos passados.

Enquanto ela escuta as duas, me deixo viajar para primeira vez que a vi. Suja, calça jeans rasgada, correndo para abraçar minha irmã. Olhou para mim como se eu fosse um intruso e foi uma grossa quando soltei uma critica sobre termos que cuidar de um bebê. Na verdade ficou furiosa, e ali com o dedo apontado para minha cara e jogando grosserias em minha cara, não dando a mínima para o fato de que tem metade do meu tamanho, eu vi que que ela valia a pena.

Parecia um anjo e ainda parece.

Algum tempo depois decidimos deixar a festa. Caminhamos tranquilamente pelas ruas vazias e acabo convencendo-a a ir novamente ao parquinho. A puxo para um beijo quando menos espera, e sorrio com sua surpresa.

Deixo minhas mãos passearem por sua cintura e costas, sabendo que com ela existem limites. Aperto firmemente sua cintura e a puxo contra mim. Exijo tudo em seu beijo, e fico feliz em notar que ela faz o mesmo. Passa as unhas por meus braços e costas e tenho que me afastar para não perder o controle.

Nos sentamos nos balanços novamente e conversamos sobre qualquer banalidade.

—Eu andei pensando e quero aprender a me defender- solta do nada e olho para ela confuso.

—Você já não sabe fazer isso?

—Sei atirar e usar a faca, mas tudo muito superficial. Sempre fui a responsável pela Judy, e por isso nunca realmente participei da ação. Aqui tenho um pouco mais de espaço para isso, com todo mundo se revezando e o Carl assumindo muita coisa, agora que é mais velho.

—Eu posso te ensinar- digo assistindo ela balançar levemente- Desde luta corpo a corpo a alguma coisa com armas.

—Eu sei que pode, mas não quero- ela diz convicta e olho para ela indignado.

— O que?

—Nada contra você Ian, mas prefiro a Tasha e a Maggs- responde se virando para mim e sorrindo ao notar minha insatisfação – Eu não quero aprender a me defender com você, quero que você me admire como alguém que já sabe. Com elas vou estar mais confortável, e com você vou estar com vergonha.

—Você não precisa sentir vergonha de mim- digo me levantando e ajoelhando a sua frente para poder encara-la e ela sorri.

—Não preciso mesmo- concorda e vem para meus braços me abraçando e beijando meu pescoço.

Perco o foco e depois de um instante a puxo para minha boca. Aos poucos vou me dando conta de que encontrei a mulher da minha vida e não vou deixa-la ir.


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