Stronger feeling escrita por Iza


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Hellooo people, como estão vocês?
Estou de volta com mais um capítulo e espero que gostem. Obrigada a Lika Trevas, Isabella e Ingrid Dixon pelos cometários maravilhosos ♥
Nesse capítulo eu aceitei uma dica de uma leitora ( valeu Lika ♥ ) e tem POV novo, espero que gostem.
Boa leitura



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POV Natasha

Se a primeira parte da viagem foi um saco, a segunda não chegava nem aos pés. Perdemos  o caminhão e agora estamos a pé. Os suprimentos acabaram e agora temos apenas um pouco de água. Judy é nossa prioridade e passa de colo em colo.

Para piorar o clima está seco e como caminhamos no sol parece que estamos em uma caminhada para o inferno. Esse pensamento me faz lembrar de Supernatural e o fato de que nunca vou saber o final. Será que Jensen ackles ainda é vivo? Que homem lindo.

—Ei, parece que está viajando na maionese- Glenn aparece ao meu lado. Está vermelho e claramente cansado

—Estava pensando em Supernatural- digo dando de ombros e ele me abre um sorrriso divertido.

—Que pensamento estranho.

—Estou tentando me distrair do inferno particular- digo dando de ombros- Dean passou pelo inferno então nós também conseguimos.

—Castiel vai vir te buscar?- ele pergunta rindo e olho para meu caçador mais a frente com seu colete de asas.

—Ah espero que sim Glennie- digo e aponto para as asas do colete. Glenn começa a rir descontroladamente e Maggie nos olha curiosa.

Infelizmente uma horda de zumbis se junta atrás de nós e ninguém tem energia o suficiente para ir acabar com eles, então só continuamos andando.  Daryl ainda está irritado com Abraham, e ultimamente vem se afastando de mim.

Todos nós estamos com fome, e o pouco que temos deixamos para Judy e Carl, não que este ultimo aceite muito.

—Vou caçar-viro minha cabeça em direção a Daryl que avisa  a Rick que vai sair  e franzo a testa confusa.

—Ei- chamo quando ele já está quase dentro do mato- Espera ai.

—Estou indo caçar sozinho, Natasha- ele diz se virando para mim com um semblante sério.

Conheço ele bem o suficiente para saber está me afastando por algum motivo idiota, então deixo ele pensar que me afastou e depois sigo-o.

—Já pode parar de me seguir- ele rosna sem parar de andar.

—Achei que já me conhecesse o suficiente para saber que eu faço só o que quero.- digo apressando o passo até alcança-lo.

—Ah, pode ter certeza que eu sei- ele diz ainda sem me olhar. Minha pouca paciência começa  a se esgotar.

—O que diabos tem de errado com você?- pergunto puxando ele e aproveitando sua surpresa para prensa-lo em uma arvore mais próxima .

—Não tem nada de errado comigo- ele diz me encarando desafiadoramente e rolo os olhos diante disso.

—Você está totalmente chato, e está se distanciando. E Deus sabe o quanto isso está me irritando.

Ele se mantem distante por um momento e ameaça sair de perto, mas isso só faz com que eu o empurre mais para a arvore e aproxime meu corpo. Ele reluta mais, e começamos uma briga, na qual aos poucos vou aumentando o tom de voz. Estou pronta para gritar tamanha minha irritação quando ele acaba com a coisa toda me puxando para um beijo.

Sou pega de surpresa e ele aproveita isso para me dominar no beijo. Sinto que ele ameaça trocar os lugares, mas me recuso e permitir e ele acaba sorrindo entre o beijo. Abandona minha boca e vai para meu pescoço, ao mesmo tempo em que suas mãos descem para minha bunda. Perco todo e qualquer foco, e ele sabe disso. Maldito.

Uso toda a minha força para empurra-lo e ele para de me beijar, mas mantém as mãos onde estão.

—Vai me dizer o que está te incomodando?-pergunto apoiando o queixo em seu peito com a cabeça virada para cima de modo que eu possa encara-lo.

—Acho que para acalmar a fera que tem em você só preciso de uns beijos mesmo- ele diz divertido e fecho a expressão para ele. Ele suspira derrotado- Estou irritado com toda a situação e tentando não descontar em você, mas está difícil.

—Mesmo?-pergunto irônica e ele me dá um sorrisinho de lado, do jeito que eu gosto.

—A questão é que me sinto mal por saber que não estou cuidando de você direito- ele me confessa e pela primeira vez em tempos vejo-o ficar constrangido.

—Que bobagem- digo acariciando de leve seu peito- Cuida muito bem de mim sim.

—Não o suficiente. Está com fome, está cansada e não posso fazer nada para mudar isso. Não consigo caçar nada descente a dias.

—Corrigindo, estamos cansados, estamos com fome, e ninguém conseguiu nada descente a dias. O pese das coisas não é só seu, amor- digo me aconchegando em um abraço, mas ele me empurra de leve.

Olho para ele confusa e encontro-o com um sorriso lindo no rosto, do tipo que ele raramente solta.

—Que foi?-pergunto confusa quando ele leva uma das mãos até meu queixo e me faz encara-lo. Ele abaixa de maneira perigosa e acho que ele vai me beijar, mas ele só me provoca, ainda sorrindo.

—Então eu sou o seu amor?- ele pergunta com a voz rouca, passando a barba em meu rosto e me fazendo gemer baixinho. Não processo direito o que ele disse por um momento, mas depois arregalo os olhos.

—Amor? Quem disse isso? Eu não disse isso- digo tentando me desvencilhar dele, atordoada com o uso de um apelido desses. Ele me segura firme.

—Você disse.- responde sério, descendo a barba pelo meu pescoço, e eu fraca como sou inclino o pescoço para o lado dando mais espaço.- Não disse?

—Não.- digo firme, mas ele só sorri mais ainda. Com a outra mão volta a apertar minha bunda e me puxa de encontro a seu corpo. Amoleço mais ainda e finco as unhas em seu ombro, que por sua fez também deixa um som escapar pela garganta.

—Não disse?- pergunta novamente contra minha boca, me provocando e se recusando a me beijar enquanto eu não admitir.

Suspiro derrotada.

—Disse- concordo por fim e o puxo para o tal beijo.

O momento acaba como sempre acaba nesse fim de mundo e depois de nos livrarmos do tal zumbi voltamos a procurar uma caça ou mantimentos.  Passamos por um celeiro, e comento com Daryl que pode ser um bom lugar para todos passarmos a noite.

POV Ian

Observo de longe o casal fodão adentrar a floresta e sorrio. Pelo amor de Deus, ninguém consegue contra eles. Pelas histórias que sei de Natasha Wayland e seu gênio forte, só um cara como o Dixon para poder lidar e mantê-la interessada, e para completar só alguém como ela para conseguir lidar com ele.

Com os dois fora me preocupo um pouco mais com a segurança no geral, não que os outros sejam menos capazes, mas as armas silenciosas deles vem a calhar. Então meus olhos imediatamente procurar pela outra loira do grupo, Beth, e sem conseguir me controlar ando para mais perto dela.

 Ultimamente nós dois nos aproximamos bastante, de um modo que ninguém antes tinha se aproximado de mim. Ela quebra cada uma de minhas barreiras com esses olhos grandes e azuis, cheios de uma esperança infinita.

Antigamente eu era o maior pegador, e no momento em que puis os olhos nela decedi que a queria também, mas conforme o tempo com o grupo foi passando e eu fui conhecendo-a as coisas foram complicando. Com seu jeito doce e forte ela me desafia sem notar, me dispensa sem perceber e me chama quando menos espero.É instigante e confuso.

Tara me zoa sempre que pode, e Natasha já jogou algumas insinuações sobre ter percebido. Maggie me olha de maneira acusadora o tempo todo.

—Um dólar por seus pensamentos- digo me aproximando e ela revira os olhos sorrindo.

—Um dólar não me serve de nada- responde me lançando um sorriso meigo e balanço a cabeça.

—Certo, deixe-me pensar em alguma coisa então- ela ri divertida e me encara.

—Se me der a bandana te conto meus pensamentos- diz apontando para  a bandana vermelha que tenho amarrada na cabeça. Não penso duas vezes e tiro entregando para ela.

—Pode começar a falar- digo sorrindo ao ve-la tentar colocar na própria cabeça.

—Estou pensando em uma piscina gelada, sorvete de morando e coca com gelo.- responde e eu sorrio.

Ela para irritada com a bandana que simplesmente não para em seu cabelo loiro. Está vermelha do sol e parece cansada.

—Vem cá me deixe ajudar- digo parando também e puxando-a para mais perto. Ela deixa os braços caírem ao lado do corpo frustrada  eu amarro a bandana em sua cabeça com cuidado. Fica lindo nela, o vermelho destacando contra o loiro. Sexy.

Ela ergue a cabeça para me encarar e eu quase, quase mesmo, me abaixo e a puxo para um beijo.

—Obrigada- diz com um daqueles sorrisos enormes- Minha cabeça estava tão quente...

—Poderia ter pedido antes- acuso e ela sorri sem graça.

—Você estava muito lindo com ela, para eu simplesmente pedir- diz e pisco atordoado com isso. Para piorar, ela levanta na ponta dos pés e me beija o canto da boca.

Agarro-a pela cintura por puro instinto e a encaro. Estou quase beijando-a quando Carol a chama pedindo para que ela pegue Judy por um momento. Ela fica ainda mais vermelha visivelmente constrangida e corre em direção à amiga. Não consigo evitar o sorriso.

Tara me lança um sorriso malicioso e vem para perto de mim só para zoar. Minha irmã é uma peça mesmo.

Pouco tempo depois o casal volta, visivelmente frustrado por não conseguir nenhuma caça.  Os walkers que nos seguem aumentam consideravelmente, então Rick tem a ideia de jogarmos eles para fora da ponte. O plano é bom e pode dar certo.

Ficamos em posição e enquanto aguardamos sinto a aproximação de Tasha.

—Vi que deu a bandana para a Beth- diz como quem não quer nada, mas com um sorriso de quem sabe de tudo.

—E?- pergunto me fazendo de desentendido mas sorrindo assim mesmo.

—Ah, não vem com essa de inocente para mim não, Ian.- ela sorri de lado – Gosta mesmo dela?

Paro um instante para pensar a respeito. Penso em todas as sensações que ela me causa, mesmo nesse curto espaço de tempo.

—Não- Natasha diz bruscamente e saio de minhas reflexões para olha-la confuso. Ela me sorri como quem sabe de algo- Não precisa responder.

E então sai para o outro lado.

As coisas dão certo no começo, mas Sasha se descontrola e acaba que Natasha e Michonne tem que pegar suas espadas para ajudar e no final das contas deixamos de só jogar esses sacos de carne ladeira a baixo e temos que acabar com eles pra valer.

Depois de tudo isso, sentamos todos em roda, cansados. Rick e Michonne conversam seriamente com Sasha. Tasha e Daryl saem novamente para procurar alimento.

Uns cachorros selvagens aparecem do nada, e meu primeiro instindo é passar Beth, que segura Judy, para trás do meu corpo. Eles se preparam para atacar quando Sasha acaba com alguns deles. Tasha e Daryl que estavam voltando pelo mato também atiram, ele com flechas e ela com arma de fogo, e logo todos os cachorros jazem mortos.

Acabamos por comer carne de cachorro. Mesmo alimentados, ninguém tem energia suficiente para continuar a andar, exceto por Abraham e Rosita, que se disponibilizam a andar um pouco e analisar o que temos pela frente.

Ficamos todos sentados, com sede, olhando uns para a cara dos outros, até que os dois voltam com um engradado de água que tem uma mensagem que diz que é um presente de amigos. Ninguem acredita muito.

Eugene se disponibiliza a tomar primeiro, para ver se tem venenou ou sei lá oque, mas nem Rick nem Abraham permitem. Uma pequena discussão começa, mas tem fim quando a chuva começa a descer sobre nós, trazendo consigo um alivio absurdo.

Natasha puxa Maggie e Beth para uma dança estranha na chuva e todos começamos a rir. A maluca arrasta até mesmo Michonne. Meus olhos não conseguem se desviar de Beth, que ri divertida e roda na chuva. Minha bandana encharcada contra seu cabelo...tão linda.

A tempestade aumenta, e Daryl nos chama avisando que viu um celeiro perto daqui, então vai todos para lá.  Limpar o lugar é tranquilo, só encontramos um zumbi, bem debilitado, e ai sentamos em volta de uma fogueira, com as forças visivelmente renovadas.

Alguns de nós até chegam a adormecer, sinto Beth pegar no sono contra meu ombro e também caio no sono, mas acordo com um sobressalto quando ouço um barulho contra a porta.

 Daryl, Natasha e Glenn estão segurando a porta do celeiro, e me levanto para ajudar, seguido de perto por Beth. Todos os outros se juntam em algum momento, e passamos a noite assim, lutando por nossas vidas.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?